PROJETO CINECLUBE BAMAKO

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1 PROJETO CINECLUBE BAMAKO Responsável: Gabriel Muniz Endereço e Contato: Rua João Guimarães,198, Casa 8, Santa Cecília, Porto Alegre-RS Fone: cineclubebamako@gmail.com Página: Porto Alegre, Março de 2017.

2 CINECLUBE BAMAKO Bamako significa Rio Crocodilo na língua Bambara, é o nome da capital do Mali, e também o nome de um filme de Abderrahmane Sissako, um dos cineastas mais ativos da produção contemporânea no continente africano.

3 1. APRESENTAÇÃO A presente proposta trata da continuidade das atividades do Cineclube Bamako na cidade de Porto Alegre-RS. Desde o ano de 2012 demos início a este projeto, que teve ótima recepção na Região Metropolitana do Recife-PE, levando ao público exibições de filmes pouco vistos em âmbito nacional, acompanhadas de discussões sobre diversos aspectos das culturas de matriz africana no Brasil e no mundo. Em 2017, quando completamos 5 anos de atividade e resistência, estamos estendendo o alcance de nossas ações em articulações com outras cidades do Brasil. Iremos realizar, a partir da parceria com o Ponto de Cultura Espaço Escola Africanamente, uma temporada de 6 sessões mensais em Porto Alegre, toda última quarta-feira de cada mês a partir das 19h, com exibições de curtas e médias metragens, brasileiros, africanos e da diáspora negra seguidas de debates e atividades culturais e políticas.. O Cineclube Bamako é uma iniciativa de Bamako Produção, organização que busca realizar projetos em audiovisual focados em temáticas referentes à cultura negra e sua importância na formação de público e de pessoas. 2. JUSTIFICATIVA Após 4 anos de ações variadas (sessões cineclubistas, projetos pedagógicos, produção audiovisual, festas temáticas) realizadas de forma

4 itinerante no Grande Recife, aliados a um contexto de busca por outros espaços de atuação por parte de seus integrantes, o Cineclube Bamako chega ao quinto ano de resistência propondo ampliar seu potencial de articulação e difusão do audiovisual negro de África e da Diáspora. Ao chegarmos no Rio Grande do Sul, percebemos e nos reconhecemos em sua forte cultura negra - que aqui tanto se afirma e não se deixa apagar. Seja na história, na cultura tradicional, na religiosidade e, obviamente, na presença humana, é uma cultura de resistência que convive com diversas outras identidades que formaram o estado em um contexto histórico de discriminação em relação à negritude, que persiste claramente até os dias de hoje. Embora para quem vive no estado esta presença cultural seja bastante perceptível, o que se apresenta para o restante do país como cultura gaúcha é a visão de um estado formado por culturas oriundas da imigração europeia, em discursos que na maioria das vezes nega as presenças de culturas oprimidas no decorrer da história, como as das populações negras e indígenas. Observando este contexto, o Cineclube Bamako volta com uma proposta diferenciada, no sentido de conectar diversas identidades afro-brasileiras, como as existentes em estados como Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, estabelecendo a partir das sessões, trocas de experiências ao longo da história, o reconhecimento de similaridades e diferenças entre estas culturas, além da discussão política sobre nossas questões e a disseminação do audiovisual negro produzido nestas regiões.

5 3. OBJETIVOS Geral Apresentar em Porto Alegre-RS as ações do Cineclube Bamako, janela para exibição de cinematografias da África e de sua diáspora, que, em parceria com o Africanamente promoverá um espaço para reflexão e discussão estética, política e social das temáticas sugeridas a partir de obras audiovisuais; e também para troca de conhecimentos / experiências diversas sobre as culturas em questão. Específicos Realizar entre Maio e Outubro de 2017 um total de 6 sessões de curtas e médias metragens seguidas de debate na sede do Ponto de Cultura Espaço Escola Africanamente; Expandir o alcance do Cineclube Bamako, a partir desta itinerância, visando alcançar o público de comunidades onde existe presença da cultura negra; Viabilizar a troca / intercâmbio cultural afirmativo entre os Estados de PE e RS a partir da circulação de obras audiovisuais de com temática racial ou produzidas por negras e negros Cronograma de Execução do Trabalho (2017) Mês/Períod o Maio Exibição Filme: Manifesto Porongos (Videoclipe e Doc) / Fábula de Porongos (Ficção) Atividade Cultural Debatedor: Thiago Koche / Rafuagi / Praça Filmes

6 Junho Filme: O Dia em que Dorival Encarou a Guarda Debatedor: Casa de Cinema de Porto Alegre Julho Filme: Mostra Bamako 5 Anos - Realizadoras Negras [Kbela / Mulher(Es)pelhos / Criadoras Negras] Debatedor: Conferência com realizadoras Agosto Filme: Batuque - A Alma De Um Povo - Julio Silvão Tavares (Cabo Verde) Debatedor: a definir Setembro Filme: O Caso do Homem Errado Debatedor: Realizadoras Outubro Filme: A Pequena Vendedora de Soleil - Djibril Diop Mambéty (Senegal) Debatedor: a definir *Programação de filmes sujeita à alteração 4. PARCEIROS Ponto de Cultura Espaço Escola Africanamente Africanamente é uma OSCIP criada em 2001 na cidade de Porto Alegre-RS com a finalidade de contribuir na luta anti-racista, através da pesquisa e divulgação dos valores éticos e filosóficos preservados nas culturas de matriz africana no Brasil. Federação Pernambucana dos Cineclubistas [FEPEC] A Federação Pernambucana de Cineclubes - FEPEC foi criada em julho de 2008,

7 durante o 1º Encontro de Cineclubes de Pernambuco, tendo como objetivo ajudar a organizar e fomentar o crescimento da atividade cineclubista em todo o estado, através da representação junto aos órgãos públicos e privados e da criação de políticas e diretrizes que defendam e consolidem o movimento cineclubista pernambucano. 5. COMUNICAÇÃO E CONTRAPARTIDAS Ferramentas de Comunicação Canais de Comunicação e Mídia Digital: Blog com divulgação das sessões, textos sobre cinemas africanos, interatividade com o público, agenda de programação relacionada à temática; Redes Sociais (Facebook, Flickr, Instagram), , panfletos virtuais. Época para divulgação e lançamento: Segunda quinzena do mês de junho. Ferramentas para Registro Registro fotográfico (Flickr), textos para postagem no blog; ata com assinaturas dos participantes; Relatórios por sessão [dados sobre público, comentários, metas atingidas, situações imprevistas, adequação de pontos específicos, participação dos convidados; Contrapartidas Financeiras

8 Será solicitado ao público a colaboração financeira para manutenção das atividades. 6. EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEIS PELO PROJETO Coordenador Geral: Gabriel Muniz Programação Visual e Registro: Bamako produção