CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA DE EDIFÍCIOS: UMA POSSIBILIDADE DE INTERVENÇÃO LOCAL

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1 CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA DE EDIFÍCIOS: UMA POSSIBILIDADE DE INTERVENÇÃO LOCAL C. LAIA * e C. FREITAS ** * Agência Municipal de Energia de Almada, AGENEAL ** Câmara Municipal de Almada RESUMO A certificação energética de edifícios tem por principal objectivo proporcionar aos potenciais consumidores (compradores e/ou utilizadores) informação acerca das características energéticas de um edifício, dando uma indicação relativamente à sua eficiência energética. A Agência Municipal de Energia de Almada, AGENEAL, em conjunto com a Câmara Municipal de Almada, propõe-se analisar a possibilidade de introdução de um certificado energético, a atribuir a novos edifícios ou a edifícios reabilitados no concelho de Almada. O certificado só poderá ser atribuído a edifícios com um desempenho energético positivo, ou no mínimo, satisfatório. A envolvente do edifício e os sistemas de climatização (a existirem) deverão preencher um conjunto de requisitos de valia energética, de acordo com três níveis de classificação estabelecidos: satisfatório, bom e excelente. A certificação é de carácter voluntário, a pedido dos proprietários ou dos promotores de edifícios, e culminará com a atribuição de uma etiqueta energética aos edifícios considerados energeticamente eficientes. PALAVRAS CHAVE: edifícios, eficiência energética, certificação, município 1. INTRODUÇÃO O consumo de energia nos edifícios em Portugal tem vindo a crescer significativamente, sobretudo nas últimas duas décadas, como consequência directa do crescimento económico e da melhoria generalizada das condições de vida dos portugueses. Contudo, este crescimento acentuado pode ser evitado, isto é, a taxa de crescimento pode ser mais reduzida, sem pôr em causa os níveis de conforto. Tal pode ser conseguido pela adopção de estratégias que, dentro de uma lógica de gestão da procura de energia, evitem consumos futuros nos edifícios a construir, utilizando-se um conjunto de técnicas e de materiais que são já hoje comprovadamente eficientes. No entanto, nem sempre o mercado reage de uma forma que privilegie os produtos eficientes, entendendo-se aqui como produto o edifício a habitar, muito embora se trate de um sistema complexo, pela interacção da sua envolvente, sub-sistemas e equipamentos, condicionados por um determinado clima. De facto, o desconhecimento do público consumidor relativamente às características energéticas de um edifício no 1

2 momento da (possível) compra, associado ainda a algum desconhecimento das consequências ambientais do uso da energia, conduz a uma desvalorização dos factores com clara importância para o impacto energético-ambiental desse edifício, em detrimento de outras características que, muitas vezes, não representam um acréscimo da sua qualidade. Parece ser assim importante transmitir um sinal claro ao público consumidor da possibilidade de valia ambiental dos edifícios, como consequência da sua eficiência energética e das suas características. Evidentemente este sinal só funcionará, em termos de mercado, se puder ser utilizado pelos promotores dos edifícios como elemento adicional para a sua estratégia de marketing. É neste contexto que foi adoptada pelo Conselho Europeu a directiva n.º 93/76/CEE com o objectivo de limitar as emissões de CO 2, através do aumento da eficiência energética (SAVE), estabelecendo para tal um conjunto de programas que os Estados membros da União Europeia devem pôr em execução. Um dos programas a adoptar diz respeito à certificação energética de edifícios, com o objectivo de fornecer aos potenciais utilizadores informação objectiva acerca das características energéticas dos edifícios. Isto, segundo a directiva, contribuirá para a transparência do mercado imobiliário e encorajará investimentos que visem a economia de energia. Efectua-se na primeira parte deste texto uma abordagem geral do tema da certificação energética de edifícios e do seu contexto em Portugal, nomeadamente o seu enquadramento na Directiva Comunitária SAVE, a definição de alguns dos conceitos envolvidos e as diversas metodologias de avaliação. Na segunda parte, descreve-se uma possível intervenção ao nível municipal, em Almada, e que poderá consistir na introdução em Portugal de um esquema piloto de certificação energética de edifícios. O processo de avaliação energética de um edifício para atribuição de um certificado será abordado, assim como outros aspectos operacionais associados, e até as possibilidade de futura evolução. 2. CONTEXTO DA CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA DE EDIFÍCIOS A certificação energética de edifícios deverá ser a médio prazo introduzida em Portugal. Isto é claramente apontado na referida Directiva, publicada em 1993, e entretanto já transposta para a legislação portuguesa em Directiva n.º 93/76/CEE (SAVE) A Directiva do Conselho Europeu n.º 93/76/CEE (SAVE) tem por objectivo limitar as emissões de CO 2, através da melhoria da eficiência energética. Esta Directiva contempla acções em 6 domínios: A certificação energética de edifícios; A facturação das despesas de aquecimento, ar condicionado e água quente 2

3 sanitária, com base no consumo real; O financiamento por terceiros dos investimentos em projectos que visem uma melhoria da eficiência energética no sector público; O isolamento térmico de edifícios novos; A inspecção periódica de caldeiras; As auditorias energéticas a empresas industriais com elevado consumo de energia. A Directiva foi transposta para a legislação nacional, através da publicação da Resolução do Conselho de Ministros n.º 166/97, de 29 de Setembro, a qual não inclui a adopção de programas associados à facturação, com base no consumo real das despesas relacionadas com sistemas centralizados de aquecimento, ar condicionado e água quente sanitária, por considerar muito reduzido o número de instalações potencialmente abrangidas no País. A Directiva define certificação energética de edifícios como sendo uma descrição das características energéticas dos edifícios, devendo fornecer aos potenciais utilizadores informação sobre a sua eficiência energética. A Directiva refere ainda que, sempre que apropriado, a certificação poderá incluir medidas possíveis visando a melhoria destas características. 2.2 Diferentes interpretações da certificação energética de edifícios A certificação energética de edifícios pode ser vista como um tipo de eco-etiqueta de um produto particular: os edifícios. As eco-etiquetas podem ser do tipo "negativa", "informativa", "qualitativa", de "performance" ou "ecológica". Além disso, a etiqueta pode ser concedida voluntária ou obrigatoriamente (veja-se o caso dos frigoríficos) e pode ser de carácter meramente informativo ou assente numa base legal. A certificação é, por definição, uma etiquetagem cuja validade é aceite [2]. 2.3 Objectivos da certificação energética de edifícios Qualquer que seja a interpretação dada, a certificação energética de edifícios deverá procurar atingir os seguintes objectivos: Objectivos directos: a) Fornecer informação objectiva sobre as características energéticas de um edifício; b) Promover a transparência do mercado imobiliário; c) Fornecer informação, encorajando deste modo investimentos com viabilidade económica no domínio da Utilização Racional de Energia; Objectivos indirectos: a) Redução da factura energética nacional; b) Redução dos níveis de poluição; c) Fomentar a criação de emprego pelo aparecimento de novas oportunidades na área da reabilitação energética de edifícios; 3

4 Objectivos complementares: a) Melhorar a qualificação profissional dos técnicos relacionados com a energia em edifícios; b) Criar novas ferramentas de análise pela criação de novas bases de dados; c) Fornecer uma fonte de informação para o planeamento energético regional; d) Melhorar o conhecimento estatístico do parque de edifícios e equipamentos existentes; e) Iniciar programas de DSM (Demand Side Management) visando a conservação de energia à escala municipal ou regional; f) Implementar uma política fiscal selectiva, premiando os edifícios energeticamente mais eficientes e penalizando os piores; g) Controlar a poluição do ambiente. Duas interpretações diferentes do termo "certificação" são possíveis. A primeira considera a certificação como um procedimento público visando quantificar o consumo energético de um edifício. Para a segunda interpretação, a certificação é um reconhecimento público do bom desempenho energético de um edifício, não sendo, por isso, passível de ser atribuída a qualquer edifício, a não ser que este seja submetido a um processo de reabilitação energética bem sucedida. Estas duas diferentes interpretações implicam diferentes esquemas de certificação, que são analisados de seguida. 2.4 Diferentes métodos de certificação Os métodos baseados no consumo estabelecem um procedimento público visando estimar o consumo energético de um edifício. Todos os edifícios podem receber este tipo de certificado sob a forma de um Relatório de Auditoria Energética, qualquer que seja a sua eficiência energética. O certificado declara oficialmente qual é o consumo anual de referência. Assim, os potenciais utilizadores podem ter uma ideia de quanto irão pagar anualmente pelo consumo de energia. Pode-se então esperar, de algum modo, uma alteração no comportamento dos utentes visando a redução da factura energética. São possíveis as seguintes três abordagens distintas para os métodos baseados no consumo. Segundo o método computacional, os edifícios são etiquetados de acordo com o seu previsível consumo de energia, obtido por meio de um programa de cálculo. Partindo do princípio que existe um método de cálculo do consumo energético reconhecido oficialmente, a fiabilidade deste método reside na qualidade de um conjunto de dados de input reunidos por um auditor energético designado para o efeito. Este é um dos esquemas mais utilizados na Europa. Um exemplo típico da aplicação deste método é a etiqueta energética utilizada na Áustria para a certificação de edifícios, no âmbito de um sistema coordenado pelo EVA (Agência de Energia Austríaca), elaborada à semelhança das etiquetas dos electrodomésticos (ver figura 1). 4

5 Fig. 1 - Etiqueta energética para edifícios utilizada na Áustria. O método do consumo real baseia-se na factura energética. Trata-se de um método pouco apropriado, primeiro porque as facturas não estão disponíveis para os edifícios a construir, segundo, particularmente em Portugal, porque nem todos os edifícios oferecem as mesmas condições de conforto térmico e, terceiro, porque o consumo de energia é afectado pelo comportamento dos utentes. De facto, não se pode considerar um edifício energeticamente eficiente só porque não se consome energia para aquecimento ou arrefecimento, quer devido à inexistência de sistemas, quer porque as pessoas não os utilizam. Este método não é coerente com a Directiva, pois esta requer que a certificação seja baseada somente nas características do edifício. O método experimental caracteriza-se pela determinação experimental dos parâmetros térmicos dos edifícios. Contudo, os procedimentos associados às medições são bastante dispendiosos, quer em termos financeiros, quer em termos de tempo utilizados por técnicos altamente qualificados, pelo que este método ainda não pode ser considerado viável para aplicações em larga escala, como potencialmente é a certificação energética de edifícios. Segundo a outra interpretação, a certificação é um reconhecimento público da boa eficiência energética de um edifício, não sendo, por isso, passível de ser atribuída a qualquer edifício, a não ser que as medidas de reabilitação energética indicadas no relatório de auditoria energética sejam implementadas. Neste caso, a possibilidade de possuir um certificado energético exerce alguma pressão sobre o proprietário ou promotor do edifício para implementar as medidas de racionalização energética 5

6 identificadas na auditoria. Este tipo de certificação pode ser baseado em técnicas do tipo "Positive List Method", onde os auditores têm apenas que verificar a existência de um conjunto de características de elevado potencial de conservação de energia para declarar que o edifício é energeticamente eficiente. Este método, designado por "método prescritivo", é muito simples, de baixo custo e fiável, mas se não for complementado por um relatório energético não fornece ao proprietário ou arrendatário informação útil sobre o consumo de energia. 2.5 Exemplos de esquemas de certificação de edifícios Em alguns países (entre os mais industrializados) existem variados esquemas de certificação energética de edifícios. Para além do exemplo acima referido da Áustria, é também muito conhecido o caso dinamarquês, onde actualmente já vigora uma terceira versão de esquema de certificação. O primeiro sistema era baseado no tipo "Positive List Method", acompanhado por um relatório de relatório de auditoria energética, enquanto que o sistema actual se baseia no método computacional, mas com uma descrição muito detalhada sobre as características do edifício, assinalando os aspectos positivos e aqueles que podem ser alvo de melhoria. O documento emitido como certificado energético, que consta de várias páginas, engloba também a estimativa das emissões de dióxido de carbono para a atmosfera. Outros esquemas muito divulgados são os utilizados no país basco em Espanha e gerido pelo EVE (Ente Vasco para a Energia) e o esquema desenvolvido pelo Município de Frankfurt na Alemanha. Estes exemplos espelham bem a ideia de que a certificação de edifícios pode ser implementada a nível nacional, regional ou local. Muitas vezes a avaliação energética de edifícios é incluída em sistemas de certificação ambiental de edifícios [1]. Um dos sistemas mais conhecidos é o método BREEAM (Building Research Establishment Environmental Assessment Method) em vigor no Reino Unido. Este método é também do tipo "Positive List Method", em que os aspectos energéticos, paralelamente a outros, são avaliados com a utilização de uma check-list conhecida e publicada, que pretende definir as normas de boa prática. A avaliação energética utilizada para efeitos de certificação energética (e/ou ambiental) poderá ser baseada numa análise do ciclo de vida dos edifícios. Utilizando uma metodologia do tipo input-output, as diversas fase da vida de um edifício são levadas em consideração. Como input tem-se a energia, as matérias-primas, a água e a paisagem. Como output obtêm-se as emissões para atmosfera, para o solo, para a água, o impacto visual, o ruído, a variação de temperatura, entre outros. As fases da vida consideradas são a extracção das matérias-primas, a produção de materiais e produtos de construção, a construção (e a reabilitação), a utilização e manutenção do edifício, a demolição e a gestão dos resíduos. No entanto, estes métodos ainda são ferramentas experimentais, não tendo ainda uma ampla utilização como sistemas de certificação de edifícios. 6

7 3. A CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA DE EDIFÍCIOS A NÍVEL LOCAL 3.1 Os regulamentos RCCTE e RSECE Desde o início da década de 90 que são impostas, em Portugal, as condições mínimas de qualidade térmica para a envolvente dos novos edifícios e nas grandes reabilitações ou ampliações. Estas condições são definidas pelo Regulamento das Características do Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE, decreto-lei n.º 40/90, de 6 de Fevereiro) e devem ser observadas no acto de licenciamento, sendo a aplicação da competência da Câmaras Municipais. Recentemente foi aprovado e publicado o Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios (RSECE, decretolei n.º 118/98, de 7 de Maio) encontrando-se já em vigor, sendo também a sua aplicação da competência das Câmaras. Esta realidade regulamentar, com várias competências e responsabilidades atribuídas aos municípios, terá que ser tida em consideração em qualquer esquema de certificação energética de edifícios a conceber para Portugal. O RCCTE estabelece as condições mínimas a observar pelos projectos de edifícios, na fase de licenciamento, para permitir que as condições de conforto térmico no seu interior possam ser atingidas sem um dispêndio excessivo do consumo de energia. Na fase de construção do edifício, é admitida a hipótese de fiscalização da conformidade com o projecto e, portanto, da aplicação do regulamento. O RSECE estabelece as regras a observar, na fase de licenciamento, pelos projectos dos sistemas de climatização em edifícios. O sector residencial é excluído, em princípio, do âmbito deste regulamento, pois os pequenos sistemas não estão abrangidos. A entrada em vigor do decreto-lei n.º 250/94, de 15 de Outubro, que estabeleceu um novo regime de licenciamento de obras particulares, dispensou a necessidade de verificação, pelos técnicos das Câmaras Municipais, dos projectos da especialidade, requerendo-se apenas aos respectivos projectistas a apresentação de um termo de responsabilidade. Contudo, as Câmaras Municipais, poderão, se assim o entenderem: i) proceder à verificação regulamentar dos projectos, pois o referido decreto-lei não o impede, ii) recorrer a entidades idóneas e competentes para o apoio técnico, caso necessário. 3.2 As agências locais de energia Neste contexto, o recente surgimento de entidades locais que se propõem actuar no âmbito da eficiência energética e da promoção da utilização das energias renováveis na sua área geográfica de intervenção, poderá ser um factor que contribua para uma redinamização dos regulamentos energéticos de edifícios. Tendo como parceiro principal a própria Câmara Municipal, e como outros associados as entidades locais com intervenção nesta área, como as empresas de construção, as empresas de distribuição de energia, as instituições universitárias e tecnológicas, entre outras, as Agências Municipais (ou Regionais) de Energia estão bem posicionadas para desenvolver um trabalho útil, no que diz respeito à melhoria da qualidade energética dos edifícios na sua esfera de intervenção. 7

8 3.3 O Município de Almada e a AGENAL Foi recentemente criada a Agência Municipal de Energia de Almada (AGENEAL), por iniciativa da Câmara Municipal de Almada. A criação desta Agência teve o apoio financeiro do Programa SAVE da Comissão Europeia, tendo-se associado um conjunto de entidades com papéis importantes a nível nacional e local no domínio da energia: a AMARSUL, Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A., o CCE, Centro para a Conservação de Energia, a ENSUL, Empreendimentos Norte Sul, S.A., a FERTAGUS, Travessia do Tejo, Transportes, S.A., a Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, o MADAN PARK Parque de Ciência e Tecnologia Almada-Setúbal, a MECI, Montagens Eléctricas, Civis e Industriais, S.A., a SETGÁS, Sociedade de Produção e Distribuição de Gás, S.A., a SLE, Electricidade do Sul, S.A. os TREMC, Transportes Rodoviários Estrela do Monte da Caparica, Lda. e os TST, Transportes Sul do Tejo, S.A.. AGENEAL tem por objectivos a promoção da utilização racional de energia, dos recursos energéticos endógenos e renováveis e das fontes de energia de menor impacto ambiental. Um dos seus importantes vectores de actuação é a área dos edifícios, onde se consome uma parte significativa da energia a nível municipal. Os dados obtidos referentes ao ano de 1995 mostram que os edifícios são responsáveis por cerca de 70 a 80% do consumo de energia eléctrica no concelho de Almada ver figura 2. Consumo total de energia energia eléctrica no Concelho de Almada em 1995: 350,2 GWh/ano Iluminação Pública 3% Agricultura e Pescas 0% Indústria 20% Residencial 42% Serviços 16% Comércio e Turismo 14% Energia, gás e água (produção e distribuição) 1% Construção e Obras Públicas 1% Transportes e Comunicações 3% Fig. 2 - Repartição do consumo de energia eléctrica no concelho de Almada no ano de 1995 (fonte: DGE). A AGENEAL terá assim como uma das suas principais preocupações a realização de acções que contribuam para o aumento da eficiência energética dos edifícios do 8

9 concelho de Almada. Uma ferramenta potencialmente interessante para este fim é a certificação energética de edifícios a nível municipal. 3.4 O esquema proposto para a certificação energética de edifícios O esquema proposto [3] reside basicamente na avaliação das características energéticas do edifício baseado nas metodologias de cálculo do RCCTE e do RSECE. São definidos três níveis de classificação da qualidade térmica dos edifícios. Os parâmetros utilizados para classificar a qualidade térmica da envolvente são os quocientes N Ic /N I e N Vc /N V do RCCTE (razão entre as necessidades nominais anuais de energia útil por metro quadrado de área de pavimento e o seu valor máximo admissível, respectivamente para a estação de aquecimento e para a estação de arrefecimento), e os quocientes fi e fv do RSECE (razão entre a potência térmica a instalar e a potência térmica máxima admissível, respectivamente para a estação de aquecimento e para a estação de arrefecimento), para classificar a qualidade térmica dos sistemas de climatização. Convém notar que estes quocientes são obrigatoriamente, por força dos respectivos regulamentos em que se baseiam, inferiores à unidade. A figura 3 mostra um esquema explicativo do sistema de classificação utilizado no método de certificação proposto. Edifício RCCTE Envolvente Sistemas de Climatização RSECE 3 níveis: SATISFATÓRIO BOM EXCELENTE Requisitos satisfeitos Edifício certificado Requisitos satisfeitos 3 níveis: SATISFATÓRIO BOM EXCELENTE Fig. 3 Método de avaliação para a certificação energética de edifícios. 3.5 Funcionamento do esquema proposto O esquema de certificação energética de edifícios proposto é de carácter voluntário, ou seja, os proprietários ou promotores requerem, se assim o desejarem, que os seus edifícios sejam certificados energeticamente. A AGENEAL, em estreita articulação com o Departamento de Administração Urbanística da Câmara Municipal de Almada, assegurará as necessárias verificações de conformidade: FASE 1. Verificação de conformidade do projecto com o nível de qualidade 9

10 térmica requerido; FASE 2. Verificação de conformidade da obra com o projecto aprovado A Câmara Municipal poderá então proceder à autorização para afixação de uma placa (Rótulo ou Etiqueta Energética) no exterior do edifício (por exemplo, fixo na sua fachada), segundo modelo a estabelecer, onde constará o nível de qualidade energética do referido edifício, a data de emissão do certificado e os nomes do projectista, promotor, construtor e instalador de sistemas de climatização e ventilação. Prevê-se a existência de um prazo de validade, por exemplo de 3 anos, associado ao certificado, com possibilidade de renovação a pedido do requerente, caso as condições após esse período sejam idênticas às iniciais ou melhores. Por último, o esquema deverá ser dinâmico e evoluir, nomeadamente na sua capacidade de incluir na sua avaliação outras utilizações de energia: águas quentes sanitárias, iluminação, etc.. Outra evolução possível é a inclusão da avaliação dos aspectos ambientais dos edifícios, como por exemplo, a utilização de materiais escassos, o consumo de água, as emissões causadoras do efeito de estufa, da destruição da camada de ozono e causadoras de chuvas ácidas, os aspectos de saúde, a reutilização de materiais, o resíduos produzidos, etc.. CONCLUSÃO A certificação energética de edifícios é um instrumento a considerar pelas agências locais de energia, contribuindo para a melhoria da eficiência energética dos edifícios. A Agência Municipal de Energia de Almada, em conjunto com a Câmara Municipal de Almada, analisará a possibilidade da introdução de um certificado energético a atribuir a novos edifícios ou a edifícios a reabilitar. Um esquema de certificação coerente com a regulamentação em vigor permite uma avaliação comparativa entre os edifícios, recorrendo para tal a verificações de conformidade ao nível do projecto e da obra. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BRECSU Building Research Establishment Environmental Assessment of Buildings. Comissão Europeia (DGXVII), maxi-brochura produzida no âmbito do Programa THERMIE. 2. CONTI, F. e DESPRETZ H Different approaches to the building energy certification in EU member countries. Comunicação no SAVE Contractor's Workshop on Building Energy Certification: State of Progress and Perspectives, Sophia-Antipolis. 3. LAIA, C. et al Proposal of a Portuguese Scheme for Energy Certification of Buildings. Proceedings of Passive and Low Energy Architecture 1998 (PLEA 98, Lisbon), Ed. Eduardo Maldonado e Simos Yannas, James and James, London pp

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