Título: ANA, UMA MULHER DE ATITUDE. Texto Base: I Sm 1.8 e 18 INTRODUÇÃO:

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Artur Back de Escobar
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1 Título: ANA, UMA MULHER DE ATITUDE Texto Base: I Sm 1.8 e 18 INTRODUÇÃO: - Desejo de Ana: gera um filho, ser veículo pelo qual traria à existência uma vida, frutificar, produzir. Fruto -> coroação de um processo, de uma relação, de uma união. - Drama de Ana -> esterilidade, improdutiva, infecunda, infértil, infrutífera. Incapaz de gerar uma vida. Na casa, nela reside o problema. - Este drama atinge vidas, família até abençoadas e piedosas como a de Elcana e Ana. Muitos cristãos vivendo áreas estéreis em suas vidas, problemas emblemáticos e vivenciados dentro de casa, no seio ou convívio familiar. 1 / 5

2 - DESAFIOS ENFRENTADOS: - Pressão pessoal ou íntima -> Não posso ou sou incapaz de dar fruto, de gerar uma vida, um projeto. Não posso dar ao meu marido que tanto me ama uma família completa. Se alguma coisa falta nessa casa, é minha culpa. Só resta a ela conviver e contribuir com o crescimento dos filhos, projetos e sonhos dos outros. Sensação de fracasso, frustração e tristeza. - Pressão cultural ou social -> Filhos, especialmente homem, chega a ser, naquela sociedade, uma exigência social, visando perpetuar-se a linhagem, o nome, visando à administração e preservação do patrimônio. Porém, ela não pode atender esta demanda. Pelo Talmude (livro de tradições rabínicas) podia-se repudiar a mulher se depois de dez anos ela não gerasse. Como a insegurança ou a incerteza quanto ao futuro de seu casamento uma mulher estéril vivia diante de tanta pressão e da apreensão do marido. - Pressão religiosa -> Sara, em Gn 16.2 vai dizer: Deus me tem impedido de gerar.... Naquela sociedade, carregava-se o estigma de rejeitada, marcada, amaldiçoada por Iavé. Como essa pessoa podia adorar, cultuar, com essa visão acerca de Deus plantada pela sociedade. A sensação de que o vizinho ao lado, o irmão ou o lar dele é melhor do que aquilo que sou ou tenho. Como se sentir livre para adorar num ambiente desse, com uma pressão que tenta impedir minha liberdade com Deus? 2 / 5

3 - Pressão da competitividade -> Penina, a concubina, é a competidora, concorrente, inimiga, e vai perturbar Ana, especialmente e com mais força, justamente no momento em que a família experimentava o banquete da comunhão (I Sm 1.7), quando uma vez ao ano se dirigia a Silo para adorar. Penina gera para competir, mas Ana vai aprender com esse mau exemplo que se gera para a glória de Deus (Samuel). Penina não tem o amor de Elcana, assim, vai tentar desestabilizar a comunhão de Ana com Deus, com o marido, ferindo Ana na alma, lançando em seu rosto suas fraquezas e impossibilidades. Ana se irrita, chora e não come. Penina quer que Ana não enxergue a graça que tem, o carinho que recebe. - Pressão do tempo -> a pressão do tempo significa: DEUS ESTÁ EM SILÊNCIO. Contra essa fator não como lutar. Temos que aprender a viver o tempo difícil. O milagre está sendo gerado com lágrimas, o fruto está sendo preparado no adubo do silêncio divino, da afronta, da solidão etc. Obs.: Como deveria estar o emocional dessa mulher, diante desses desafios? - ATITUDES QUE CONDUZIRAM ANA À MUDANÇA - Ela não desistiu de gerar, de sonhar -> Nem tudo que julgamos necessário para nós, Deus o acha. E um grande desafio é aceitar e conviver com nossas limitações. Mas ela não deixou de sonhar, pois grandes sonhos ou projetos se realizaram diante de grandes impossibilidades. 3 / 5

4 - Ela se levantou (I Sm 1.9) -> Mais que uma atitude corporal, ela se levanta para cuidar de si mesma. Percebendo que era facilmente vulnerável aos ataques de Penina, que esta crise estava atingindo sua vida com Elcana (I Sm 1.8) e com o próprio Deus (tristeza no banquete), resolve que sua necessidade não satisfeita não pode arruinar sua vida e que aquilo que ela não tem não pode tirar o foco e a importância daquilo que ela já tem. Vou ser uma esposa maravilhosa, melhor que antes. Não posso conferir amargura para tudo que faço. Ana decide mudar sem haver mudança, ou seja, sem ver o filho que quer, muda sua atitude por dentro. - Ela foi junto ao templo para orar -> Não há milagre ou projeto que nasça, cresça e amadureça sem oração. Pela oração saímos da superficialidade, da periferia, e entramos em esferas profundas e atingimos o centro ou o alvo de Deus. Chegamos mais perto do Pai. É a respiração do crente. É o fôlego do salvo. É expressão de total submissão e dependência divina. Ela perseverou em orar (I Sm 1.12) - Ela entregou sem receber, ela deu sem ter -> Maior expressão de desprendimento. Ela chega a um limite que a conduz a uma entrega confiante ao Senhor. Um levita começa seus serviços com 20 ou 25 anos aproximadamente, mas seu filho, se Deus quiser lhe dar, começará cedo. Sua entrega quebra protocolos. Ela sabe quem verdadeiramente é Aquele que vai cuidar dele, que será o verdadeiro Dono dele. Sua entrega é de alta confiança. Isso é que a levou, após o desmamar da criança, a conduzi-la ao templo para só voltar um ano depois. O termo condicional Se (I Sm 1.11) expressa não a sua falta de fé ou sua dúvida, mas um coração que a partir dali descansaria na soberania divina: Deus, dando ou não, vou descansar. 4 / 5

5 - Ela retomou a vida normal -> atitude de quem descansa. Ela voltou para o meio dos seus, comeu (antes não comia), mudou o semblante (antes chorava). Agora, se Penina viesse, ela não se estressaria. Não vale a pena. Ela deixou tudo no altar. Foram embora e foram felizes, e, aí, após um ano veio a bênção, pois Deus se lembrou dela. Faça a sua parte e Deus fará a dele. No tempo de Deus (KAIRÓS), previsto na agenda divina, Deus deu a ela um fruto que fez história em Israel: SAMUEL. - CONCLUSÃO: Deus vai nos privilegiar com a geração de um projeto, um fruto, uma vida, um história, mas a vitória não começa quando as impossibilidades terminam, mas quando aprendemos a conviver com elas até que Deus as vença por nós e nos faça testemunhas disso. Precisamos decidir, ter atitude para mudar nosso posicionamento diante de algumas coisas, mesmo que ainda não tenhamos visto ou concebido no nosso Samuel. Por: EV Henrique Mourão 5 / 5

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