MUSGOS PLEUROCÁRPICOS DO MUNICÍPIO DE CAXIAS, MARANHÃO, BRASIL. Termos para indexação: Musgo, briófitas, distribuição geográfica.

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1 AGRONOMIA MUSGOS PLEUROCÁRPICOS DO MUNICÍPIO DE CAXIAS, MARANHÃO, BRASIL Gonçalo Mendes da Conceição 1 Ana Claudia Rugieri 2 Eliete da Silva Brito 3 RESUMO Entende-se por musgo pleurocárpico, aquele que apresenta esporófito desenvolvido lateralmente a partir de um simples botão periquecial especializado. Como a célula apical não está envolvida na formação do esporófito, o gametófito apresenta crescimento independente. As coletas foram realizadas no município de Caxias/MA, com expedições mensais ao campo, no período chuvoso. Os métodos de coleta, preservação e herborização seguiram as técnicas usais para este tipo de pesquisa. Foram identificadas 11 espécies de Musgos pleurocárpicos, distribuídos em sete famílias e nove gêneros. A família de musgo com maior número de representantes específicos foi Sematophyllaceae, com cinco espécies. As espécies de briófitas colonizaram cinco tipos de substratos, tendo como predominante o corticícola. O estudo contribuiu com nove novas ocorrências de espécies para o Estado do Maranhão. Termos para indexação: Musgo, briófitas, distribuição geográfica. 1 Biólogo Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia/UNESP/Jaboticabal. Prof. Assistente da Universidade Estadual do Maranhão, Centro de Estudos Superiores de Caxias, Núcleo de Pesquisa dos Recursos Biológicos dos Cerrados Maranhenses/RBCEM, hyophila@yahoo.com.br 2 Programa de Pós-Graduação em Zootecnia/UNESP/Jaboticabal. 3 Acadêmica do Curso de Ciências/Habilitação Biologia CESC/UEMA

2 PLEUROCÁRPOUS MOSSES IN THE COUNTY OF CAXIAS, STATE OF MARANHÃO, BRAZIL ABSTRACT Those that presents sporophyte laterally developed from a simple specialized periquecial button is called pleurocarpous moss. As the apical cell is not involved in the formation of the sporophyte, the gametophyte has independent growth. Samples were collected in the county of Caxias (state of Maranhão), with monthly consignments to the field in the rainy season. The collection, preservation and botanizing methods followed the usual techniques for this kind of research. Were identified 11 species of pleurocarpous mosses, distributed in seven families and nine genera. The moss family with greater number of specific representatives was Sematophyllaceae, with five species. The bryophytes species colonized five types of substrate, taking as predominant corticicolous. This study contributed with the discovery of nine new species for the State of Maranhão. Index terms: Moss, bryophytes, geographical distribution.

3 Revista ACTA Tecnológica - Revista Científica - ISSN X, Vol. 5, número 2, jul-dez INTRODUÇÃO Musgos são plantas cujo ciclo de vida, predominantemente, é a geração gametofítica, o gametófito ou talo, é geralmente composto de um eixo com apêndices laterais de crescimento limitado, fixo ao substrato por rizóides. Sua anatomia é relativamente simples, pela falta de tecidos especializados, no entanto, algumas células mostram evidências de translocação axial; os órgãos sexuais são arquegônio e anteridio, onde gametas masculinos são móveis. O esporófito é morfologicamente simples, mas mostra uma diferenciação estrutural fértil e estéril, que se desenvolve no gametófito, que é parcialmente parasitado. Entende-se por musgo pleurocárpico, aquele que apresenta esporófito desenvolvido lateralmente a partir de um simples botão periquecial especializado. Como a célula apical não está envolvida na formação do esporófito, o gametófito apresenta crescimento independente (La-Farge-England, 1996). Estes musgos são geralmente prostrados e livremente ramificadas, crescendo em tapetes emaranhados (Muggoch e Walton, 1942). De acordo com O Brien (2007) os musgos pleurocárpicos constituem em um grupo não monoflético com aproximadamente espécies em todo mundo. No Brasil vários são os trabalhos que abordam sobre os musgos pleurocárpicos, podendo-se citar para Bahia, Ballejos e Bastos (2009), Vila Bôas-Bastos e Bastos (2009), Vila Bôas-Bastos e Bastos (2002); Pernambuco, Valdevino et al. (2002); Distrito Federal, Câmara (2008), dentre outros. No estado do Maranhão, pouco se conhece sobre as briófitas, sendo o primeiro trabalho a citar espécies de briófitas para o estado foi Yano (1975), posteriormente Frahm (1979), no entanto nenhum dos trabalhos citados é resultado de pesquisa sistemática. Entretanto com a implantação do Núcleo de Pesquisa dos Recursos Biológicos dos Cerrados Maranhenses/RBCEM, no Centro de Estudos Superiores de Caxias (CESC/ UEMA) o quadro tem mudando. Coletas de briófitas tem sido realizadas e trabalhos tem sido publicados, tais como: Brito e Conceição (2008) e Brito et al. (2009). Portanto, considera-se este trabalho pioneiro, pois o mesmo, apresenta os primeiros resultados sobre os musgos pleurocárpicos para o municipio de Caxias/MA e para o estado do Maranhão. Dessa forma, esta pesquisa teve o objetivo de contribuir para o aumento do nível de conhecimento das briófitas para o Estado do Maranhão e dos musgos pleurocárpicos do município de Caxias (MA), além de verificar a distribuição geográfica das espécies no território brasileiro. MATERIAL E MÉTODOS 34 O Município de Caxias localiza-se na região Nordeste do Brasil, situado na

4 MUSGOS PLEUROCÁRPICOS DO MUNICÍPIO DE CAXIAS, MARANHÃO, BRASIL Mesorregião do leste Maranhense, com área é de 5.223,98 Km². Devido seu posicionamento entre Nordeste Semi-árido e Meio-Norte, possui um clima equatorial quente úmido, apresenta um relevo bastante simples, sem grandes elevações predominando chapadas interligadas por amplos vales e predominância de solos arenosos e alagados, constituídos por solos latossolos argilo-arenoso geralmente com boa fertilidade natural. A área é banhada pelo Rio Itapecuru, que com seus afluentes formam diversos banhos naturais. Sua vegetação é diversa, apresentando características do bioma cerrado com diversas fitofisionomias, entremeadas por babaçuais (Sousa e Conceição, 2009). Para a coleta dos musgos pleurocárpicos foram realizadas expedições mensais, (entre novembro de 2005 a agosto de 2007), no período chuvoso. Os métodos de coleta, preservação e herborização seguiram Yano (1984), onde as amostras foram coletadas manualmente com o auxilio de canivete e acondicionados em sacos de papel pardo. Em caderneta de campo foram anotados dados relativos, ao local de coleta, data da coleta e número do coletor, sendo todo o material seco em temperatura ambiente. Para a identificação do material utilizou-se os trabalhos de Buck (2003), Gradstein e Costa (2003), Sharp et al. (1994), Griffin III (1979). O sistema de classificação adotado para os musgos foi o proposto por Buck e Goffinet (2000). Duplicatas foram enviadas a Especialista em Briófitas para identificação e/ou confirmação. Os espécimes foram incorporadas ao Herbário Profº. Aluísio Bittencourt (HERBIT), do Centro de Estudos Superiores de Caxias (CESC), da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram determinadas 11 espécies de Musgos Pleurocárpicos, distribuídas em sete famílias e nove gêneros (Tabela 1). Destas, nove espécies são primeiros registros para o Maranhão (Erpodium coronatum (Hook. & Wils.) Mitt., Fabronia ciliaris (Hook.) W, Pterogonidium pulchellum (Hook.) Müll. Hal.R. Buck, Isopterygium tenerifolium Mitt., Zanderia octoblepharis (A. Jaeger.) Goffinet, Sematophyllum galipense (Müll. Hal.) Mitt., Sematophyllum subpinnatum (Brid.) Britt., Trichosteleum hornschuchii (Hampe) A. Jaeger, Cyrtho-hypnum involvens (Hedw.) W.R. Buck & H. Crum). A família de musgo com maior diversidade específica, foi Sematophyllaceae com cinco espécies, enquanto que o gênero com maior número de espécie foi Sematophyllum com três espécies, já a espécie predominante (maior numero de indivíduos) foi Sematophyllum subsimplex (Hedw.). Mitt. De acordo com Vila Bôas-Bastos e Bastos no Brasil, Sematophyllum subsimplex (Hedw.) Mitt., Sematophyllum. subpinnatum (Brid.) E. Britton, são espécies amplamente distribuídas, ocorrendo em quase todos os estados brasileiros. 35

5 Revista ACTA Tecnológica - Revista Científica - ISSN X, Vol. 5, número 2, jul-dez Tabela 1. Lista de espécies de musgos pleurocárpicos ocorrentes no município de Caxias/MA. Substratos: Corticícola (Co); Epixícola (Ex); Rupícola (Ru) Terrícola (Te) Cupinzeiro (Cu). *Nova ocorrência para o Maranhão. 36 Família Nome cientifico Substrato Distribuição geográfica no Brasil Erpodiaceae Fabroniaceae Hypnaceae Rhachitheciaceae Sematophyllaceae Sematophyllaceae Sematophyllaceae Sematophyllaceae Sematophyllaceae Stereophyllaceae Thuidiaceae *Erpodium coronatum (Hook. & Wils.) Mitt. *Fabronia ciliaris (Hook.) W.R. Buck *Isopterygium tenerifolium Mitt. *Zanderia octoblepharis (A. Jaeger.) Goffinet *Pterogonidium pulchellum (Hook.) Müll. Hal. *Sematophyllum galipense (Müll. Hal.) Mitt. *Sematophyllum subpinnatum (Brid.) Britt. Sematophyllum subsimplex (Hedw) Mitt. *Trichosteleum hornschuchii (Hampe) A. Jaeger Entodontopsis leucostega (Brid.) Buck & Ireland. *Cyrtho-hypnum involvens (Hedw.) W.R. Buck & H. Crum Co Co Co Te Ex Ex Co e Ex Te, Co, Ex, Cu Ex e Cu Co e Ex Co BA, CE, GO, MG, MS, MT, PB, PI, PR, SP, TO e DF AL, AM, BA, CE, DF, ES, GO, MG, MS, MT, PB, PE, PR, RJ, RS, SC, SE e SP AM, BA, CE, DF, ES, GO, MG, MT, PA, PR, RJ, RO, RR, RS, SC, SP e TO AM, BA, PA, GO, MG AM, AP, BA, CE, PA, PE, RJ, RO e SP BA, CE, DF, ES, GO, MG, MT, PA, PE, PR, RJ, RO, RR, RS, SC, SP e TO AC, AM, AP, BA, CE, DF, ES, GO, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PR, RJ, RO, RR, RS, SC, SP e TO AC, AM, AP, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RO, RR, SC, SE, SP e TO AM, BA, MT, PA, PI, RJ, RR e SP AC, AM, BA, CE, DF, GO, MA, MT, MS, MG, PA, PB, PE, PI, RJ, RO, RR, SP e Arquipélago Fernando de Noronha AC, AM, AP, BA, DF, GO, MG, MS, MT, PA, RJ, RR, RO e SP As espécies estudadas colonizaram cinco tipos de substratos, tendo como predominante o corticícola, seguido por epixícola. Todas as espécies coletadas no município de Caxias apresentaram ampla distribuição no território brasileiro, sendo encontradas em vegetação do Cerrado, Floresta Amazônica e Mata Atlântica. Comparando este trabalho com Vila Bôas-Bastos e Bastos (2009) e Santos e Lisboa, 2008) verificou-se que Sematophyllaceae e Sematophyllum subsimplex foram taxa importantes, tanto no número de espécies, quanto no numero de espécimes respectivamente. Das 11 espécies de musgos pleurocárpicos listados para o município

6 MUSGOS PLEUROCÁRPICOS DO MUNICÍPIO DE CAXIAS, MARANHÃO, BRASIL de Caxias, quatro foram encontradas por Vila Bôas-Bastos e Bastos (2009) na Floresta Atlântica de Igrapiúna, na Bahia com ampla Valencia ecológica (Isopterygium tenerifolium, Pterogonidium pulchellum, Sematophyllum subpinnatum, Sematophyllum subsimplex). As espécies citadas anteriormente foram listadas por Ballejos e Bastos (2009) para campo rupestre e floresta estacional para o município de Miguel Calmon (BA). Para o cerrado Câmara (2007), listou nove famílias, distribuídas em 15 espécies, sendo sematophyllaceae também a mais diversa, apresentando apenas duas espécies comuns com o presente trabalho (Sematophyllum subpinnatum, Sematophyllum subsimplex). Fato interessante encontrado neste trabalho é a espécie funerária Fabronia ciliaris (Hook.) W. R. Buck, que foi listada entre as espécies encontradas em tumbas de cemitérios por Vital e Bononi (2006), segundo os autores espécies encontradas nestas condições estão adptadas a certas condições adversas, como a poluição atmosférica. Lista-se as familias, espécies, material examinado e comentários sinópticos sobre cada espécie de musgo pleurocárpico encontrada para o município de Caxias ERPODIACEAE Erpodium coronatum (Hoock. & Wils.)Mitt. Material examinado: BRASIL, MARANHÃO: Caxias, APA do Inhamum, Trilha dos Coités, 02/IV/2006, E.S. Brito e G.M. Conceição 97 (HERBIT). Espécie corticícola. Primeira ocorrência para o Maranhão. DF. Distribuição geográfica: BA, CE, GO, MG, MS, MT, PB, PI, PR, SP, TO e 3.2. FABRONIACEAE Fabronia ciliaris (Brid.). Brid. Material examinado: BRASIL, MARANHÃO: Caxias, Fazenda Auto do Estevão, 02/IV/2006, E.S. Brito e G.M. Conceição 96 (HERBIT). Espécie corticícola. Primeira ocorrência para o Maranhão. Distribuição geográfica: AL, AM, BA, CE, DF, ES, GO, MG, MS, MT, PB, PE, PR, RJ, RS, SC, SE e SP. 37

7 Revista ACTA Tecnológica - Revista Científica - ISSN X, Vol. 5, número 2, jul-dez HYPNACEAE Isopterygium tenerifolium Mitt. Material examinado: BRASIL, MARANHÃO: Caxias, APA Inhamum, Cerrado Mata ciliar, Trilha Pedro Mato, 12/V/2007, E.S. Brito e G.M. Conceição 206 (HERBIT), 204 (HERBIT). Sobre a Passagem do riacho Beneditinho, 210 (HERBIT). Espécie corticícola, á margem do riacho Inhamum. Primeira ocorrência para o Maranhão. Distribuição geográfica: AM, BA, CE, DF, ES, GO, MG, MT, PA, PR, RJ, RO, RR, RS, SC, SP e TO RHACHITHECIACEAE Zanderia octoblepharum (Jaeg.) Goffinet Material examinado: BRASIL, MARANHÃO: Caxias, APA do Inhamum, Trilha dos Coités, 21-II-2006, E.S. Brito e G.M. Conceição 87 (HERBIT). Trilha do riacho Merin, 06/V/2006, E.S. Brito e G.M. Conceição 125 (HERBIT). Espécie terrícola. Primeira ocorrência para o Maranhão. Distribuição geográfica: AM, BA, PA, GO, MG SEMATOPHYLLACEAE Pterogonidium pulchellum (Hook.) C.Müll, Material examinado: BRASIL, MARANHÃO: Caxias, APA do Inhamum, 15/II/2007, E.S. Brito e G.M. Conceição 170 (HERBIT). Espécie epixícola. Primeira ocorrência para o Maranhão. Distribuição geográfica: AM, AP, BA, CE, PA, PE, RJ, RO e SP Sematophyllum galipense (Müll. Hal.) Mitt. Material examinado: BRASIL, MARANHÃO: Caxias, APA do Inhamum, 17/ III/2007, E.S. Brito e G.M. Conceição 177 (HERBIT). Trilha do riacho João da onça, 17/III/2007, E.S. Brito e G.M. Conceição 181 (HERBIT). Espécie epixílicola. Primeira ocorrência para o Maranhão. Distribuição geográfica: BA, CE, DF, ES, GO, MG, MT, PA, PE, PR, RJ, RO, RR, RS, SC, SP e TO Sematophyllum subsimplex (Hedw) Mitt. Material examinado: BRASIL, MARANHÃO: Caxias, Cerrado Ralo, Trilha Areia Branca, 21/02/2006, E.S. Brito e G.M. Conceição 91 (HERBIT). APA do

8 MUSGOS PLEUROCÁRPICOS DO MUNICÍPIO DE CAXIAS, MARANHÃO, BRASIL Inhamum, Trilha primeira ponte, 12/I/2007 E.S. Brito e G.M. Conceição 144 (HERBIT). 145 (HERBIT). Trilha riacho Beneditinho, 12/I/2007, E.S. Brito e G. M. Conceição 152 (HERBIT). 156 (HERBIT). Mirador, Cerrado, 21/III/2007, E.S. Brito & G.M. Conceição 183 (HERBIT). 184 (HERBIT). 185 (HERBIT). 186 (HERBIT). 187 (HERBIT). 188 (HERBIT). APA do Inhamum, Trilha Chico Lima, 12/IV/2007, E.S. Brito e G.M. Conceição 207 (HERBIT). Espécie epixícola, estendendo-se por todo tronco podre, terrícola e cortícola. Esta espécie encontra-se associada à Lejeunea flava, Ochorobryum subsubulatum Distribuição geográfica: AC, AM, AP, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RO, RR, SC, SE, SP e TO Sematophyllum subpinnatum (Brid) Britt Material examinado: BRASIL, MARANHÃO: Caxias, Fazenda Auto do Estevão, mata ciliar, 15/II/2006, E.S. Brito e G.M. Conceição 79 (HERBIT). Mirador, Cerrado, 21/III/2007, E.S. Brito & G.M. Conceição 182 (HERBIT). Espécie corticícola, epixícola. Primeira ocorrência para o Maranhão. Distribuição geográfica: AC, AM, AP, BA, CE, DF, ES, GO, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PR, RJ, RO, RR, RS, SC, SP e TO Trichosteleum hornschuchii (Hampe) Jaeg, Material examinado: BRASIL, MARANHÃO: Caxias, APA do Inhamum, margem esquerda da primeira ponte, 17/III/2007 E.S. Brito e G.M. Conceição 176 (HERBIT). Á margem riacho João da onça, 12/IV/2007 E.S. Brito e G.M. Conceição 212 (HERBIT). Espécie encontrada sobre cupim e sobre tronco em decomposição. Primeira ocorrência para o Maranhão. Distribuição geografica: AM, BA, MT, PA, PI, RJ, RR e SP STEREOPHYLLACEAE Entodontopsis leucostega (Brid.) Buck & Ireland. Material examinado: BRASIL, MARANHÃO: Caxias, Engenho D água, 13/ I/2007, E.S. Brito e G.M. Conceição 162 (HERBIT). APA do Inhamum, Trilha do riacho Chico Lima 12/V/2007, E.S. Brito e G.M. Conceição 203 (HERBIT), Trilha do Pedro Mato, 12/V/2007, E.S. Brito e G.M. Conceição 214 (HERBIT). Espécie corticícola e epixícola. Distribuição geográfica: AC, AM, BA, CE, DF, GO, MA, MT, MS, MG, PA, PB, PE, PI, RJ, RO, RR, SP e Arquipélago Fernando de Noronha. 39

9 Revista ACTA Tecnológica - Revista Científica - ISSN X, Vol. 5, número 2, jul-dez THUIDIACEAE Cyrto-Hypnum involvens (Hedw.) Buck & Crum. Material examinado: BRASIL, MARANHÃO: Caxias, APA do Inhamum, Mata ciliar, Trilha do Riacho Areia Branca, 21/I/2006. E.S. Brito e G.M. Conceição 35 (HERBIT). 06/V/2006 E.S. Brito e G.M. Conceição 123 (HERBIT). Espécie corticícola. Primeira ocorrência para o Maranhão. Distribuição geográfica: AC, AM, AP, BA, DF, GO, MG, MS, MT, PA, RJ, RR, RO e SP. CONCLUSÕES A realização desse estudo fornece subsídios para estudos futuros de florística, taxonomia e ecologia. De acordo com os resultados obtidos, observou-se que a intensificação dos estudos taxonômicos e florísticos em briófitas no Maranhão, demonstram sempre um aumento significativo de novas ocorrências de espécies, ampliando desta forma o nível de conhecimento e distribuição geográfica. Enfatiza-se a necessidade de mais estudos deste grupo de vegetais, em decorrência dos constantes impactos sobre os recursos naturais, lenvando a níveis cristicos de destruição dos habitats, possibilitando assim, o desaparecimento das espécies, ainda não conhecidas. AGRADECIMENTOS Ao Dr. Denilson Fernandes Peralta do IBT (SP) pelas identificações e confirmações das espécies. A Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), pela concessão da Bolsa de Iniciação Cientifica do terceiro autor (BIC/UEMA). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BALLEJOS, J.; BASTOS, C.J.P. Musgos Pleurocárpicos do Parque Estadual das Sete Passagens, Miguel Calmon, Bahia, Brasil. Hoehnea 36(3): BRITO, E.S.; RODRIGUES, M.S.; CONCEIÇÃO, G.M. Ocorrência da Família Sematophyllaceae (Bryophyta), da Área de Proteção Ambiental Municipal do Inhamum, Caxias, Maranhão, Brasil. Revista Inovação, 60-63p BUCK, W.R. Guide to the Plants of Central French Guiana: Part 3. Mosses. The New York Botanical Garden, New York, 167 p BUCK, W.R.; GOFFINET, B. Morphology and Classification of Mosses. In: A.J. Shaw & 40

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11 Revista ACTA Tecnológica - Revista Científica - ISSN X, Vol. 5, número 2, jul-dez de mata atlântica da reserva ecológica da Michelin, município de Igrapiúna, Brasil. Hypnales (Bryophyta: Bryopsida). Acta bot. Bras. 23(3): VITAL, D.M.; BONONI, V.L.V. Briófitas sobre tumbas em cemitérios da região metropolitana de São Paulo, SP. Hoehnea 33(2): YANO, O. Briófitas. In:. Técnicas de Coleta, preservação e Herborização de material Botânico. São Paulo: Manual nº 4. Instituto de Botânica, p YANO, O. Leucobryaceae (Musci): do Estado de São Paulo. Dissertação (Mestrado na Área de Produtos Naturais) - Escola Paulista de Medicina, São Paulo, BRITO, E.S.; CONCEIÇÃO, G.M.; PERALTA, D.F. Notes on geographic distribution: Pottiaceae, Hyophila involuta (Hook.) Jaeg. & Sauerb. (new occurrence in the state of Maranhão, Brazil), Hyophila apiculata fleisch (new occurrence in Brazil). Pesquisa em Foco, v. 17, n.2, p ,