Anais III Simpósio Regional de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto Aracaju/SE, 25 a 27 de outubro de 2006
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- Salvador Rocha Camilo
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1 O GPS NAVEGADOR E AS TECNOLOGIAS LIVRES PARA ATUALIZAÇÃO DO MAPEAMENTO GEOMORFOLÓGICO DO 1 TERRITÓRIO BRASILEIRO NA ESCALA: 1: SANTOS, P. R. A. DOS RESUMO: O presente trabalho visa demonstrar a possibilidade de utilização de metodologia de atualização de mapeamento temático para a escala de 1: utilizandose, a partir do levantamento de campo com GPS navegador, neste caso o GARMIN GPS II PLUS, o aplicativo livre Trackmaker, o portal do Google Earth e os modelos SRTM, sobrepondo-se imagens e arquivos digitais de atualização o que possibilita agilizar o processo de atualização do mapeamento temático de geomorfologia. PALAVRAS CHAVES: GARMIN GPS II PLUS, TrackMaker, Google Earth, SRTM e Geomorfologia. ABSTRACT: The present work seeks to demonstrate the possibility of use of methodology of updating of thematic map for the scale of 1: being used, starting from the field rising with GPS navegator case GARMIN GPS II PLUS, the application liberates Trackmaker, portal of Google Earth and models SRTM, being put upon images and digital files of updating that it makes possible to activate the process of updating of the thematic map of geomorphology. KAYWORD: GARMIN GPS II PLUS, TrackMaker, Google Earth, SRTM and Geomorphology. 1 Ms. em Engenharia Cartográfica pelo IME, Eng. Cartógrafo do IBGE, Av. República do Chile 500, 15 andar, Centro, Rio de Janeiro RJ. pauloroberto@ibge.gov.br
2 INTRODUÇÃO: A atualização do mapeamento temático do território brasileiro na escala de 1: , desde 1986 com a incorporação do Projeto RADAM, vem sendo desenvolvido no âmbito da Coordenação de Recursos Naturais CREN do IBGE, que a partir do mapeamento do território realizado pelo projeto, na década de setenta, vem sendo sistematicamente transformado do meio analógico para o meio digital, visando atualizá-lo e estruturá-lo em banco de dados geográfico (Figura 1). Com este objetivo, e a luz de novas tecnologias, vem-se buscando uma nova metodologia de atualização do mapeamento temático na Coordenação de Recursos Naturais-CREN, priorizando os dados e aplicativos livres disponibilizados na rede. GEOMORFOLOGI Figura 1- Situação da atualização do mapeamento de geomorfologia. MATERIAL E MÉTODOS: A atualização de uma carta do mapeamento temático na escala de 1: é feita a partir da escanerização dos originais de interpretação do tema trabalhado para edição anterior pelo projeto RADAM. Posteriormente é feito o georreferenciamento deste original na projeção adotada para o projeto, que é a Equivalente de Albers. Depois ajusta-se a interpretação da edição anterior sobre as imagens do sensor
3 CBERS II, que são disponibilizadas gratuitamente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais-INPE. As informações altimétricas para as análises geomorfológicas são feitas sobre os modelos SRTM que possibilitam, além da elaboração de curvas de nível, o traçado de perfis da área de estudo(figura 2). Conforme Santos,2005, estes modelos apresentam qualidade das informações altimétricas compatível com a escala de trabalho. Com esta nova interpretação, o técnico avalia as áreas que necessitam de complementação de informações para o planejamento de campo, que vai ser feito pelo próprio técnico que gerou a atualização de gabinete. Este campo é feito utilizando-se GPS para determinação de pontos de interesse do tema e, em alguns casos, o levantamento pode ser acompanhado em tempo real com um microcomputador portátil e o aplicativo GPS TrackMaker. Figura 2 - Modelo SRTM, Perfil e Imagem ótica com curvas de nível. GPS TRACKMAKER: O GPS TrackMaker, é um aplicativo livre desenvolvido a partir de 1998, inicialmente para equipamentos GPS Garmin, visando a edição de dados utilizados em perícias de engenharia e na prática de esportes off-road. A partir de 2000 com a interrupção da Disponibilidade Seletiva (SA), diminuiu-se o erro médio do GPS para 10 metros. De um dia para o outro, o programa GPS TrackMaker ganhou 10 vezes mais precisão.
4 Em 2005 o programa recebeu melhorias significativas, com a implementação de mapas vetoriais de fundo de alta velocidade, ao mesmo tempo em que a Google lançou o programa Google Earth possibilitando ao programa GPS TrackMaker ter uma interface 3D de imagens gratuitas de satélites de todo o mundo (Junior, 2006). MODELOS SRTM (SHUTTLE RADAR TOPOGRAPHIC MISSION): a missão SRTM (Shuttle Radar Topographic Mission) colocou em órbita em fevereiro de 2000 a nave espacial Endeavour. Esta nave levou em seu compartimento de carga um equipamento SAR interferométrico, operando nas bandas C e X. Uma haste mecânica presa à nave, levou em sua extremidade duas antenas receptoras do SAR, bandas C e X. Ao longo de 11 dias, utilizando a técnica de interferometria de uma passagem, foi imageada 80% da superfície terrestre, compreendendo os paralelos 60 Norte e 56 S, fornecendo modelos tridimensionais com amplitude da grade de 30 metros (SRTM 1) e 90 metros (SRTM 3) (Chien, 2000). Essa Missão foi um projeto realizado em conjunto pela NASA (National Aeronautics and Space Administration) e NIMA (National Imaging and Mapping Agency), dos EUA, com participação das agências espaciais DLR (Deutsche Zentrum für Luft-und Raumfhart), da Alemanha, e ASI (Agenzia Spaziale Italiana), da Itália. A combinação do TrackMaker com imagens orbitais e modelos SRTM tornou possível o desenvolvimento de projetos de elaboração e atualização de mapeamento temático, possibilitando inclusive a utilização de navegação em tempo real. A partir desta constatação buscou-se a adequação destas ferramentas as necessidades do projeto de atualização sistemática das informações de geomorfologia da Coordenação de Recursos Naturais. Posteriormente os técnicos vão a campo com as áreas determinadas, levando cada equipe um GPS navegador Garmin GPS II Plus e com percurso de atualização definido em gabinete. Em cada ponto determinado, é feita uma descrição detalhada da área visando a elaboração de uma caderneta de campo digital que acompanhará o arquivo de pontos. No retorno dos trabalhos de campo, o técnico, utilizando o cabo de conexão GPS/Microcomputador descarrega seu arquivo de pontos diretamente no TrackMaker
5 utilizando a ferramenta interface/garmin/interface que vai abrir uma janela onde será escolhidas as opções product ID/waypoints/Request from GPS (Figura 3). Os pontos serão posicionados conforme suas coordenadas de campo, possibilitando ao técnico selecionar com a seta existente na barra de ferramentas do aplicativo TrackMaker, os pontos que serão analisados. Então pressiona-se o ícone do Google Earth contido na barra de ferramentas superior. Figura 3 - Janela do TrackMaker para descarregar dados GPS. O google Earth abrirá o mosaico de imagens orbitais na área dos pontos escolhidos, possibilitando a análise e crítica dos pontos de campo (Figura 4). Posteriormente o técnico sobrepõe seus arquivos de imagens e/ou interpretações da área de trabalho no Google Earth, através das ferramentas Tools/ Insert Map Image no aplicativo GPS TrackMaker, possibilitando comparações entre imagens de períodos distintos e interpretações, com os pontos escolhidos, que facilitará ao técnico temático a atualização do mapeamento.
6 Figura 4 - Imagem do Google Earth com pontos de campo. RESULTADOS: Os resultados parciais alcançados, mostram-se bastante promissores, já que além de dar maior agilidade ao processo de atualização temática, também apresenta maior confiabilidade, pois esta metodologia propõe a utilização de imagens do sensor ótico CBERS II e modelos do radar SRTM e atualização de campo. CONCLUSÕES: Conclui-se que esta metodologia é bastante interessante para aplicação na atualização do mapeamento temático, embora recomende-se aplicá-la em outra área de trabalho para que possa ser refinada. BIBLIOGRAFIA: CHIEN, P. Endeavour maps the workld in three dimensions. Geoworld, n.37, p Abril de JUNIOR, O. F. Julho de 2006.
7 SANTOS, P. R. A. Avaliação da precisão vertical dos modelos SRTM para a Amazônia. XII Simpósio de Sensoriamento Remoto Goiânia GO, Abril de 2005.
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