Rendas da classe média podem subir até 600 euros

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1 Rendas da classe média podem subir até 600 euros Limite de renda para idosos de classe média/alta sobe 50% As rendas antigas pagas por famílias da classe com que a futura renda não possa pesar mais média, com rendimentos brutos mensais até de 25% no rendimento mensal bruto do agregado familiar. Para as famílias mais desfavore euros, vão subir, no máximo, até 600 euros. Este valor decorre do limite imposto pelo cidas, com rendimentos brutos inferiores a 500 novo regime de arrendamento urbano, que faz euros, o limite é de 50 euros. Economia 18 e 27

2 NOVO REGIME DE ARRENDAMENTO URBANO Máximo de 600 euros de renda para famílias com rendimentos até euros Cada filho a cargo reduz em 242,5 euros o rendimento considerado para efeitos de aumento da renda MANUEL ESTEVES mesteves@negocios.pt As rendas vão aumentar de forma muito rápida, sem gradualismo. Para a maioria, será já durante o próximo ano enquanto as restantes subirão em No entanto, em certas circunstâncias, os aumentos vão ter limites. Segundo as explicaçõesdo Ministério do Ambiente sobre o novo regime de arrendamento urbano, aprovado na semanapassada, as famílias com rendimentos inferiores a euros vão pagar, no máximo, uma renda de 600 euros. Este limite é o que decorre daaplicaçãodeuma taxa de esforço de 25% ao rendimento. Filhos valem 242,5 euros Para o cálculo das condições financeiras dos inquilinos, utiliza-se o conceito de Rendimento Anual Bruto Corrigido, já previsto na actual legislação. Este rendimento baseia-se no salário ou pensão dos inquilinos que integram o agregado, deduzido de metade do salário mínimo por cada dependente (sejaascendente ou descendente). Ou seja, cada dependente (designadamente filhos) reduz em 242,5 euros o rendimento considerado. Por exemplo: um casal em que o marido recebe, em termos brutos, euros e a mulher euros, e que tenha um filho a cargo, deverá pagar uma renda máximade 490 euros. 0 limite sobe para 550 euros caso o filho não esteja a cargo. Ainda assim, a subida será significativo jáqueamaioriados inquilinos com contratos celebrados antes de 1990 paga rendas muito baixas. Segundo o INE, 44% das rendas antigas estão abaixo de 50 euros. Por outro lado, a subida da renda vai ser imediata, sem lugar a nenhum tipo de gradualismo, ao contrário do que prevê o actual mecanismo de actualização de renda Para as famílias com rendimentosbrutosatésooeuros,asubidafica ainda mais limitada, com uma taxa de esforço máxima de 10%. Significa isto que, nestes casos, a renda não pode ir além dos 50 euros. Também há limite para idosos Parainquilinoscommaisde6sanos, mas sem carências financeiras, a subida da renda também tem limites, que correspondem aum quinze avos do valor tributário do imóvel. Esta taxa de 6,7% (1/15) compara com os 4% previstos na actual lei - mais 50%. Embora não possam ser despejados só porvontade do proprietário, estes arrendatários idosos que não consigam pagar, terão de largar a casa Proposta do Governo prevê três limites para as rendas que resultem da negociação: um para famílias pobres; outro para famílias da classe média; e outro para idosos de classe média/alta. Quem não conseguir pagar estes valores, terá de abandonar a casa.

3 Só microentidades escapam a subida imediata da renda /*K\ 0 mecanismo de ( > ) actualização de rendas ao segmento também onde se inclui se vai aplicar não habitacional, o comércio. Também aí vai vigorar o sistema da negociação directa, cabendo ao senhorio tomar a iniciativa. Se não houver acordo, o inquilino tem de abandonar o espaço arrendado, recebendo em troca uma indemnização correspondente a 60 vezes o valor médio das duas propostas. No entanto, as microentidades vão beneficiar de regras excepcionais: à semelhança do que acontece com as famílias carenciadas ou idosos, os comerciantes que tenham um volume de negócio até 500 mil de euros contam com um período de cinco anos durante o qual a sua renda fica sujeita a limites máximos. Porém, não se conhecem ainda detalhes sobre estas limitações.

4 PERGUNTAS COM RESPOSTA AINDA NAO SE CONHECE A PROPOSTA DE LEI, MAS APENAS O RESUMO DAS MEDIDAS APRESENTADO PELO GOVERNO A QUE CONTRATOS SE APLICA A LEI DO ARRENDAMENTO? A todos os contratos. As alterações dizem sobretudo respeito à duração dos contratos e à aceleração dos procedimentos para despejo de inquilinos por incumprimento do contrato. Mas a proposta do Governo inclui um novo mecanismo de actualização das rendas anteriores a 1990, que diz respeito a cerca de 255 mil famílias, e que constitui o aspecto mais sensível da reforma. AS RENDAS ANTIGAS SOBEM PARA NÍVEIS DE MERCADO? É essa a intenção do Governo. Mas a forma como isso vai acontecer varia consoante a situação do inquilino. A regra geral, aplicável a todos os inquilinos, assenta num processo negociai que arranca com uma primeira proposta do senhorio, à qual o inquilino deve responder, aceitando ou contrapropondo outro valor. Se houver acordo, a renda aumenta de imediato. Não havendo acordo, que é o mais previsível, há vários cenários possíveis consoante os rendimentos inquilinos. ARRENDATÁRIOS e idade dos POBRES E IDOSOS FICAM PROTEGIDOS? Há regras específicas para eles. Mas uma coisa é certa: ninguém escapa aos aumentos e uma parte terá de sair das suas casas. Segundo o Ministério do Ambiente, os inquilinos com rendimentos inferiores a euros não podem pagar uma renda que supere 25% do seu rendimento mensal bruto, ponderado pelo número de dependentes a cargo, do respectivo agregado (ver texto à esquerda). Se os rendimentos forem inferiores a 500 euros, a taxa de esforço desce para 10%. Este tecto só é válido durante cinco anos. No final deste período, a renda sobe mesmo, cabendo ao Estado apoiar o inquilino, desonerando-se dessa o senhorio responsabilidade. E O QUE ACONTECE INQUILINOS IDOSOS? AOS As pessoas mais velhas têm dificuldades acrescidas em termos de mobilidade. Por isso, a lei impedirá que elas sejam despejadas só porque essa é a vontade do senhorio. No entanto, as rendas podem subir - e muito. Se o inquilino não tiver dinheiro para pagar a renda, então terá de sair da casa. NESSE CASO, NÃO HÁ LIMITES? Há. A renda não poderá ultrapassar um quinze avos do valor patrimonial da casa. Este é um limite 50% superior ao previsto na actual lei. Para uma casa que valha representa a 833 euros. 150 mil euros uma renda superior E SE NÃO HOUVER CARÊNCIA FINANCEIRA? Nesse caso, é mais rápido. Se não houver acordo face ao novo valor da renda, o inquilino tem seis meses para largar a casa, levando consigo uma indemnização equivalente a 60 vezes o valor médio das propostas do arrendatário e do senhorio. O INQUILINO DESPEJADO Se as obras forem PODE SER POR OBRAS? profundas ou tiver em causa a demolição, sim. A proposta do Governo dá muito mais poder ao senhorio que tem apenas de pagar uma indemnização correspondente a seis meses de renda. Se o inquilino tiver mais de 65 anos, este tem de ser realojado casa análoga concelho. no mesmo em A REABILITAÇÃO URBANA VAI TORNAR-SE MAIS FÁCIL? Sim. Esse é, aliás, um dos grandes objectivos da proposta do Governo. Do que se conhece até agora, o novo regime deverá desencadear grandes mudanças nos centros históricos. Além do aumento das rendas, é de esperar um grande número de despejos, que abrirão excelentes oportunidades de negócio no ramo imobiliário e que poderão conduzir, finalmente, à tão almejada reabilitação urbana nas cidades portuguesas, me

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