CURSO DE ENGENHARIA CIVIL. Luís Henrique Thier

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1 CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Luís Henrique Thier APLICAÇÃO DAS FÓRMULAS DINÂMICAS PARA CONTROLE E AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO PARA UM PERFIL GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO DE UM TERRENO DE SANTA CRUZ DO SUL - RS Santa Cruz do Sul 2013

2 UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL Luís Henrique Thier APLICAÇÃO DAS FÓRMULAS DINÂMICAS PARA CONTROLE E AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO PARA UM PERFIL GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO DE UM TERRENO DE SANTA CRUZ DO SUL - RS Santa Cruz do Sul 2013

3 Luís Henrique Thier APLICAÇÃO DAS FÓRMULAS DINÂMICAS PARA CONTROLE E AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO PARA UM PERFIL GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO DE UM TERRENO DE SANTA CRUZ DO SUL - RS Trabalho de conclusão apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Universidade de Santa Cruz do Sul para obtenção do título de Engenheiro Civil. Orientador: Prof. Ms. Leandro Olivio Nervis Santa Cruz do Sul 2013

4 Luís Henrique Thier APLICAÇÃO DAS FÓRMULAS DINÂMICAS PARA CONTROLE E AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO PARA UM PERFIL GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO DE UM TERRENO DE SANTA CRUZ DO SUL - RS Este trabalho de conclusão foi submetido ao Curso de Engenharia Civil, Universidade de Santa Cruz do Sul UNISC para obtenção do título de Engenheiro Civil. Professor Eng. Ms. Leandro Olívio Nervis Professor Orientador Professor Eng. Ms. João Rodrigo Guerreiro Mattos Professor Examinador Professor Eng. Ms. José Antônio Rohlfes Jr. Professor Examinador Santa Cruz do Sul 2013

5 Até os jovens se cansam, e os moços tropeçam e caem; mas os que confiam no Senhor recebem sempre novas forças. Voam nas alturas como águias, correm e não perdem as forças, andam e não se cansam. (Isaías , NTLH)

6 AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, por me acompanhar em todos esses anos de caminhada, dando a mim sabedoria, inteligência, disciplina, autocontrole, força e coragem para enfrentar todos os desafios e adversidades que passei nesses anos de estudo. Obrigado por me mostrar e me ajudar a seguir pelos caminhos que Senhor preparou para mim. A meus pais Lúcio e Marta Thier, pelo amor, carinho, dedicação, confiança e paciência nesses anos de caminhada. O sucesso dessa conquista certamente passa por vocês dois. Vocês sempre serão um espelho para minha vida. Eu amo vocês, muito obrigado! A minha irmã Daniela Thier Rollof e sua família, André e Rafaela. Obrigado por todos os conselhos e ajuda, sempre seguirei o teu exemplo de perseverança e dedicação. Agradeço também ao amigo e orientador dessa pesquisa, professor e engenheiro Leandro Olívio Nervis. Obrigado pelo apoio e dedicação, obrigado pela transmissão de conhecimentos e por dedicar tempo para a realização dessa conquista. Agradeço também a todos os professores com quem tive convívio, agradeço a paciência e a dedicação nesses anos de aprendizagem. Ao engenheiro Auro Schilling e a toda equipe da empresa Estacas Brasil Limitada. O apoio de vocês foi de fundamental importância para a realização desse trabalho. A todos os meus amigos e pessoas que de alguma forma contribuíram para a realização dessa pesquisa. Muito obrigado.

7 RESUMO Considerando que mesmo sendo a solução mais simples para a maioria dos problemas de fundações, as estacas escavadas tradicionais nem sempre possuem as devidas condições de serem implantadas, pois alguns fatores presentes no local da obra eventualmente impedem tal emprego. Assim, com o passar do tempo, fez-se necessário à criação de novas tecnologias para solucionar tais problemas, e as estacas pré-moldadas se enquadram nesse contexto. Podendo ser constituídas de apenas um material, como por exemplo, madeira e aço, ou dois materiais, como concreto armado, as estacas pré-moldadas apresentam-se como a solução tecnológica mais indicada quando o solo possui lençol freático próximo à superfície, quando o mesmo é composto basicamente por areias e quando há risco de desmoronamentos na execução do fuste quando a estaca é escavada. Então, a execução das estacas pré-moldadas foi se tornando algo corriqueiro, e observou-se que, especialmente as pré-moldadas de concreto, apresentavam-se uma solução econômica bastante atraente em relação a outras estacas cravadas, com perfil metálico, por exemplo. Frente a isso, surgiu à necessidade da criação de um sistema de controle de qualidade dessas estacas que comprovassem as capacidades de carga determinadas com os Métodos Semiempíricos tradicionais, e os sistemas de controle mais usados atualmente, tratando-se cravação a percussão de estacas pré-moldadas de concreto, são as Fórmulas Dinâmicas. Com base em tudo isso, o objetivo principal desse trabalho consistiu em realizar uma análise comparativa entre os valores de capacidade de carga geotécnica de estacas prémoldadas de concreto determinados com os Métodos Semiempíricos de dimensionamento Aoki & Velloso (1975) e Decourt & Quaresma (1978) e aqueles obtidos com o emprego das Fórmulas Dinâmicas para determinado perfil geológicogeotécnico de um terreno localizado na cidade de Santa Cruz do Sul - RS. Tomouse como ponto de partida a análise do perfil geológico-geotécnico elaborado a partir dos resultados dos ensaios SPT realizados no terreno em questão. Foi realizado o controle da nega durante a execução das estacas pré-moldadas de concreto, o que possibilitou a obtenção dos valores de capacidades de carga através do emprego das Fórmulas Dinâmicas. Em paralelo a isso, foram determinadas as capacidades

8 de carga com a aplicação dos Métodos Semiempíricos, sendo então efetuada uma análise comparativa entre os resultados obtidos. Palavras-chave: Solos, fundações e estacas pré-moldadas.

9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 Capacete usado em estacas pré-moldadas de concreto Figura 2 Equipamento para cravação a percussão de estacas Figura 3 Planta de fundação e localização dos pontos de sondagem SPT Figura 4 Localização da obra no centro urbano de Santa Cruz do Sul Figura 5 Mapa geológico de Santa Cruz do Sul Figura 6 SPT Figura 7 SPT Figura 8 Perfil geológico-geotécnico do terreno segundo o Ensaio SPT Figura 9 Depósito das peças no canteiro de obras Figura 10 Rolos e cepos de madeira para posicionamento e deslocamento da máquina no canteiro de obras Figura 11 Içamento da peça com o capacete de proteção Figura 12 Verificação do prumo da torre do bate-estaca Figura 13 Verificação do prumo da estaca pré-moldada de concreto Figura 14 Cavalete para a aferição da nega Figura 15 Medição da nega... 51

10 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Coeficientes de minoração 2 e Tabela 2 Decourt & Quaresma (1978) Tabela 3 Aoki & Velloso (1975) Tabela 4 Valores de nega para as estacas controladas Tabela 5 Capacidade de carga admissível de acordo com as Fórmulas Dinâmicas (KN) Tabela 6 Valores de capacidade admissível de carga (KN) Tabela 7 Coeficientes F 1 e F Tabela 8 Coeficientes K e Tabela 9 Coeficientes C... 66

11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Área e limitação do tema Objetivo geral Objetivos específicos Justificativas REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Fundações Fundações superficiais Fundações profundas Estacas escavadas Estacas de deslocamento Estacas pré-moldadas de concreto Fabricação das estacas pré-moldadas de concreto Capacidade estrutural das estacas pré-moldadas de concreto Processo executivo das estacas pré-moldadas Cravação por percussão Cravação por prensagem (estacas tipo Mega) Cravação por vibração Emendas e ligação estaca/bloco Controles da qualidade na execução de estacas pré-moldadas de concreto Provas de carga estática Controle da nega Controle do repique Sondagens de investigação do subsolo Horizontes constituintes de um perfil pedogenético Camadas constituintes de um perfil geológico-geotécnico Sondagem SPT Definições e equipamentos constituintes Procedimentos Amostragem... 26

12 2.5 Métodos Semiempíricos de dimensionamento da capacidade de carga Método Aoki & Velloso (1975) Método Decourt & Quaresma (1978) Dimensionamento geotécnico Método dos valores admissíveis Método dos valores de projeto Método alternativo para a obtenção da resistência de projeto Estimativas de carga com a aplicação das Fórmulas Dinâmicas Fórmulas de Wellington Incorporação da Lei de Choque de Newton Fórmula dos Holandeses Fórmula de Janbu Fórmula dos Dinamarqueses Fórmula de Hiley Fórmula de Brix METODOLOGIA DESCRIÇÃO GERAL DA OBRA E DO MEIO EXPERIMENTAL Descrição do projeto e da obra a ser implantada Caracterização geológica-geotécnica e pedológica do local Análise do perfil geológico-geotécnico obtido através do Ensaio SPT Análise do perfil referente ao SPT Análise do perfil referente ao SPT Camadas constituintes do perfil geológico-geotécnico Escolha do tipo de fundação segundo o Ensaio SPT CAPACIDADES DE CARGA DETERMINADAS COM OS MÉTODOS SEMIEMPÍRICOS Capacidade de carga de acordo com Decourt & Quaresma (1978) Capacidade de carga de acordo com Aoki & Velloso (1975) Análise dos Métodos Semiempíricos CONTROLE DE CAMPO E APLICAÇÃO DAS FÓRMULAS DINÂMICAS Controle de campo Valores de nega obtidos para cada estaca controlada Aplicações das Fórmulas Dinâmicas... 52

13 6.4 Análise das Fórmulas Dinâmicas CONCLUSÃO Análise comparativa das capacidades de carga determinadas com os Métodos Semiempíricos e as Fórmulas Dinâmicas BIBLIOGRAFIA ANEXO A Figuras 1 e ANEXO B Planta de fundação e localização dos pontos de sondagem SPT. 59 ANEXO C Localização da obra no centro urbano de Santa Cruz do Sul ANEXO D Mapa geológico da cidade de Santa Cruz do Sul ANEXO E SPT ANEXO F SPT ANEXO G Tabela ANEXO H Tabela ANEXO I Tabela

14 13 1 INTRODUÇÃO Desde os tempos pré-históricos as estacas vêm marcando um importante papel no meio civil. Esses elementos eram uma boa solução para uma série de situações nas obras, como por exemplo, construções em regiões pantanosas ou em áreas onde materiais mais resistentes eram escassos (VELLOSO e LOPES, 2010). Considerando que mesmo sendo a solução para a maioria dos problemas, as estacas escavadas tradicionais nem sempre tinham as devidas condições de serem implantadas, pois o tipo de solo presente no local da obra impedia tal ato. Por isso, com o passar do tempo, se fez necessário o uso de novas tecnologias para solucionar tais problemas, e as estacas pré-moldadas se enquadram nesse grupo. Podendo ser constituídas de apenas um material, como por exemplo, madeira e aço, ou dois materiais, como concreto armado, as estacas pré-moldadas são a solução tecnológica mais indicada quando o solo apresenta lençol freático próximo da superfície, quando o mesmo é composto basicamente por areias e quando há risco de desmoronamentos na execução do fuste pelos equipamentos de escavação. Então, a execução das estacas pré-moldadas foi se tornando algo corriqueiro, e observou-se que, especialmente as pré-moldadas de concreto, apresentavam-se uma solução econômica bastante atraente em relação a outras estacas cravadas, com perfil metálico, por exemplo. Frente a isso, surgiu à necessidade da criação de um sistema de controle de qualidade dessas estacas que comprovassem as capacidades de carga determinadas com os Métodos Semiempíricos tradicionais. Cita-se como um dos sistemas mais conhecidos, as Fórmulas Dinâmicas. Essas fórmulas aplicam leis da física levando em consideração que o processo de cravação das estacas pré-moldadas é um fenômeno dinâmico (VELLOSO e LOPES, 2010). Segundo Alonso (2011), o controle de qualidade na cravação das estacas prémoldadas, em especial a aplicação das Fórmulas dinâmicas, é de suma importância, pois é através desses sistemas que é possível aferirem a existência de três importantes fatores em um projeto de fundações: segurança, funcionalidade e durabilidade.

15 Área e limitação do tema A pesquisa possui como foco principal um estudo sobre a aplicabilidade das Fórmulas Dinâmicas para a avaliação de capacidade de carga geotécnica de estacas pré-moldadas de concreto e seu emprego no controle de execução desse tipo de estaca para determinado perfil geotécnico de um terreno localizado na cidade de Santa Cruz do Sul - RS. Primeiramente, será realizada uma abordagem sobre os vários tipos de fundações profundas e, em especial, sobre as estacas pré-moldadas de concreto. Detalhes relativos às sondagens SPT e Métodos Semi Empíricos Aoki & Velloso e Decourt & Quaresma para a determinação da capacidade de carga geotécnica a nível de projeto serão observados e se constituirão parte integrante do presente estudo. O desenvolvimento do trabalho será focado na área da engenharia geotécnica, com ênfase em engenharia de fundações, sendo demandados conhecimentos de geologia de engenharia, mecânica dos solos e fundações. 1.2 Objetivo geral O objetivo geral do trabalho consiste em realizar uma análise comparativa entre os valores de capacidade de carga geotécnica de estacas pré-moldadas de concreto determinados com os Métodos Semiempíricos de dimensionamento Aoki & Velloso (1975) e Decourt & Quaresma (1978) e aqueles obtidos com o emprego das Fórmulas Dinâmicas para determinado perfil geológico-geotécnico de um terreno localizado na cidade de Santa Cruz do Sul - RS. 1.3 Objetivos específicos Os objetivos específicos constituíram-se do acompanhamento sob um olhar crítico dos procedimentos da realização de uma sondagem SPT e a emissão do respectivo relatório, a aplicação prática dos Métodos Semiempíricos de dimensionamento já mencionados para a determinação da capacidade de carga geotécnica de estacas pré-moldadas, a aplicação prática do monitoramento da nega durante a execução de estacas pré-moldadas e os aspectos relacionados e a

16 verificação da validade desse procedimento no controle de execução de estacas pré-moldadas de concreto Justificativas As fundações são parte constituinte da estrutura de qualquer obra civil, pois são responsáveis por transmitir de forma tecnicamente adequada os esforços para o solo. Dessa forma, assim como outros elementos, devem oferecer, sob a ação de carregamentos, garantias de qualidade, segurança e funcionalidade, observados também os critérios de economicidade. A partir disso, Alonso (1991) salienta que, para garantir tais características, às fundações devem ser apoiadas por três características básicas: um bom projeto, um bom controle e uma boa execução, sendo que o controle constitui uma das etapas mais importantes. Portanto, quando se trata de estacas pré-moldadas de concreto, sendo estas devidamente dimensionadas com métodos comprovados por sua eficiência, o controle das capacidades de carga das mesmas pode ser feito com a monitoração das negas durante a execução. Uma vez garantidos estes dados aplicam-se a Teoria das Fórmulas Dinâmicas que proverão o engenheiro de dados confiáveis para a determinação da qualidade e posterior aprovação ou não destes elementos. Estes procedimentos são imprescindíveis e nunca devem ser ignorados durante o projeto e execução das estacas pré-moldadas de concreto. Nesse contexto, se encontram disponíveis na literatura técnica diversas Fórmulas Dinâmicas, as quais foram obtidas experimentalmente em vários tipos de perfis geológico-geotécnicos e em diferentes países. Entretanto, essas fórmulas têm sido largamente empregadas ao redor do mundo. Constata-se ser de grande importância a realização de um estudo focado na busca de conclusões sobre a aplicabilidade de tais fórmulas para situações específicas, como por exemplo, para o caso de estacas pré-moldadas para determinado perfil geológico-geotécnico de um terreno de Santa Cruz do Sul - RS. De forma paralela, o estudo permitirá também a revisão e aplicação de diversos aspectos e técnicas referentes à engenharia de fundações, o que contribui para a fixação e difusão do conhecimento na área.

17 16 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Fundações Pode-se definir fundação como todo e qualquer elemento estrutural que tenha a função de transmitir os esforços provenientes do sistema estrutural global de qualquer edificação ao solo (NBR 6122, 2010). Entende-se que o principal papel das fundações é resistir estruturalmente a esses esforços e também não provocar ruptura do sistema solo-fundação, oferecendo, assim, recalques aceitáveis e que a estrutura possa absorver sem oferecer riscos aos usuários. Segundo Hachich et al. (1998), as fundações são separadas em dois grandes grupos: fundações superficiais (ou rasas) e fundações profundas. A escolha do tipo de fundação que será adotado dependerá de fatores básicos que deverão ser analisados de acordo com a situação imposta pelo projeto. São vários os fatores, mas primeiramente e o mais importante é o tipo de solo que se encontra no local onde se deseja executar a obra e posição do nível de água. Cita-se, depois, a proximidade de edifícios e o tipo de fundação que foi empregado neles, a limitação dos tipos de fundações que estão disponíveis no mercado e a grandeza dos carregamentos de projeto Fundações superficiais A NBR 6122 (2010) descreve que fazem parte do grupo das fundações superficiais ou rasas todos os elementos que transmitem os carregamentos ao solo pela distribuição de tensão através da base. Deve-se também levar em conta que estes elementos têm a profundidade de assentamento em relação ao terreno duas vezes menor que a dimensão de menor proporção. As fundações que pertencem a esse grupo são as sapatas, os blocos, os radiers, as sapatas corridas, as sapatas associadas e as vigas de fundação Fundações profundas Segundo a NBR 6122 (2010), pode-se definir fundação profunda qualquer elemento que transmita carregamento ao solo através de sua ponta, área lateral ou

18 17 a combinação das duas. É também importante salientar que o elemento deve estar assente em profundidade superior ao dobro de sua menor dimensão em planta, e no mínimo 3m. Fazem parte das fundações profundas as estacas, os tubulões e os caixões. A distinção de estacas, tubulões e caixões se dão basicamente pelos seus métodos construtivos. Enquanto as estacas são executadas somente com equipamentos e ferramentas, os tubulões e caixões utilizam a escavação manual em algum momento do processo executivo. A partir disso, é possível classificar as estacas seguindo vários critérios. Podem ser classificadas de acordo com o material que as constituem (madeira, aço ou concreto) ou conforme o efeito provocado no solo em decorrência do método executivo empregado. Assim, seguindo o preceito desta segunda classificação, as estacas são divididas em dois grandes grupos: estacas escavadas e estacas de deslocamento (HACHICH et al., 1998) Estacas escavadas Como o próprio nome sugere, estacas escavadas são aquelas nas quais se retira o solo com o uso de algum processo mecânico. Nesse grupo enquadram-se todas as estacas moldadas in loco como, por exemplo, as estacas Strauss, Franki, Rotativas com uso ou não de lama bentonítica e as Hélices Contínuas em geral Estacas de deslocamento Nesse grupo encontram-se estacas nas quais o processo construtivo não promove a retirada do solo. Podem ser citadas, como exemplo, as estacas cravadas (pré-moldadas de concreto armado, aço e madeira) que na sua execução empurram o solo lateralmente e para a ponta na medida em que avançam em profundidade. 2.2 Estacas pré-moldadas de concreto De acordo com Velloso e Lopes (2010), o concreto é o melhor material para confecção das estacas. Sabe-se que a garantia de qualidade é fundamental, pois as

19 mesmas devem ser submetidas a um processo industrial no qual se tem rigoroso controle de qualidade Fabricação das estacas pré-moldadas de concreto As estacas pré-moldadas de concreto podem ser confeccionadas com o uso de concreto armado simples ou concreto protendido, sendo que o concreto é adensado por vibração ou centrifugação, levando em consideração que o primeiro é o de uso mais corriqueiro (HACHICH et al., 1998). O adensamento por centrifugação se dá basicamente pelo uso de uma fôrma cilíndrica oca no qual a armadura é posicionada em seu interior e o concreto adicionado regularmente por toda a fôrma. Essa fôrma é então disposta sobre roletes que irão girar a velocidades constantes durante determinado período de tempo. De acordo com Hachich et al. (1998), considerações quanto ao tipo de concreto, tamanho dos agregados graúdos e miúdos e tempo de centrifugação são de suma importância, pois esses fatores serão as variáveis que interferirão na boa ou má qualidade do concreto pré-moldado, existindo a possibilidade da separação dos materiais dentro da fôrma. Já o adensamento por vibração consiste na simples colocação do concreto em fôrmas de pré-fabricados e posterior vibração mecânica. Cabe lembrar que o processo de cura do concreto se dá por vapor tanto no adensamento por vibração ou por centrifugação garantindo ganho de resistência nas primeiras horas e antecipação da desfôrma. A cura a vapor do concreto consiste na colocação da peça pré-moldada dentro de uma câmara fechada onde existe a circulação de vapor d água pelo seu interior. O vapor pode ser gerado através de uma fonte calorífera e é levado até a câmara por meio de tubulações Capacidade estrutural das estacas pré-moldadas de concreto Como o foco do presente trabalho não é o dimensionamento estrutural das estacas pré-moldadas, serão expostas apenas algumas considerações relevantes referentes ao assunto. A NBR 6122 (2010) prescreve que as estacas pré-moldadas de concreto devem ser dimensionadas como elementos estruturais pré-fabricados. As tensões

20 19 atuantes no concreto podem variar de 6Mpa a 14Mpa e suas cargas de trabalho vão girar em função direta das dimensões, taxa de armadura e do tipo de fabricação desses elementos. Para se fazer uma melhor escolha é necessário consultar as empresas que fabricam tais elementos, conhecendo assim as cargas admissíveis, a fim de tornar o projeto melhor adequado para cada situação. É importante citar que a nível de pré-projeto ou estudo de alternativas corriqueiramente são utilizadas tabelas de referência para a escolha das estacas pré-moldadas Processo executivo das estacas pré-moldadas As estacas pré-moldadas de concreto, as quais fazem parte do grupo de estacas de deslocamento, podem ser executadas de várias formas. Citam-se como as mais usuais, os processos de cravação por vibração, prensagem e percussão (HACHICH et al, 1998) Cravação por percussão A forma mais conhecida e usualmente adotada para a execução de estacas pré-moldadas de concreto é a cravação por percussão. Usam-se basicamente duas técnicas de execução nessa modalidade: os martelos de queda livre e os martelos automáticos. (VELLOSO e LOPES, 2010). Na primeira técnica o pilão é puxado para cima com o auxilio de um cabo de aço. Ao atingir-se a altura de queda desejada, o cabo é solto, o pilão cai e aplica o golpe na estaca. Nessa modalidade não é recomendado o uso do cabo dobrado, mas sim a utilização de um cabo simples (HACHICH et al, 1998). Na segunda técnica, os martelos automáticos baseiam-se na utilização de um motor a combustão diesel que projeta o martelo para cima. Esta modalidade é mais eficiente que os martelos de queda livre, pois é garantida uma maior frequência na aplicação dos golpes sobre a estaca. Entretanto, cita-se como desvantagem a não precisão na altura de queda do pilão, pois a força que faz o martelo ser projetado para cima não é constante e influencia na altura de projeção. Tanto nos martelos de queda livre como nos martelos automáticos é necessária a preparação da peça pré-fabricada. Essa preparação consiste na colocação de um capacete na cabeça da estaca onde o mesmo terá a função de

21 20 absorver parte das tensões que o pilão aplica que eventualmente poderiam danificar o concreto na região superior da estaca. Esse capacete é composto com uma peça metálica, sendo que em sua parte superior é acoplado um cepo de madeira e na parte inferior um coxim também de madeira. Além de ter a função de amortecer o impacto do pilão o capacete também guia o martelo durante a queda para que o mesmo possa ser eficiente em seu desempenho. Um equipamento tradicional para cravação de estacas pré-moldadas encontrase no ANEXO A Cravação por prensagem (estacas tipo Mega) O processo executivo de cravação por prensagem constitui-se por um sistema onde a estaca é empurrada por macacos hidráulicos. Esses macacos hidráulicos podem ser apoiados sobre uma plataforma ou na própria estrutura desde que esses elementos ofereçam a resistência necessária para que as cargas impostas na estaca não sejam transferidas para esses elementos de apoio. Hachich et al. (1998) afirma que essa técnica de execução se sobressai às outras porque durante a execução é realizada uma prova de carga com cerca de 1,5 vezes a carga de trabalho da mesma, como consequência do próprio processo executivo. A partir disso pode-se dizer que o controle de qualidade nesses casos é eficiente e atesta à técnica grande credibilidade. Geralmente esse processo de cravação é empregado quando se deseja não gerar no local da obra ruídos, vibrações no solo, sendo assim muito utilizada no reforço de fundações. Cabe também ressaltar que a impossibilidade de instalação de outros equipamentos no local da obra é fator determinante para a escolha dessa modalidade. No que diz respeito ao tempo de execução, quando o sistema é apoiado na estrutura, as estacas podem ser executadas simultaneamente com outras etapas, mas se o apoio for sob plataforma compara-se o tempo de execução com as estacas cravadas a percussão (VELLOSO e LOPES, 2010).

22 Cravação por vibração Do contrário do processo de cravação por prensagem, a cravação por vibração causa elevadas vibrações no solo que podem afetar edificações vizinhas. Por isso, atualmente, não são empregadas com muita frequência. O equipamento é constituído por um sistema de agarradeiras que são fixadas na estaca, sendo em seguida acionado um motor que realiza o giro de duas massas excêntricas que geram uma vibração de grande intensidade Emendas e ligação estaca/bloco Como a maioria das estacas possui um tamanho limitado, é corriqueiro acontecer em obras a necessidade de emendas dos elementos pré-moldados. Essas emendas devem garantir a resistência necessária para a mesma suportar os esforços gerados no processo de cravação bem como na utilização dessas peças (HACHICH et al., 1998). Basicamente, citam-se duas formas de executar tais emendas: usando anéis de encaixe ou luvas metálicas do tipo macho e fêmea (HACHICH et al., 1998). É permitido usar esses dois sistemas quando a peça é solicitada apenas por cargas de compressão. Caso houver cargas tracionando a estaca ou momentos nela atuando, a NBR 6122 (2010) indica para estes casos a utilização de luvas e anéis soldados, estes sim resistentes aos esforços de tração e de momentos. Outro detalhe importante é o que diz respeito às ligações das estacas prémoldadas de concreto com o bloco de coroamento. Primeiramente deve-se quebrar o concreto e expor a armadura da estaca com uso de marteles e rompedores específicos para este fim sempre observando a forma certa de posicionar as ferramentas de quebra. Se o concreto for danificado no topo da estaca após a cravação é indicada a remoção do material comprometido e em seguida realizar o preenchimento da estaca com grout. Esses cuidados devem ser tomados, pois é na parte superior da estaca que os esforços atuantes na peça irão gerar maiores tensões.

23 2.3 Controles da qualidade na execução de estacas pré-moldadas de concreto 22 Uma das etapas mais importantes da execução de estacas pré-moldadas de concreto está ligada ao controle de qualidade para verificar se a capacidade de carga prevista no projeto está sendo atendida. Ao realizar esse controle, o engenheiro estará apto a verificar se tais elementos atingiram a cota de projeto e se o comportamento entre o elemento de fundação e o solo acontece sem nenhuma anormalidade. Para tal, lança-se mão de métodos para realizar este controle, tais como: a prova de carga estática e a aplicação dos Métodos Dinâmicos, sendo que esses levam em consideração dados de nega e repique controlados em obra. (ALONSO, 2011) Provas de carga estática Provas de carga estáticas consistem na aplicação de uma carga direta no elemento pré-fabricado. Além de testar a capacidade de carga, esse ensaio também determina o recalque correspondente (ALONSO, 2011). Esse ensaio é considerado como a melhor maneira de determinar a capacidade de carga de uma estaca pré-moldada, sendo que ele pode ser feito em uma estaca isolada ou também em grupo de estacas que se unirão e compor um bloco. A prova de carga constitui-se de um macaco hidráulico que é apoiado sobre uma base ou estacas de reação que pressionarão ou tracionarão a peça contra o solo. Atualmente, esse ensaio não é muito usado por se tratar de um procedimento de elevado custo e tempo Controle da nega A nega é considerada a medida mais comumente observada no processo executivo de estacas pré-moldadas de concreto cravadas a percussão. Define-se a nega como a penetração efetiva da estaca após um golpe do pilão sobre a mesma. Essa medida costuma ser feita com a penetração média depois de dez golpes (ALONSO, 2011).

24 23 A medida da nega determinada em obra servirá de base para a aplicação das Fórmulas Dinâmicas para verificação da capacidade de carga dos elementos préfabricados. As Fórmulas Dinâmicas serão abordadas com mais ênfase na sequência deste trabalho, sendo que esta abordagem abrangerá também modelos teóricos utilizados quando se aplica a nega para o controle da capacidade de carga. Existem várias formas de se observar a nega de uma peça pré-moldada. Segundo Velloso e Lopes (2010), a maneira mais simples consiste em colar um papel na lateral da estaca e usar uma régua bi apoiada como referência, riscar com um lápis uma marca inicial junto à régua, aplicar dez golpes com o pilão e repetir novamente a marca no papel com um lápis. A distância entre as duas marcas feitas com o lápis divididas pelos dez golpes resultará na nega obtida da peça. Entretanto, existem atualmente técnicas mais modernas de se obter tais medidas. Pode-se aplicar instrumentação eletrônica com o uso de sensores que farão as leituras de forma mais precisa e fornecerão, portanto, dados mais confiáveis. Ainda assim, devido ao alto custo e a sofisticação exigida, a aplicação da instrumentação eletrônica para o controle da nega torna o mesmo um procedimento pouco atrativo Controle do repique Conforme Alonso (2011), o repique consiste na parcela elástica do deslocamento máximo de uma seção de estaca após a aplicação de um golpe do pilão. A forma mais simples de se obter essa medida é a aplicação de uma folha de papel na seção considerada da estaca e riscar a mesma com o uso de uma régua continuamente, enquanto aplicam-se golpes com o pilão. Dessa maneira, determinase graficamente a medida do repique bem como o da nega, estudada anteriormente. Na mesma maneira que a nega, aplicam-se os dados do repique nas Fórmulas Dinâmicas específicas para o uso desta observação. Como o foco do presente trabalho não é a aplicação do repique nas Fórmulas Dinâmicas, não será dada maior ênfase nesse assunto.

25 Sondagens de investigação do subsolo Segundo Schnaid (2000), projetos de fundações que têm como objetivos serem econômicos e seguros devem ter como ponto de partida um ensaio de reconhecimento do subsolo. É reconhecida essa importância, pois esses ensaios fornecem dados básicos para qualquer projeto de fundações ou obras de terra como, por exemplo, estruturas de contenção e obras relacionadas à estabilidade de taludes. Atualmente no Brasil, empregam-se vários tipos de ensaios de campo, podendo-se citar como exemplo o SPT, CPT, Piezocone, Pressiômetro e Palheta (SCHNAID, 2000) Horizontes constituintes de um perfil pedogenético Segundo Streck et al. (2008), um perfil de solos é constituído por camadas verticais paralelas a superfície que se originaram a partir do processo de formação do solo. É possível diferenciar tais camadas quando analisada características como a coloração, textura, espessura e estrutura. Uma vez caracterizadas tais camadas as mesmas passam a ser chamadas de horizontes pedogenéticos. Dentre os horizontes constituintes de um perfil, cita-se como exemplo os mais frequentes. O Horizonte A, que se caracteriza por se localizar logo a superfície, apresentar quantidades significativas de matéria orgânica e tem coloração escura. O Horizonte B já é observado com cores mais claras e possui presença de argilas. O Horizonte C geralmente está situado abaixo do B quando o mesmo existe, é constituído de rocha alterada pouco afetada por processos pedogenéticos e apresenta material de origem do solo de origem. O Horizonte E tem perdas de argila e ganho de areias, por isso observa-se corem mais claras e por fim o Horizonte R que se constitui de uma camada mineral constituído de substrato rochoso podendo ser contínuo ou fendilhado (STRECK et al., 2008).

26 Camadas constituintes de um perfil geológico-geotécnico As camadas constituintes de um perfil geológico-geotécnico são descriminadas quando a sua formação geológica, características granulométricas, compacidade e consistência e coloração. A formação geológica se refere qual a maneira que o solo tenha se formado. Solos residuais são aqueles em que seu material está ligado à rocha-mãe que deu origem ao mesmo. Já os solos sedimentares são formados por transporte e acumulo de material. Esse transporte pode ser feito de várias formas, como por exemplo, pela gravidade (solos coluviais), pela água (solos aluviais) e pelo vento (solos eólicos). As características granulométricas estão ligadas ao tamanho das partículas que compõem todos os solos, sendo que cada faixa granulométrica caracteriza cada tipo de amostra. Nas faixas de solos finos se enquadram as argilas e os siltes e nas faixas de solos grosso as areias e os pedregulhos. A coloração é facilmente visualizada com uma simples caracterização visual e a sua compacidade (areias e pedregulhos) ou consistência (argilas e siltes) pode ser determinada com ensaios de laboratório Sondagem SPT O ensaio SPT (Standard Penetration Test) é reconhecido em nosso país como uma das maneiras mais simples, eficientes e economicamente viáveis de se ter conhecimento do subsolo. Esse ensaio pode ser aplicado em praticamente todos os tipos de solos e fornece importantes parâmetros de resistência do solo de grande aplicabilidade nas teorias de determinação da capacidade de carga em estacas. Schnaid (2000) salienta que o ensaio SPT se sobressai aos outros pela sua simplicidade dos equipamentos empregados, baixo custo de operação e aplicação dos parâmetros obtidos em projetos de fundações Definições e equipamento constituintes A definição que Schnaid (2000) dá ao ensaio SPT é de que o mesmo constituise basicamente de uma medida de resistência dinâmica do solo somada a uma sondagem de simples reconhecimento.

27 26 A NBR 6484 (2001) diz que a medida de resistência dinâmica N SPT é a quantidade de golpes necessários para a cravação do amostrador-padrão em 30 cm de solo, após a cravação inicial de 15 cm. Quanto à sondagem de simples reconhecimento, essa se constitui por perfuração com ou sem circulação de água auxiliada por um trépano de lavagem sendo que as amostras podem sem obtidas a cada metro de perfuração com o amostrador-padrão (SCHNAID, 2000). É importante ressaltar que o amostrador-padrão é cravado através de golpes desferidos por um martelo de 65 Kg que cai de uma altura de 750 mm, sendo que o mesmo é puxado manualmente por um operador com auxílio de um cabo de aço Procedimentos Inicialmente é feita a devida marcação dos pontos onde serão feitos os furos de sondagem. Na norma NBR 8036 (1983) são fornecidos maiores detalhes sobre essa operação. O ponto de partida do ensaio é a perfuração com a utilização do trado-concha até a profundidade de 1 metro. Em seguida é instalado o primeiro metro de tubo de revestimento que deve ser cravado com golpes do martelo-padrão (NBR 6484, 2001). Estabelecida a cota do primeiro metro com a perfuração inicial, o amostradorpadrão será posicionado no fundo do furo com o auxílio de hastes de aço. O operador irá desferir golpes com o martelo até que o amostrador seja cravado 45 cm, contudo, a cada 15 cm de cravação serão contados o número de golpes aplicados. Na sequência o amostrador é retirado e substituído pelo trépano de lavagem que será usado para a perfuração dos 55 cm restantes, até a cota do segundo metro (NBR 6484, 2001) Amostragem As amostras devem ser coletadas junto ao amostrador-padrão a cada metro de perfuração. O solo coletado é classificado através de uma classificação táctil-visual pelo sondador sendo que este deve observar em que cota ocorre a mudança de camada, tanto observando o amostrador como na lavagem com o trépano.

28 2.5 Métodos Semiempíricos para a determinação da capacidade de carga geotécnica de estacas 27 É possível afirmar que os Métodos Semiempíricos são largamente empregados para a determinação da capacidade de carga geotécnica de estacas por se basearem na utilização dos índices dos ensaios SPT e CPT, sendo esses empregados atualmente no Brasil como a forma mais simples de se ter conhecimento do subsolo. Basicamente, esses métodos preveem que a capacidade de carga de uma estaca P R é definida pela soma de duas parcelas: a parcela resistida pelo atrito lateral P L e a parcela de resistência dada pela ponta da estaca P P. (1) Levando em consideração que P L e P P são forças, não é possível associar as mesmas quando se trata de solos, por isso deve-se usar o próprio conceito de tensão para assim converter as duas parcelas. Se força é o produto de uma tensão por uma área, a parcela P L será igual ao produto da tensão lateral r L pela área lateral A L, da mesma forma que a parcela P P será igual ao produto da tensão de ponta r P pela área da ponta A P. (2) Então todos os Métodos Semiempíricos diferenciam-se entre si pela diferente dedução das varáveis r L e r P. Cita-se como os mais utilizados os métodos de Aoki & Velloso (1975), Decourt & Quaresma (1978), Meyerhof (1956), Velloso, Teixeira (1996) e Urbano Rodrigues Alonso. O presente trabalho não irá tratar especificadamente de todos eles, apenas dos métodos Aoki & Velloso e Decourt & Quaresma Método Aoki & Velloso (1975) O método em questão foi primeiramente desenvolvido para ser calculado com os dados provenientes do ensaio CPT (HACHICH et al., 1998). A resistência de

29 28 ponta q P e lateral q L são fornecidas diretamente do ensaio já que o mesmo fornece tais valores eletronicamente. Obviamente o material que constitui o cone do CPT difere dos materiais que compõem as estacas, tanto pré-moldadas quanto as moldadas em obra. Então o método propõem o uso de dois fatores, F 1 e F 2, que ajustam as resistências de ponta e lateral fornecidas pelo ensaio conforme o tipo de material usado na confecção da estaca. (3) (4) Os valores de q P e q L são as resistências de ponta e lateral fornecidas pelo ensaio CPT respectivamente. Vale a pena destacar que, quando não se dispor do valor de q L, pode-se estimar o valore de r L multiplicando q P por. O qual é tabelado em função do tipo de solo. Mais tarde, foi proposta uma correlação dessas equações para a aplicação do método com o uso dos dados fornecidos pelo ensaio SPT. Os fatores de ajuste F 1 e F 2 permanecem os mesmos e o diferencial ocorre na determinação das resistências lateral e de ponta, sendo que para tal aplica-se um coeficiente de correlação K, o qual é tabelado e é função do tipo de solo. (5) (6) Portanto, se fizer do uso das duas parcelas deduzidas para o uso do SPT e aplicar as mesmas na equação de (2), assim configura-se a equação para Aoki & Velloso:

30 29 (7) As tabelas para os fatores F 1 e F 2, K e são encontrados respectivamente nos ANEXOS G e H Método Decourt & Quaresma (1978) O Método Decourt & Quaresma foi desenvolvido em 1978 e faz uso do índice SPT. Segundo Hachich et al. (1998), esse método foi primeiramente desenvolvido para determinar a capacidade de carga em estacas de deslocamento sendo que o mesmo já passou por várias revisões sendo até mesmo usado comumente com o ensaio SPT-T. Para a resistência de ponta, o método relaciona a média entre os SPT na profundidade referida com os valores imediatamente acima e imediatamente abaixo juntamente com o coeficiente C correspondente ao solo que compõem a camada na ponta da mesma, sendo esse último presente em tabela. A tabela para os valores do coeficiente C encontram-se no ANEXO I. (8) Quanto à resistência lateral r L, esta varia unicamente em função do número SPT N referente à camada. (9) Então, substituindo as equações deduzidas na equação (2), tem-se a equação final para o Método Decourt & Quaresma. (10)

31 Dimensionamento geotécnico Método dos valores admissíveis Segundo a NBR 6122 (2010), a capacidade de carga admissível P adm de uma estaca pode ser determinada usando um fator de segurança global igual a 2, tanto para o Método de Aoki & Velloso quanto para o Método de Decourt & Quaresma.! (11) Utiliza-se este método quando o projeto de estruturas fornece os valores característicos de carregamentos dos pilares, ou seja, valores de cargas que não foram majorados por fatores de segurança Método dos valores de projeto A NBR 6122 (2010) também diz que, para a determinação da capacidade de carga resistente de projeto P d é indicado o uso de um coeficiente de segurança igual/parcial a 1,4. "# (12) Utiliza-se este método quando o projeto de estruturas fornece valores de projeto referente às cargas dos pilares, ou seja, carregamentos majorados por fatores de segurança Método alternativo para a obtenção da resistência de projeto Segundo a NBR 6122 (2010), o cálculo das resistências características dadas pelos métodos semiempíricos quando se reconhecem regiões representativas do terreno pode ser obtida pela expressão:

32 31 $ %"& '()*+$ %"%, -./012 3+$ %"%, (13) R c,k = resistência característica; (R c,cal )med = resistência característica com base nos valores médios; (R c,cal )min = resistência características com base nos valores mínimos; 1 e 2 = coeficientes de minoração da resistência. TABELA 1 - Coeficientes de minoração 1 e 2 a ,4 1,3 1,3 1,3 1,2 1,2 1,2 2 1,4 1,2 1,2 1,2 1,1 1,1 1,1 a = número de perfis de ensaio no terreno; Fonte: NBR A NBR 6122 (2010) diz que os valores de 1 e 2 podem ser multiplicados por 0,9 no caso de execução de ensaios complementares à sondagem a percussão. Aplicados os fatores da Tabela 1, para determinar a carga admissível deve ser empregado um fator de segurança global de no mínimo 1,4. Se a análise for feita em termos de fatores de segurança parciais (cargas resistentes de projeto), não pode ser aplicado fator de minoração da resistência. 2.6 Estimativas de carga com a aplicação das Fórmulas Dinâmicas Segundo Velloso e Lopes (2010), as Fórmulas Dinâmicas consistem um método pelo qual é possível estimar a capacidade de carga de uma estaca prémoldada observando sua resposta à cravação, sendo que a nega é a resposta à cravação mais comumente observada. Basicamente, as Fórmulas Dinâmicas utilizam princípios da física que descrevem o comportamento de dois corpos que se chocam. Além de determinar a capacidade de carga de uma estaca, Alonso (2011) afirma que as Fórmulas Dinâmicas também auxiliam no controle de qualidade garantindo um estaqueamento uniforme na obra. Em outras palavras esse tipo de

33 32 controle garante que todas as estacas monitoradas estão instaladas na cota de projeto estipulada. Todas as fórmulas partem de um mesmo princípio que, segundo a teoria da conservação de energia de Newton, um corpo que entra em choque com outro corpo gera a mesma quantidade de energia para realizarem um determinado deslocamento. Tratando-se de estacas pré-moldadas de concreto, a energia que o martelo produz quando aplica um golpe na estaca é a mesma energia gasta pela estaca para romper a resistência do solo : (14) W = peso do martelo; h = altura de queda do martelo; R = resistência à cravação; s = penetração ou nega. Esta dedução exprime perfeitamente a Fórmula de Sanders, datada como a mais antiga Fórmula Dinâmica. Observa-se que esse modelo considera que a transferência de energia do martelo para a estaca é perfeita, que não há perda de energia devido ao amortecimento do martelo sobre o cepo e o coxim e que o solo não sofre deformações elásticas (ALONSO, 2011). Para compensar tais fatores, essas perdas podem ser supridas com a incorporação de mais dois fatores a Fórmula de Sanders (VELLOSO e LOPES, 2010). ; 7 89 :< (15) µ = perda de energia no bate estaca; X = perdas de energia no solo Fórmula de Wellington Segundo Velloso e Lopes (2010), a Fórmula de Wellington leva em consideração que o martelo antes de transferir toda a energia para a estaca encurta

34 33 a mesma. Só depois desse encurtamento que a estaca efetivamente penetra no solo encontrando a resistência de cravação. Portanto, é acrescentado um coeficiente c que exprime o encurtamento elástico do solo e da estaca configurando a formulação desta forma: 9 := 9 >? (16) assim: ; 7 89 =: >!? (17) O fator de segurança para a Fórmula de Wellington é Incorporação da Lei de Choque de Newton Velloso e Lopes (2010) dizem que, a Lei de Choque de Newton descreve a perda de energia, quando dois corpos de chocam, com a seguinte B B C C! B B (18) Sendo que M 1, M 2, V 1, V 2 e e equivalem respectivamente a massa do martelo, a massa da estaca, velocidade do martelo, velocidade da estaca e o coeficiente de restituição de choque pode-se dizer que: B D E "B E "F G! 8 HAF (19) Onde g e P correspondem respectivamente à aceleração da gravidade e ao peso da estaca. Se, a partir disso for deduzido toda perda de energia correspondente X, tem-se: (20)

35 34 Substituindo-se essa dedução de X na equação inicial (com µ = 0): 9 : 7A (21) As Fórmulas Dinâmicas apresentadas a partir daqui seguem essa mesma linha de raciocínio Fórmula dos Holandeses Velloso e Lopes (2010) apontam que, considerando-se que e = 0, a Fórmula dos Holandeses resume-se a: 9 : (22) Fatores de segurança no valor de 10 para martelos de queda livre e 6 para martelos a vapor são considerados nessa fórmula Fórmula de Janbu Segundo Velloso e Lopes (2010), a Fórmula de Janbu foi deduzida em 1953 e expressa que: 9 : 7 8 IJK L I M (23) onde: N "OP"P 7 AL 7 8 Q R S (24)

36 35 A = área da seção transversal da estaca; E p = módulo de elasticidade do material da estaca; L = Comprimento da estaca. O fator de segurança indicado para a Fórmula de Janbu é Fórmula dos Dinamarqueses Velloso e Lopes (2010) dizem que, a Fórmula dos Dinamarqueses (1957) leva o fator de eficiência do sistema de cravação µ em consideração para deduzir sua equação. Esse fator faz parte da dedução da perda e energia de cravação X. < 9! T!; 7 8 Q R (25) Os valores referentes ao fator de eficiência do sistema de cravação variam de acordo com o sistema de cravação utilizado. Velloso e Lopes (2010) diz que para martelos de queda livre com uso de guincho usa-se µ = 0,7 e para martelos automáticos µ = 0,9. Fator de segurança adotado é de F = 2. A fórmula final deduzida a partir de X: 9 :! ; 7 8 K!; 7 8 Q R (26) Fórmula de Hiley Segundo Velloso e Lopes (2010), a Fórmula de Hiley considera em sua dedução todos os fatores de perda de energia. Os amortecedores, a própria estaca e o solo são os fatores levados em consideração. A parcela de perda de energia atribuída aos amortecedores é deduzida através da seguinte equação:

37 36 9 U (27) V R V A segunda equação exprime a perda de energia correspondente a fatores relacionados à estaca: 9 Q (28)! R E por último, a equação que descreve a perda de energia devido ao solo: PW X (29) O somatório desses fatores (amortecedores + estaca + solo) corresponde a variável c da equação de Hiley, sendo que a resistência à cravação R pode se descrita conforme a seguinte equação: 9 ; 7 8 : >! 7A 7 (30) Sendo que t, A c e E c correspondem a espessura, área e módulo de elasticidade dos amortecedores. L, B, A p e E p correspondem ao comprimento, diâmetro, área e módulo de elasticidade da estaca. Adota-se como coeficientes de segurança F valores superiores a 2 e inferiores a Fórmula de Brix Velloso e Lopes (2010) diz que a Fórmula de Brix é aplicada comumente na execução de estacas tipo Franki. A adaptação para uso nessa modalidade é feita com a substituição do peso da estaca P pelo peso do tubo. Mas como o presente trabalho não se trata sobre estacas tipo Franki, aplicar-se-á a fórmula normalmente. Assim, a configuração para essa equação é a seguinte:

38 9 # Y 8 Y Z 37 (31)

39 38 3 METODOLOGIA O presente trabalho teve como metodologia primeiramente a escolha de um projeto que foi implantado em um terreno na cidade de Santa Cruz do Sul. Determinou-se a geologia típica da região com o auxílio de mapas geológicos e foi executada a sondagem SPT no lote. Foi realizado o dimensionamento de três estacas do projeto escolhido com o uso dos Métodos Semiempíricos apresentados no item 2.5. Durante a execução das estacas foi feito o monitoramento da nega nos elementos selecionados. Finalmente, foi desenvolvida a análise comparativa das capacidades de carga obtidas com os Métodos Semiempíricos e com as Fórmulas Dinâmicas. O terreno adotado para a pesquisa consiste em um lote no município de Santa Cruz do Sul, o mesmo situa-se mais precisamente na Rua Dona Cristina, no Bairro Margarida. Nele, está sendo implantado um edifício residencial de quatro pavimentos. Assim, através das consultas às cartas geológicas da CPRM Serviço Geológico do Brasil determinou-se qual a formação geológica do local estudado. Foi possível, através desse estudo, realizar uma previsão que se confirmou em relação ao perfil geológico-geotécnico encontrado na sondagem STP realizada no terreno. Segundo Schnaid (2000), os resultados do ensaio SPT são usados diretamente para a elaboração de projetos de fundações. Foram realizadas sondagens SPT no terreno referenciado acima, possibilitando a elaboração do perfil geológicogeotécnico do terreno. Os resultados dos ensaios e o mencionado perfil serviram de base para o dimensionamento das estacas pré-moldadas. Em relação à execução das estacas, foi realizado o controle da nega durante a cravação à percussão das estacas pré-moldadas de concreto, de acordo com o procedimento prescrito no item De posse dos dados anteriores a esta etapa, efetuou-se a aplicação das Fórmulas Dinâmicas apresentadas no item 2.6 e se realizou então a comparação com os resultados obtidos no dimensionamento com os Métodos Semiempíricos.

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