cerj Guia orientador de meditação bíblica diária Evangelho - um estilo de vida (31) O discípulo de Jesus e o dinheiro (Parte 1) 1

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1 Pág. 1 Comunidade Evangélica no Rio de Janeiro Evangelho - um estilo de vida (31) O discípulo de Jesus e o dinheiro (Parte 1) 1 Após algumas semanas estudando sobre a oração do Pai Nosso, vamos dar sequência ao entendimento que Jesus tinha de religião. Nesta semana vamos buscar entendimento sobre como os discípulos de Jesus tratam o dinheiro. De todos os assuntos tratados pelo Senhor Jesus, o dinheiro foi o segundo assunto a respeito do qual Ele mais falou. Quem fizer uma lista de todas as coisas a respeito das quais Jesus se manifestou, chegaria à conclusão de que só tem uma coisa sobre a qual Ele falou mais do que dinheiro: o reino de Deus. E se considerarmos as vezes em que Jesus tratou do reino de Deus incluindo o tratamento do dinheiro, o dinheiro seria o assunto mais tratado por Jesus segundo os registros do Novo Testamento. Portanto, este é um assunto que é próprio para toda e qualquer pessoa e que foi muito bem tratado pelo Senhor Jesus. Vamos olhar com mais detalhes o que Jesus falou a respeito do dinheiro em Mateus capítulo seis. Leia o texto e responda: 1) O dinheiro pode ser a motivação de um discípulo de Cristo, o fator determinante de suas decisões? Se não, o que deve determinar suas decisões? Seu coração? 2) Qual o melhor lugar para guardar nossas riquezas? Por que? Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. α Ω 1 Referências: 1. KIVITZ, Ed René. Áudio de série de mensagens intitulada A Religião de Jesus, proferida na Igreja Batista da Água Branca, São Paulo, SP, no ano de WILLARD, Dallas. A conspiração Divina. Editora Mundo Cristão

2 Pág. 2 Dia 16 AGO Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. Mateus Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome, porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. Como é que os discípulos de Jesus tratam o dinheiro? Lucas O primeiro ponto a considerar é que no meio evangélico contemporâneo há uma supervalorização do dinheiro e da riqueza material como expressão da benção de Deus e da vida espiritual bem sucedida. Uma das graves consequências deste falso ensino é levar as pessoas a acreditarem que viver uma vida simples, sem fartura e sobras, mesmo que com todas as necessidades básicas sendo supridas, significa um fracasso no relacionamento com Deus Sim, no Antigo Testamento há diversas passagens em que Deus diz claramente ao Seu povo que a sua prosperidade seria a evidência da bênção divina sobre eles, uma recompensa pela sua obediência (Dt ; Js 1.7-8; 1Rs 2.3). No entanto, convém destacar que essas promessas são quase sempre dirigidas ao povo de Deus ou ao seu líder (rei, juiz etc.), ou seja, um representante do povo, uma pessoa através da qual todo o povo seria beneficiado e numa fase da revelação progressiva de Deus em que o reino se mostraria nas condições de vida material (poços que não cavastes, pomares que não plantastes, terra que mana leite e mel, etc). Mas isso é diferente de excesso, e isso é diferente de um povo em que todos são materialmente prósperos (no meio deste mesmo povo abençoado por Deus havia pobres e necessitados Ex ; Dt 15.11; Lv ; Is 1.17; Mc 15.7). O que de fato abundava, e abunda, sobre cada um dos que pertencem ao povo de Deus é a salvação, a sabedoria, o conhecimento, e o temor do Senhor, esses sim, são verdadeiros tesouros (Is 33.6). Além disso, as Escrituras deixam claro que os ímpios também prosperam materialmente (Sl ), e as riquezas acumuladas com perversidade não compensam a perturbação e o ódio que passam a fazer parte do dia-a-dia (Pv 15.6,16-17), muito menos o destino que os aguarda pela eternidade (Pv 10.2; Tg 5.1-8). A vida de um homem não é definida pelos bens que ele possui (Lc ). Fujamos da avareza! Jesus, nosso maior exemplo e parâmetro de comparação, não tinha onde repousar a cabeça (Mt 8.20). Ele era sustentado por seus discípulos (Lc 8.1-3), ou tinha que contar com uma moeda na boca de um peixe para poder pagar o seu imposto (Mt 17.27). A prosperidade de um não é apenas para o seu usufruto, mas para ajudar o que não é próspero, e um não é maior, ou mais importante, ou mais santo que o outro. Para um Deus deu o sustento através do trabalho, ou de uma herança, enquanto para o outro o sustento chegou através da solidariedade de um irmão que recebeu o suficiente para compartilhar (1Jo ). Em ambos os casos, foi Deus quem concedeu o sustento e a Ele é devida toda a gratidão.

3 Pág. 3 Devemos aprender a estar contentes em toda e qualquer situação (Fp ; 1Tm 6.6-9) e a não nos obcecarmos em acumular riquezas (Pv 23.4). Quem tem uma vida financeira estável, equilibrada, minimamente organizada tem mais uma oportunidade de servir ao reino de Deus, e deverá prestar contas dos talentos adicionais recebidos (Lc 12.48). A palavra de Deus diz que mais bem-aventurada coisa é dar do que receber. Receber é bom? Dar é melhor ainda. De ninguém cobicei prata, nem ouro, nem vestes; vós mesmos sabeis que estas mãos serviram para o que me era necessário a mim e aos que estavam comigo. Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber. Atos Dia 17 AGO Mas como é que um discípulo de Jesus lida com o dinheiro? Essa é a grande pergunta! E o texto de Mateus 6 apresenta pelo menos duas coisas que Jesus fala a respeito de como se deve lidar com o dinheiro. Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. Primeiro, Jesus diz que os discípulos do reino de Deus não são mobilizados pelo dinheiro. Não é o dinheiro o botão que ativa um discípulo. Não é o dinheiro o critério, o fator determinante das decisões de um discípulo. Não é o dinheiro aquilo que ocupa o centro das preocupações de um discípulo. Não é o dinheiro. Nós não somos movidos pelo dinheiro. Nós não somos determinados pelo dinheiro. Nós não somos influenciados pelo dinheiro nas nossas decisões, é isso que Jesus está dizendo. Ele diz... onde estiver o seu tesouro aí também estará o seu coração. O que quer dizer isso? Nós estamos acostumados, na nossa cultura, a entender que o coração é a sede dos sentimentos. Mas na escritura sagrada, no Velho Testamento, a sede dos sentimentos eram os rins e, no Novo Testamento, a sede dos sentimentos eram as entranhas. Por isso é que o apóstolo Paulo escreve aos Filipenses e diz assim se há entranhados afetos e misericórdias (Fp 2.1). Quando se fala em sentimentos no Novo Testamento, fala-se das entranhas. Jesus foi movido de compaixão nas suas entranhas, não no seu coração. O coração na escritura sagrada é o centro de decisão, o centro da razão e da vontade. O coração é o centro de mobilização da nossa vida. Não é o centro dos nossos sentimentos, é o centro das nossas decisões, as quais transcendem os nossos sentimentos. Quando o sábio Salomão diz Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida (Pv 4.23), está dizendo, guarda este centro de comando na sua vida, não os teus sentimentos. Porque, na vida, nós, discípulos de Jesus tomamos decisões, agimos, nos comprometemos com realidades, inclusive, desprezando os nossos sentimentos.

4 Pág. 4 Um certo cristão estava conversando com um amigo, também cristão, que tinha se divorciado e casado novamente. A conversa: - Fulano, essa é a mulher da sua vida? - Por enquanto. - Como assim? - É porque eu não sei quais são os movimentos da minha alma nem os movimentos da alma da minha esposa daqui a alguns anos. Interessante... Cristãos não mais movidos pelos compromissos, pelos valores, pelas decisões? São movidos pelos movimentos da alma? São movidos pelos sentimentos que vão e voltam? As Escrituras ensinam que nós, cristãos, temos compromissos como guardiões e dominadores dos nossos sentimentos, e não que permitimos que os sentimentos desestabilizem os nossos compromissos, quanto mais nos basearmos neles para tomar nossas decisões. É o que a Bíblia ensina. Então, quando a Bíblia está falando de onde está o seu tesouro está o seu coração, está dizendo que aquilo que se valoriza e considera grande riqueza é isso que vai mobilizar a vontade. É isto que vai determinar as decisões, que vai estabelecer critérios para a maneira como se vai viver. E o que Jesus está dizendo é que nós não podemos deixar que o dinheiro seja o critério das decisões, que estas riquezas materiais sejam aquelas que nos mobilizem. Há a história de uma freira que dedica a sua vida a obras sociais numa das ilhas do Pacífico. E um milionário, que é um dos mantenedores desta obra social, foi conhecer, então, o trabalho social na ilha. Tendo passado um dia com aquela freira, vendo o trabalho com doentes, com pessoas pobres, vendo o trabalho árduo, intenso, de tanta miséria, tanta pobreza, tanta desgraça, tanta tragédia pessoal, e o trabalho daquela mulher em solidariedade, em serviço abnegado, o milionário virou para a freira e disse o seguinte: Eu não faria este seu trabalho por dinheiro nenhum do mundo. E a freira virou-se para ele e disse: Eu também não!. Esse é o verdadeiro espírito do discípulo de Jesus. Os discípulos de Jesus não são movidos por dinheiro. Discípulos de Jesus não são mobilizados por dinheiro. O tesouro que está lá na frente atraindo o nosso coração, nos fazendo andar, determinando as nossas decisões, nos puxando numa direção, não é o dinheiro. Os discípulos de Jesus andam movidos por outros valores, movidos por outras riquezas. Dia 18 AGO O interessante neste texto é que Jesus inverteu o nosso raciocínio. Nós estamos acostumados a pensar o seguinte: Onde estiver o seu coração, aí vai estar o seu tesouro. Se você ama de paixão o Flamengo é lá que você vai pôr o seu dinheiro: comprar short do Flamengo, camisa do Flamengo, meião do Flamengo para o seu filho... chaveirinho do Flamengo, boné do Flamengo... bandeira, jogo seja lá onde for, etc. Pode ser do Vasco também... Então, nosso padrão de raciocínio é assim se é aquilo que eu amo é lá que eu ponho o meu dinheiro. E Jesus está dizendo: Não é assim, é onde você põe o seu dinheiro que o seu coração vai. É o contrário, não é que o seu dinheiro vai para onde o seu coração já foi, é o seu coração que vai pra onde o

5 Pág. 5 seu dinheiro foi. Onde você gastar o seu tempo, seu esforço e dedicar o empenho de sua vida, para aí irá o seu coração. Pense nisto. Aquilo em que você se acha empenhado tem poder para mudar/afetar o seu coração. Então, Jesus está dizendo que o dinheiro não é o melhor tesouro para conduzir os caminhos do nosso coração. Aquilo em que você investe muito é aquilo a que você acaba se apegando. A proximidade gera intimidade. Nós nos afeiçoamos e nos apegamos às coisas das quais estamos sempre muito próximos, onde estamos investindo (não só dinheiro, mas tempo, atenção, e energia também). Onde você põe o seu investimento é para lá que vai o seu coração. Ponha bastante tempo e atenção na televisão, no futebol, no computador, ponha bastante tempo e atenção no contracheque... é para lá que o coração vai. O que Jesus está dizendo é que não é o dinheiro que deve mobilizar a nós, cristãos, e que nós temos que escolher o que é que vai nos atrair. E Jesus está dizendo que riquezas materiais não são a melhor âncora, o melhor ímã para determinar o nosso coração. Dia 19 AGO Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. O segundo conselho de Jesus, que na ordem do texto é o primeiro, é que os discípulos de Jesus peguem as suas riquezas e joguem tudo lá no céu. Nenhuma das riquezas dos discípulos de Jesus fica na terra, fica tudo no céu. Colocar as riquezas na terra, manter as riquezas na terra, não é algo inteligente, disse Jesus. Então, a gente deposita no céu, o céu tem o melhor dos cofres, pegue as suas riquezas e deposite no céu. Por que não na terra? Há três razões: primeira, a traça; segunda, a ferrugem; terceira, os ladrões. As forças da natureza, o desgaste do tempo, e a maldade humana. Primeira: a traça. Se as suas riquezas estão na terra, o equilíbrio do nosso sistema vai competir com você para ter acesso às suas riquezas. Quem é o malvado? É o cupim que come o meu livro ou eu que coloco veneno para matar o cupim? Quem é o malvado da história? Porque, a natureza tem o seu equilibro sistêmico. E a traça tem que comer alguma coisa e ela vive de comer as suas coisas. Ela está defendendo a parte dela. A sabedoria mais simples valoriza isso. Por que se fala que a pessoa que quer o seu cargo na empresa é malvado, se você quer o dele e não é malvado? Se ele é malvado e você é bonzinho deixa ele ficar com a promoção, deixa ele ficar com o salário maior. Você não é bonzinho? Então, faz parte da vida estarmos nesse conflito sistêmico em que as forças lutam pelos mesmos recursos. E Jesus está dizendo: Se você deixar a sua riqueza na terra, você vai viver um constante espírito de competição. Segunda: a ferrugem. As coisas se deterioram com o tempo, se desgastam com o tempo, perdem o seu valor com o tempo. O que se valoriza aos dez anos não é o mesmo que se valoriza aos quinze, que não é o mesmo que se valoriza aos vinte, que não é o mesmo que se valoriza aos trinta, e assim por diante...

6 Pág. 6 Além disso, todos os nossos pertences possuem um tempo útil de duração. Eventualmente tudo estragará, mesmo o mais bem guardado e cuidado dos bens. E isso também vale para o próprio ser humano (Sl ). Terceira: os ladrões. Os ladrões que roubam, arrombam; a maldade humana, a usurpação; os que vivem dos recursos alheios; os que não trabalham e não tem suor no rosto. Aliás, hoje em dia, os ladrões estão trabalhando bastante, eles só estão trabalhando errado, mas estão trabalhando. E Jesus está dizendo: Olha, se você colocar o seu coração nas coisas que você pode perder, você vai se machucar, vai perder por causa da competição natural do sistema, vai perder por causa do desgaste natural do tempo e vai perder por causa da maldade do coração do homem. O que é que você faz? Deposita no céu, pegue as suas coisas e deposite no céu. Dia 20 AGO Por fim, destacamos algumas formas, dentre as várias que a bíblia nos apresenta, de como se depositam as riquezas no céu. Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade; pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificado. 1Tm ª) Cuidado com os que dizem que somente importa o que é espiritual. Cuidado com esse pessoal, pois tudo o que Deus criou é bom e nada deve ser rejeitado se for recebido com ações de graças, pois é santificado pela palavra de Deus e pela oração. Paulo, o apóstolo, nos aconselha a receber tudo o que temos e tudo ao que temos acesso com gratidão; que desfrutemos de tudo com gratidão. Porque a gratidão é o oposto do espírito da conquista; a gratidão é o oposto do espírito do mérito; a gratidão é o oposto dos que dizem: Eu tenho, porque eu trabalhei. Eu tenho, porque mereci. Eu tenho, porque me esforcei. Eu tenho, porque me dediquei. Eu tenho, porque eu levanto cedo. Eu tenho, porque eu vou de sol a sol. Eu tenho, porque eu não sou encostado que nem essa outra pessoa. Não é bem assim, não. Porque, tem muita gente que trabalha de sol a sol, mas não tem. Tem muita gente que se esforça e não tem. Por que eu tenho e o outro não tem? Tem gente, inclusive, que trabalha muito mais que nós, mas não tem o que nós temos. Podem ser várias as razões porque não tem, mas sabemos o seguinte: é que do lado ruim e do lado bom que existe no mundo, o lado bom me tocou muito mais do que o lado ruim. E a algumas pessoas o lado ruim as tocou muito mais do que o lado bom. Por que? Nem sempre sabemos. (E se nos dedicarmos a tais comparações perderemos o foco do que é nosso papel. Se o servo que recebeu dois talentos tivesse ficado amuado porque o outro recebeu cinco, deixaria de trabalhar com afinco, para produzir mais dois talentos, e, provavelmente, receberia uma reprimenda, em vez do elogio e da recompensa do gozo do Senhor). Enfim, se tivermos alguma

7 Pág. 7 coisa em cima da nossa mesa, demos graças a Deus pelo que temos. Não vivamos com a perspectiva do eu mereço ou eu fiz por merecer. A vida não funciona assim. O que nós temos na mesa é dádiva. Digamos assim: Deus, eu não sei porque isso caiu na minha mão, mas já que caiu na minha mão, eu te dou graças e eu vou usar e desfrutar disso. Use sabiamente para a glória de Deus e para a implantação de Seu reino nesta terra. Desfrute com ações de graças, porque é pela graça de Deus que você tem. Receba com gratidão, receba como vindo das mãos de Deus e não do esforço do seu trabalho, receba como vindo das mãos de Deus e não da boa vontade do seu irmão, receba como vindo das mãos de Deus e não do seu mérito. Então, cultive um coração grato. 2ª) Enxergue todas as coisas pela lente da palavra de Deus. Tudo é santificado pela palavra de Deus. O que quer dizer isso? O que diz a palavra de Deus? Minha é a prata, meu é o ouro, diz o Senhor (Ageu 2.8). O que mais ela diz?... do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam (Sl 24.1; 1Co ). Quando você olhar para alguma coisa, você vai ser tentado a dizer: Isso é meu. Mas se você colocar a lente da palavra de Deus na frente, você vai dizer: Isso não é meu, está comigo, mas não é meu. Isso é de Deus; está sob os meus cuidados, mas isso é santo. Santo? O que quer dizer isso? Quer dizer que é separado para Deus. Por que isso é separado para Deus? Porque, isso é dele; não é meu, é dele. É assim que eu me relaciono com as coisas, com os recursos, com os bens, com os valores. Nada é meu, apenas está sob o meu cuidado, mas não é meu (1Co ). Esse é o significado de santificar pela palavra de Deus. 3ª) Consagre pela oração. As dádivas devem ser santificadas pela palavra de Deus e pela oração. Santificado pela oração. Ore, diga para o mundo espiritual, para você mesmo, e para Deus, a maneira como você se relaciona com as coisas, consagre-as todas a Deus. Quando se sentar para comer, dê graças. Ao entrar no carro, dê graças. Santifique as coisas, enxergando pela lente da palavra dizendo: Isso não é meu é de Deus. Santifique as coisas para Deus através da oração, explicitando, declarando em voz audível a sua gratidão. 4ª) Disponibilize os bens para o serviço ao Senhor. Não é nosso, é de Deus. Está conosco apenas por enquanto. Na hora que Ele pedir, Ele leva. Há uma história de uma família que teve um filhinho que faleceu aos seis anos de idade. E os pais, no dia do sepultamento da criança, fizeram um culto de gratidão a Deus. Porque, Deus dera a eles o privilégio de conviver seis anos com aquele filho. Normalmente, o que qualquer pessoa faria seria um grande culto de lamento, porque só pôde conviver com ele seis anos. Mas aqueles pais fizeram um culto de gratidão, porque Deus permitiu que eles vivessem com aquela criança, aquele seu filho por seis anos. Nós não merecíamos ter um anjo desses em casa por seis anos, obrigado Senhor. Pode ser que nem todos tenhamos essa intimidade toda com Deus, essa fé inabalável. Mas uma coisa podemos aprender: que quando pegamos os nossos tesouros e abrimos mão da posse deles, colocando-os lá no céu, nenhum deles perderemos mais, porque já foram consagrados no altar. Nada mais está na nossa mão. Quando um ladrão roubar o carro, ele vai se entender com Deus, pois o carro é dele. Quando alguém vier para levar

8 Pág. 8 a nossa saúde, ela está na mão de Deus, está consagrada, o corpo está consagrado ao Senhor. Não vivemos para nós mesmos. Não é tolo aquele que abre mão do que não pode reter para ganhar o que não pode perder, porque a traça come, a ferrugem degenera, e o ladrão rouba. Não conseguiremos reter: ou o equilíbrio do sistema vai levar embora, ou o tempo vai fazer se desgastar, ou algum ladrão de ocasião vai arrancar da sua mão. Não é tolo aquele que abre mão do que não pode reter para ganhar o que não pode perder. α Ω Na próxima semana: O discípulo de Jesus e o dinheiro (2). α Ω