O CANÁRIO COBALTO. Apresentação: Luiz Fernando Fachini Beraldi. Criador: Bernaceli Beraldi. Foto: CB CO IN (Carlito Lemo)
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1 Apresentação: Luiz Fernando Fachini Beraldi 01 Criador: Bernaceli Beraldi Foto: CB CO IN (Carlito Lemo)
2 Os Canários Cobalto Histórico Texto: Fritz Heiler Revista Brasil Ornitológico nº Em 1994, por ocasião do campeonato da Alemanha, em Ulm, os canários cobre nevados de um quarteto de Karl-Werner Weber, causaram grande surpresa, já que eles tinham a parte de baixo do ventre em volta da cloaca uma coloração cinza bem escuro. Havia apenas três exemplares com esta particularidade e isto foi atribuído a uma manipulação de Karl-Werner. De volta à sua casa arrancou algumas penas de coloração diferente e esperou para ver como elas iriam crescer novamente Na primavera seguinte, Karl-Werner obtém os primeiros filhotes vindos destes machos cobre. Infelizmente, todos tinham a parte de baixo do ventre clara, correspondendo ao cobre clássico normal. No ano seguinte, Karl-Werner me informou que havia cruzado este macho com uma de suas filhas, para fixar assim o peito escuro. Infelizmente, neste ano, este macho não fecundou nenhum ovo. Assim, no período de cobertura, ele decidiu cruzar irmão x irmã com os filhotes obtidos no ano anterior. Foi assim que surgiram os primeiros filhotes com a parte de baixo do ventre cinza. Logo pudemos observar que em sua plumagem juvenil estes pássaros tinham no corpo muitas penas pretas. Após alguns acasalamentos podemos afirmar: esta mutação é devida à hereditariedade recessiva livre.
3 03 Os Canários Cobalto Aprofundamento dos conhecimentos Texto: Fritz Heiler Revista Brasil Ornitológico nº 49 Comparação da plumagem do negro cobalto em relação ao negro clássico normal: O negro clássico sem fator óptico azul tem melanina negra no eixo central da pena (estria) e na zona de baixo de cada pena (proporcionando a maior parte da superfície da inter-estria). Nesta superfície, a melanina negra está presente de forma diluída e se mistura à cor de fundo. Isto, por exemplo, dá a cor verde pela mistura do pigmento lipocrômico amarela e desta melanina negra da inter-estria....
4 04 Os Canários Cobalto Alguns esquemas explicativos Texto: Fritz Heiler Revista Brasil Ornitológico nº 49
5 A Mutação Cobalto Texto: Luiz Fernando F. Beraldi Revista Brasil Ornitológico nº Essa mutação surgiu em 1994 no criadouro do juiz alemão Karl Werner- Weber. É, portanto uma mutação recente, mas que está despertando muito interesse por parte dos criadores e está se difundindo muito rapidamente. As informações e diversos artigos publicados dizem que ela surgiu em um canário cobre nevado exposto em um quarteto e que a morte desse exemplar no seu segundo ano de vida exigiu do Sr. Werner Weber um grande trabalho de cruzamentos entre portadores e possíveis portadores para resgatar a mutação. Geneticamente o fator Cobalto é recessivo e autossômico. A manifestação fenotípica mais evidente desta nova mutação é um escurecimento melânico geral do exemplar e principalmente escurecimento das zonas em que os canários melânicos apresentam menor quantidade de pigmentos. Assim o baixo ventre, a cloaca, os flancos, a região sob o bico e todos os espaços entre as estrias do desenho melânico do exemplar são fortemente enriquecidos de melaninas. (vide foto ao lado).
6 A Mutação Cobalto Já no ninho a plumagem juvenil dos filhotes Cobaltos é completamente diferente dos filhotes não cobaltos, apresentando uma nítida diferença na região ventral. (vide foto abaixo). Em função da característica principal da mutação, o trabalho de desenvolvimento tem sido orientado para as séries negro-marrom (com e sem fator), mas já vi exemplares muito interessantes, este ano, nas séries canela com e sem fator. Texto: Luiz Fernando F. Beraldi Revista Brasil Ornitológico nº Ao promover uma dispersão generalizada da eumelanina dando ao canário um aspecto inicial mais escuro inclusive nas regiões originalmente mais claras, o fator cobalto afeta a estrutura da plumagem tornando-a muito mais sedosa, inclusive ao tato. É como se o fator cobalto espalhasse uma fina pátina de grânulos melânicos por toda a plumagem. Em conseqüência, o lipocromo aparece com menos brilho.
7 07 A Mutação Cobalto Texto: Luiz Fernando F. Beraldi Revista Brasil Ornitológico nº 59 Nos canários cobaltos, ao que parece, a quantidade de eumelanina (influenciada por algum fator enzimático) é muito maior e ocupa inteiramente a superfície das plumas. Nos canários normais a plumagem da zona da cloaca, por exemplo, apresenta melanização apenas na parte interior. Já nos cobaltos a melanização ocorre até a extremidade das plumas (vide foto abaixo), escurecendo completamente essa zona que é mais clara nos pássaros negro-marrons clássicos. A mutação parece não afetar a feomelanina, mas o amálgama da feomelanina com a eumelanina dispersa, produz um efeito típico novo peculiar ao cobalto.
8 08 A Mutação Cobalto A descrição feita pelo criador da mutação, Sr. Karl Werner-Weber é a seguinte: "Os canários cobalto mostram, na superfície da plumagem, a eumelanina mais fortemente pronunciada, o que se traduz por um aspecto geral mais escuro. A melanina chega até a ponta de cada uma das plumas, deslocando o lipocromo. Tanto no peito como no ventre a quantidade de melanina é a mesma. A estrutura eumelânica não varia, mas a eumelanina na superfície se multiplica óticamente. Por tratar-se de uma estrutura de pluma diferente, nos encontramos ante urna plumagem muito "doce" e sedosa, e pelo que conhecemos até agora melhora sensivelmente a plumagem". Comecei a criar os canários cobalto em 2004 e neste início de 2005, e a primeira constatação é que se reproduzem bem. Outra evidência, como em todas as novas mutações, é que a qualidade dos exemplares está melhorando a cada ano. Tenho exemplares com anéis 03, 04 e 05 e a evolução é visível. O fator cobalto em canários azuis intenso é particularmente impressionante, assim como nos verdes intensos. O reconhecimento da mutação cobalto foi solicitado pela Alemanha nas séries negro-marrons e está seguindo o procedimento padrão, e ao que tudo indica estará oficializada dentro de dois anos. (Nota: Oficializada em 2007) Texto: Luiz Fernando F. Beraldi Revista Brasil Ornitológico nº 59
9 09 O Canário Cobalto Texto: Luiz Fernando F. Beraldi Revista Brasil Ornitológico nº 68 Os canários de cor cobalto são afetados pelo 9º fator de mutação. Esse fator apresenta hereditariedade livre e recessiva. Sua ação, em relação às melaninas clássicas, determina a extensão regular e mais intensa da melanina até a extremidade da plumagem das rêmiges, das retrizes, do peito, dos flancos e do baixo ventre, o que provoca um escurecimento da cor (envoltura) sobre a totalidade do corpo. O desenho melânico não será influenciado por essa mutação. Ele será similar ao tipo clássico. O bico, as patas e as unhas permanecem idênticos aos clássicos. Como todos os canários melânicos, os cobaltos serão julgados pelo tipo, lipocromo e categoria. São reconhecidas unicamente as séries negro (marrons oxidados) e canelas (marrons oxidados), pois atualmente os poucos pássaros cobalto em ágata e isabelino não nos permitem avaliá-los e eventualmente reconhecê-los oficialmente.
10 10 O Canário Cobalto Texto: Luiz Fernando F. Beraldi Revista Brasil Ornitológico nº 68 NEGRO (Marrom Oxidado) COBALTO Características: O desenho da eumelanina é similar ao tipo clássico, largo e contínuo. A extensão da melanina sobre o conjunto da plumagem dá um aspecto acinzentado sobre todo o corpo, o mais escuro possível sobre a totalidade do manto até a extremidade das plumas, rêmiges e retrizes, sendo, sobretudo, acentuado no peito, flancos e no baixo ventre, independentemente da categoria. A ausência de marrom (feomelanina) é evidente. O bico, as patas e unhas são negros. Avaliações: Excelente / Muito bom: Oxidação máxima do negro do manto, das rêmiges e retrizes. Desenho negro longo, largo e bem definido. Ausência de manchas claras. Máximo de manifestação da melanina cinza sobre a totalidade do manto, inclusive do ventre. Ausência de marrom visível. Bico, patas e unhas negros. - Pontos: 24
11 O Canário Cobalto Texto: Luiz Fernando F. Beraldi Revista Brasil Ornitológico nº Bom: Boa oxidação do negro, completa e uniforme. Desenho negro completo como no pássaro muito bom. Boa manifestação do cinza sobre a totalidade do manto. Ligeiros traços de marrom. Bico, patas e unhas menos oxidados. - Pontos: 23 Regular: Menor oxidação do negro. Desenho menos largo ou interrompido. Boa Manifestação do cinza, mas menos escuro sobre a totalidade do manto. Desenho negro menos largo ou interrompido. Presença do marrom Bico, patas e unhas pouco oxidados. - Pontos: 20 a 22 Fraco: Oxidação do negro insuficiente. Falta de definição no desenho. Flancos muito claros. Falta de melanina no manto. Presença excessiva de marrom. Bico, patas e unhas muito pouco oxidados. - Pontos: 18 a 19
12 12 O Canário Cobalto Texto: Luiz Fernando F. Beraldi Revista Brasil Ornitológico nº 68 CANELA COBALTO: Características: O desenho da melanina é similar ao tipo clássico, largo e contínuo. A extensão da melanina sobre a totalidade do manto até a extremidade das plumas, rêmiges e retrizes e, sobretudo acentuada sobre o peito, os flancos e o baixo ventre provoca uma envoltura marrom (a mais marrom possível) independentemente da categoria. Bico, patas e unhas idênticos aos clássicos (amarronzadas). Avaliações: Excelente / Muito bom: Oxidação máxima do marrom sobre a totalidade do manto, das rêmiges e retrizes. Desenho marrom largo, contínuo e bem definido. Feomelanina marrom a mais escura possível, com acentuação no peito, nos flancos e no baixo ventre, independentemente da categoria. Bico, patas e unhas idênticos aos clássicos (amarronzados). - Pontos: 24
13 O Canário Cobalto Texto: Luiz Fernando F. Beraldi Revista Brasil Ornitológico nº Bom: Boa oxidação do marrom, completa e uniforme. Desenho marrom completo como no pássaro muito bom. Boa distribuição da melanina, segundo as características do cobalto. Bico, patas e unhas menos amarronzados. -- Pontos: 23 Regular: Menor oxidação do marrom. Desenho menos largo ou interrompido. Boa distribuição da melanina, segundo as características do cobalto. Bico, patas e unhas pouco oxidados. - Pontos: 20 a 22 Fraco: Oxidação do marrom insuficiente. Falta de definição no desenho. Ausência de desenho na cabeça e flancos. Falta de manifestação da melanina em relação às características de um cobalto. Bico, patas e unhas muito pouco oxidados. - Pontos: 18 a 19
14 14 Cobalto o Graffite? Nel mondo alato esistono già una serie di mutazioni simili che, apparse e descritte su uccelli di varie specie, provocano un analogo effetto melaninico riscontrato anche nel Canarino di Colore; tra queste é presente anche la mutazione che è stata denominata, per ora, "COBALTO", anche se apparentemente non ha nessuna attinenza nè con il Cobalto inteso come elemento chimico, nè con il più conosciuto suo derivato, denominato Blu Cobalto, che oltre ad essere un componente importante dei colori degli artisti, è molto usato in lavori di porcellana, ceramica, vetro e CANARINO NERO COBALTO ROSSO MOSAICO FEMMINA smalti per gioielleria. Forse, I'unica attinenza che si puà trovare è che il blu cobalto entra in molte formulazioni di colori per smalti ceramici, con tonalità molta scure, come il nero e il grigio scuro. Testo della CTN Canarini di Colore Alevamento di Giuseppe Trainini Novembre/2006 CANARINO NERO ROSSO MOSAICO FEMMINA
15 Secondo Bernardino Yeves Valero, (Uccelli edizioni Ibis 7/ tratto da Serinus) I'effetto "cobalto" sarebbe presente in tutto il Canarino, ma più evidente nella zona cloacale. Sul dorso dei soggetti visionati, noi non abbiamo notato nessuna diversità rispetto ai neri classici; ci riserviamo, comunque, ulteriori osservazioni per il futuro,anche se ci pare non solo evidente ma effettivamente maggiore la presenza melaninica nella zona ventrale. L'interesse estetico è comunque modesto, ma non disprezzabile. 15 Cobalto o Graffite? È ormai certo che il fattore mutante è recessivo autosomico e non produce danni al piumaggio. L'effetto è rilevabile nelle parti inferiori del Canarino: petto, fianchi e soprattutto ventre, ove è più evidente. La mutazione, nel Canarino, è stata notata la prima volta nel 1994 in Germania fra soggetti nero rosso brinato del sig. Karl-Werner. Testo della CTN Canarini di Colore Alevamento di Giuseppe Trainini Novembre/2006 Dall'esame che I'attuale C.TN. ha effettuato su un discreto numero di soggetti di tipo Nero, nelle varietà giallo e rosso, è apparso evidente che trattasi effettivamente di mutazione, che presenta un effetto cromatico poco appariscente; infatti, ad un primo sguardo, il Canarino appare come un Nero classico, mentre, dopo una più attenta osservazione, si notano diffusioni di melanina di tonalità grigia su petto, fianchi e in modo più evidente sul ventre. In buona sostanza, la parte superiore del soggetto non presenta differenze chiaramente rilevanti col tipo classico, mentre le parti laterali e inferiori si caratterizzano come indicato precedentemente.
16 16 Cobalto o Graffite? Infine non sembra che I'aumento di melanina, che si verifica nei soggetti mutati, arrechi squilibri fisiologici. Testo della CTN Canarini di Colore Alevamento di Giuseppe Trainini Novembre/2006 Abbiamo osservato, inoltre, un limitatissimo numero di Bruno Cobalto: I'unica differenza dai Neri è che la melanina è bruna e di conseguenza anche la parte in diffusione è bruna, come ben si nota nella zona ventrale che appare appunto bruna anziché grigia. Ci domandiamo se la denominazione Cobalto, come già detto, non sia impropria soprattutto alla luce di ciò che abbiamo potuto osservare nei due tipi analizzati. C'e chi propende per la denominazione ventre scuro" in analogia con le denominazioni degli esotici, anche se I'effetto in realtà è più ampio ma accentuato nella zona del ventre. La seconda denominazione avanzata è "graffite", probabilmente perché il colore nei Canarini nero fa pensare a veloci tratti di matita. Crediamo, comunque, sia necessario parlarne con i componenti del consiglio dell'omj, qualora si decida di considerare
17 17 Cobalto o Graffite? I'ipotesi del riconoscimento di rale murazione, per cercare di attribuirgli una denominazione più appropriata all'effetto che la mutazione stessa produce. Testo della CTN Canarini di Colore Alevamento di Giuseppe Trainini Novembre/2006 Nei Canarini Nero e Bruno, la linea selettiva da seguire è quella di ricercare disegno e caratteristiche dei tipo analoghe al tipo classico, con la massima diffusione melaninica sul ventre, tipica di questa mutazione. Nei soggetti che abbiamo potuto osservare negli ultimi due o tre anni il livello non era molto buono, poiché i primi soggetti importati dalla Germania avevano un disegno spezzato e molta feomelanina. Oggi la qualità è migliorata, grazie ad appropriati accoppiamenti con ottimi Canarini nero. Noi crediamo che sia questo il percorso da seguire per migliorare la qualità dei mutati e che esistano ancora ampi spazi di miglioramento; analogamente si dovrà operare nella selezione dei tipo Bruno.
18 18 Cobalto o Graffite? Testo della CTN Canarini di Colore Alevamento di Giuseppe Trainini Novembre/2006 Con gli altri due tipi (agata ed isabella), qualora s'intenda iniziare la selezione, si dovrà utilizzare un arrimo tipo base, ammesso che nell'agata e nell isabella I effetto della mutazione possa essere altrettanto visibile. La C.T.N. ritiene utile ricordare che la mutazione "Cobalto" non è ancora stata riconosciuta nè in sede COM/OMJ, nè in ltalia (F.O.I); pertanto non compare nelle categorie a concorso. Potrà essere esposta fuori concorso nelle manifestazioni che prevedono la categoria "nuove Razze in studio". FEMMINA E MASCHIO NERO COBALTO ROSSO MOSAICO E CONFRONTO
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26 COBRE COBALTO INTENSO
27 COBRE COBALTO INTENSO
28 COBRE COBALTO INTENSO
29 COBRE COBALTO NEVADO MACHO
30 COBRE COBALTO NEVADO FÊMEA
31 COBRE COBALTO MOSAICO MACHO
32 COBRE COBALTO MOSAICO MACHO
33 COBRE COBALTO MOSAICO MACHO
34 COBRE COBALTO MOSAICO MACHO
35 COBRE COBALTO MOSAICO FÊMEA
36 COBRE COBALTO MOSAICO FÊMEA
37 COBRE COBALTO MOSAICO FÊMEA
38 CANELA COBALTO AMARELO INTENSO
39 CANELA COBALTO AMARELO INTENSO
40 CANELA COBALTO AMARELO INTENSO
41 CANELA COBALTO VERMELHO NEVADO
42 CANELA COBALTO VERMELHO NEVADO
43 AZUL COBALTO DOMINANTE
44 AZUL COBALTO DOMINANTE
45 AZUL COBALTO DOMINANTE
46 AZUL COBALTO DOMINANTE
47 VERDE COBALTO INTENSO
48 VERDE COBALTO INTENSO
49 VERDE COBALTO INTENSO
50 VERDE COBALTO MOSAICO
51 VERDE COBALTO MOSAICO
52 VERDE COBALTO MOSAICO
53 CANELA COBALTO VERMELHO MOSAICO
54 CANELA COBALTO VERMELHO MOSAICO
55 CANELA COBALTO VERMELHO MOSAICO
56 CANELA COBALTO VERMELHO MOSAICO
O CANÁRIO COBALTO Apresentação: Luiz Fernando Fachini Beraldi
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