Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol de Santa Catarina COMISSÃO PLENO ATA DA SESSÃO DO DIA

Transcrição

1 1 Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol de Santa Catarina COMISSÃO PLENO ATA DA SESSÃO DO DIA Ao décimo quarto dia do mês de março do ano de dois mil e treze, às dezenove horas, na sede do Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol de Santa Catarina localizada na Rua Angelina, esquina com a 6ª Avenida, s/nº, Bairro dos Municípios, Balneário Camboriú/SC, reuniram-se os Auditores Membros do Tribunal de Justiça Desportiva, Mário Cesar Bertoncini Presidente, Giovani Rodrigues Mariot - Vice Presidente, Afonso Buerger Filho, Adilson Alexandre Simas, Lauro Barbosa da Silva Alexandre Beck Monguilhott, Robson Vieira, Danilo Linhares Costa e Márcio Martins, o Procurador Geral Felipe Branco Bogdan e a Secretária Cristiane Carvalho da Silva. Havendo quórum legal, passou-se à pauta, observando os pedidos de preferência, na ordem adiante transcrita, iniciou-se a sessão de julgamento dos processos abaixo indicados: 1 - PROCESSO 014/ EM RECURSO AUDITOR RELATOR: GIOVANI RODRIGUES MARIOT JOGO: CHAPECOENSE X JUVENTUS data do jogo: 06/02/2013 Recorrente: Luiz Roberto Magalhães 1 LUIZ ROBERTO MAGALHÃES LUIZ ROBERTO MAGALHÃES, técnico da equipe do Juventus, pois, conforme consta dos documentos oficiais da partida reclamava acintosamente da arbitragem, bradando apita porra diversas vezes, mesmo após ter sido advertido verbalmente, o que representa infração ao comando do artigo 258 CBJD. Compareceu o Sr. Luiz Roberto Magalhães, inscrito no RG sob nº , SSP/SC, dando seu depoimento. O Presidente deu o prazo de 5 dias para juntada da procuração. Defensor: Dr. Roberto Pugliesi 1 LUIZ ROBERTO MAGALHÃES - À unanimidade de votos conhecer da denúncia, e por maioria de votos condenar o denunciado a pena de 01 jogo de suspensão, com fulcro no art. 258 do CBJD. Vencido o Presidente que absolvia o atleta, e o auditor Luciano Demaria, somente quanto a dosimetria, pois em razão da reincidência aplicava ao denunciado a pena de 02 jogos de suspensão.

2 2 A defesa solicitou a juntada do documento original de recurso. Defensor: Dr. Roberto Pugliesi 1 LUIZ ROBERTO MAGALHÃES Por maioria de votos, deixar de conhecer o recurso diante da não observância do requisito do art. 139 do CBJD. Vencidos o Dr. Danilo Linhares Costa e Márcio Martins que conheciam do recurso e davam provimento ao mesmo. 2 - PROCESSO 009/ EM RECURSO AUDITOR RELATOR: ADILSON ALEXANDRE SIMAS JOGO: FIGUEIRENSE X CHAPECOENSE data do jogo: 27/01/2013 RECORRENTE: Figueirense FC Recorrido: Decisão da 1ª CD 1 FIGUEIRENSE FUTEBOL CLUBE FIGUEIRENSE FUTEBOL CLUBE, entidade de prática desportiva vinculada à Federação Catarinense de Futebol, por descumprir o Regulamento Geral das Competições, incorrendo, assim, nas sanções do art. 191, III do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Conforme noticiado à fls. 42 da edição do Jornal Diário Catarinense, publicada em , precisamente no espaço destinado ao colunista Roberto Alves (notícia anexa), a torcida da entidade desportiva denunciada usou sinalizadores nas arquibancadas do Estádio Orlando Scarpelli durante a partida supramencionada, o que configura evidente descumprimento à exigência estampada no art. 15, inciso IX, do Regulamento Geral das Competições da FCF, o qual estabelece diretrizes no tocante à ordem e à segurança das partidas. Assim sendo, por descumprir o estabelecido no art. 15, IX, do Regulamento Geral das Competições da FCF, incorreu a denunciada nas sanções do art. 191, III do CBJD. A defesa requereu a Lavratura de Acórdão, ficando designado ao relator. Defensor: Dr. Rodrigo Titericz 1 FIGUEIRENSE FUTEBOL CLUBE À unanimidade de votos julgar procedente a denúncia, e por maioria aplicar a pena de R$ 8.000,00, com fulcro no art. 191, III do CBJD. Com prazo de 15 dias para cumprimento da obrigação. Vencidos os auditores Fernando Carmes Kruger e Paulo Roberto Freyesleben Silva que aplicavam a pena de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), com fulcro no art. 191, III do CBJD. Defensor: 1 FIGUEIRENSE FUTEBOL CLUBE Por unanimidade conhecer o recurso e no mérito negar-lhe provimento.

3 3 3 - PROCESSO 005/2013 EM RECURSO AUDITOR RELATOR: ROBSON VIEIRA JOGO: GUARANI X FIGUEIRENSE data do jogo: 20/01/2013 RECORRENTE: PJD/Fut/SC e SERC Guarani RECORRIDO: Decisão da 1ª CD 1 SOCIEDADE ESPORTIVA, RECREATIVA E CULTURAL GUARANI SOCIEDADE ESPORTIVA, RECREATIVA E CULTURAL GUARANI, entidade de prática desportiva vinculada à FCF, por deixar de apresentar sua equipe em campo até a hora marcada para o reinício da partida, tendo em vista o retorno para a etapa complementar (2 Tempo), com um minuto de atraso, conforme súmula da partida (fl. ), incorrendo, assim, nas sanções do Art. 206 do CBJD. Se não bastasse isso, colhe-se, ainda, das provas cinematográficas e fotográficas, ora juntadas, quanto à Equipe do GUARANI, o desrespeito ao Regulamento Geral das Competições da Federação Catarinense de Futebol de 2013, no que tange ao disposto no inciso II, 3 do Art. 15, sobre a proibição da venda de bebidas alcoólicas dentro da sua praça de desporto, infringindo, desta forma, também, o dispositivo do Art. 191, III do CBJD. Foi anexado aos autos as procurações dos advogados Dr. Robrigo Bayer (SERC Guarani) e Dr. Rodrigo Titericz (Figueirense FC), os quais solicitaram o arquivamento para utilização posterior. Após a solicitação se as partes teriam provas a serem produzidas restou informado pelo defensor do Guarani que seria produzida prova testemunhal e pelo defensor do Figueirense a produção de prova cinematográfica. A Procuradoria silenciou-se e somente quando estava sendo relatado o presente processo houve a interferência do procurador solicitando a produção de prova cinematográfica. O Procurador do Guarani protestou pelo indeferimento do requerimento da procuradoria por entender que estava precluído o direito de produção de novas provas. Defiro o requerimento da Procuradoria por entender que a prova já se fazia presente nos autos. Apresentou-se na qualidade de testemunha o Sr. Edson Rogério Pierri Junior, inscrito no RG sob nº SSP/SC, terceirizado pelo Guarani para cuidar do Bar. Relatando a testemunha que, na véspera do jogo foi perguntado ao Oficial da Polícia Militar se poderia ser comercializado bebidas alcoólicas, o mesmo informou que poderia ser comercializado duas horas antes e após o jogo. Assim foi procedido, o mesmo informou que se perdeu no horário, sendo informado pelo Sr. Fernando funcionário do Guarani que deveria cessar a venda de cervejas. Informou que comercializou cervejas minutos antes do início da partida não sabendo precisar quanto tempo antes, mas pelo que lembra uns 30 minutos antes do início da partida. A testemunha informou que trabalha no ramo de alimentação há mais de 5 anos, sendo que em estádio de futebol foi sua primeira vez. Não recebeu recomendação do clube para venda de bebidas no estádio. Não tinha conhecimento do regulamento do campeonato. Foi firmado contrato por escrito com o clube, sendo que neste documento não existe nenhuma restrição de venda de bebida alcoólica ou qualquer outro produto. O contrato é utilizado para qualquer evento no estádio. Defensor: Dr. Rodrigo Bayer 1 SOCIEDADE ESPORTIVA, RECREATIVA E CULTURAL GUARANI - À unanimidade de votos conhecer da denúncia, e por maioria aplicar ao denunciado a multa de R$ 300,00, com fulcro no art. 206 do CBJD (atraso), divergindo o auditor Paulo Roberto Freyesleben que aplicava multa de R$ 200,00. E, por maioria aplicar ao denunciado a pena de R$ 4.000,00, com fulcro no art. 191, III do CBJD (venda de bebidas alcoólicas), divergindo o auditor Paulo Roberto Freyesleben que

4 4 aplicava R$ 1.000,00. Totalizando o valor de R$ 4.300,00, com pena pecuniária ao denunciado com prazo de 15 dias para cumprimento da obrigação. Defensor: Dr. Rodrigo Bayer 1 SOCIEDADE ESPORTIVA, RECREATIVA E CULTURAL GUARANI - Por maioria de votos, deixar de conhecer o recurso diante da não observância do requisito do art. 139 do CBJD. Vencidos o Dr. Danilo Linhares Costa e Márcio Martins que votavam pelo conhecimento do recurso. 4 - PROCESSO 015/ EM RECURSO AUDITOR RELATOR: GIOVANI RODRIGUES MARIOT JOGO: C.A. HERMANN AICHINGER X FIGUEIRENSE F.C. data do jogo: 06/02/2013 Recorrente: Mauro Grasel 1 MAURO GRASEL MAURO GRASEL, CREF 5365 P/SC, técnico da equipe H. AICHINGER, consoante fatos descritos nos relatórios, aos 44 minutos do segundo tempo, o denunciado foi expulso após ofender o assistente n 1 Sr. Angelo R. Bechi, chamando o mesmo de safado, filho da puta, vai tomar no cú. Agindo desta forma, incorreu o Denunciado nas sanções previstas no art. 243-F do CBJD, com a necessária aplicação do disposto no 1º do mesmo dispositivo. Compareceu o Sr. Mauro Grasel, técnico do C.A. Hermann Aichinger, inscrito no RG sob nº SSP/SC, dando seu depoimento. E, o Sr. Nerodes Francisco Felício, inscrito no RG sob nº SSP/SC, policial militar, ouvido na qualidade de testemunha. O Presidente deu o prazo de 5 dias para juntada da procuração. Defensor: Dr. Zilton Vargas 1 MAURO GRASEL À unanimidade de votos conhecer da denúncia, e por maioria aplicar ao denunciado a pena de 04 jogos de suspensão, e multa de R$ 1.000,00 ambas com fulcro no art F, 1º. Divergindo o presidente que absolvia o denunciado. A defesa apresentou substabelecimento. Defensor: Dr. Lucas Edgar Luft Delavy 1 MAURO GRASEL Por maioria de votos, deixar de conhecer o recurso diante da não observância do requisito do art. 139 do CBJD. Vencidos o Dr. Danilo Linhares Costa e Márcio Martins que conheciam do recurso e davam provimento ao mesmo. 5 - PROCESSO 018/ EM RECURSO AUDITOR RELATOR: MÁRCIO LUIZ MARTINS

5 5 JOGO: CRICIÚMA E.C. x SERC GUARANI data do jogo: 17/02/2013 Recorrente: Paulo Sérgio Comelli 1 PAULO SÉRGIO COMELLI PAULO SÉRGIO COMELLI, técnico da equipe do Criciúma E.C, portador do R.G. de n , em virtude da infração descrita relato constante da súmula do árbitro da partida, in verbis : Aos 35 minutos do segundo tempo de jogo, expulsei do banco de suplentes o técnico da equipe do Criciúma E.C., Sr. Paulo Sérgio Comelli, por após uma disputa de bola no campo de jogo, o mesmo me proferiu as seguintes palavras em voz alta: foi carrinho seu filho da puta, vai tomar no cú, caralho. Após ser expulso também me proferiu as seguintes palavras: Tu és um filho da puta, filho da puta. incorrendo, assim, nas sanções do Art. 243-F, 1 do CBJD. Defensor: Dr. Zilton Vargas 1 PAULO SÉRGIO COMELLI - À unanimidade de votos conhecer da denúncia, e por maioria aplicar ao denunciado a pena de 04 jogos de suspensão, e multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais), com prazo de 15 dias para cumprimento da obrigação. Vencido o relator, que reclassificava a conduta para o art. 258 do CBJD, aplicando a pena de 02 jogos de suspensão. A defesa apresentou substabelecimento. Defensor: Dr. Lucas Edgar Luft Delavy 1 PAULO SÉRGIO COMELLI Por unanimidade de votos conhecer do recurso, para, por maioria de votos negar-lhe provimento, vencidos os auditores Danilo Linhares Costa e Afonso Buerguer Filho que votavam pelo provimento parcial, aplicando a pena de 02 (dois) jogos de suspensão ao recorrente, com fulcro no art º, II do CBJD. O auditor Adilson Alexandre Simas, participou do julgamento dos processos 014 e 009/13, se ausentando logo após, em virtude de compromisso agendado. Nada mais havendo a tratar, o Presidente encerrou a sessão, agradecendo a presença de todos, sendo lavrado a presente ata que, lida e aprovada pelos demais Auditores, vai assinada pelo Presidente e por mim, Cristiane Carvalho da Silva, Secretária do Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol de Santa Catarina. Mário Cesar Bertoncini Presidente Cristiane Carvalho da Silva Secretária