12 de março Dia do Bibliotecário

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1 A FNLIJ parabeniza os bibliotecários pelo o seu dia!* Em tempos do clamor geral da sociedade por uma educação de qualidade para todos, chamamos atenção para um aspecto importantíssimo do trabalho do bibliotecário: a sua atuação como educador na escola. Por uma desastrosa separação entre educação e cultura na escola brasileira o bibliotecário não é considerado como profissional do Ensino Fundamental, embora sua presença componha (ou deveria compor) a base de profissionais para a formação de leitores na escola. Uma escola sem biblioteca é uma escola sem alma. A presença do bibliotecário e a biblioteca no sistema público escolar já existiram no Brasil. Com o enfraquecimento da função do professor como leitor e pesquisador, a biblioteca e o bibliotecário se afastaram do conceito de escola e da educação de nossas crianças e jovens. Consequentemente, as suas ausências repercutem na formação para o Magistério. O Dia do Bibliotecário foi instituído pelo decreto nº , de 14/4/1980, junto com a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca. A data escolhida foi em homenagem ao nascimento de Manuel Bastos Tigre, em 1882, o mais ilustre bibliotecário brasileiro. Atualmente, o bibliotecário é o profissional responsável não só por preservar a informação nos livros como também por organizá-los de forma a serem facilmente recupera- DESDE 1968 Notícias 3 Março de março Dia do Bibliotecário dos pelos usuários das bibliotecas, interessados nos mais diversos assuntos do conhecimento humano. Importante lembrar que por trás do acesso às informações em tempo real por meio da internet há o trabalho de profissionais que organizam essa informação com base no conceito de biblioteca. A importância do trabalho que realizam os bibliotecários é reconhecida por pesquisadores, professores universitários, funcionários de grandes empresas e órgãos governamentais que têm acesso aos livros para desenvolver seus trabalhos. Mas, lamentavelmente, a escola básica no Brasil não desfruta dos serviços dos bibliotecários e, por isso, não ensina aos seus alunos qual a sua função social para a educação permanente. Com a Lei 1244, de 2010, que obriga todas as instituições de ensino do país a ter bibliotecas até 2020, nossa expectativa é resgatar a importância do bibliotecário para a educação dos alunos e professores e que a biblioteca da escola volte a ocupar lugar de relevância no processo educacional. Em setembro de 2012, o Instituto Ecofuturo lançou a campanha Eu quero minha biblioteca, com o principal objetivo a defesa do cumprimento da Lei Federal, que a FNLIJ apoia entre outros parcerios. Nos primórdios da FNLIJ, a presença de uma bibliotecária, Ruth Villela, entre as suas três fundadoras, foi decisiva para a orientação quanto aos caminhos que a instituição deveria percorrer para desempenhar sua função na formação de leitores desde a infância. A Ciranda de Livros ( ), considerada uma semente de biblioteca levada às escolas, a publicação pela primeira vez no Brasil do Manifesto da Biblioteca da UNESCO no Noticias FNLIJ, a presença da biblioteca nos projetos que a FNLIJ realiza, como no Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, são testemunhos eloquentes do quanto respeitamos, acreditamos e defendemos a biblioteca como sendo o coração da escola. A presença do bibliotecário na escola não representa a saída do professor da biblioteca ou da sala de leitura. Ao contrário, o trabalho dos dois profissionais deve ser visto como complementar, sendo ambos decisivos para conquistar e manter novos leitores. Por isto, neste Noticias, ressaltamos a data em que se comemora o Dia do Bibliotecário, sugerindo aos educadores que reflitam, em cada escola, sobre a importância da Lei 1244 e que ela só se tornará realidade se a sociedade compreender a sua real importância para a formação leitora de novas gerações, a começar pelos professores e familiares. Leia no site da FNLIJ o Manifesto da Biblioteca Escolar preparado pela Federação Internacional das Associações de Bibliotecários e de Bibliotecas IFLA e aprovado pela UNESCO na sua Conferência Geral em novembro de 1999: www. fnlij.org.br * Por Elizabeth Serra.

2 Catálogo FNLIJ para a Feira de Bolonha 2013 O catálogo FNLIJ s Selection 2013, produzido pela FNLIJ especialmente para a 50ª Feira de Bolonha, na Itália, selecionou 181 obras de autores brasileiros, que estarão também em exposição no estande brasileiro organizado pela FNLIJ. As obras foram selecionadas a partir dos livros inscritos para a 39ª Seleção Anual do Prêmio FNLIJ. O catálogo é colorido, bilíngue, com os dados informativos e uma resenha das obras citadas, divididas por categorias. A diagramação é uma criação do Estúdio Versalete, trazendo na capa uma ilustração de Angela-Lago, criada para o livro João Felizardo, ed. Cosac Naify. Desde 1974, a FNLIJ está presente, como a seção brasileira do IBBY, nessa única feira internacional dedicada aos livros infantis e juvenis, divulgando a produção literária brasileira para crianças e jovens. No catálogo há uma entrevista feita pela FNLIJ com Laura Sandroni, uma de suas fundadoras, membro do Conselho Curador e votante do prêmio promovido pela instituição, falando do trabalho da Fundação ao longo desses anos. Ana Maria Machado, contemplada com o VIII Prêmio Iberoamericano SM de Literatura Infantil e Juvenil é a escritora homenageada da edição deste ano. Ao final do catálogo, a FNLIJ orgulhosamente anuncia o Brasil como país homenageado da Feira de Bolonha, O catálogo se encontra disponível no site da FNLIJ: www. fnlij.org.br Capa do Catálogo FNLIJ 2013 Anúncio do país homenageado. 2

3 W hite Ravens é uma publicação anual da Internacionale Jungend Bibliothek Biblioteca Internacional da Juventude IJB em Munique, seção alemã do IBBY, que divulga sua Catálogo White Ravens 2013 seleção de livros de literatura para crianças e jovens de diversos países, lançada na Feira de Bolonha. A convite da IJB, todos os anos a FNLIJ envia uma lista de livros de autores brasileiros para serem selecionados pela equipe do editorial do catálogo. A IJB escolheu cinco, dos 22 indicados pela FNLIJ, para o White Ravens 2013, são eles: Aquela água toda. João Anzanello Carrascoza. Ilustrações de Leya Mira Brander. Cosac Naify. As 17 cores do branco. Luiz Raul Machado. Ilustrações de Ana Freitas. Record. Caçada. Texto e ilustrações de Fernando Vilela. Scipione. A fome do lobo. Cláudia Maria de Vasconcellos. Ilustrações de Odilon Moraes. Iluminuras. Pssssssssssssiu! Silvana Tavano. Ilustrações de Daniel Kondo. Callis. 3

4 P ela primeira vez duas mulheres conquistam o Livro do Ano Ficção e Não- Ficção do Prêmio Jabuti, outorgado pela Câmara Brasileira do Livro CBL. A escritora Stella Maris Rezende ganhou a láurea na categoria Ficção pela obra juvenil A mocinha do mercado central, editora Globo, considerada Altamente Recomendável pela FNLIJ. E, a jornalista Miriam Leitão, na categoria Não-Ficção com o livro Saga brasileira: a longa luta de um povo por sua moeda, editora Record. Stella Maris Rezende vence o Prêmio Jabuti 2012 Cada uma delas recebeu, além da estatueta dourada, a quantia de R$ 35 mil e mais R$ 3,5 mil pela vitória em suas categorias: livro reportagem (Miriam Leitão) e juvenil (Stella Maris Rezende). Ressaltamos que Stella ganhou ainda o segundo lugar, na mesma categoria, com o livro A guardiã dos segredos de família, Edições SM, também agraciado com o selo Altamente Recomendável FNLIJ Stella Maris Rezende é mineira, como Miriam Leitão, mestre em Literatura Brasileira, professora, cantora, atriz, artista plástica e autora de livros para crianças e jovens. Os livros A mocinha do mercado central, ed. Globo, e A guardiã dos segredos de família, Edições SM, assim como outras obras da autora se encontram disponíveis no acervo da Biblioteca FNLIJ e no site da instituição: 4

5 FNLIJ presente na Fliporto 2012 A convite da Feira Literária Internacional de Pernambuco Fliporto, por meio do curador das Tendas da Criança e Nova Geração, o professor Antonio Nunes, a FNLIJ esteve presente pela segunda vez consecutiva ao evento. A presidente e membro do Conselho Diretor da FNLIJ, Isis Valéria Gomes, em companhia da votante do Prêmio FNLIJ, Fabíola Farias, participou da programação da oitava edição da feira, realizada entre os dias 15 e 18 de novembro, na Praça do Carmo, em Olinda. O tema do evento foi A vida é um espetáculo, e comemorou o centenário do escritor, dramaturgo e jornalista Nelson Rodrigues. A Fliporto proporcionou ao público vários espaços com programação específica, de acordo com a faixa etária e o assunto de cada um deles. Este ano, também se realizou a terceira edição da Feira Literária de Pernambuco com estandes de editoras. batizado o espaço. Os livros ficaram em exposição nas Tendas da Fliporto Criança e Fliporto Nova Geração, atendendo ao público do evento, depois levados a CASA/CLILO, que conta também com uma sala de exposições e um ambiente para oficinas. O espaço está situado no Largo do Amparo, 310 Olinda. Durante a 8ª Fliporto, Isis Valéria Gomes e Fabíola Farias visitaram a CASA/CLILO e participaram de duas mesas-redondas. No sábado, 17, na Tenda Fliporto Nova Geração, houve a homenagem à memória do escritor Bartô, intitulada Uma inquietude encantadora: a obra de Bartolomeu Campos de Queirós. No domingo, 18, na Tenda Fliporto Criança, a mesa-redonda teve como tema Para gostar de Ler... Bartolomeu Campos de Queirós. Em ambos os encontros, Isis Valéria falou sobre a FNLIJ e Fabíola Farias sobre a obra do autor mineiro, falecido em janeiro de Leia mais sobre o evento no site: Dentre as diversas atividades apresentadas ao público, a Fliporto prestou uma homenagem à memória de Bartolomeu Campos de Queirós, expondo uma adaptação feita pela FNLIJ, especialmente para o evento, da mostra sobre a vida e a obra do autor, apresentada no 14º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens. A exposição foi montada no Casarão de Olinda, transformado em Casa do Livro Infantil e da Leitura de Olinda CLILO localizado no centro histórico da cidade. Contando com duas bibliotecas especializadas, uma para crianças de 0 a 4 anos, e outra para os maiores de 5 anos ou mais, o local recebe diariamente crianças das escolas do município para atividades de leitura. A FNLIJ, como instituição que tem como um de seus objetivos institucionais a formação de leitores por meio da divulgação da literatura infantil e juvenil, doou mais de 300 obras de seu acervo de duplicatas para a biblioteca da CASA, como foi carinhosamente Isis Valéria e Antonio Nunes na exposição sobre Bartô CASA/CLILO 5

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7 Editora Record celebra os seus 70 anos N o dia 12 de dezembro de 2012, em uma cerimônia na Biblioteca Nacional, para a qual a editora doou 70 mil livros, a Record comemorou os seus 70 anos de compromisso com o leitor, ao publicar obras para diferentes públicos, sem distinção: de livros acadêmicos ou de auto-ajuda, de ficção a história, de literatura juvenil aos grandes clássicos, apresentando aos convidados um documentário sobre as sete décadas de existência com depoimentos de pessoas importantes ligadas à literatura brasileira. A solenidade abriu a programação comemorativa que se estende até novembro de Durante o evento, o Prêmio Recordista 2012 foi entregue a Marina Colasanti, pela marca de mais de 100 mil exemplares vendidos do livro Classificados e nem tanto, categoria juvenil, e para Eduardo Spohr, autor de A Batalha do Apocalipse, que já ultrapassou a venda de 370 mil exemplares. Da criação da editora por Alfredo Machado e seu sócio, o livreiro Decio Abreu, em 1942, até os dias de hoje, há uma longa história contada em livros. O primeiro deles foi Os insaciáveis, de Harold Robbins, que marcou a criação de um catálogo que logo estabeleceria uma marca no mercado editorial Brasileiro. No comando da editora desde 1991, após o falecimento do pai, Sérgio Machado, revelou que está preparando um livro de memórias. Já está com a estrutura na sua cabeça, as histórias e a maneira como vai contá-las, inclusive o sequestro da irmã, o fio condutor da narrativa. Sem prazo de publicação, o editor vive o reverso da medalha: agora, ele é cobrado, por si mesmo, para entregar a obra. Ao longo dos 70 anos de crescimento até a sua transformação, o grupo editorial é hoje composto de 13 editoras e selos que publicam títulos variados como clássicos e alta literatura (Record, José Olympio e Bertrand), acadêmicos (Civilização Brasileira e Difel), negócios (BestBusiness), juvenis e infantis (Galera, Galera Record e Galerinha), auto-ajuda, saúde e comportamento (BestSeller), sucessos comerciais (Record, Bertrand e Verus) e livros de bolso (BestBolso e Viva Livros). Conheça mais sobre a Editora Record no site com.br 7

8 A o longo desses 70 anos foram muitos os prêmios conquistados pela editora Record. Listamos as obras agraciadas com o Prêmio FNLIJ. Prêmio FNLIJ Orígenes Lessa - Melhor Livro para o Jovem 1985 O outro lado do tabuleiro, de Eliane Ganem, ilustrações de Rui de Oliveira. Prêmio FNLIJ Ofélia Fontes - Melhor Livro para a Criança 1988 Uma ilha lá longe, de Cora Rónai, ilustrações de Rui de Oliveira. Prêmio FNLIJ Especiais Casa dos Braga: memórias de infância, de Rubem Braga; 2 Coleção Mineiramente Drummond: A palavra mágica; As palavras que ninguém diz; Histórias parao rei, de Carlos Drummond de Andrade 3 Coleção Verso na prosa, prosa no verso: A cor de cada um; A senha do mundo; Criança dagora é fogo!; Vó caiu na piscina, de Carlos Drummond de Andrade 4 Pequena antologia do Braga, de Rubem Braga. Prêmio FNLIJ Odylo Costa Filho - Melhor Livro de Poesia 2004 Cantigas por um passarinho à toa, de Manoel de Barros, ilustrações de Martha Barros. Prêmio FNLIJ Monteiro Lobato - Melhor Tradução/Adaptação Criança Hors-Concours 2004 A redação, de Antonio Skármeta, tradução de Ana Maria Machado, ilustrações de Alfonso Ruano. Prêmio FNLIJ Odylo Costa Filho - Melhor Livro de Poesia 2006 Declaração de amor, de Carlos Drummond de Andrade. Seleção de Pedro Augusto Graña Drummond e Luís Maurício Graña Drummond, ilustrações de Mariana Massarani. Prêmio FNLIJ Monteiro Lobato - Melhor Tradução/Adaptação Criança 2007 Os corvos de Pearblossom, de Aldous Huxley, tradução de Luiz Antonio Aguiar, ilustrações de Beatrice Alemagna Prêmio FNLIJ Odylo Costa Filho - Melhor Livro de Poesia 2008 Poeminha em língua de brincar, de Manoel de Barros, ilustrações de Martha Barros. Prêmio FNLIJ Malba Tahan - Melhor Livro Informativo 2009 Almanaque Machado de Assis: vida, obra, curiosidades e bruxarias literárias, de Luiz Antonio Aguiar, ilustrações de Jorge Guidacci. Prêmio FNLIJ Orígenes Lessa - Melhor Livro para o Jovem 2010 Uma ilha chamada livro: contos mínimos sobre ler, escrever e contar, de Heloísa Seixas. 8

9 Ana Maria Machado recebeu o Prêmio Iberoamericano SM N o dia 27 de novembro de 2012, Ana Maria Machado recebeu o VIII Prêmio Iberoamericano SM de Literatura Infantil e Juvenil, durante uma cerimônia realizada na Feira Internacional do Livro de Guadalajara, México, com a presença de brasileiros e estrangeiros. Esta é a segunda vez que um escritor brasileiro é agraciado com a láurea concedida pela Fundação SM, o primeiro foi Bartolomeu Campos de Queirós, em Ambos tiveram as suas indicações feitas pela FNLIJ, que preparou o dossiê sobre a vida e obra dos autores enviados ao júri. O Notícias 12 dezembro de 2012 publicou o documento enviado à Fundação SM relatando a trajetória profissional da escritora, listando os prêmios conquistados por ela ao longo desses anos. Entre os presentes, estava a ex-presidente e membro do Conselho Diretor da FNLIJ, Gisele Zincone que escreveu, via , ao Notícias, falando do orgulho e da emoção de assistir à entrega do prêmio dado a Ana Maria Machado. De fato é uma premiação importante já que é a única oportunidade no mundo das letras iberoamericanas de reconhecer autores que desenvolveram, com excelência, uma carreira literária no âmbito infantil e juvenil... Muito justa a premiação já que, parafraseando Jochen Weber, membro do júri que a elegeu, os livros de Ana possuem um estilo narrativo simples e complexo ao mesmo tempo, que apela à inteligência do leitor e ilustra o compromisso com seus leitores em diversos gêneros como a narrativa, o teatro e a poesia. Marisa Lajolo, especialista em LIJ, fez um laudatio - um elogio de honra - sobre a autora e a sua obra, que publicamos abaixo. Apresentação de Ana Maria Machado, por ocasião da entrega do VIII Prêmio Iberoamericano SM de Literatura Infantil e Juvenil Por Marisa Lajolo 1 Boa tarde a todos, e perdão pelo portunhol em que lhes falo. Começo por agradecer a Câmara Brasileira do Livro e à Feira Internacional do Livro por me trazerem a Guadalajara, em uma ocasião tão festiva para o Brasil: a entrega a Ana Maria Machado do Prêmio Iberoamericano SM de Literatura Infantil e Juvenil. E agradeço a SM por me convidar a fazer a apresentação da premiada. México, como se sabe, é a segunda pátria de todos nós, latino-americanos, e me encanta a oportunidade de voltar uma vez mais a este país, irmão do Brasil em tantos aspectos, entre os quais a pluralidade de culturas e a riqueza de sua literatura Entre coleções, séries e obras independentes, Ana Maria Machado escreveu quase duzentos títulos: livros para crianças muito pequenas, obras para jovens, ensaios, poesia e romances. O Brasil tem hoje quase duzentos milhões de habitantes, o que torna muito significativos seus mais de quatro milhões de livros que circulam no Brasil. Felizmente para os que (infelizmente ) não lêem português, muitos de seus livros estão traduzidos e dezenas deles ganharam importantes prêmios no Brasil e no exterior. O quadro abaixo registra uma pequena parte destes prêmios, Prêmio João de Barros (História meio ao contrário.) Prêmio Jabuti (História meio ao contrário) Casa de Las Américas (De olho nas penas ) Hans Christian Andersen e Ordem do Mérito Cultural ( Pres. da República) 9

10 2001- Prêmio Machado de Assis - ABL e Medalha Tiradentes ( Assembleia Legislativa RJ) Prêmio Príncipe Claus Prêmio Iberomericano SM de literatura infantil e juvenil Tantos e tão importantes prêmios, no entanto, não lhe caíram do céu: são resultado de trabalho e determinação, que tiveram início quando a menina lia Monteiro Lobato ( o maior escritor brasileiro [e talvez latino-americano ] do SéculoXX,), prosseguiram no curso universitário de letras e continuaram no doutorado na França sob orientação de Roland Bathes. Seu doutorado pesquisou a função dos nomes das personagens de Guimarães Rosa e talvez venha daí a sabedoria com a qual Ana Maria Machado batiza suas personagens, como Beatriz e Isabel, que se tornam Bisabia Bisabel. Em sua vasta produção, manifestam-se traços que caracterizam a melhor literatura: presença da mais alta fantasia, atenção à voz infantil, apurado senso de realidade e uma sofisticadíssima retomada da tradição literária e da musicalidade de nossa língua. O mundo de seus livros é um mundo plural: múltiplas identidades culturais, brasileiras e brasileiros de diferentes cores, humor sempre e sempre também uma saudável vontade de perguntar, questionar e retraçar caminhos. Menina bonita do laço de fita (1986) é a história de um coelho que, porque quer ser negro e ter filhos negros pergunta a uma menina negra como se faz para ter uma cor tão bonita. A história, como se vê, inverte a tradicional desqualificação do aspecto físico de negros e negras, está traduzida para espanhol, inglês, francês, sueco, dinamarquês e japonês e ganhou inúmeros prêmios. Muitos livros de Ana Maria Machado fazem a história gravitar em torno de mulheres. Este predomínio do feminino articula-se muito bem à presença maciça de mulheres em todos os circuitos do livro e da leitura no Brasil: são inúmeras as autoras mulheres, e também são muitas as editoras da área, sem falar da multidão de professoras e bibliotecárias, mediadoras primeiras entre livros e crianças. Enriquecendo o imaginário de seus leitores com o melhor de nossa tradição cultural, a literatura de Ana Maria Machado bebe muitas vezes nos clássicos, reescrevendo textos antigos, como fez recentemente com a história da Nau Catarineta, que misturando prosa e verso, relê e reescreve o hoje longínquo século XVI, tempo da chegada dos europeus a Nuestra América. Há mais de um ano e um dia que vagavam pelo mar. Já não tinham o que comer, já não tinham o que manjar. Os marinheiros passavam todo o tempo tentando pescar alguma coisa, mas não tinham sorte. Caçaram os ratos do porão e comeram. Cozinharam o couro dos sapatos e comeram. Desfiaram as cordas que conseguiram. Desmanchar e comeram. Mas acabaram chegando a um ponto em que não havia mais nada que pudessem inventar para comer. A não ser (A Nau Catarineta p ) Não vou estragar o suspense: é preciso ler o livro A chegada dos europeus à América já havia sido magistralmente tratada por Ana Maria Machado em De olho nas penas, livro que ganhou o Prêmio Casa de Las Américas e que tem passagens semelhantes a parágrafos de fr. Bartolomeu de Las Casas: Primeiro viram umas naus e caravelas chegando a uma praia e os cavaleiros desembarcando com seus cavalos, suas armaduras, suas armas. Tinham uma roupa de guerra feita de ferro, e de ferro cobriam a cabeça, e também de ferro tinham espadas, escudos e lanças. Os homens cor de fogo os receberam com muitas festas, como se os cavaleiros fossem convidados de honra ou deuses. Deram-lhes presentes: comidas gostosas, aves bonitas. Puseram seu melhores enfeites. E os enfeites tinham ouro, tinham prata, tinham esmeraldas. Miguel ( ) viu os cavaleiros fazerem sinal que queriam ouro e pediram mais ouro, ainda mais, sempre mais. Viu muitas e muitas vezes as matanças, os cavalos atropelando os homens cor de cobre, os cavaleiros massacrando, roubando tudo o que eles tinham, derramando muito sangue, acabando com cidades inteiras, mesmo com toda a luta é que eles tinham canhões, mosquetes, arcabuzes, escopetas, uma porção de armas de nomes antigos mas que matavam de maneira bem moderna (De olho nas penas ) A menção a viagens e viajantes é a ponte que introduz, na obra de Ana Maria Machado, a importância do mar, a grande personagem de seu único e belíssimo livro de poemas, Sinais do mar (2010): Primeiro mar Tantas páginas lidas muito antes Tantos livros que enchiam as estantes Tantos heróis a povoar os sonhos Tantos perigos, monstros tão medonhos Nos tempos sem tv e sem imagem Palavras fabricavam paisagem Tesouros, mapas, ilhas tropicais, Argonautas, recifes de corais, Perigos na neblina entre rochedos. Vinte mil léguas cheias de 10

11 segredos, Histórias de naufrágio e abordagens, Ulisses, Moby Dick, mil viagens, Robinson, calmarias, um montim. Descobertas, veleiros, mar sem fim (Sinais dos mares, p.45) Há muitas outras maneiras pelas quais Ana Maria Machado se faz uma escritora brasileira de hoje e mantém grande sintonia com sua terra e com seu povo. E quem é seu povo? Creio que, para além das fronteiras do Brasil, a obra de Ana Maria Machado tem um bem-vindo traço latino-americano que penso - é também o que sublinha o prêmio que hoje aqui ela recebe. Sua obra inclui também livros de ensaios que se ocupam de diferentes aspectos da leitura. Neles, Ana Maria Machado visita com competência e elegância todos os recantos do que o crítico uruguaio Angel Rama chamou de Ciudad letrada 2. São textos de conferências e artigos na imprensa nos quais a autora problematiza a leitura, os leitores e também os não leitores. Estes ensaios são a contraface de sua intensa atividade de promoção da leitura: Ana Maria Machado, este ano, está liderando projetos de leitura em uma favela pacificada do Rio de Janeiro. Um de seus livros mais recentes, A princesa que escolhia ( 2006) faz avançar a temática de um de seus primeiros livros História meio ao contrário ( 1978), que ganhou dois dentre os, talvez, primeiros grandes prêmios da autora. Nestes livros, as protagonistas são mulheres princesas - que desconstroem e invertem os valores tradicionais da cultura feminina e da cultura política. A princesa protagonista do último livro transforma o reino em um país governado pelo parlamento: No reino, por exemplo. O rei morreu, e a princesa teve de ocupar o trono. Logo na sua primeira entrevista, tinha uma palavra enorme: - Eu adoro escolher. Então quero que todo mundo também escolha. Por isso, proponho que este reino seja Parlamentarista. Vamos fazer eleições. - Eleições? Mas isto aqui é um reino estranharam os ministros. - E daí? Os melhores reinos por este mundo afora são assim. Têm rei e rainha, mas (A princesa que escolhia, p. 36) Novamente: não vou entregar o desenlace: é preciso ir ao livro! A personagem desta Princesa que escolhia nos conduz à arena política, na qual se inscreve o último romance de Ana Maria Machado, Infâmia (ed. Alfaguara) que tem por intertexto a Bíblia e por tema questões muito atuais de ética e de política. No livro, o narrador (como faz o narrador machadiano) se intromete na história e conversa com os leitores: Em muitas histórias bíblicas eu me intrometi, desde o dia em que ganhei de meu padrinho aquele livro. E em muitas outras, de outros livros, pela vida afora, à medida que fui crescendo e ampliando minhas oportunidades, conhecendo mais enredos. Invisível, silencioso, sem que nenhum deles desconfiasse de minha presença, eu acompanhava os personagens- uns bem mais do que outros, é verdade. José foi um de meus primeiros favoritos. Encolhido num canto da cela, ouvi seus companheiros lhe contarem os sonhos que haviam agitado aquela noite. Admirado, escutei as palavras com que decifrou os relatos. Atento, fui aprendendo que todo relato tem interpretações. Mais de uma. Nenhuma é a única correta. (Infâmia, p. 24) Estes são alguns flashes da obra de Ana Maria Machado e deles vamos à recepção de seus livros. Uma das práticas escolares mais correntes hoje no Brasil é solicitar que os alunos escrevam cartas ao autor do livro que lêem, como escreveu a Ana Maria uma aluna que conta à escritora: quando estou lendo eu penso que estou no meio da história, eu fico no mundo da lua! E fazer o milagre de multiplicar a vida e a história dos leitores não é o que quer um escritor? Penso que sim e penso que Ana Maria Machado tanto em sua obra literária quanto em sua ensaística revela clara consciência da missão do artista: perpetuar um imaginário e uma linguagem através dos quais se mantém e se renova a identidade dos povos e a humanidade de homens e mulheres. Outros leitores, menos jovens do que a menina que escreveu a carta acima e bem mais experientes em livros e em leituras também dão testemunho da qualidade literária da obra de Ana Maria Machado. Fiquei deveras gamado pela figura de Nita A criação tão bonita De Ana Maria Machado Por onde quer que ela siga, Brota uma alegre verdade. Se Bento -que Bento- é- o- frade Ai Nita-que-Nita-amiga! ( cf. Homepage da autora) São versos do maior poeta brasileiro do século XX, Carlos Drummond de Andrade. Que melhor voz do que a dele, para encerrar esta apresentação? 1 MARISA LAJOLO é professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie, da Unicamp e pesquisadora senior do CNPq. 2 Disponível em LaCiudadLetradaRama 11

12 E ncontra-se disponível no site da The Internacional Federation of Library Associations and Institutions Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias IFLA o catálogo digital The World through Picture Book - O mundo através do livro para as crianças, contendo indicações de dez livros de 30 países, produzido pela instituição, em parceira com o IBBY. O projeto do catálogo on-line foi lançado em 2011, o primeiro resultado com os 300 títulos escolhidos foi divulgado em agosto de O link para o acesso ao catálogo se encontra no final da matéria. No final de 2011, a IFLA solicitou à FNLIJ indicações de livros de autores brasileiros por intermédio de Viviana Quiñones, da Bibliothèque Nationale de France, a pedido da coordenadora do projeto, Annie Everall. Atendendo à solicitação, a FNLIJ selecionou 23 obras de autores O mundo através do livro para as crianças IFLA brasileiros de literatura infantil e juvenil, contendo as capas e uma resenha em inglês. O critério seletivo usado para as indicações foram os prêmios conquistados pelos autores com as respectivas obras. Além do catálogo digital, os livros escolhidos estarão em duas exposições criadas pela IFLA, com o apoio dos editores, a quem a instituição está pedindo o envio de dois exemplares. As duas mostras ficarão em bibliotecas do Japão e da França, disponíveis para empréstimo aos países que queiram exibi-las. Este mês, a exposição estará sendo apresentada ao público da 50ª Feira de Bolonha. A IFLA é o principal órgão internacional que representa os interesses da biblioteca e dos bibliotecários, fundada na Escócia, em Atualmente, segundo o site da instituição, conta com aproximadamente membros, de cerca de 150 países. A IFLA é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, registrada na Holanda desde 1971 e sua sede fica na Biblioteca Real a Biblioteca Nacional da Holanda em Haia, que fornece as instalações para o seu funcionamento. Os 30 países com livros presentes no catálogo O mundo através do livro para as crianças são: Argentina, Benin, Brasil, Camarões, Columbia, Colômbia, Croácia, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Haiti, Japão, Coréia, Líbano, Madagascar, Mali, Maurício, Holanda, Nigéria, Noruega, Ilha da Reunião, Romênia, Rússia, Senegal, Cingapura, África do Sul, Suécia, Reino Unido e EUA. Apresentamos aqui a lista dos 23 títulos indicados pela FNLIJ e no final da relação, reproduzimos o PDF do catálogo com os dez títulos que foram selecionados. Acesse o link e conheça o catálogo: PictureBooksCompilation.pdf 1 - Alice no telhado. Nelson Cruz. Edições SM. 2 - Asa de papel. Marcelo Xavier. Fotografia de Gustavo Campos. Formato. 3 Até passarinho passa. Bartolomeu Campos de Queirós. Il. Elisabeth Teixeira. Moderna. 4 Bruxinha Zuzu. Eva Furnari. Moderna. 5 - Cavalhadas de Pirenópolis. Roger Mello. Agir. 6 - Cena de rua. Angela Lago. RHJ. 7 - Chapeuzinho Vermelho e outros contos por imagem. Rui de Oliveira. Il. Luciana Sandroni. Companhia das Letrinhas. 8 - Histórias da Coleção gato e rato. Mary and Eliardo França. Ática. 9 Lampião & Lancelote. Fernando Vilela. Cosac Naify. 10 O lobo. Graziela Hetzel. Il. Elisabeth Teixeira. Manati. 11 Macaquinho. Ronaldo Simões Coelho. FTD. 12 Menino Marrom. Ziraldo. Melhoramentos Menina bonita do laço de fita. Ana Maria Machado. Il. Claudius. Ática Noite de cão. Graça Lima. Paulinas. 15 Obax. André Neves. Brinque-Book Ops. Marilda Castanha. Cosac Naify Pedro e lua. Odilon Moraes. Cosac Naify O que os olhos não vêem. Ruth Rocha. Il. Carlos Brito. Salamandra O rei de quase-tudo. Eliardo França. Zit. 20 Telefone sem fio. Ilan Brenman. Il. Renato Moriconi. Companhia das Letrinhas Vizinho, vizinha. Graça Lima, Mariana Massarani e Roger Mello. Companhia das Letrinhas Você lembra, pai!. Daniel Munduruku. Il. Rogério Borges. Global. 23 Livro de Papel. Ricardo Azevedo. Editora do Brasil. 12

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16 FNLIJ presente ao Seminário do Movimento Negro RJ E n novembro de 2012, a crítica e votante do Prêmio FNLIJ, Laura Sandroni esteve presente ao Seminário do Movimento Negro, promovido pela Coordenação da Secretaria de Gênero e Etnia e pela Coordenação da Secretaria de Formação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino CONTEE, no Rio s Presidente Hotel, no centro do Rio de Janeiro. O tema foi A importância de políticas públicas afirmativas na democratização da cultura e oportunidade para todos. Além de Laura, fizeram parte MANTENEDORES DA FNLIJ da mesa-redonda coordenada pelo professor Wanderlei Julio Quedo, presidente da CONTEE, a professora Cilza Carla Bignotto, da Universidade Federal de Ouro Preto e a escritora Luciana Sandroni. O ponto principal da exposição foi a importância da obra de Monteiro Lobato sobre diferentes perspectivas. Houve perguntas e depoimentos. Segundo Laura Sandroni, a conclusão foi de repúdio unânime à censura ao livro Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato. A Girafa Editora Ltda; Abacate Editorial Ltda; Ação Social Claretiana; Artes e Ofício Editora Ltda; Autêntica Editora Ltda; Associação Brasileira de Editores de Livros; Berlendis Editores Ltda; Brinque-Book Editora de Livros Ltda; Callis Editora Ltda; Câmara Brasileira do Livro; Ciranda Cultural Edit. e Dist. Ltda; Cortez Editora e Livraria Ltda; Cosac Naify Edições Ltda; DCL - Difusão Cultural do Livro Ltda; Edelbra Ind. Gráfica e Editora Ltda; Edições Escala Educacional Ltda; Edições SM Ltda; Ediouro Publicações S/A; Editora 34 Ltda; Editora Ática S/A; Editora Bertrand Brasil Ltda; Editora Biruta Ltda; Editora Dedo de Prosa Ltda; Editora Dimensão Ltda; Editora do Brasil S/A; Editora FTD S/A; Editora Fundação Peirópolis Ltda; Editora GHV Ltda; Editora Globo S/A; Editora Guanabara Koogan S/A; Editora Iluminuras Ltda; Editora José Olympio Ltda; Editora Lafonte Ltda; Editora Lê Ltda; Editora Manole Ltda; Editora Melhoramentos Ltda; Editora Moderna Ltda; Editora Mundo Jovem 2004 Ltda; Editora Nova Alexandria Ltda; Editora Nova Fronteira S/A; Editora Objetiva Ltda; Editora Original Ltda; Editora Planeta do Brasil Ltda; Editora Positivo Ltda; Editora Projeto Ltda; Editora Prumo Ltda; Editora Pulo do Gato Ltda; Editora Record Ltda; Editora Rideel Ltda; Editora Rocco Ltda; Editora Scipione Ltda; Editora Shwarcz Ltda; Elementar Publicações e Editora Ltda; Fundação Cultural Casa de Lygia Bojunga Ltda; Geração Editorial Ltda; Girassol Brasil Edições Ltda; Gráfica Editora Stampa Ltda; Global Editora e Distribuidora Ltda; Imperial Novo Milênio Gráfica e Editora Ltda; Inst. Bras de Edições Pedagógicas -IBEP (RIO); Instituto Cultural Aletria Ltda; Jorge Zahar Editora Ltda; Jujuba Editora; Larousse do Brasil Participações Ltda; Livraria Martins Fontes Editora Ltda; Livros Studio Nobel Ltda; Manati Produções Editorais Ltda; Marcos Pereira; Martins Editora Livraria Ltda; Livros Studio Nobel Ltda; Mazza Edições Ltda; Meneghettis Gráfica e Editora Ltda; Noovha América Editora Distrib. de Livro Ltda; Pallas Editora e Distribuidora Ltda; Paulinas - Pia Soc. Filhas de São Paulo; Paulus - Pia Soc. de São Paulo; Pinakotheke Artes Ltda; Publibook Livros Papeis S/A L± Publicação Mercuryo Novo Tempo; PwC; RHJ Livros Ltda; Rovelle Edições e comércio de Livros; Salamandra Editorial Ltda; Saraiva S/A Livreiros Editores Ltda; Sindicato Nacional dos Editores de Livros SNEL; Texto Editores Ltda; Uni Duni Editora de Livros Ltda; Universo dos Livros Editora Ltda; Verus Editora Ltda. EXPEDIENTE - Editor: Elizabeth D Angelo Serra Jornalista: Claudia Duarte Diagramação: Horacio Costa Design Revisão: Anna Paula Ribeiro da Costa Fotolito e Impressão: PwC Gestão: FNLIJ Conselho Curador: Alfredo Gonçalves, Laura Sandroni, Silvia Negreiros, Suzana Sanson e Wander Soares. Conselho Diretor: Ana Ligia Medeiros, Isis Valéria (Presidente) e Marisa de Almeida Borba. Conselho Fiscal: Henrique Luz, Marcos da Veiga Pereira e Terezinha Saraiva. Suplentes: Anna Maria Rennhack, Jorge Carneiro e Regina Bilac Pinto. Conselho Consultivo: Alfredo Weiszflog, Annete Baldi, Bia Hetzel, Cristina Warth, Eduardo Portella, Eny Maia, José Alencar Mayrink, José Fernandes Ximenes, Lilia Schwarcz, Lygia Bojunga, Maria Antonieta Antunes Cunha, Paulo Rocco, Regina Lemos, Rogério Andrade Barbosa e Silvia Gandelman Secretária Geral: Elizabeth D Angelo Serra. Associe-se à FNLIJ e receba mensalmente o Notícias, em versão impressa. telefone: fnlij@fnlij.org.br APOIO Rua da Imprensa, 16-12º andar cep: Rio de Março - Brasil Tel.: (0XX) Fax: (0XX) fnlij@fnlij.org.br