Revista Eletrônica Theologia Faculdade Palotina - FAPAS COMPARAÇÃO SINÓTICA E EXEGESE DE MATEUS 10, 1-4 E MARCOS 3, 13-19

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Revista Eletrônica Theologia Faculdade Palotina - FAPAS COMPARAÇÃO SINÓTICA E EXEGESE DE MATEUS 10, 1-4 E MARCOS 3, 13-19"

Transcrição

1 1 COMPARAÇÃO SINÓTICA E EXEGESE DE MATEUS 10, 1-4 E MARCOS 3, RESUMO Aodomar José Wandscher 1 Jonison Mallmann 2 Mário Benachio Auzani 3 Pretende-se, neste artigo, apresentar uma comparação sinótica entre as perícopes de Mt 10,1-4 e Mc 3,13-19, passagens onde Jesus forma o grupo dos doze apóstolos, e desenvolver uma exegese que colabore para uma maior compreensão dos termos utilizados, bem como da mensagem que o texto quer transmitir. A relevância do mesmo consiste em esclarecer para os atuais seguidores a que Jesus convida, a fim de ressaltar o chamado que ele faz para pessoas tão diversas e, ao mesmo tempo, o processo de formação e convivência que estabelece com esses discípulos. No desenvolvimento dessa temática estabelecer-se-á a comparação entre os textos sinóticos, analisando a unidade literária de ambos os textos. Após, será apresentada uma exegese, que aprofundará as expressões usadas pelos evangelistas e atualizará a todos aqueles que nos tempos hodiernos ouvem o convite de Jesus, que chama para junto de si e envia para a missão. PALAVRAS-CHAVES: Jesus; Chamado; Discipulado; Missão. INTRODUÇÃO A perspectiva para aqueles que são chamados por Jesus é a formação de comunidades de discípulos, nas quais os mesmos assumem, em seu tempo e lugar, o chamado. A partir dessa nucleação, os apóstolos poderão conviver mais intimamente com o Mestre, sendo formados e recebendo o envio missionário do próprio Jesus. Visto a importância da passagem bíblica que marca a escolha dos apóstolos para todos aqueles que seguiram e continuam a responder ao chamado de Jesus, o seguinte estudo se propõe a estabelecer a comparação sinótica entre os textos de Mateus e Marcos, onde Jesus institui o grupo dos doze apóstolos. 1 Acadêmico do III semestre de Teologia da FAPAS. 2 Acadêmico do III semestre de Teologia da FAPAS. 3 Acadêmico do VI semestre de Teologia da FAPAS.

2 2 Primeiramente, se apresentará a comparação entre Mt 10,1-4 e Mc 3,13-19, analisando sinoticamente ambos os textos, apontando as referidas diferenças entre os escritos dos evangelistas. Num segundo momento, se responderá a questão de a perícope ser ou não uma unidade. Para responder a essa dúvida se recorrerá às perícopes anteriores e posteriores aos textos em questão. Por fim, será feita uma exegese de ambos os textos, buscando compreender mais detalhadamente o significado dos termos utilizados pelos evangelistas, bem como das ações e contextos vivenciados por Jesus e os apóstolos. 1 COMPARAÇÃO TEXTUAL SINÓTICA A seguinte pesquisa abordará a comparação sinótica da perícope do chamado de Jesus aos doze discípulos entre os evangelhos de Marcos e Mateus. Os textos a seguir constam na Sinopse dos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas e da Fonte Q, de Johan Konings. MATEUS 10,1-4 MARCOS 3,13-19 ¹E tendo chamado a si os doze discípulos, deu-lhes exusia sobre {os} espíritos impuros a fim de expulsá-los e curar toda doença e toda enfermidade. ²Os nomes dos doze apóstolos são estes: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão e Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; ³Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, o {filho} de Alfeu, e Tadeu; 4 Simão, o cananeu, e Judas, o Iscariotes, o que (também) o traiu. ¹³E sobe ao monte e chama a si os que ele queria; e foram-se até ele. 14 E fez doze [que também denominou

3 apóstolos], para que estivessem com ele e para que os enviasse a proclamar 15 e a ter exusia de expulsar os demônios. 16 [E fez os doze] e pôs nome a Simão: Pedro; 17 e Tiago, o {filho} de Zebedeu, e João, o irmão de Tiago e pôs-lhe o[s] nome [s] de Boanerges, que Revista Eletrônica Theologia significa filhos do trovão; 18 e André, e Filipe, e Bartolomeu, e Mateus, e Tomé, e Tiago, o {filho} de Alfeu, e Tadeu, e Simão, o cananeu, 19 e Judas Iscariot, o que (também) o traiu Análise Sinótica O evangelista Marcos descreve o local no qual irá dar-se o chamado de Jesus aos discípulos: ao subir a montanha (Mc 3,13). Mateus, no entanto, não descreve local e relata unicamente que Jesus chamou os doze discípulos, em contrapartida que Marcos salienta que Ele chamou aqueles a quem queria (Mc 3,13). Os dois evangelistas atestam que Jesus confere aos discípulos a exusia, isto é, a autoridade que é designada por um mandato legitimado por Deus (cf. LACOSTE, 2004, p.220). Dessa forma, eles receberam a exousia para expulsarem demônios, porém Marcos evidencia o convite de Jesus aos discípulos para que estivessem com Ele e o envio para proclamar (Mc 3,14) enquanto Mateus acentua a possibilidade de curar toda doença e toda enfermidade (Mt 10,1). Na enumeração dos nomes dos discípulos, Marcos apresenta Jesus como o que fez ou constituiu o grupo dos doze (Mc 3,14), ou seja, uma ação de Jesus. Já Mateus apresenta o nome dos doze apóstolos de forma descritiva: os nomes dos doze apóstolos são estes (Mt 10,2). Ao enumerar cada nome dos discípulos escolhidos por Jesus, Marcos salienta os nomes postos a Simão, Pedro, e a Tiago e João, Boanerges, e seqüencia os nomes na seguinte ordem: Simão, Tiago, João, André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, Tadeu, Simão o zelota e Judas Iscariot (Mc 3,16-19). Chama atenção o fato de Marcos preocupar-se em esclarecer o significado do nome Boanerges dado a João e Tiago.

4 4 Mateus, ao descrever quem eram os doze apóstolos, designa-os em duplas, a começar pelos irmãos Simão e André; Tiago e João (também irmãos); Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago e Tadeu; Simão o zelota e Judas Iscariotes (Mt 10,2-4). Nota-se que o Evangelho de Mateus emprega o aposto publicano ao citar o nome de Mateus na lista apostólica. 2 A PERÍCOPE É UMA UNIDADE? 2.1 Mc 3,13-19 Ao analisar as perícopes sinóticas do chamado de Jesus aos doze discípulos, percebe-se que Mc 3,13-19 apresenta uma unidade literária na medida em que descreve um novo local em que os personagens passam a estar, o monte, e uma nova atitude de Jesus, o qual chama os apóstolos. Portanto, há uma clara distinção da perícope anterior e posterior a Mc 3, Perícope Anterior A perícope anterior é Mc 3,7-12 em que Jesus, com os seus discípulos, se retiram para o mar e são seguidos por uma numerosa multidão (Mc 3,7). Sendo assim, é pedido que disponibilizem um barquinho por causa da concentração de pessoas (Mc 3,9). Após, Jesus cura muitos e os espíritos imundos reconheciam-no como filho de Deus, fato que Jesus advertia para que não fosse tornado público (Mc 3,10-12). Assim, a perícope anterior de Mc 3,7-12 apresenta uma unidade autônoma em relação Mc 3,13-19, pois se dá em um local diferente, o mar, e com um grupo maior de pessoas, a multidão.

5 Perícope Posterior A perícope posterior a Mc 3,13-19 é Mc 3,20-21 em que Jesus vai para casa e a multidão, mais uma vez, o acompanha (Mc 3,20). A sua família saiu para segurá-lo, pois diziam que Ele estava fora de si (Mc 3,21). Vê-se, dessa forma, que a perícope posterior apresenta um outro contexto, pois Jesus está em casa e com os membros de sua família. Portanto, outro local e outros personagens são narrados, além ser outro contexto vivenciado por Jesus. 2.2 Mt 10, 1-4 Esta perícope é uma unidade literária. O assunto é completo, mesmo que o tema seja uma seqüência entre as passagens que antecedem e sucedem o texto de Mt 10,1-4. O lugar em que ocorrem os respectivos acontecimentos é o mesmo, os envolvidos nas perícopes é o grupo de discípulos que acompanha Jesus Perícope Anterior A perícope anterior é Mt 9,35-38 em que Jesus, ao percorrer inúmeras cidades e povoados, ensina e proclama o evangelho do reino, curando toda doença e toda enfermidade (Mt 9,35), e percebe que aquelas turbas estavam como ovelhas que não tem pastor (Mt 9,36). Assim, declara aos discípulos que a colheita é grande e os operários são poucos (Mt 9,37). Nesse contexto de sensibilidade de Jesus ao ver a grande quantia de pessoas que precisavam de um pastor para apascentá-las é que se sucede o chamado dos doze e a exusia dada a eles (Mt 10,1).

6 Perícope Posterior A perícope posterior a Mt 10,1-4 se trata do envio dos doze discípulos por Jesus, texto situado em Mt 10,5-16. Trata-se de uma série de recomendações, em que Jesus exorta como os discípulos devem se comportar ao enunciar a chegada do reino dos Céus (Mt 10,7). Sendo assim, Mt 10,5-16 se mostra como seqüencial à escolha dos discípulos, pois na medida em que foram descritos os nomes dos doze apóstolos, Jesus com o mesmo grupo e no mesmo local da perícope anterior, ensina mais especificamente como deve ser realizada a missão que lhes incumbiu. 3 EXEGESE DOS TEXTOS SINÓTICOS 3.1 Exegese de Mateus 10, 1-4 Analisando a perícope anterior a Mt 10, 1-4, percebe-se que este capítulo é a confirmação lógica do anterior, cujo final prepara para Jesus que, em sua caminhada missionária, viu as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitos e exaustos, como ovelhas não tendo pastor (Mt 9,36). Jesus também afirmou que a colheita é grande, os operários, porém, poucos. Suplicai, pois, ao Senhor da colheita que faça sair operários à sua colheita! (Mt 9,37-38), mostrando, assim, o curto tempo de sua vida pública perante as exigências do anúncio do Reino de Deus. Jesus dá aos discípulos a exusia sobre os espíritos impuros e a possibilidade de curar toda enfermidade (cf. Mt 10,1), mesmas expressões usadas em Mt 9,35 para descrever os poderes de Jesus, demonstrando que os apóstolos recebem a mesma missão de Cristo, sendo igual em tudo ao Mestre, o prolongamento de seus braços. Diferentemente de Marcos, Mateus não nos dá uma narração da escolha dos doze, mas a pressupõe e traz apenas a lista de seus nomes, que serve como introdução ao

7 7 discurso do envio para a missão. Isso porque a palavra "apóstolo" significa mensageiro ou enviado e é muito usada nos escritos apostólicos e no Evangelho de Lucas, porém utilizada uma única vez nos outros três Evangelhos (cf. LANCELLOTTI, 1980, p.102). O que chama atenção no trabalho sinótico dos dois textos, tanto o de Marcos como o de Mateus, é o nome que encabeça as duas listas de apóstolos, sendo que a ordem dos outros apóstolos descritos, por vezes, se altera. A que se devem as divergências e coincidências dos dois textos? Na lista apostólica de Mateus todos os apóstolos aparecem unidos pela conjunção e. Marcos não os descreve em duplas neste texto, sendo que, posteriormente, afirma que Jesus chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois (cf. BAC, 1964, p.230). Percebe-se aí a influência dos destinatários sobre o texto de Mateus, que escreve para os judeus, sociedade que alega a importância de haver duas testemunhas para os acontecimentos relatados. No começo das duas listas apostólicas figura o nome de Simão Pedro: os nomes dos doze apóstolos são estes: primeiro, Simão, chamado Pedro (Mt 10,2). Neste versículo chama atenção a expressão primeiro, o que sería absolutamente innecesaria al principio de uma lista de nombres sin que sigan otros ordinales para los siguientes componentes (BAC, 1964, p.230). Assim, este versículo corrobora com a passagem em que Mateus narra a promessa de Jesus a Pedro como Pontífice máximo da Igreja. Outro ponto nevrálgico desta perícope é a ênfase que se dá ao número apostólico dos doze, cujo os nomes foram chamados por Jesus. O número doze é simbolicamente bíblico e utilizado constantemente na Sagrada Escritura. Alude ao número dos doze patriarcas e das doze tribos de Israel. Os discípulos são os chefes do novo Israel que Jesus fundava. É tão sagrado e intencional o uso deste número, que depois da traição e morte de Judas, Pedro achou por bem completá-lo, recaindo a sorte sobre Matias (cf. BAC, 1964, p.231). Trilling descreve o grupo divergente e variado que Jesus chamou: Os nomes dos apóstolos nos permitem algumas conclusões sobre a composição de seu círculo. Nomes gregos se alinham ao

8 8 lado de nomes judaicos; os seus portadores são oriundos de várias regiões da Palestina; simples pescadores estão ao lado de um representante do partido dos zelotas (Simão, o Cananeu) e de discípulos de João Batista (Tiago e João). É uma mescla bastante variada essa que Jesus reúne em torno de si, uma seqüela não muito dócil, não muito cômoda, nem, muito menos, de aduladores e hipócritas (1966, p.233). Apesar de todas as dificuldades que Jesus teve com eles, depois que se tinham sinceramente convertido, enviou-lhes o Espírito Santo e transformaram-se em testemunhas dispostos a morrer por suas convicções e em colunas sobre cujo fundamento se erigiu a Igreja. Simão é chamado de Pedro. A troca do nome que Jesus lhe deu é reflexo do uso que se foi fazendo em função da nova dignidade que Pedro teria. A intenção especial que teria Jesus ao mudar o nome de Simão para Pedro é justificado em função de sua primazia (cf. BAC, 1964, p.231). Seria, dessa forma, um adiantamento do momento histórico que vai se dar posteriormente, no qual Jesus faz a promessa do pontificado (Mt 16,18). Ao listar os apóstolos João e Tiago, Marcos descreve que Jesus colocou-lhes o nome de Boanerges, que quer dizer filhos do trovão (Mc 3,17). Nesse nome não se nota a mesma transcendência que possui o nome Pedro. Prova da intenção distinta que Jesus teve ao alterar o nome de Simão. Revela também uma característica popular e usual em ambiente palestino: o uso de sobrenomes ou cognomes (cf. BAC, 1964, p.231). Porém, Marcos, ao escrever direcionando seu evangelho para os cristãos de origem pagã, precisa elucidar o significado das palavras de uso comum para o mundo judaico, mas desconhecidas às nações vizinhas. Por isso, Marcos explica, com um aposto, a palavra "boanerges" como filhos do trovão, pois esse sobrenome trata de caracterizar o comportamento ardente de ambos os apóstolos. Outros apostos explicam algo sobre os apóstolos Mateus, Simão e Judas. Mateus é chamado de publicano (Mt 10,4), explicação contida unicamente na lista apostólica de Mateus, que quer designar sua profissão de cobrador de impostos, se referindo à

9 9 narração do seguimento de Mateus, encontrado em Mt 9,9 (cf. LANCELLOTTI, 1980, p.103). Quanto à Simão, o cananeu, recebeu este epíteto para diferenciá-lo de Simão Pedro, pois o nome Simão era muito freqüente (cf. BAC, 1964, p.236). Segundo Born, o sentido de cananeu não advém por Simão ser natural do país dos cananeus, mas por pertencer ao grupo nacionalista dos Zelotes. Provavelmente este adjetivo pretende recordar a antiga pertença de Simão ao partido dos fanáticos zelotes, grupo que agiu, sobretudo na revolta judaica (60-70), não apenas contra os romanos, mas em relação a todos os patrícios que lhes desagradavam (1971, p.1579). Por fim, várias são as interpretações que se podem dar a Iscariotes, o aposto de Judas. Uma hipótese, segundo Lancellotti, é o termo ser compreendido a partir da tradução grega do hebraico, que quer dizer "homem de Qariot", uma das cidades de Judá elencadas no Antigo Testamento (Js 15,25) (1980, p.103). Outra possibilidade é que Iscariotes designaria uma transcrição semítica do latim sicarius, o equivalente a zelotes, aqueles que se opunham fanaticamente à dominação romana. Após explicar mais detalhadamente alguns termos encontrados no texto da constituição dos doze apóstolos em Mateus, passar-se-á a uma análise do texto referente a Marcos. 3.2 Exegese de Marcos 3,13-19 A fase oficial de instruções ao grupo de Jesus, sua nova família, é consagrada no estilo de Moisés no monte Sinai, revestido de plenitude, de poder e autoridade: ele sobe ao monte (Mc 3,13). Dessa forma, Jesus sobe ao monte a fim de repetir e superar a subida de Moisés ao Sinai (Ex 19,3) e em outras ocasiões deste Evangelho ele sobe à montanha novamente, assim como consta em Mc 6,46 e 9,2. Essa atitude de Jesus traz consigo um significado profundo, uma vez que O gesto de Jesus subir à montanha manifesta sua superioridade, não apenas em relação aos mestres em Israel, mas também sua

10 10 superioridade em relação a Moisés. Seu discurso e sua plataforma de governo estarão superando a tradição mosaica e inaugurando uma nova fase da manifestação de Deus no universo: O filho unigênito anuncia a vontade do Pai (MAZZAROLO, 2003, p.831). Sendo assim, Moisés foi ao monte buscar as tábuas da lei, pois lá existe uma realidade suprema e perfeita, cujo povo imperfeito e mortal deve manter-se afastado. No entanto, Jesus ao chamar a si os que ele queria (Mc 3,13) anuncia a Boa-Nova que contém uma nova visão, uma pedagogia que inclui e dignifica. Ele sobe ao monte com seu grupo e lhe confere exusia de expulsar os demônios (Mc 3,15). Ou seja, a autoridade é dada no monte, lugar mais próximo de Deus, onde Jesus, conhecedor desse significado, modifica a Lei antiga e instaura a possibilidade do Reino de Deus, que possui novas coordenadas para o intento missionário e uma inovação no relacionamento com o Pai e com os irmãos. Destarte, a novidade do Reino é explicita na forma como Jesus convoca os doze, pois Ele não era como um rabino tradicional. Estava ali como alguém muito maior, pois ensinava com autoridade (...) Jesus mostra-se superior, um sábio diferente (MAZZAROLO, 2003, p.832). De fato, quando Jesus chama a si os que ele queria (Mc 3,13), o significado de chamar a si, não tem unicamente o sentido de expressar uma convocação, mas representa uma interdependência entre as pessoas convocadas e aquele que as convoca. Como situa Mazzarolo, o uso do verbo proskaleomai torna-se uma marca distinta no estilo de Marcos e revela uma das faces importantes da sua obra, ao traduzir a relação entre Jesus e os seus discípulos ou entre a soberania de Jesus e de todas as multidões (MAZZAROLO, 2003, p.832). Dessa forma, os convocados passam a estar ao redor de Jesus, direcionando para ele suas atenções, havendo uma dinâmica do falar e escutar, ensinar e praticar, de dar e receber orientações. Está estabelecida uma relação de proximidade, convivência e conhecimento. Jesus chama os convocados para constituir um vínculo especial com ele, colocando-os numa posição privilegiada por terem sido desejados a fazer parte do grupo

11 11 dos eleitos. Jesus chama aqueles que ele queria (Mc 3,13), pois não dependia do sistema judaico para convocar o seu grupo, não estava atrelado às normas do judaísmo. O chamado se dá na Galiléia, em uma montanha, e expressa numericamente o simbolismo do novo Israel, cuja libertação e salvação se daria não a partir de Jerusalém, mas da Galiléia (...) caminho construído juntamente com pessoas impuras e pecadoras (ZABATIERO, 2006, p.79). Dessa forma, se Jesus tivesse seguido as leis judaicas, muitos amigos não teriam convivido com ele. Além disso, ao chamar os que ele queria (Mc 3,13), Jesus confirma a plena autoridade que ele irá exercer sobre os discípulos, delegando-lhes uma missão a ser cumprida de maneira livre e responsável por cada um deles. A narração de Marcos é expressa de forma resumida, o que poderia transparecer uma ação pouco refletida de Jesus ao convocar os doze. No entanto, percebe-se a profundidade dos termos que usa para expressar esse chamado. Quando o evangelista cita que Ele fez os doze (Mc 3,14), o valor simbólico desta constatação leva a entender que, depois de escolhidos, os discípulos formaram uma comunidade de seguidores do Mestre Jesus. Segundo Mazzarolo, o verbo fazer (poieô) é bastante usado no sentido de transformar, tornar algo próprio para outra finalidade (...) No tempo do discipulado eles foram ouvindo as instruções, os ensinamentos e as orientações para o tempo de missão. A formação exigiu um processo de redimensionamento dos seus conceitos (2003, p.835). Sendo assim, Jesus formou homens novos, conscientizando-os sobre suas práticas perante a vida, a sociedade e a religião. Os fez olhar diferentemente para a realidade a fim de assumirem a missão com a mesma autoridade que tinha Jesus sobre os espíritos impuros. Aos doze escolhidos, Jesus denominou apóstolos (Mc 3,14), pois os judeus ao denominar os seres procuravam exprimir sua identidade. Considerando que o termo apóstolo é uma palavra grega que significa mensageiro, enviado (LANCELLOTTI,

12 , p.102), Jesus não troca o nome pessoal deles, mas lhe incumbe uma função. A função que cada um exercia na família e na sociedade agora mudou: de seguidores eles passaram a ser arautos do Evangelho de Cristo. A finalidade da convocação de Jesus é para que estivessem com ele (Mc 3,14). Esta é uma forte exigência feita para aqueles que se tornariam apóstolos de Jesus: estar com Jesus para conhecer seus projetos e aspirações de um novo Reino. Antes de tudo, o estar com alguém, reflete uma necessidade do ser humano de viver junto com os outros, conviver estabelecendo aprendizados mútuos. Sendo assim, a vida ativa necessita da presença e da interação com o outro. Jesus não convocou os Doze para que cada um continuasse igual a antes, dentro de seus intentos e projetos individuais, mas para formar uma comunidade. Estar com ele no tempo da instrução poderia significar a capacidade e a força de estar com ele também no testemunho e na dificuldade (MAZZAROLO, 2003, p.837). Depois que estivessem com Jesus, os discípulos seriam enviados a proclamar e a ter exusia de expulsar os demônios (Mc 3,15), ou seja, convivendo em comunidade com Jesus é que eles receberiam o envio para a missão. Estar com Jesus é requisito essencial para ser enviado, pois na medida em que os apóstolos estivessem educados na escola de Jesus estariam aptos para receber a missão. Tarefa essa que inclui proclamar para outras pessoas e povos os ensinamentos do Mestre, pois o próprio Mestre lhes dará autoridade para que isso seja realizado. A autoridade (exusia) é o poder de Deus que se vale dos homens para a expulsão dos demônios. Jesus quer partilhar sua missão com seus apóstolos, exigindo deles um envolvimento de corpo e espírito na vontade do Pai. A missão de expulsar demônios não se refere só a tarefa de exorcizar, pois a autoridade de expulsar demônios incluía também ser capaz de impor um novo conceito sobre jejum (Mc 2,18-22) ou dar liberdade de fazer coisas simples, sem escrúpulos em relação á tradição, mesmo sendo dia de sábado (Mc 2,23-28), visto que o

13 13 Filho do Homem é Senhor também no sábado (MAZZAROLO, 2003, p.839). O verbo ekballein, usado em Mc 3,15, é referente à expulsão de demônios e quer dizer "jogar fora", "expulsar", "expelir". A missão de Jesus e dos apóstolos é expulsar os representantes das ideologias de ódio e de violência, que não são pertencentes ao Reino de Deus. Sendo assim, expulsar demônios representa afastar do caminho todos os obstáculos ao Reino. Nessa perspectiva, "uma doença não era um demônio, mas podia ser resultado de um espírito impuro, de uma ação perversa que originava sua desgraça. O demônio pode não estar diretamente envolvido, mas pode estar atuando através de outra pessoa ou de outro instrumento" (MAZZAROLO, 2003, p. 840). Nesta análise da perícope de Marcos não se aprofundarão os significados de alguns nomes dos apóstolos, tendo em vista que trabalho semelhante já foi empreendido no comentário exegético ao texto de Mateus. Sendo assim, nestas perícopes evidenciam-se a missão que Jesus encarrega aos apóstolos e a instituição daqueles que serão responsáveis pelo anúncio da Salvação. Jesus escolhe pessoas pouco consideradas pelo sistema político e religioso da época, porém convida aqueles que verdadeiramente se converteram e posteriormente se transformarão em testemunhas fiéis, ao ponto de entregar suas vidas por causa da proclamação da Boa-Nova do Reino de Deus. CONSIDERAÇÕES FINAIS O chamado que Jesus fez aos doze apóstolos nos textos sinóticos analisados neste trabalho, continua sendo feito a cada um dos seguidores que aderem à fé em Cristo. Ele convida aos vocacionados para subirem o monte, deixando de lado as baixadas contrárias à construção do Reino de Deus, e a manter um relacionamento íntimo com sua pessoa, ouvindo e respondendo fielmente à missão a que Ele confia. A escolha dos doze é um sinal profético de que Jesus está disposto a formar uma

14 14 comunidade que representa o novo Povo de Deus, a qual Jesus quer reunir e aperfeiçoálos para a missão. Jesus não escolhe os fariseus ou mestres da lei, mas um grupo diversificado, de excluídos, explorados socialmente e pecadores públicos, que se converteram ao serem chamados por Jesus. Os apóstolos deixaram seus barcos, seus futuros, suas expectativas para seguir Jesus. Receberam novos nomes e com esses uma missão a que foram incumbidos de realizar. Entre as incumbências que Jesus delega aos apóstolos não está a de governar e dominar, tendo em vista que a missão dada por Ele é ampla e confiada também a todos os futuros seguidores que o servirão. Assim, discípulo é todo aquele que assume a missão que Jesus revela, fruto de uma convivência íntima com o Senhor e de uma formação conjunta com os outros seguidores, que estão a serviço e comprometidos com a construção do Reino de Deus. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BÍBLIA. Espanhol. Bíblia Comentada. Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos (BAC), 1964, v.v (Evangelios). BORN, A. Van Den. Dicionário Enciclopédico da Bíblia. Trad. Frederico Stein. Petrópolis: Vozes, KONINGS, Johan. Sinopse dos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas e da Fonte Q. São Paulo: Loyola, LACOSTE, Jean-Yves. Dicionário Crítico de Teologia. Trad. Paulo Meneses [et al]. São Paulo: Paulinas, LANCELLOTTI, Angelo. Comentário ao Evangelho de São Mateus. Trad. Antonio Angonese e Ephraim Ferreira Alves. Petrópolis: Vozes, MAZZAROLO, Isidoro. Vocação ao discipulado e o sono do Getsêmani (Mc 3,13; 14,32-42). Revista Eclesiástica Brasileira - REB. Petrópolis: Instituto Teológico Franciscano, v. 63, n. 252, p , TRILLING, Wolfgang. O Evangelho Segundo Mateus. Trad. Edmundo Binder.

15 15 Petrópolis: Vozes, ZABATIERO, Júlio Paulo Tavares. Construindo a identidade messiânica de Jesus: uma leitura sócio-semiótica de Marcos 1,1-3,35. Perspectiva Teológica, Belo Horizonte: Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, v. 38, n. 104, p , 2006.

«Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara» EVANGELHO Mt 9,36-10,8

«Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara» EVANGELHO Mt 9,36-10,8 Ambiente: Costuma-se chamar ao texto que vai dos v.9,36 a 11,1, o discurso da missão : nele, Jesus envia os discípulos e define a missão desses discípulos anunciar a chegada do Reino. Este discurso da

Leia mais

Avalia os teus conhecimentos do 6º Ano de catequese

Avalia os teus conhecimentos do 6º Ano de catequese Nome: Avalia os teus conhecimentos do 6º Ano de catequese Bloco 1 Jesus, o Filho de Deus que vai ao nosso encontro 1 Completa as seguintes afirmações: a) Aquele que veio trazer ao mundo a salvação de Deus.

Leia mais

CINCO CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS

CINCO CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS CINCO CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS 1. Crescimento da igreja nunca é o produto de estratégias humanas ou planejamento; 2. Nosso alvo é a fidelidade e o crescimento da igreja é o efeito colateral divino da

Leia mais

Síntese do Novo Testamento (Curso de Formação Ministerial, 2014) Prof. Marco Aurélio Correa

Síntese do Novo Testamento (Curso de Formação Ministerial, 2014) Prof. Marco Aurélio Correa 1 Evangelho de Lucas Este evangelho tem 24 capítulos 1 - O Autor Lucas, que também escreveu o Livro de Atos dos Apóstolos comparar Lucas 1.1-4 com Atos 1.1 - era gentio convertido, erudito nas letras,

Leia mais

do seu time preferido do que falar os nomes dos doze discípulos de Jesus.

do seu time preferido do que falar os nomes dos doze discípulos de Jesus. Quais eram os nomes dos 12 discipulos? É muito mais fácil nos dias de hoje, alguém falar "de có" os nomes dos jogadores da seleção brasileira ou dos jogadores do seu time preferido do que falar os nomes

Leia mais

Leitura da Bíblia. Disciplina. Instituto de Ensino Bíblico Teológico Aliança 31/03/2011

Leitura da Bíblia. Disciplina. Instituto de Ensino Bíblico Teológico Aliança 31/03/2011 Leitura da Bíblia Disciplina 31/03/2011 Este material didático, é de grande importância para o estudo em seminário, visando a formação dos futuros líderes e obreiros da Igreja Aliança Evangélica Missionária.

Leia mais

Revelação Progressiva. 09 de março de 2014

Revelação Progressiva. 09 de março de 2014 Revelação Progressiva 09 de março de 2014 Hebreus 1.1,2 Estrutura sugerida por Calvino em Exposição de Hebreus, Edições Paracletos, 1997. Deus falou Outrora, pelos profetas Agora, pelo Filho Então, aos

Leia mais

D. José da Cruz Policarpo. Actualidade da Palavra de Deus

D. José da Cruz Policarpo. Actualidade da Palavra de Deus D. José da Cruz Policarpo Actualidade da Palavra de Deus U n i v e r s i da d e C at ó l i c a E d i to r a Lisboa 2009 Sumário I. Descobrir a fecundidade da Palavra, caminhando com Paulo II. Aprofundar

Leia mais

O CRISTÃO HOJE: DISCÍPULO E MISSIONÁRIO DE JESUS CRISTO RESUMO

O CRISTÃO HOJE: DISCÍPULO E MISSIONÁRIO DE JESUS CRISTO RESUMO O CRISTÃO HOJE: DISCÍPULO E MISSIONÁRIO DE JESUS CRISTO GIOVANI MARINOT VEDOATO 1 RESUMO O presente artigo O cristão hoje: discípulo e missionário de Jesus Cristo visa apresentar a importância do ser cristão,

Leia mais

ENCONTRO VOCACIONAL PARA CATEQUESE

ENCONTRO VOCACIONAL PARA CATEQUESE ENCONTRO VOCACIONAL PARA CATEQUESE 1. OBJETIVO DO ENCONTRO Este encontro tem por objetivo despertar as crianças para a realidade da VOCAÇÃO como o chamado de Deus e a necessidade da resposta humana. 2.

Leia mais

L Í D ERES de aliança

L Í D ERES de aliança w w w. l i d e r e s d e a l i a n c a. p r o. b r L Í D ERES de aliança 2 ª e d i ç ã o CAPÍTULOS AVULSOS PARA DOWNLOAD V O C A B U L Á R I O das células de aliança Sandro José Hayakawa Cunha Brasília

Leia mais

Quem é Marcos? Marcos, autor do primeiro Evangelho, vivia em Jerusalém. A mãe se chamava Maria. Em sua casa reuniam-se os cristãos da cidade.

Quem é Marcos? Marcos, autor do primeiro Evangelho, vivia em Jerusalém. A mãe se chamava Maria. Em sua casa reuniam-se os cristãos da cidade. Atenção O Catequista, coordenador, responsável pela reunião ou encontro, quando usar esse material, tem toda liberdade de organizar sua exposição e uso do mesmo. Poderá interromper e dialogar com o grupo;

Leia mais

A igreja cristã primitiva

A igreja cristã primitiva FEDERAÇÂO ESPÍRITA BRASILERIRA Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita Livro I Cristianismo e Espiritismo Módulo II O Cristianismo A igreja cristã primitiva Roteiro 22 Objetivos Relatar fatos históricos

Leia mais

APRENDENDO SOBRE A BIBLIA

APRENDENDO SOBRE A BIBLIA APRENDENDO SOBRE A BIBLIA Qual o significado da palavra Bíblia: Bíblia significa coletânea de livros, do grego biblos, que significa livro. A Bíblia como tema central. A revelação de Jesus Cristo em busca

Leia mais

Análise Hermenêutica de Mateus 7.24-27

Análise Hermenêutica de Mateus 7.24-27 Análise Hermenêutica de Mateus 7.24-27 Tiago Abdalla Teixeira Neto 1. Considerações Introdutórias Primeiramente, e necessário compreender aspectos introdutórios que cercam o livro onde se encontra o texto

Leia mais

06) Onde foi escrito o Antigo Testamento? O Antigo Testamento foi escrito na Palestina (a terra de Jesus), na Babilônia (onde o povo

06) Onde foi escrito o Antigo Testamento? O Antigo Testamento foi escrito na Palestina (a terra de Jesus), na Babilônia (onde o povo Conhecer melhor a Bíblia, saber como e de que forma foi escrita, como lê-la de forma correta, demonstram amor e respeito pela palavra de Deus. Vamos conhece-la um pouco mais?! 01) Qual o significado da

Leia mais

Harmonia sexual entre o casal

Harmonia sexual entre o casal Harmonia sexual entre o casal O ato sexual, para o casal, é a mais intensa manifestação do seu amor O bom relacionamento sexual na vida do casal é de fundamental importância para a sua harmonia. A primeira

Leia mais

FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita Livro II Ensinos e Parábolas de Jesus Módulo II Ensinos Diretos de Jesus

FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita Livro II Ensinos e Parábolas de Jesus Módulo II Ensinos Diretos de Jesus FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita Livro II Ensinos e Parábolas de Jesus Módulo II Ensinos Diretos de Jesus Esclarecer a respeito da afirmativa de Pedro: Tu és o Cristo,

Leia mais

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM Festa dos Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael 1) Oração

Leia mais

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM 1) Oração Quinta-feira da 1ª Semana da Quaresma Dai-nos,

Leia mais

II Domingo do Advento (Ano B)

II Domingo do Advento (Ano B) EVANGELHO Mc 1,1-8 Ambiente: O Evangelho segundo Marcos parece ter sido o primeiro dos Evangelhos. O final da década de 60 é uma época difícil para os cristãos em geral e para os cristãos da cidade de

Leia mais

A Nação é uma sociedade política e o autor do nosso livro-texto, em sua doutrina, dispõe que a Nação se compõe de dois elementos essenciais:

A Nação é uma sociedade política e o autor do nosso livro-texto, em sua doutrina, dispõe que a Nação se compõe de dois elementos essenciais: Resumo Aula-tema 02: Teoria Geral do Estado. A Teoria do Estado foi construída pela nossa história, é uma disciplina nova, embora já existissem resquícios desde a Antiguidade, mas faz pouco tempo que ela

Leia mais

O Jesus da Bíblia Ele não está mais na cruz 2014 de Jair Alves 1 Edição/ 2014 Todos os direitos reservados por: Jair Alves de Sousa

O Jesus da Bíblia Ele não está mais na cruz 2014 de Jair Alves 1 Edição/ 2014 Todos os direitos reservados por: Jair Alves de Sousa O Jesus da Bíblia Ele não está mais na cruz 2014 de Jair Alves 1 Edição/ 2014 Todos os direitos reservados por: Jair Alves de Sousa Nenhuma parte desta publicação poderá ser utilizada ou reproduzida -

Leia mais

MÉTODOS DE ESTUDOS BÍBLICOS

MÉTODOS DE ESTUDOS BÍBLICOS IGREJA BATISTA CIDADE UNIVERSITÁRIA MINISTÉRIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ NÚCLEO DE ENSINO BÁSICO MÉTODOS DE ESTUDOS BÍBLICOS ABDÊNAGO LISBOA JUNIOR MARCELO FELTRIM HENRIQUE BLANDY 2 SUMÁRIO LIÇÃO ASSUNTO PÁGINA

Leia mais

A Ação do Espírito Santo. no Apostolado da Oração (AO) - Movimento Eucarístico Jovem (MEJ)

A Ação do Espírito Santo. no Apostolado da Oração (AO) - Movimento Eucarístico Jovem (MEJ) A Ação do Espírito Santo no Apostolado da Oração (AO) - Movimento Eucarístico Jovem (MEJ) O Espírito Santo, uma promessa de Jesus Descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará a força e sereis minhas testemunhas

Leia mais

KJV King James Bible Study Correspondence Course An Outreach of Highway Evangelistic Ministries 5311 Windridge lane ~ Lockhart, Florida 32810 ~ USA

KJV King James Bible Study Correspondence Course An Outreach of Highway Evangelistic Ministries 5311 Windridge lane ~ Lockhart, Florida 32810 ~ USA 1 O Tribunal de Cristo Lição 16 (volte para as páginas 4, e 5) Quem será julgado no dia do julgamento? Como isto tomará lugar, e o que envolverá? A vida cristã é uma série de verdades imprevisíveis. A

Leia mais

Vemos abaixo dois exemplos negativos do apóstolo João que se prostrou aos pés do anjo para adorá-lo no livro do Apocalipse:

Vemos abaixo dois exemplos negativos do apóstolo João que se prostrou aos pés do anjo para adorá-lo no livro do Apocalipse: Adoração a anjos: Os anjos não devem ser adorados, não podemos sequer dirigir-nos diretamente a eles em nenhuma condição, os anjos servem a Deus e não aos homens, tudo o que queremos deve ser colocado,

Leia mais

EVANGELHO Lc 17,11-19

EVANGELHO Lc 17,11-19 1 Ambiente: O leproso é, no tempo de Jesus, o protótipo do marginalizado Além de causar naturalmente repugnância pela sua aparência e de infundir medo de contágio, o leproso é um impuro ritual (Lev 13-14),

Leia mais

O estudo do livro de Gênesis é importante, pois fundamenta o ensino teológico de todo o Antigo Testamento.

O estudo do livro de Gênesis é importante, pois fundamenta o ensino teológico de todo o Antigo Testamento. Introdução ao livro de Gênesis - A promessa corre perigo O estudo do livro de Gênesis é importante, pois fundamenta o ensino teológico de todo o Antigo Testamento. Não se trata de um livro científico,

Leia mais

Sinto, por vezes, que alguns responsáveis governamentais parecem ter dificuldades em entender as reivindicações e as aspirações dos Corvinos.

Sinto, por vezes, que alguns responsáveis governamentais parecem ter dificuldades em entender as reivindicações e as aspirações dos Corvinos. Sinto, por vezes, que alguns responsáveis governamentais parecem ter dificuldades em entender as reivindicações e as aspirações dos Corvinos. Sinto também que, sempre que falamos em investimentos importantes

Leia mais

OS MANDAMENTOS DE CRISTO

OS MANDAMENTOS DE CRISTO OS MANDAMENTOS DE CRISTO Equipando Discípulos para fazerem discípulos, ensinando-os a obedecer, todas as coisas que Jesus ordenou Uma adaptação de George Patterson 7 Comandos de Cristo (Readaptação de

Leia mais

FONTE ESTUDOS Semana 13 Jesus no Antigo Testamento - Profecias

FONTE ESTUDOS Semana 13 Jesus no Antigo Testamento - Profecias PERGUNTAS E RESPOSTAS ESTUDOS 2013 FONTE ESTUDOS - Semana 8 Caminhando com o Mestre 1. Pergunta: Assim como os discípulos, devemos seguir 3 passos em nossa caminhada com Cristo: Resposta: 1º Passo: Chamado

Leia mais

Qual é o empregado fiel e prudente? É aquele que o Senhor colocou responsável pelos outros empregados, para dar comida a eles na hora certa.

Qual é o empregado fiel e prudente? É aquele que o Senhor colocou responsável pelos outros empregados, para dar comida a eles na hora certa. Qual é o empregado fiel e prudente? É aquele que o Senhor colocou responsável pelos outros empregados, para dar comida a eles na hora certa. Feliz o empregado cujo Senhor o encontrar fazendo assim quando

Leia mais

Deus nos convocou para o seu time. Jogar ofensivamente Não descuide da defesa Hebreus 12.1 nos encoraja a jogarmos com perseverança a partida que nos

Deus nos convocou para o seu time. Jogar ofensivamente Não descuide da defesa Hebreus 12.1 nos encoraja a jogarmos com perseverança a partida que nos Deus nos convocou para o seu time. Jogar ofensivamente Não descuide da defesa Hebreus 12.1 nos encoraja a jogarmos com perseverança a partida que nos foi proposta. Temos diante de nós a oportunidade de

Leia mais

AS CHUVAS DA PRIMAVERA

AS CHUVAS DA PRIMAVERA 1 AS CHUVAS DA PRIMAVERA Zc 10 1 Peça ao SENHOR chuva de primavera, pois é o SENHOR quem faz o trovão, quem envia a chuva aos homens e lhes dá as plantas do campo. INTRODUÇÃO 1. A figura que sucede as

Leia mais

Jesus Cristo e o Antigo Testamento, a Lei e os Profetas

Jesus Cristo e o Antigo Testamento, a Lei e os Profetas Jesus Cristo e o Antigo Testamento, a Lei e os Profetas 5.17 Não pensem que eu vim para acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu

Leia mais

BÍBLIA NA FAMÍLIA E FAMILIARIDADE COM A BÍBLIA!

BÍBLIA NA FAMÍLIA E FAMILIARIDADE COM A BÍBLIA! Sexta-feira, 4 de maio de 2012 BÍBLIA NA FAMÍLIA E FAMILIARIDADE COM A BÍBLIA! FORMAÇÃO BÍBLICA DE LEITORES REUNIÃO DE PAIS - FESTA DA PALAVRA Bíblia na família e familiaridade com a Bíblia! Desde o Concílio

Leia mais

DOS BRINQUEDOS ÀS BRINCADEIRAS: REFLEXÕES SOBRE GÊNERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

DOS BRINQUEDOS ÀS BRINCADEIRAS: REFLEXÕES SOBRE GÊNERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL DOS BRINQUEDOS ÀS BRINCADEIRAS: REFLEXÕES SOBRE GÊNERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Camila de Lima Neves.(UEPB) camila.lima.18@hotmail.com.br Margareth Maria de Melo, orientadora, UEPB, margarethmmelo@yahoo.com.br

Leia mais

Catequese 2º ano Ensina-nos a rezar (Revisões fim de ano)

Catequese 2º ano Ensina-nos a rezar (Revisões fim de ano) Catequese 2º ano Ensina-nos a rezar (Revisões fim de ano) Na catequese encontramos essencialmente uma Pessoa: Jesus, Filho único do Deus, que sofreu e morreu por nós e que agora, ressuscitado, vive connosco

Leia mais

Acerte no discurso e dê o seu recado

Acerte no discurso e dê o seu recado Acerte no discurso e dê o seu recado Escolher as palavras certas e falar com clareza. Aprender a escutar e entender o que as outras pessoas dizem. Estar atento aos gestos, aos movimentos e às expressões

Leia mais

ORAÇÃO E ADORAÇÃO. por Morris Williams LIVRO DE ESTUDO AUTODIDÁTICO

ORAÇÃO E ADORAÇÃO. por Morris Williams LIVRO DE ESTUDO AUTODIDÁTICO ORAÇÃO E ADORAÇÃO por Morris Williams LIVRO DE ESTUDO AUTODIDÁTICO Universidade Global Instituto de Correspondência Internacional 1211 South Glenstone Avenue Springfield, Missouri 65804 USA O Instituto

Leia mais

TEOLOGIA E LINGUAGEM. Lucas Merlo Nascimento

TEOLOGIA E LINGUAGEM. Lucas Merlo Nascimento TEOLOGIA E LINGUAGEM Lucas Merlo Nascimento Linguagem como problema filosófico Idade Média Metafísica Modernidade Filosofia do sujeito Contemporaneidade Filosofia da Linguagem Linguagem como problema filosófico

Leia mais

O Dom da Cura no Grupo de Oração Qua, 18 de Janeiro de 2012 20:13

O Dom da Cura no Grupo de Oração Qua, 18 de Janeiro de 2012 20:13 Um Grupo de Oração que se reúne semanalmente para encontrar com Deus, lhe prestar culto de louvor e ação de graças, certamente será visitado pelo Senhor da vida. As curas que ocorrem durante as reuniões

Leia mais

PALAVRA DE DEUS CATEQUESE

PALAVRA DE DEUS CATEQUESE PALAVRA DE DEUS NA CATEQUESE Para muitos, também entre os cristãos, a Palavra de Deus é, hoje, apenas mais uma «palavra» e, não raro, nem sequer tão pertinente como outras que disputam a atenção, o compromisso

Leia mais

Lição 5 - VIVENDO A ALEGRIA DE PREGAR O EVANGELHO Texto Bíblico: Filipenses 1.20,21

Lição 5 - VIVENDO A ALEGRIA DE PREGAR O EVANGELHO Texto Bíblico: Filipenses 1.20,21 Lição 5 - VIVENDO A ALEGRIA DE PREGAR O EVANGELHO Texto Bíblico: Filipenses 1.20,21 O apóstolo Paulo está dizendo que o evangelho precisa ser proclamado, não importa com algema ou sem algema, o evangelho

Leia mais

Nº 31 C 13ºDomingo do Tempo Comum-26.6.2016

Nº 31 C 13ºDomingo do Tempo Comum-26.6.2016 Nº 31 C 13ºDomingo do Tempo Comum-26.6.2016 Vamos de Férias Com Jesus Que bom! Começaram as férias! Não há aulas, vamos para a praia, para o campo, para o estrangeiro... mas vamos com Jesus. Ouvimos no

Leia mais

JUBILEU DE OURO DA IGREJA BRASIL PARA CRISTO

JUBILEU DE OURO DA IGREJA BRASIL PARA CRISTO JUBILEU DE OURO DA IGREJA BRASIL PARA CRISTO Pronunciamento do Sr. Deputado Federal João Campos (PSDB-GO) na Sessão Solene no plenário da Câmara dos Deputados, no dia 08.06.05. Senhor Presidente, Senhoras

Leia mais

Papa Francisco Regina Coeli: II Domingo de Páscoa 2015-04-12 Vatican.va

Papa Francisco Regina Coeli: II Domingo de Páscoa 2015-04-12 Vatican.va Papa Francisco Regina Coeli: II Domingo de Páscoa 2015-04-12 Vatican.va PAPA FRANCISCO REGINA COELI Praça São Pedro II Domingo de Páscoa (ou da Divina Misericórdia), 12 de Abril de 2015 [Multimídia] Prezados

Leia mais

THEREZINHA OLIVEIRA EVANGELHO É SIMPLES ASSIM

THEREZINHA OLIVEIRA EVANGELHO É SIMPLES ASSIM THEREZINHA OLIVEIRA EVANGELHO É SIMPLES ASSIM CAMPINAS SP 2010 SUMÁRIO Prólogo Um homem extraordinário...1 Capítulo 1 Ele nasceu em Belém...5 Capítulo 2 Pastores e magos...9 Capítulo 3 Fugindo a Herodes...13

Leia mais

KJV King James Bible Study Correspondence Course An Outreach of Highway Evangelistic Ministries 5311 Windridge lane ~ Lockhart, Florida 32810 ~ USA

KJV King James Bible Study Correspondence Course An Outreach of Highway Evangelistic Ministries 5311 Windridge lane ~ Lockhart, Florida 32810 ~ USA 1 O meu Trabalho e o meu Patrão Lição 14 (volte para as páginas 4, e 5) Qual deve ser a minha atitude para com o meu serviço e o meu patrão? Desde que a Bíblia é a autoridade final em tudo o que se encontra

Leia mais

Conhecendo Deus pessoalmente

Conhecendo Deus pessoalmente Conhecendo Deus pessoalmente O que é preciso para se iniciar um relacionamento com Deus? Esperar que um raio caia? Devotar-se a obras de caridades em diferentes religiões? Tornar-se uma pessoa melhor para

Leia mais

Evangelho Boa Nova. Introdução. Antigo Testamento

Evangelho Boa Nova. Introdução. Antigo Testamento Evangelho Boa Nova Introdução História O Antigo Testamento contém a história do povo hebreu e foi escrito durante um período de mais de mil anos, até aproximadamente o final do século III a.c. O processo

Leia mais

O Deus que tudo vê. Lc 12:1-5

O Deus que tudo vê. Lc 12:1-5 O Deus que tudo vê Lc 12:1-5 Pare e pense: será que podemos esconder algo de Deus? Será que tudo aquilo que fazemos não está diante de um Deus onipresente (presente em todos os lugares ao mesmo tempo)

Leia mais

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM 1) Oração São Simão e São Judas Ó Deus, Pai de bondade, que

Leia mais

VIDa PESSOaL Meu relacionamento com Deus VIDa FamILIar O relacionamento de Deus com minha família

VIDa PESSOaL Meu relacionamento com Deus VIDa FamILIar O relacionamento de Deus com minha família Vida pessoal Meu relacionamento com Deus Jesus não desiste de amar você...11 Triunfando sobre a tristeza...19 Como transformar fracassos em vitórias...27 Esperanças renovadas...35 Vida Familiar O relacionamento

Leia mais

O Anjo com a Cadeia. J. Marcellus Kik. Apocalipse 20:1, E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão.

O Anjo com a Cadeia. J. Marcellus Kik. Apocalipse 20:1, E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. O Anjo com a Cadeia J. Marcellus Kik Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto 1 Apocalipse 20:1, E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Não há dúvida que

Leia mais

LIÇÃO 2 Deus Quer que Conheça os Seus Dons

LIÇÃO 2 Deus Quer que Conheça os Seus Dons LIÇÃO 2 Deus Quer que Conheça os Seus Dons Na primeira lição, aprendemos que Deus tem dons espirituais para todos os crentes. Também descobrimos que Deus espera que cada crente seja fiel ao usar o seu

Leia mais

I Simpósio sobre a Nova Evangelização

I Simpósio sobre a Nova Evangelização O papel do Leigo no testemunho da Fé e no contexto da Nova Evangelização Dr. Sebastião Martins 1. O Concílio Vaticano II e a Nova Evangelização Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente Hebreus

Leia mais

a) Abraão intercedeu pela família do seu sobrinho Ló (Gn 18,22-33); b) Moisés intercedeu a favor do povo de Israel (Êxodo 32,9-14; Dt 9,18);

a) Abraão intercedeu pela família do seu sobrinho Ló (Gn 18,22-33); b) Moisés intercedeu a favor do povo de Israel (Êxodo 32,9-14; Dt 9,18); Algumas pessoas creem que Deus está no controle de tudo. Mas se Deus está no controle de tudo, porque temos fome, miséria, doenças cada vez piores, violências até contra crianças inocentes, estupros, pedofilia,

Leia mais

Capítulo 1 Por que Estudar a História dos Hebreus Lição de Áudio: Velho Testamento Lição nº 27

Capítulo 1 Por que Estudar a História dos Hebreus Lição de Áudio: Velho Testamento Lição nº 27 Capítulo 1 Por que Estudar a História dos Hebreus Lição de Áudio: Velho Testamento Lição nº 27 Objetivo: Aprender porque a História dos Hebreus é importante para nós hoje. Essas coisas aconteceram a eles

Leia mais

Conhecimento da Bíblia:

Conhecimento da Bíblia: Conhecimento da Bíblia: A Bíblia é de vital importância para a vida do crente Afinal, a Bíblia reúne informações acerca da revelação de Deus na História e seus ensinamentos para a vida humana Sem este

Leia mais

Poderá interromper e dialogar com o grupo; montar perguntas durante a exibição; montar grupos de reflexão após a exibição, e assim por diante.

Poderá interromper e dialogar com o grupo; montar perguntas durante a exibição; montar grupos de reflexão após a exibição, e assim por diante. O Catequista, coordenador, responsável pela reunião ou encontro, quando usar esse material, tem toda liberdade de organizar sua exposição e uso do mesmo. Poderá interromper e dialogar com o grupo; montar

Leia mais

Entendendo a série...

Entendendo a série... Entendendo a série... Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Leia mais

Universidade de São Paulo. Escola de Comunicação e Artes, ECA-USP

Universidade de São Paulo. Escola de Comunicação e Artes, ECA-USP Universidade de São Paulo Escola de Comunicação e Artes, ECA-USP Qual a USP que queremos: A USP hoje e daqui a 20 anos Estela Damato NUSP 7693618 São Paulo 2014 Introdução Pensar no futuro de uma universidade

Leia mais

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM SÁBADO DA 4ª SEMANA DA PÁSCOA - 1) Oração Deus eterno e todo-poderoso, fazei-nos viver sempre mais o

Leia mais

O reino de Deus é o tema central da pregação de Jesus nos evangelhos. Nos sinóticos, aprece a expressão 111 vezes, e em todo NT 144 vezes.

O reino de Deus é o tema central da pregação de Jesus nos evangelhos. Nos sinóticos, aprece a expressão 111 vezes, e em todo NT 144 vezes. CAPITULO 3 O DISCIPULADO QUE A IGREJA PRECISA TÓPICO 1 RECONHECENDO O SENHORIO DE CRISTO INTRODUÇÃO O reino de Deus é o tema central da pregação de Jesus nos evangelhos. Nos sinóticos, aprece a expressão

Leia mais

ORDENANÇAS DA IGREJA Temas Principais

ORDENANÇAS DA IGREJA Temas Principais ORDENANÇAS DA IGREJA Temas Principais A Ceia como Ordenança Mt 26.26-29; 1Co 11.23-25; Êx 24.9-11; Dt 14.23, 26; Hb 10.1-4; Mt 26.29; Ap 19.9 A ceia do Senhor aponta para uma refeição de comunhão mais

Leia mais

Uma saudação carinhosa

Uma saudação carinhosa Meus caros amiguitos e amiguitas! Uma saudação carinhosa Olá! Chamo-me António Marto. Sou o novo Bispo desta diocese de Leiria-Fátima. Sabem o que é ser Bispo? Eu explico-vos através de uma comparação

Leia mais

Como Criar o Hábito de Estudar a Bíblia?

Como Criar o Hábito de Estudar a Bíblia? Como Criar o Hábito de Estudar a Bíblia? 1. Competência a ser construída: Criar o hábito de estudar a Bíblia. Encontro 06 Aconselhamos que você professor, estude e pratique o método de estudo da Bíblia

Leia mais

Lição 8 Esperança, intercessão e eleição Texto Bíblico: Romanos 8.18-30

Lição 8 Esperança, intercessão e eleição Texto Bíblico: Romanos 8.18-30 Lição 8 Esperança, intercessão e eleição Texto Bíblico: Romanos 8.18-30 Nesta lição, estudaremos sobre três palavras muito relacionadas à comunhão pessoal de cada crente. Desejamos que todos se fortaleçam

Leia mais

Ano: 9 Turma: 9.1 / 9.2

Ano: 9 Turma: 9.1 / 9.2 COLÉGIO NOSSA SENHORA DA PIEDADE Programa de Recuperação Paralela 1ª Etapa 2013 Disciplina: Português Professor (a): Cris Souto Ano: 9 Turma: 9.1 / 9.2 Caro aluno, você está recebendo o conteúdo de recuperação.

Leia mais

Deus espera algo de nós

Deus espera algo de nós Deus espera algo de nós 2) Compartilhar o Evangelho deve se tornar um estilo de vida de todo cristão. Deus planejou que cada um de nós, vivendo seu dia-a-dia, fosse uma testemunha de Jesus. Mas o diabo,

Leia mais

- Não tem como ter a graça se ainda estamos debaixo do pecado. Ou você morreu para o pecado; ou ainda não se converteu de fato.

- Não tem como ter a graça se ainda estamos debaixo do pecado. Ou você morreu para o pecado; ou ainda não se converteu de fato. Romanos 6:1-11. Na semana passada falamos sobre a Graça de Deus. Pode parecer algo simples, mas a má compreensão desse tema tem gerado muitos problemas no meio evangélico. Pois alguns entendem a graça

Leia mais

Festa do Acolhimento. 1º Ano 2008/2009 Missionários Passionistas

Festa do Acolhimento. 1º Ano 2008/2009 Missionários Passionistas Festa do Acolhimento 1º Ano 2008/2009 Missionários Passionistas Introdução à Eucaristia Hoje vamos festejar o acolhimento. Acolher é receber bem, encaminhar, proteger, ajudar. Este ano estamos a acolher

Leia mais

Pesquisa de Avaliação dos Serviços Públicos de Florianópolis

Pesquisa de Avaliação dos Serviços Públicos de Florianópolis Pesquisa de Avaliação dos Serviços Públicos de Florianópolis A carga tributária brasileira é uma das mais elevadas do mundo, em 2011 ela chegou a 35% do PIB, valor extremamente elevado. Seria de se esperar

Leia mais

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM Quinta-feira da 3ª Semana do Tempo Comum 1) Oração Deus eterno e todo-poderoso, que governais o céu

Leia mais

Deixo com vocês a paz. É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo. (Jo 14.

Deixo com vocês a paz. É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo. (Jo 14. Qual a Paz que vivemos, que sonhamos? Deixo com vocês a paz. É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo. (Jo 14.27) (Encontro realizado na

Leia mais

Modelos de ação da Igreja e metodologias de planejamento. Objetivo da aula. Organização da igreja. Curso: Teologia.

Modelos de ação da Igreja e metodologias de planejamento. Objetivo da aula. Organização da igreja. Curso: Teologia. Curso: Teologia. Prof: Nicanor Lopes. Modelos de ação da Igreja e metodologias de planejamento Objetivo da aula Conhecer e analisar os modelos de ação da Igreja; Analisar quatro métodos de planejamento

Leia mais

A ALIANÇA DE DEUS COM ISRAEL Lição 39

A ALIANÇA DE DEUS COM ISRAEL Lição 39 A ALIANÇA DE DEUS COM ISRAEL Lição 39 1 1. Objetivos: Ensinar que Deus fez uma aliança divina com os israelitas porque Ele os amava. Ensinar que Deus nos promete um lar no céu se obedecermos a seus mandamentos.

Leia mais

1) A liderança exemplar: atitude motivada pela vocação

1) A liderança exemplar: atitude motivada pela vocação Lição 2 - Um modelo de liderança para a igreja Texto bíblico: 1Tessalonicenses 1.2,5; 2.1-2,7-8 A igreja experimenta uma crise de liderança em nossos dias? Uma resposta honesta, pela vivência no meio eclesiástico,

Leia mais

Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por Nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim (Is 6:8).

Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por Nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim (Is 6:8). Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por Nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim (Is 6:8). 1. Compreender que toda mensagem de Deus envolve reforma interna

Leia mais

A Primeira Epístola a Timóteo

A Primeira Epístola a Timóteo A Primeira Epístola a Timóteo Um Guia de Estudo com Comentários Introdutórios, Resumos, Esboços e Perguntas de Revisão Estudo Preparado por Mark A. Copeland Distribuição Gratuita Venda Proibida A Primeira

Leia mais

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM Segunda-feira da 19ª Semana do Tempo Comum 1) Oração Deus

Leia mais

O No encerramento do estudo sobre a escatologia, analisaremos a questão do destino final dos mortos.

O No encerramento do estudo sobre a escatologia, analisaremos a questão do destino final dos mortos. O No encerramento do estudo sobre a escatologia, analisaremos a questão do destino final dos mortos. O A morte física não é senão o início de nossa existência na eternidade. www.portalebd.org.br Slide

Leia mais

Escatologia. Etimologia da Palavra. Premissas ESCATOLOGIA. Profº Ev. Valter Borges 1 FATEBENE

Escatologia. Etimologia da Palavra. Premissas ESCATOLOGIA. Profº Ev. Valter Borges 1 FATEBENE Escatologia FATEBENE Valter Borges dos Santos Etimologia da Palavra O termo Escatologia tem origem em duas palavras gregas éschatos (último) e logos (estudo). Portanto, teologicamente a tradução da palavra

Leia mais

LIÇÃO 4 - OS QUATRO CAVALEIROS. Texto bíblico: Apocalipse 6.1-8. Motivação

LIÇÃO 4 - OS QUATRO CAVALEIROS. Texto bíblico: Apocalipse 6.1-8. Motivação LIÇÃO 4 - OS QUATRO CAVALEIROS Texto bíblico: Apocalipse 6.1-8 Motivação Os quatro primeiros selos estão estruturalmente relacionados. São quatro assustadores cavaleiros montados em cavalos ainda mais

Leia mais

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM 1) Oração Terça-feira da 7ª Semana da Páscoa Ó Deus de poder

Leia mais

COLÉGIO NOSSA SENHORA DA PIEDADE. Programa de Recuperação Paralela. 1ª Etapa 2013. Ano: 9 Turma: 91/92

COLÉGIO NOSSA SENHORA DA PIEDADE. Programa de Recuperação Paralela. 1ª Etapa 2013. Ano: 9 Turma: 91/92 COLÉGIO NOSSA SENHORA DA PIEDADE Programa de Recuperação Paralela 1ª Etapa 2013 Disciplina: ARTE Professor (a): JANAINA Ano: 9 Turma: 91/92 Caro aluno, você está recebendo o conteúdo de recuperação. Faça

Leia mais

03/05/2015 Ev. Jacson Austragésilo 1

03/05/2015 Ev. Jacson Austragésilo 1 03/05/2015 Ev. Jacson Austragésilo 1 03/05/2015 Ev. Jacson Austragésilo 2 03/05/2015 Ev. Jacson Austragésilo 3 OBJETIVO GERAL Mostrar como se deu a escolha e a chamada dos primeiros discípulos. 03/05/2015

Leia mais

ORIENTAÇÕES TRABALHO EM EQUIPE. Trabalho em Equipe. Negociação

ORIENTAÇÕES TRABALHO EM EQUIPE. Trabalho em Equipe. Negociação 2015 Trabalho em Equipe Negociação Caros alunos, A seguir colocamos as orientações para a realização do trabalho em equipe. Trabalho em Equipe O trabalho em equipe é uma atividade que deverá ser desenvolvida

Leia mais

20h15 - Acolhida e introdução - Lucas Albuquerque 20h45 - Palestra introdutória - Pr. Mário Fukue

20h15 - Acolhida e introdução - Lucas Albuquerque 20h45 - Palestra introdutória - Pr. Mário Fukue Orientações - ENL à distância Este documento visa estabelecer as orientações sobre a programação do Encontro Nacional de Líderes da JELB (ENL) de 2014, para que você possa participar desse evento, mesmo

Leia mais

O Nascimento de Jesus nosso Salvador

O Nascimento de Jesus nosso Salvador Este livrinho faz parte do material disponibilizado pelo projecto Presépio na Cidade. O Presépio na Cidade é um projecto de leigos católicos voluntários, cujo lema de 2005 é Presépio, berço do Cristo Vivo

Leia mais

O profissional da informação e o papel de educador em uma Escola Técnica de Porto Alegre-RS

O profissional da informação e o papel de educador em uma Escola Técnica de Porto Alegre-RS Powered by TCPDF (www.tcpdf.org) O profissional da informação e o papel de educador em uma Escola Técnica de Porto Alegre-RS Luciane Berto Benedetti (GHC) - lucianeberto@yahoo.com.br Resumo: Relata a experiência

Leia mais

ESTUDOS NA CARTA DE PAULO AOS ROMANOS

ESTUDOS NA CARTA DE PAULO AOS ROMANOS 1 ESTUDOS NA CARTA DE PAULO AOS ROMANOS Apresentação A carta de Paulo aos Romanos é uma das mais ricas em termos da exposição do conteúdo da pregação e doutrina paulinas, principalmente no que se refere

Leia mais

DIRETRIZES CURRICULARES PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DO DIÁCONO E DA DIACONISA

DIRETRIZES CURRICULARES PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DO DIÁCONO E DA DIACONISA DIRETRIZES CURRICULARES PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DO DIÁCONO E DA DIACONISA Considerando que: Os Cânones da Igreja Metodista, 2012, em seu Art 17 estabelece a Ordem Diaconal. Que a Ordem Diaconal foi regulamentada

Leia mais

PIM III. Projeto Integrado Multidisciplinar GESTÃO MERCADOLOGICA

PIM III. Projeto Integrado Multidisciplinar GESTÃO MERCADOLOGICA PIM III Projeto Integrado Multidisciplinar GESTÃO MERCADOLOGICA 1 PIM PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR TEMA: O aluno deverá escolher uma empresa de qualquer porte ou segmento e, com base no cenário desta

Leia mais

A Salvação vêm dos Judeus

A Salvação vêm dos Judeus A Salvação vêm dos Judeus Este estudo elucida as raízes da fé cristã em sua essência. A história mostra a "Lei" dada aos judeus e mais tarde, com a vinda de Jesus Cristo, também dada aos gentios para que

Leia mais

ÉTICA E MORAL. profa. Karine Pereira Goss

ÉTICA E MORAL. profa. Karine Pereira Goss profa. Karine Pereira Goss Muitas vezes utiliza-se esses termos como sinônimos. Mas há diferenças entre eles, embora se relacionem estreitamente. MORAL é um conjunto de normas que regulam o comportamento

Leia mais

O CASAMENTO E O LAR Por Rex Jackson

O CASAMENTO E O LAR Por Rex Jackson O CASAMENTO E O LAR O CASAMENTO E O LAR Por Rex Jackson Universidade Global (UG) Instituto de Correspondência Internacional (ICI) 1211 South Glenstone Avenue Springfield, Missouri 65804 USA Endereço do

Leia mais