USO DE PAVIMENTOS PERMEÁVEIS COMO MEDIDA DE CONTROLE DAS INUNDAÇÕES URBANAS URAA URBANA URBANA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "USO DE PAVIMENTOS PERMEÁVEIS COMO MEDIDA DE CONTROLE DAS INUNDAÇÕES URBANAS URAA URBANA URBANA"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI CAUÊ SILVA COSTA EDIPO MONTSECH AMORIM ALVES THIAGO DIAS BARBOZA USO DE PAVIMENTOS PERMEÁVEIS COMO MEDIDA DE CONTROLE DAS INUNDAÇÕES URBANAS URAA URBANA URBANA SÃO PAULO 2011

2 2 CAUÊ SILVA COSTA EDIPO MONTSECH AMORIM ALVES THIAGO DIAS BARBOZA USO DE PAVIMENTOS PERMEÁVEIS COMO MEDIDA DE CONTROLE DAS INUNDAÇÕES URBANAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Graduação do Curso de Engenharia Civil da Universidade Anhembi Morumbi Orientador: Profº MSc. José Carlos de Melo Bernardino SÃO PAULO 2011

3 3 CAUÊ SILVA COSTA EDIPO MONTSECH AMORIM ALVES THIAGO DIAS BARBOZA USO DE PAVIMENTOS PERMEÁVEIS COMO MEDIDA DE CONTROLE DAS INUNDAÇÕES URBANAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Graduação do Curso de Engenharia Civil da Universidade Anhembi Morumbi Trabalho em: de de Profº MSc. José Carlos de Melo Bernardino Nome do professor da banca Comentários:

4 4 A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original. Albert Einstein

5 5 AGRADECIMENTOS Primeiramente à vida, pela oportunidade que tivemos em estudar, adquirir novos conhecimentos e buscar soluções para nossos problemas, embasados em boa educação e civilidade. A todo o corpo docente da Universidade Anhembi Morumbi pelo enriquecimento acadêmico e pessoal que nos proporcionaram. Ao professor José Carlos de Melo Bernardino pelos ensinamentos em suas disciplinas e pela contribuição em nossa formação acadêmica. Agradecemos toda sua atenção, preocupação e principalmente às orientações na elaboração deste trabalho. Ao professor Wilson Shoji Iyomasa pela coordenação e contribuição organizacional deste trabalho. Aos nossos familiares pela formação, educação e auxílio. Sem o apoio deles nada disto seria possível.

6 6 RESUMO Com o avanço acelerado da urbanização, os grandes centros urbanos começaram a sofrer sérios problemas com inundações causadas pelas chuvas, sendo uma das principais causas a impermeabilização do solo. Surgiram então tecnologias de sistemas de drenagem na fonte com a função de devolver ao solo a parcela de infiltração das chuvas como ocorria antes da urbanização. Este trabalho tem o objetivo de apresentar e avaliar as novas tecnologias de pavimentos permeáveis utilizadas para auxiliar no combate às inundações. Para alcançar tal objetivo foi feita uma revisão bibliográfica onde foram estudados conceitos de hidrologia, tipos de inundações, métodos de determinação do escoamento superficial e drenagem urbana. O estudo de caso foi realizado com base na avaliação do modelo físico de pavimentos permeáveis implantado no estacionamento do Centro Tecnológico de Hidráulica da Universidade de São Paulo. Por último foi feita uma análise dos resultados obtidos no modelo físico do estudo de caso com resultados de outro protótipo de pavimentos permeáveis. Palavras Chave: Inundações; Drenagem Urbana; Pavimentos Permeáveis.

7 7 ABSTRACT With the fast advancement of urbanization, urban centers began to suffer serious problems with flooding caused by rains, and one of the main causes is the soil sealing. Then start appearing technologies of drainage systems with the function to return the soil infiltration of rainfall as occurred before the urbanization. This work aims to present and evaluate the new technologies of permeable paving used to assist in combating floods. To achieve this goal was made a literature review where they were studied concepts of hydrology, flood types, methods for determining runoff and urban drainage. The case study was conducted based on the evaluation of the physical model of permeable paving parking implanted in Centro Tecnologico de Hidraulica at the Universidade de Sao Paulo. Finally was done an analysis of the results obtained in the physical model of the case study with results of another prototype of permeable pavements. Keywords: Floods, Urban Drainage, Permeable Pavements.

8 8 LISTA DE FIGURAS Figura 2.1 Características dos leitos do rio...23 Figura 2.2 Hidrograma de área urbana x área rural...24 Figura 2.3 Ilustração de chuvas frontais...25 Figura 2.4 Esquematização de chuvas orográficas...25 Figura 2.5 Croqui esquemático de chuvas convectivas...26 Figura 2.6 Curva IDF...29 Figura 2.7 Hidrograma unitário Princípio da proporcionalidade...40 Figura 2.8 Hidrograma unitário Princípio da superposição...41 Figura 2.9 Situações de infiltração nos pavimentos permeáveis...46 Figura 2.10 Tipos de blocos intertravados com infiltração somente pelas juntas...46 Figura 2.11 Bloco intertravado de concreto poroso...47 Figura 2.12 Pavimento de concreto asfáltico poroso...47 Figura 2.13 Estacionamento pavimentado com concreto poroso...48 Figura 2.14 Blocos vazados de concreto...48 Figura 2.15 Seção tipo de um pavimento permeável...49 Figura 2.16 Efeitos da utilização de dispositivos de controle na fonte sobre o hidrograma...50 Figura 2.17 Pavimentos simulados...51 Figura 2.18 Escoamento superficial gerado nos pavimentos ensaiados...51 Figura 2.19 Exemplo das espessuras das camadas do pavimento...55 Figura 5.1 Projeto geométrico do estacionamento protótipo...59 Figura 5.2 Características físicas das camadas integrantes dos módulos de BCP e CPA...61 Figura 5.3 Perfil do módulo revestido com CPA...64 Figura 5.4 Perfil do módulo revestido de BCP...65 Figura 5.5 Sequência construtiva da obra do estacionamento...66 Figura 5.6 Sequência construtiva da obra do estacionamento...67 Figura Sequência construtiva da obra do estacionamento...68 Figura Sequência construtiva da obra do estacionamento...69 Figura 5.9 Estação pluviométrica do pavimento...70

9 9 Figura 5.10 Caixa para coleta de escoamento...71 Figura 5.11 Vertedouro triangular...71 Figura 5.12 Caixa para coleta de escoamento com boca-de-lobo...72 Figura 5.13 Sensor para registro da altura de lâmina d água...72 Figura 5.14 Dados registrados pelos sensores dos vertedouros no dia 04/02/ Figura 5.15 Precipitação desagregada do dia 25/02/ Figura 5.16 Dados registrados pelos sensores dos vertedouros no dia 25/02/ Figura 6.1 Seção transversal do protótipo do IPH...78 Figura 6.2 Gráfico comparativo dos resultados de infiltração...81 Figura 6.3 Gráfico comparativo dos valores do coeficiente runoff...84

10 10 LISTA DE TABELAS Tabela 2.1 Períodos de retorno para diferentes ocupações de área...27 Tabela 2.2 Parâmetros das equações IDF...30 Tabela 2.3 Velocidades médias em m/s para cálculo do tc...32 Tabela 2.4 Valores de C adotados pela Prefeitura de São Paulo...35 Tabela 2.5 Grupos hidrológicos dos solos segundo o SCS...37 Tabela 2.6 Condições de umidade antecedente do solo...37 Tabela 2.7 Valores de CN em função da cobertura e do tipo hidrológico de solo (Condição II de umidade)...38 Tabela 2.8 Conversão dos valores de CN para as condições de umidade do solo...39 Tabela 2.9 Espessura mínima da camada de base e sub-base...55 Tabela 5.1 Eventos pluviométricos ocorridos nos pavimentos teste...74 Tabela 5.2 Desempenho dos pavimentos teste durante os eventos pluviométricos...75 Tabela 6.1 Infiltração de chuva nos pavimentos teste do CTH...79 Tabela 6.2 Infiltração de chuva nos pavimentos teste do IPH...80 Tabela 6.3 Coeficientes de runoff registrados nos pavimentos teste do CTH...82 Tabela 6.4 Coeficientes de runoff registrados nos pavimentos teste do IPH...83

11 11 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT BCP BGS CBR CETESB CPA CTH DAEE ESD FCTH IDF IPH NBR PHD PTR SAISP SCS SIURB USP Associação Brasileira de Normas Técnicas Bloco intertravado de concreto poroso Brita graduada simples California bearing ratio Companhia Ambiental do Estado de São Paulo Concreto poroso asfáltico Centro Tecnológico de Hidráulica Departamento de Águas e Energia Elétrica Escoamento superficial direto Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica Intensidade, duração e freqüência Instituto de Pesquisas Hidrológicas Norma Brasileira Departamento de Hidráulica da Escola Politécnica da USP Departamento de Transportes da Escola Politécnica da USP Sistema de Alerta a Inundações do Estado de São Paulo Soil Conservation Service Secretaria de Infra-estrutura Urbana e Obras Universidade de São Paulo

12 12 LISTA DE SÍMBOLOS Qc A C CN e f F h b H exc i k L n P Q máx R Rh S S t T Ts tc TR V V máx Vr Área de contribuição Porosidade Área da bacia Coeficiente de runoff Número de curva Espessura das camadas do pavimento Coeficiente de permeabilidade do solo Frequência Altura da base e sub-base Precipitação excedente Intensidade da chuva Coeficiente de permeabilidade Comprimento do talvegue Rugosidade de Manning Altura pluviométrica Vazão máxima Quociente da área de contribuição Raio hidráulico Declividade do talvegue Retenção potencial do solo Duração da chuva Tempo de enchimento do reservatório Tempo de armazenamento de água Tempo de concentração Tempo de retorno Velocidade média Volume máximo da camada reservatório Volume de vazios dos agregados

13 13 SUMÁRIO p. 1 INTRODUÇÃO Objetivos Objetivo Geral Objetivo Específico Justificativas Abrangência Estrutura do Trabalho REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Conceitos Básicos sobre Inundações Inundações em áreas ribeirinhas Inundações devido à urbanização Introdução à Hidrologia Precipitação Tipos de chuvas Medidas pluviométricas Período de retorno (TR) Chuvas intensas Relação Intensidade, Duração e Frequência (IDF) Equação IDF tipo geral Tempo de concentração... 30

14 Escoamento Superficial Direto (ESD) Vazão máxima de projeto Método Racional Método do Soil Conservation Service (SCS) Hidrograma Unitário Sintético (HUS) Princípios da Gestão de Águas Urbanas Aspectos Históricos Conceitos Básicos Sobre Drenagem Urbana Sistemas de drenagem Medidas de Controle das Inundações Pavimentos Permeáveis Conceito Características Tipos de pavimentos permeáveis Estrutura do pavimento permeável Desempenho Projeto dos pavimentos permeáveis Dados necessários Pré-dimensionamento das camadas de base e sub-base Pré-dimensionamento hidráulico Pré-dimensionamento mecânico... 54

15 Manutenção MÉTODO DE TRABALHO MATERIAIS E FERRAMENTAS ESTUDO DE CASO Conceituação do Protótipo de Pavimentos Permeáveis Objetivos do protótipo de pavimentos permeáveis Caracterização do modelo físico Porosidade das camadas de base e sub-base Dimensionamento Dimensionamento hidrológico-hidráulico Dimensionamento mecânico Execução Módulo de CPA Módulo de BCP Eventos pluviométricos Sistema de monitoramento dos pavimentos teste Eventos pluviométricos registrados Resultados obtidos Chuva do dia 04 de fevereiro de Chuva do dia 25 de fevereiro de ANÁLISE DOS RESULTADOS... 78

16 Precipitação infiltrada no pavimento permeável Coeficiente de escoamento superficial CONSIDERAÇÕES FINAIS RECOMENDAÇÕES REFERÊNCIAS

17 17 1 INTRODUÇÃO O crescimento populacional das últimas décadas fez com que o processo de urbanização das grandes metrópoles ocorresse de forma acelerada, sem o correto planejamento dos melhoramentos públicos, principalmente quanto aos projetos de drenagem urbana e as medidas contra inundações. Devido ao avanço das edificações e pavimentações das vias urbanas, a impermeabilização do solo cresceu proporcionalmente, fazendo com que as águas pluviais antes infiltradas no solo permeável, passassem a escoar superficialmente sobre o pavimento impermeabilizado. Este escoamento então é captado pelo sistema de drenagem urbana, que envolve as sarjetas, bocas-de-lobo, galerias, etc., que conduzem as águas diretamente para o manancial. Este pensamento de conduzir as águas pluviais o mais rapidamente para o curso d água já é visto como ultrapassado e incorreto, pois quando isso ocorre, o pico de vazão do rio aumenta significativamente durante as chuvas, causando transbordamento do seu leito, que inunda as áreas ribeirinhas ocupadas pela população, trazendo prejuízos financeiros e humanos. As inundações não ocorrem somente nas áreas marginais aos cursos d água, por exemplo, quando os condutos de águas pluviais são mal dimensionados ou quando há sua obstrução devido à deposição de resíduos sólidos como o lixo, na ocorrência de chuvas em grandes proporções o sistema não consegue escoar toda a água drenada e acaba entrando em carga, ocasionando o extravasamento pelas bocasde-lobo. Uma das medidas para mitigação das inundações urbanas é o aumento das áreas permeáveis, utilizando os chamados pavimentos permeáveis. As áreas permeáveis são de suma importância para a infiltração das águas precipitadas diretamente no solo, diminuindo o escoamento superficial direto. Com a diminuição do escoamento superficial, o pico de vazão do curso d água durante as

18 18 chuvas é amenizado, pois o volume de água captado pelo sistema de drenagem urbano é menor. Atualmente, estão sendo utilizados pisos permeáveis nas novas construções, pois além de serem ecologicamente corretos, estes pisos drenam quase toda a água precipitada sobre o mesmo, aumentando a área permeável do empreendimento. Além de obras particulares, os pavimentos permeáveis podem ser usados em praças, parques e também podem substituir as calçadas públicas, que só em São Paulo representam cerca de 72 milhões de metros quadrados, segundo já divulgado pela Secretaria da Coordenação das Subprefeituras de São Paulo, diminuindo significativamente o volume de água que é coletada pelas bocas-de-lobo. Algumas leis municipais já estipulam que para determinados valores de área construída, é necessário disponibilizar uma porcentagem de área permeável no terreno. Sendo a utilização de pavimentos permeáveis, uma excelente alternativa para garantir esta dimensão de permeabilidade. 1.1 Objetivos Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a utilização de pavimentos permeáveis para permitir o aumento da parcela de infiltração durante os eventos chuvosos em áreas urbanas, como medida de controle das freqüentes inundações Objetivo Geral O objetivo geral é a abordagem do tema drenagem urbana, apresentando os conceitos e os métodos de drenagem, os problemas causados pela urbanização e os tipos de inundações.

19 Objetivo Específico Este trabalho tem como objetivo específico abordar os métodos de drenagem na fonte utilizados para diminuir o escoamento superficial no meio urbano, discutindo as novas tecnologias empregadas nos pavimentos permeáveis e a sua aplicação visando a minimização das frequentes inundações que ocorrem nas grandes metrópoles, devido ao processo de urbanização. 1.2 Justificativas Por se tratar de um tema atual, a drenagem urbana é alvo de severas críticas devido às recorrentes inundações nas cidades grandes como São Paulo, pois muitas obras foram executadas ao longo do tempo visando diminuir estes problemas, e aparentemente não foram suficientes. O desafio de encontrar alternativas para contribuir com uma maior eficiência para a drenagem urbana, diminuindo as inundações, motivou o estudo de viabilidade da nova tecnologia em pavimentos permeáveis. Tal tecnologia é vista como uma forma de minimizar uma das principais causas de inundações, que é a impermeabilidade do solo, pois com o avanço da urbanização, as grandes metrópoles tiveram suas áreas impermeabilizadas, restando poucos locais de infiltração de águas pluviais no solo. A cidade de São Paulo foi a principal incentivadora na busca por soluções e medidas que visassem a mitigação dos problemas com a drenagem das águas pluviais, devido ao fato de ser uma das maiores cidades e mais densamente povoadas do mundo, possuindo uma vasta área impermeabilizada. Os problemas com inundações nesta metrópole são constantes nas épocas de chuvas, devido ao fato das águas pluviais captadas pelas chamadas bocas-de-lobo serem escoadas com velocidade para o manancial, aumentando sua vazão máxima significativamente e fazendo com que o rio saia do seu leito menor e ocupe o leito maior, área que é ocupada pela urbanização.

20 20 Atualmente o tema sustentabilidade tem conquistado um grande espaço na construção civil, sendo visto como uma nova forma de construir visando a preservação dos recursos naturais e na não degradação do meio ambiente. Neste contexto, os pavimentos permeáveis já são vistos como uma forma sustentável de construir. Uma correta e eficiente aplicação destes pavimentos em áreas urbanas, reforçaria ainda mais a necessidade da adequação das cidades aos meios naturais onde estão instaladas, evitando assim desastres ocorridos por fenômenos naturais. 1.3 Abrangência O trabalho aborda em sua revisão bibliográfica os conceitos básicos sobre os tipos de inundações, que são as inundações ribeirinhas e as inundações devido à urbanização, demonstrando o crescimento do escoamento superficial das águas pluviais devido à impermeabilização das áreas urbanas e a inadequada ocupação humana nas áreas marginais ao curso d água. Os conceitos de hidrologia também estão presentes, com a explicação das relações de sua intensidade, duração e freqüência das chuvas, onde são utilizadas formulações matemáticas, gráficos, tabelas e dados pluviométricos. São abordados principalmente os princípios da gestão de águas urbanas, da seguinte forma: a. Conceitos básicos sobre drenagem urbana; b. Evolução das técnicas utilizadas para promover a drenagem urbana ao longo do tempo; c. Medidas de controle das inundações, onde há ênfase na utilização dos pavimentos permeáveis, tema deste trabalho. Por se tratar do presente foco, foram abrangidas diversas questões relativas aos pavimentos permeáveis utilizados para drenagem urbana, tais como a sua aplicação, tipos de pisos, métodos executivos, permeabilidade, eficiência, comparativo com pavimentos impermeáveis, manutenção e durabilidade.

21 Estrutura do Trabalho O capítulo 2 deste trabalho refere-se à revisão bibliográfica, onde são abordados os conceitos sobre drenagem urbana, os tipos de inundações, problemas causados pela urbanização, conceitos e análise da distribuição da chuva numa bacia hidrográfica. São tratados também o estudo e a aplicação dos sistemas de drenagem urbana ao longo do tempo e as medidas de controle das inundações, enfatizando a utilização de pavimentos permeáveis. São apresentados no capítulo 3, os métodos que foram utilizados para a elaboração do presente trabalho. Foram feitas revisões bibliográficas, consulta de normas da ABNT, artigos técnicos, revistas e internet. O Estudo de Caso foi realizado com base na avaliação de um protótipo de pavimentos permeáveis. No capítulo 4, são descritos os materiais e ferramentas utilizados para a exemplificação, coleta e armazenamento de dados. São destacadas também as visitas técnicas, cursos realizados e o contato com especialistas. O estudo de caso encontra-se no capítulo 5 e nele foi descrito o modelo experimental de pavimentos permeáveis construído no estacionamento do Centro Tecnológico de Hidráulica situado na Universidade de São Paulo. Foram avaliados o dimensionamento do protótipo, sua construção, a porosidade de suas camadas e os eventos pluviométricos monitorados. É apresentada no capítulo 6 a análise dos resultados obtidos no modelo experimental do CTH, que foi realizada no intuito de verificar o desempenho dos pavimentos permeáveis no controle de inundações. Utilizaram-se resultados de outro protótipo para uma comparação de desempenho. No capítulo 7 encontra-se a conclusão deste trabalho, que foi elaborada com base nos resultados obtidos, através da revisão bibliográfica, comparações com outros modelos de pavimentos permeáveis e no conhecimento técnico adquirido ao longo da elaboração do estudo de caso.

22 22 Por último, são abordadas no capítulo 8 as recomendações referentes à aplicação dos pavimentos permeáveis, os estudos que ainda necessitam ser realizados no que diz respeito à drenagem urbana e conscientização quanto ao planejamento de um sistema integrado de gestão das águas urbanas.

23 23 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Conceitos Básicos sobre Inundações Inundações em áreas ribeirinhas Inundações em áreas ribeirinhas ocorrem quando o rio extravasa o seu leito menor, onde a água escoa na maior parte do tempo, e ocupa o leito maior devido ao processo natural do ciclo hidrológico na bacia e à época de cheias, conforme ilustrado na Figura 2.1. Quando a população ocupa o leito maior, que são áreas de risco, os impactos são frequentes. (TUCCI, 2005, p.25). Figura 2.1 Características dos leitos do rio Fonte: Tucci (2005) Inundações devido à urbanização Os efeitos causados pela impermeabilização do solo, pelos condutos e canais de águas, pelos sedimentos transportados até os leitos dos rios, má ocupação do solo pela população e a desordem das obras de infra-estrutura urbana, geram transbordamento do sistema de drenagem natural, e na medida em que a urbanização cresce dentro da bacia hidrográfica, os problemas se agravam e ocasionam inundações maiores e mais frequentes do que quando a superfície da área da bacia era permeável e o escoamento superficial ocorria de maneira natural. A Figura 2.2 demonstra através de hidrograma a diferença de vazões entre bacias naturais e bacias urbanizadas.

24 24 Figura 2.2 Hidrograma de área urbana x área rural Fonte: Tucci (1995). 2.2 Introdução à Hidrologia Precipitação Entende-se por precipitações atmosféricas como o conjunto de águas originadas do vapor de água atmosférico que cai, em estado líquido ou sólido, sobre a superfície da terra. (GARCEZ; ALVAREZ, 1988, p.57). Este fenômeno natural ocorre devido a um processo de resfriamento e saturação das gotículas de água contidas nas nuvens. Os referidos autores mencionam que os tipos de precipitação englobados por este conceito são a chuva, o granizo, a neve, o nevoeiro, o sereno e a geada, porém para fins práticos, as chuvas são as de maior interesse. Este fenômeno de precipitação é o principal responsável pelo ciclo hidrológico, pois a água proveniente tem destinos como o escoamento superficial direto, infiltração no solo, escoamento de base, evaporação, transpiração das plantas, recarga dos aquíferos subterrâneos entre outros Tipos de chuvas De acordo com a forma como ocorre a ascensão do ar úmido, as chuvas são classificadas da seguinte maneira:

25 25 Chuvas frontais: segundo Bertoni e Tucci (1993), as chuvas frontais ou ciclônicas são provocadas por massas de ar quente que interagem com as massas de ar frio, e são impulsionadas para cima nas regiões de convergência na atmosfera, ocorrendo o seu resfriamento e conseqüente condensação. Estas chuvas apresentam longa duração, porém baixa ou até moderada intensidade, abrangendo grandes áreas, como mostra a Figura 2.3; Figura 2.3 Ilustração de chuvas frontais Fonte: Notas de aulas disciplina de Recursos Hídricos (2010). Chuvas orográficas: ocorrem quando as massas de ar quente e úmido necessitam transpor grandes obstáculos como montanhas, provocando o um desvio abrupto para a vertical (GARCEZ; ALVAREZ, 1988). A Figura 2.4 ilustra a formação das chuvas orográficas. São chuvas localizadas, de pequena intensidade e grande duração. Este tipo de chuva ocorre em lugares como a Serra do Mar, e tem probabilidade da ocorrência de neblina também; Figura 2.4 Esquematização de chuvas orográficas Fonte: Notas de aulas disciplina de Recursos Hídricos (2010).

26 26 Chuvas convectivas: sua ocorrência está associada à alta elevação da temperatura das camadas de ar próximas à superfície terrestre. De acordo com Bertoni e Tucci (1993), as camadas de ar aquecidas sobem bruscamente provocando seu resfriamento e conseqüente condensação. As chuvas convectivas são geralmente de curta duração e elevada intensidade, ocorrendo em pequenas áreas, conforme ilustra a Figura 2.5. Acontecem principalmente nos finais de tarde de verão. Este tipo de chuva é responsável pelas grandes inundações em pequenas bacias. Figura 2.5 Croqui esquemático de chuvas convectivas Fonte: Notas de aulas disciplina de Recursos Hídricos (2010) Medidas pluviométricas Bertoni e Tucci (1993) elencam as seguintes grandezas que caracterizam as chuvas: Altura pluviométrica (P, r ou H): é a altura média da lâmina d água formada numa determinada região devido a uma chuva, admitindo-se que não haja evaporação, infiltração e escoamento para fora desta região. Esta espessura da lâmina d água é medida habitualmente em milímetro, sendo que 1 mm de lâmina d água por m² de área, corresponde a uma chuva como volume de 1 litro; Duração (t): é o período do início até o término da chuva, normalmente medido em minutos ou horas;

27 27 Intensidade (i): corresponde à precipitação por unidade de tempo, calculada através da relação i = P/t. As unidades mais utilizadas são o mm/h e o mm/min. A intensidade é uma grandeza pluviométrica que apresenta variabilidade ao longo do tempo, porém geralmente são consideradas constantes em intervalos de tempo definidos, para fins de análise dos processos hidrológicos. Para a obtenção destas grandezas pluviométricas são utilizados dois equipamentos: o pluviômetro e o pluviógrafo. O pluviômetro mede o total precipitado num período de 24 horas, enquanto que o pluviógrafo registra a variação da precipitação ao longo do tempo, obtendo-se a intensidade da chuva (GARCEZ; ALVAREZ, 1988) Período de retorno (TR) Período de retorno ou tempo de recorrência é o tempo médio em anos, que se espera que uma chuva em análise, com altura pluviométrica e duração definidos, seja igualada ou superada (BERTONI; TUCCI, 1993). Por exemplo, uma chuva com probabilidade de 1% de ocorrer ou ser superada em um ano, possui um TR = 100 anos. Ou seja, o inverso do período de retorno é a probabilidade que uma determinada chuva tem de ser igualada ou superada num ano qualquer. São apresentados na Tabela 2.1, valores de períodos de retorno utilizados no meio técnico, de acordo com o tipo de obra de drenagem e ocupação da área. Tabela 2.1 Períodos de retorno para diferentes ocupações de área Tipo de Obra Tipo de ocupação da área T (anos) Microdrenagem Residencial 2 Comercial 5 Áreas com edifícios de serviços ao público 5 Aeroportos 2-5 Áreas comerciais e artérias de tráfego 5-10 Macrodrenagem Áreas comerciais e residenciais Fonte: DAEE/CETESB, Áreas de importância específica 500

28 Chuvas intensas Chuvas intensas são aquelas com duração geralmente pequena, porém com um grande volume precipitado, sendo consideradas críticas para um determinado local ou bacia hidrográfica. Segundo Bertoni e Tucci (1993), o estudo deste tipo de chuva é um dos caminhos para conhecer-se a vazão que ocasiona inundações em uma bacia. Para o dimensionamento de estruturas hidráulicas é necessário definir a chuva de maior intensidade para um determinado período de retorno, portanto é preciso definir uma relação entre intensidade, duração e freqüência Relação Intensidade, Duração e Frequência (IDF) Para os projetos de drenagem urbana principalmente, é necessário o conhecimento das três grandezas que caracterizam as chuvas: a intensidade (i), duração (t) e a frequência (F) ou tempo de retorno (TR = 1/F). De acordo com Bertoni e Tucci (1993), ao correlacionarmos as intensidades e durações das chuvas, podemos verificar que quanto maior for a intensidade de uma precipitação, menor será a sua duração. Assim como, quanto menor for a frequência, ou seja, quanto maior for o TR, maior será a intensidade da tormenta. Estas relações são determinadas empiricamente com base em registros pluviográficos dos locais de interesse, ou através de estimativas com dados dos postos vizinhos quando não há registros dos postos locais. A Figura 2.6 refere-se a um exemplo de curva IDF obtida por meio de dados pluviográficos.

29 29 Figura 2.6 Curva IDF Fonte: Bertoni e Tucci (1993) Equação IDF tipo geral As equações IDF (ou PDF quando a intensidade é substituída pela precipitação total), são determinadas através das observações das chuvas intensas durante um período de tempo que seja suficientemente longo e representativo dos eventos chuvosos máximos do local. Genericamente as equações IDF são expressas conforme Equação 1 (BERTONI; TUCCI, 1993):

30 30 Onde: m K.TR i (Equação 1) n (t t ) 0 i = intensidade, expressa geralmente em mm/h; TR = tempo de retorno, em anos; t = duração da chuva, em minutos; K, m, t 0 e n = parâmetros que dependem do local. Para as capitais São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, utilizam-se os parâmetros da tabela 2.a, conforme abaixo: Tabela 2.2 Parâmetros das equações IDF Local K M t 0 n São Paulo 57,71 0, ,025 Curitiba 20,65 0, ,740 Rio de Janeiro 99,154 0, ,150 Belo Horizonte 24,131 0, ,840 Fonte: Roberto e Fadiga Jr. (2001) Tempo de concentração O tempo de concentração para uma dada bacia hidrográfica é definido como o tempo de percurso da água desde o ponto mais afastado da bacia até a seção de interesse, a partir do instante de início da precipitação. (CANHOLI, 2005, p.94). Os métodos utilizados para a determinação do tempo de concentração são empíricos e foram desenvolvidos através de medições e observações em bacias rurais, portanto a dispersão entre os tempos obtidos pelos diversos métodos pode ser grande. Para o correto cálculo do tempo de concentração é necessário somar-se as parcelas dos três tipos de escoamento existentes numa bacia, são eles: escoamento em

31 31 superfícies, escoamento em canais naturais e escoamento em canais artificiais. Cada um tem uma maior ou menor participação, dependendo das características da bacia (PORTO, et al. 1993). Os mencionados autores apresentam as seguintes fórmulas utilizadas para se calcular o tempo de concentração (tc) em minutos, devendo-se utilizar aquela que melhor se adapte às características da bacia: Kirpich: 0,77 0,385 tc 3,989.L.S (Equação 2) Onde: L = comprimento do talvegue em km; S = declividade do talvegue em m/km. A Equação 2 é utilizada para bacias pequenas de no máximo 0,5 km² e com valor de L que não ultrapasse 10 km. Método cinemático: 1000 L tc. (Equação 3) 60 V Onde: V = velocidade média no trecho em m/s; L = comprimento do talvegue em km. O método cinemático consiste em dividir a bacia em trechos, e fazer o somatório do tempo de percurso do escoamento em cada um deles. Quando o escoamento ocorre em superfícies e canais mal definidos, deve-se utilizar a tabela 2.3 para a obtenção da velocidade média.

32 32 Tabela 2.3 Velocidades médias em m/s para cálculo do tc Descrição do escoamento Declividade em % Em superfícies: florestas 0-0,5 0,5-0,8 0,8-1,0 1,0 pastos 0-0,8 0,8-1,1 1,1-1,3 1,3 áreas cultivadas 0-0,9 0,9-1,4 1,4-1,7 1,7 pavimentos 0-2,6 2,6-4,0 4,0-5,2 5,2 -Em canais: mal definidos 0-0,6 0,6-1,2 1,2-2,1 bem definidos Calcular pela fórmula de Manning Fonte: Porto, et al. (1993). No caso de escoamento em canais bem definidos é utilizada a fórmula de Manning para a velocidade média, conforme Equação 4: V.Rh.S (Equação 4) n Onde n = rugosidade de Manning, Rh = raio hidráulico em m e S = declividade do canal em m/m. Dooge: tc 0,41 0,17 21,88.A.S (Equação 5) Onde: A = área da bacia em km²; S = declividade da bacia em m/m. A Equação 5 é utilizada para bacias com área de 140 a 930 km² e escoamento predominante em canais.

33 Escoamento Superficial Direto (ESD) Parte do volume total precipitado numa bacia hidrográfica é interceptado pela vegetação e outros obstáculos, outra parte é devolvida à atmosfera devido à evapotranspiração. Do volume restante uma parcela é infiltrada no solo, e a outra é o excedente da chuva que se transforma em escoamento superficial direto (GARCEZ; ALVAREZ, 1988). Tucci (2003) ressalta que os escoamentos são definidos em superficial, conforme visto anteriormente; subsuperficial que é o fluxo próximo às superfícies, junto às raízes da cobertura vegetal e; subterrâneo que é o fluxo no aquífero. Para os sistemas de drenagem urbana o escoamento de maior importância é o superficial. Em bacias com cobertura natural, ou seja, não urbanizadas, o escoamento superficial tende a ser menor ou praticamente nulo, devido às perdas por interceptação vegetal, evapotranspiração e infiltração no solo. Já nas bacias urbanizadas, as áreas impermeáveis somando-se às canalizações da rede de drenagem, aumentam o ESD e como conseqüência o pico de vazão também. Outro fator que influencia o volume do ESD é o estado de umidade do solo antecedente à chuva. Em locais que se encontram com um baixo teor de umidade por estarem em um período sem chuvas, tendem a ter um menor ESD quando ocorre a precipitação. Já no caso de regiões com estado de umidade antecedente alto, ocorre o inverso Vazão máxima de projeto No dimensionamento, as vazões máximas devem reproduzir condições críticas possíveis de ocorrer com um determinado risco. Essas condições são identificadas dentro das mais desfavoráveis. Deve-se definir o risco de um projeto de acordo com os objetivos do projeto e, dentro destas condições de risco, explorar as situações mais desfavoráveis. Por exemplo, no cálculo de bueiros o risco adotado é de 2 a 10 anos, pois aceita-se que as ruas poderão ser

34 34 inundadas com a referida freqüência; o dimensionamento de vertedor de grandes barragens deve ter um risco mínimo, pois o impacto do rompimento da barragem é destrutivo e o tempo de retorno adotado tem sido de anos. A definição das situações mais desfavoráveis, após a escolha de um risco, envolve as condições iniciais do solo, perdas por retenção e infiltração, distribuição temporal e espacial da precipitação. (TUCCI, 1993, p.528). Para a determinação da vazão máxima, podem ser utilizados três métodos: distribuição estatística, quando existem dados de uma série histórica de vazões e a bacia não sofreu grandes alterações ao longo do tempo; regionalização das vazões, utilizada quando a série histórica é pequena ou não existe, a vazão é estimada com base em postos da região; e por último, os modelos matemáticos que transformam as precipitações máximas em vazões máximas. São apresentados a seguir os dois modelos matemáticos mais utilizados para a determinação das vazões máximas Método Racional Este método é amplamente utilizado para bacias hidrográficas pequenas, com áreas de até 2 km². Para a determinação da vazão máxima de um evento chuvoso, são admitidas as seguintes hipóteses: A duração da precipitação é igual ou maior do que o tempo de concentração; Chuva uniformemente distribuída no tempo e no espaço; Adota-se um coeficiente único para o as perdas do ESD. A Equação 6 é utilizada para o método racional: Q máx 0,278.C.I.A (Equação 6) Onde:

35 35 Q máx = vazão máxima em m³/s. I = intensidade da precipitação em mm/h; A = área da bacia em km². C = coeficiente adimensional de runoff, depende das características do terreno que influenciam o ESD, conforme Tabela 2.4. Edificação muito densa: Tabela 2.4 Valores de C adotados pela Prefeitura de São Paulo Zonas Partes centrais, densamente construídas de uma cidade com ruas e calçadas pavimentadas Edificação não muito densa: Partes adjacentes ao centro, de menos densidade de habitações, mas com ruas e calçadas pavimentadas Edificações com poucas superfícies livres: C 0,70 0,95 0,60 0,70 Partes residenciais com construções cerradas, ruas pavimentadas 0,50 0,60 Edificações com muitas superfícies livres: Partes residenciais com ruas macadamizadas ou pavimentadas 0,25 0,50 Subúrbios com alguma edificação: Partes de arrabaldes e subúrbios com pequena densidade de construção 0,10 0,25 Matas, parques e campos de esportes: Partes rurais, áreas verdes, superfícies arborizadas, parques ajardinados, campos de esporte sem pavimentação Fonte: Wilken, 1978, apud Tucci, 1993, p ,05 0,20 Para tempos de retorno acima de 10 anos, o coeficiente de runoff tende a aumentar, pois para chuvas muito intensas as perdas na bacia não continuam as mesmas. Para fazer a correção do coeficiente C utiliza-se a Equação 7: 0,1 C' 0,8.TR.C (Equação 7) Onde: C = coeficiente de runoff corrigido para TR superior a 10 anos; TR = tempo de retorno em anos; C = coeficiente de runoff para TR entre 2 a 10 anos.

36 Método do Soil Conservation Service (SCS) Este método foi desenvolvido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, e é aplicado principalmente quando não existem dados hidrológicos. Pode ser utilizado para bacias de todos os tamanhos e considera a distribuição temporal da chuva e a retenção potencial do solo (PORTO, 1995). Utiliza-se a Equação 8 para o cálculo do ESD através do método do SCS: H exc 2 (P 0,2.S),P 0,2.S (Equação 8) P 0,8.S Onde: H exc = precipitação excedente, ou escoamento superficial direto, em mm; P = precipitação em mm; S = retenção potencial do solo em mm. Para o cálculo do S utiliza-se a Equação 9: 1000 S 25,4. 10 (Equação 9) CN Onde: CN = parâmetro chamado de número de curva e varia entre 0 e 100, depende do tipo do solo, condições de uso, ocupação do solo e umidade antecedente. Segundo Porto (1995), o método SCS divide os solos em quatro grupos hidrológicos, apresentados na tabela 2.5.

37 37 Grupos de Solos Tabela 2.5 Grupos hidrológicos dos solos segundo o SCS Características A Solos arenosos com baixo teor de argila total, inferior a uns 8% não havendo rocha nem camadas argilosas, e nem mesmo densificadas até a profundidade de 1,5 m. O teor de húmus é muito baixo, não atingindo 1%. B Solos arenosos menos profundos que os do Grupo A e com menor teor de argila total, porém ainda inferior a 15%. No caso de terras roxas, esse limite pode subir a 20% graças à maior porosidade. Os dois teores de húmus podem subir, respectivamente, a 1,2 e 1,5%. Não pode haver pedras e nem camadas argilosas até 1,5 m, mas é, quase sempre, presente camada mais densificada que a camada superficial. C Solos barrentos com teor total de argila de 20 a 30%, mas sem camadas argilosas impermeáveis ou contendo pedras até profundidades de 1,2 m. No caso de terras roxas, esses dois limites máximos podem ser de 40% e 1,5 m. Nota-se a cerca de 60 cm de profundidade, camada mais densificada que no Grupo B, mas ainda longe das condições de impermeabilidade. D Solos argilosos (30 40% de argila total) e ainda com camada densificada a uns 50 cm de profundidade. Ou solos arenosos como B, mas com camada argilosa quase impermeável, ou horizonte de seixos rolados. Fonte: Porto, 1995, p.116. Os solos também são distinguidos em três condições de umidade antecedente, conforme tabela 2.6. Condição I Tabela 2.6 Condições de umidade antecedente do solo Solos secos, as chuvas nos últimos cinco dias não ultrapassaram 15 mm. Condição II Situação média na época das cheias, as chuvas nos últimos cinco dias totalizaram 15 a 40 mm. Condição III Solo úmido (próximo da saturação), as chuvas nos últimos cinco dias foram superiores a 40 mm. Fonte: Adaptado Porto, A tabela 2.7 refere-se aos valores de CN correspondentes aos tipos de solo e suas ocupações, para a condição de umidade antecedente II. Utiliza-se a tabela 2.x para a conversão do CN correspondente às outras condições de umidade antecedente.

38 38 Tabela 2.7 Valores de CN em função da cobertura e do tipo hidrológico de solo (Condição II de umidade) Tipo de uso do solo / Tratamento / Condições Hidrológicas Grupo Hidrológico A B C D Uso residencial 100 Tamanho médio do lote % impermeabilização até 500 m² m² m² Estacionamentos pavimentados, telhados Ruas e estradas: pavimentadas, com guias e drenagem com cascalho de terra Áreas comerciais (85% de impermeabilização) Distritos industriais (75% de impermeabilização) Espaços abertos, parques, jardins: boas condições, cobertura de grama > 75% condições médias, cobertura de grama > 50% Terraço preparado para plantio, descoberto 94 Plantio em linha reta Culturas em fileira linha reta condições ruins boas curva de nível condições ruins boas Cultura de grãos linha reta condições ruins boas curva de nível condições ruins boas Pasto condições ruins médias boas curva de nível condições ruins médias boas Campos condições boas Florestas condições ruins boas médias Fonte: Porto, 1995, p.118. Para a conversão dos valore de CN obtidos na Tabela 2.7, porém que se referem a solos nas condições antecedentes de umidade I ou III, utiliza-se a Tabela 2.8.

39 39 Tabela 2.8 Conversão dos valores de CN para as condições de umidade do solo Condições de Umidade I II III Fonte: Porto, 1995, p Hidrograma Unitário Sintético (HUS) O hidrograma unitário é utilizado para transformar um hietograma de chuva excedente em um hidrograma de projeto. Canholi (2005) descreve este conceito de hidrograma como sendo a hipótese de que chuvas de mesma duração e intensidade constante numa determinada bacia, terão hidrogramas com tempos de pico e duração iguais. Para determinar o hidrograma unitário, adote-se uma chuva unitária efetiva, geralmente 10 mm, com duração unitária ao longo de uma bacia. Obtém-se então um escoamento superficial de volume unitário, que será utilizada para determinar, por proporção, escoamentos superficiais para outras chuvas excedentes, porém com a mesma duração. A Figura 2.7 ilustra este princípio da proporcionalidade.

40 40 Figura 2.7 Hidrograma unitário Princípio da proporcionalidade Fonte: Collischonn (2011). Como uma precipitação de projeto normalmente possui intensidade variável ao longo de sua duração, um hietograma da chuva excedente é interpretado como uma sequência de blocos de chuva com a mesma duração. (CANHOLI, 2005, p.97). O hidrograma de projeto é obtido somando-se todas as ordenadas (escoamentos superficiais) dos hidrogramas unitários de cada bloco de chuva excedente do hietograma. A Figura 2.8 ilustra este princípio de superposição para a determinação do hidrograma total de projeto.

41 41 Figura 2.8 Hidrograma unitário Princípio da superposição Fonte: Collischonn (2011). 2.3 Princípios da Gestão de Águas Urbanas Aspectos Históricos Durante muito tempo a drenagem urbana foi tratada somente com uma visão higienista nos grandes centros urbanos. Grande parte das obras executadas sempre tiveram como principal objetivo retirar as águas drenadas com velocidade da região onde elas foram originadas e escoá-las para os cursos d água. Esta visão tem se mostrado ultrapassada uma vez que a impermeabilização dos solos urbanos e a canalização do escoamento das águas drenadas, diminui o tempo de concentração da bacia ocasionando maiores picos de cheias em córregos e rios, o que provoca a sobrecarga do sistema, aumentando a frequência de inundações. A história nos revela que a ocupação urbana inicia-se, geralmente, em áreas planas, baixas, próximas as várzeas dos rios ou a beira-mar e caminha em direção aos morros e colinas, isso ocorre devido importância vital dos corpos hídricos para a população. Estas áreas de várzea, também chamadas de ribeirinhas, fazem parte do leito maior do rio, e nas épocas de cheia são inundadas naturalmente devido ao seu extravasamento. O desenvolvimento urbano nestas áreas agrava muito as condições

42 42 de drenagem, pois há uma transferência de vazões e as inundações intensificam-se a jusante, repassando o problema para estas áreas. A inovação no conceito de drenagem urbana tem por objetivos promover o retardamento dos escoamentos, reter parcelas da chuva em reservatórios e permitir a infiltração de parte da precipitação ainda no seu local de origem. Estas medidas proporcionarão o aumento dos tempos de concentração e consequentemente reduzirão as vazões máximas, também irão amortecer os picos e minorar os volumes de enchentes Conceitos Básicos Sobre Drenagem Urbana Basicamente existem dois conceitos de drenagem urbana, o conceito de canalização e o conceito de reservação (Walesh, 1989). O conceito de canalização é aquele que já vem sendo empregado há muito tempo, principalmente no Brasil, o qual tem como objetivo principal a remoção rápida dos deflúvios superficiais, por meio de canais e galerias. Já a aplicação do conceito de reservação é mais recente, e sua característica principal é o amortecimento das ondas de cheia, ou seja, dos picos de vazão, com a utilização de reservatórios, devolução das condições originais dos córregos e rios, aumento de superfícies permeáveis, etc. (CANHOLI, 2005) Sistemas de drenagem Os sistemas de drenagem são divididos em drenagem na fonte, microdrenagem e macrodrenagem (TUCCI, 1995). A drenagem na fonte é responsável pela captação e destinação das chuvas que ocorrem no lote individualizado (estacionamento, condomínio, residência, etc.).

43 43 A microdrenagem corresponde aos sistemas de águas pluviais (guias, sarjetas, bocas-de-lobo, etc.) que atendem a um conjunto de lotes ou à rede primária urbana. É projetada para chuvas de risco moderado. Define-se macrodrenagem como sendo os sistemas que coletam as águas pluviais provindas dos sistemas de microdrenagem, como por exemplo: córregos, galerias canais, etc. São projetados para precipitações de elevado risco e envolvem áreas de pelo menos 2 km² Medidas de Controle das Inundações Existem dois tipos de medidas de controle contra inundações: as medidas estruturais e as medidas não-estruturais. Elas são classificadas de acordo com foco de atuação no problema. As medidas estruturais correspondem ás obras que podem ser implantadas visando a correção e/ou prevenção dos problemas decorrentes de enchentes. (CANHOLI, 2005, p.25). O mencionado autor define as medidas não-estruturais compreendendo todo esforço para redução dos danos ou das consequências causadas pelas inundações, não por meio de obras, mas pela introdução de leis, normas, regulamentos e programas voltados para o disciplinamento da ocupação do solo, conscientização sobre as manutenções dos dispositivos de drenagem e sistemas de alerta contra inundações. Para o controle das inundações, são necessários estudos e planejamento, de forma a obter uma combinação ótima entre medidas estruturais e não-estruturais. Esta combinação permitirá uma convivência harmônica da população com o rio, minimizando os prejuízos decorrentes das inundações. As medidas de controle também podem ser classificadas devido a sua forma de atuação no hidrograma da bacia hidrográfica, conforme a seguir:

44 44 Aceleração do escoamento: obras de canalização que tendem a transferir o volume de enchente à jusante, devido à diminuição do tempo de concentração; Armazenamento: utilização de reservatórios que retém parte do volume do escoamento e reduzem o pico de vazão; Estações de bombeamento e diques: utilizados em áreas urbanas com pouco espaço e têm como função o amortecimento da onda de cheia; Infiltração e percolação: é o aumento ou criação de superfícies permeáveis, que facilitam a infiltração e percolação da água no solo, armazenando o escoamento superficial e retardando sua chegada aos cursos d água. Este tipo de medida de controle das inundações também é conhecido como disposição no local, pois atua na fonte, próximo aos locais onde são gerados os escoamentos. São exemplos de disposição no local os métodos de superfícies de infiltração, valetas de infiltração abertas, lagoas de infiltração, bacias de percolação, poços de infiltração e principalmente os pavimentos permeáveis. 2.4 Pavimentos Permeáveis Conceito Os pavimentos permeáveis surgiram como uma alternativa para minimizar os impactos das inundações urbanas, pois devido à sua estrutura porosa, permite a infiltração das águas pluviais, podendo reduzir em até 100% o escoamento superficial. Portanto, os pavimentos permeáveis devolvem ao solo as características de permeabilidade e retenção do escoamento superficial que haviam antes da bacia ser urbanizada (MARCHIONI e SILVA, 2010). Segundo os referidos autores Os pavimentos permeáveis são definidos como aqueles que possuem espaços livres na sua estrutura onde a água e o ar podem atravessar. (p.6).

45 45 Vale ressaltar que o conceito de pavimentos permeáveis não é apenas referente à camada de revestimento da superfície feita por pisos permeáveis, e sim por toda a estrutura que compõem o pavimento (piso, camada de assentamento, base, subbase, tubulação de drenagem, etc.) Características A função principal destes tipos de pavimento é a retenção do escoamento superficial, retardando sua chegada aos sistemas de macrodrenagem, o que resulta numa diminuição do pico de vazão. Em alguns casos onde o solo não é muito compacto, ocorre a percolação das águas pluviais retidas pelo pavimento, o que contribui para a recarga dos aqüíferos subterrâneos. Marchioni e Silva (2010) ressaltam que devido à sua base granular, o pavimento permeável ainda funciona como um filtro das águas precipitadas, reduzindo a contaminação do solo. As águas pluviais infiltradas pelo revestimento permeável ficam retidas nesta base granular, que funciona como um reservatório, porém existem três situações que ocorrem devido ao tipo de solo e/ou nível do lençol freático: I. Infiltração total: toda água retida na base do pavimento é infiltrada no solo; II. Infiltração parcial: somente uma parte da água é infiltrada no solo, sendo necessária a instalação de um tubo de drenagem na base do pavimento, para que a água excedente seja conduzida até as galerias de águas pluviais; III. Sem infiltração: nesta situação não ocorre a infiltração no solo das águas pluviais retidas pelo pavimento, ou por motivo do solo estar muito compactado e impermeável, ou pelo nível do lençol freático estar muito próximo ao pavimento. Neste caso utiliza-se também uma tubulação de drenagem que encaminha as águas ao sistema de drenagem urbano. Estas três situações estão ilustradas na Figura 2.9 abaixo.

46 46 Figura 2.9 Situações de infiltração dos pavimentos permeáveis Fonte: Marchioni e Silva (2010) Tipos de pavimentos permeáveis Os principais tipos de pavimentos permeáveis são: Bloco intertravado comum: a infiltração de água ocorre somente pelas juntas que são alargadas ou por aberturas nas arestas, ambas preenchidas com pedrisco, que facilita a percolação. A Figura 2.10 ilustra estes dois tipos de blocos intertravados; Figura 2.10 Tipos de blocos intertravados com infiltração somente pelas juntas Fonte: Marchioni e Silva (2010). Bloco intertravado poroso: devido a sua estrutura ser porosa, a infiltração ocorre por toda sua superfície, conforme Figura 2.11;

47 47 Figura 2.11 Bloco intertravado de concreto poroso Fonte: Pave Systems (2011). Concreto asfáltico poroso: similar ao concreto asfáltico convencional, porém devido à granulometria maior dos seus agregados, não possuindo finos, facilita a infiltração da água. A Figura 2.12 refere-se a este tipo de pavimento; Figura 2.12 Pavimento de concreto asfáltico poroso Fonte: USP (2010). Concreto poroso moldado in loco: pavimento rígido de concreto que possui poucos finos em sua composição e com agregados de granulometria maior, conforme Figura 2.13;

48 48 Figura 2.13 Estacionamento pavimentado com concreto poroso Fonte: Marchioni e Silva (2010). Blocos vazados de concreto: a infiltração ocorre devido ao vazio central de sua estrutura, que é preenchido por solo e grama, ilustrado na Figura 2.14; Figura 2.14 Blocos vazados de concreto Fonte: Marchioni e Silva (2010).

49 Estrutura do pavimento permeável Conforme ilustrado na Figura 2.15, a seção tipo dos pavimentos permeáveis é basicamente composta de: Revestimento: qualquer tipo de piso permeável, conforme citado no item anterior; Camada de assentamento: utiliza-se pedrisco ou brita nº 0. Sua função principal é fornecer uma superfície uniforme para o revestimento; Base: geralmente utiliza-se a brita nº 2, que é um meio termo entre a brita nº 0 da camada de assentamento e a brita nº 3 da sub-base, gerando um melhor encaixe entre as camadas; Sub-base: é executada com brita nº 3; Tubo de drenagem: utilizado quando a infiltração das águas pluviais no subleito é parcial ou não existe; Subleito: é a camada mais superficial do solo. Figura 2.15 Seção tipo de um pavimento permeável Fonte: Marchioni e Silva (2010).

50 Desempenho Os pavimentos permeáveis atuam no controle na fonte do escoamento superficial, diminuindo a vazão máxima do hidrograma e retardando o tempo de pico. De acordo com Acioli (2005), com a utilização deste tipo de dispositivo de controle na fonte, é possível chegar-se a um cenário melhor que ao antecedente à urbanização, ilustrado pela Figura Figura 2.16 Efeitos da utilização de dispositivos de controle na fonte sobre o hidrograma Fonte: Acioli (2005). Em um estudo realizado por Araújo, Tucci e Goldenfum (2000), no qual avaliou o desempenho dos pavimentos permeáveis na redução do escoamento superficial, foram simuladas situações de chuvas intensas sobre seis tipos de coberturas urbanas, conforme Figura Dentre estas coberturas, duas foram de pavimentos permeáveis (concreto poroso e os blocos vazados de concreto).

51 51 Figura 2.17 Pavimentos simulados Fonte: Araújo, et.al. (2000). Os resultados obtidos nesta simulação são apresentados na Figura 2.18, e representam o escoamento superficial gerado nestes seis tipos de cobertura. Portanto, aqueles pavimentos onde o escoamento superficial resultante foi pequeno, demonstram a sua eficiência quanto à infiltração da água. Figura 2.18 Escoamento superficial gerado nos pavimentos ensaiados Fonte: Araújo, et al. (2000).

52 Projeto dos pavimentos permeáveis Dados necessários Para a utilização dos pavimentos permeáveis, alguns itens devem ser checados para a garantia de sua eficiência. Marchioni e Silva (2010) definem que para a viabilidade deste tipo de pavimento, as áreas de contribuição não devem exceder em cinco vezes a área total do pavimento, e é recomendável a distância de no mínimo 30 m em relação a córregos, pântanos e reservatórios. É recomendável também que o pavimento tenha declividades entre 1% a 5%, e nas áreas de seu entorno, são toleráveis declividades de no máximo 20%. Isto se deve ao fato de que ao aumentarmos a declividade, a velocidade do escoamento superficial também se eleva, diminuindo a capacidade de infiltração do pavimento. Para o dimensionamento, devem ser utilizados os dados pluviométricos locais (chuvas críticas), utilizando-se normalmente um período de retorno (TR) de 5 a 10 anos. Também devem ser conhecidos os dados de tráfego no local de implantação. Esse dado é expresso em solicitações equivalentes ao eixo padrão de kip (80 kn) e normalmente se adota a vida útil do pavimento de 20 anos. (MARCHIONI e SILVA, 2010, p.11). Por último, são necessários os dados do tipo de solo (subleito), sua capacidade de suporte e o coeficiente de permeabilidade. A capacidade de suporte é obtida utilizando-se a norma brasileira NBR 9895 Solo: Índice de Suporte Califórnia, e o coeficiente de permeabilidade pode ser determinado por meio dos ensaios previstos nas normas brasileiras NBR Solo Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos granulares à carga constante Método de ensaio ou NBR Solo Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos argilosos a carga variável.

53 Pré-dimensionamento das camadas de base e sub-base Devem-se realizar dois tipos de dimensionamentos para os pavimentos permeáveis: o dimensionamento hidráulico, que determina o volume de água que o pavimento armazenará; e o dimensionamento mecânico, que avalia a carga a qual o pavimento suportará Pré-dimensionamento hidráulico No pré-dimensionamento hidráulico utilizam-se os dados de chuva do local, o coeficiente de permeabilidade do solo e o risco de contaminação da água. Deve-se também definir o tipo de infiltração do sistema com estes dados, conforme visto no item deste trabalho. Quando o sistema de infiltração é total, toda a água armazenada no pavimento infiltra-se no subleito. No caso de infiltração parcial, utilizam-se tubos de drenagem para destinar o excesso de água armazenada para os sistemas de drenagem urbana. E por último, quando ocorre a situação do sistema sem infiltração, toda a água é direcionada para os sistemas de drenagem urbana, devido ao solo ser pouco permeável e/ou ocorrer o risco de contaminação das águas subterrâneas. Marchioni e Silva (2010) propõem a Equação 10 para a determinação da espessura mínima da base e sub-base do pavimento permeável para o armazenamento da diferença entre o volume precipitado e o volume infiltrado no subleito. h b Qc.R P f.t (Equação 10) Vr Onde: h b = altura da base e sub-base granular em m; Qc = área de contribuição em m²; R = quociente da área de contribuição e da área do pavimento;

54 54 P = altura da chuva de projeto em m; f = coeficiente de permeabilidade do solo em m/s; T = tempo de enchimento do reservatório em s; Vr = volume de vazios dos agregados em %. Para o tempo de enchimento do reservatório, que é o tempo de saturação na ocorrência da chuva de projeto, recomenda-se adotar 2 horas. Faz-se necessário também a verificação da altura máxima da base e sub-base permitida (Equação 11) e o nível do lençol freático. f.ts h máx (Equação 11) Vr Onde: Ts = tempo máximo de armazenamento de água em s, adota-se geralmente 3 dias de armazenamento. Caso o h b seja maior do que o h máx é necessário inserir uma tubulação de drenagem para a remoção do excesso de água, sendo utilizado o sistema sem infiltração ou com infiltração parcial. Por último, a distância da face inferior da sub-base do pavimento permeável deve ser de no mínimo 60 cm em relação ao nível do lençol freático Pré-dimensionamento mecânico Uma das formas para o pré-dimensionamento mecânico da espessura da base e sub-base é a utilização da Tabela 2.9. Para utilizá-la devemos conhecer o Índice de Suporte Califórnia do subleito e estimar o número de solicitações equivalentes para um projeto com vida útil de 20 anos.

55 55 Tabela 2.9 Espessura mínima da camada de base e sub-base Índice de Suporte Califórnia do Subleito Solicitações equivalentes para 20 anos* >15 10 à 14 5 à mm 175 mm 225 mm mm 200 mm 275 mm mm 225 mm 350 mm Fonte: Smith, 2006, apud Marchioni e Silva, 2010, p.15. *Solicitações equivalentes ao eixo padrão de 18kip=80kN Nota: Todas as espessuras são após compactação e são aplicáveis para todas as condições de infiltração. Para aplicações para tráfego de pedestres apenas a espessura mínima recomendada é de 150mm. O valor final da espessura da base e sub-base será o maior entre o dimensionamento hidráulico e o mecânico. A espessura da camada de base será sempre de 100 mm e a camada de sub-base será a diferença entre a espessura total dimensionada e os 100 mm da base, conforme exemplo da Figura Figura 2.19 Exemplo das espessuras das camadas do pavimento Fonte: Marchioni e Silva (2010).

56 Manutenção De acordo com Marchioni e Silva (2010) estima-se que o pavimento permeável perca 90% de sua capacidade de infiltração em 10 anos, devido ao acúmulo de sedimentos em suas juntas e superfície. Porém isso pode variar, pois depende do volume de tráfego o qual o pavimento é submetido e a proximidade com áreas que geram muitos sedimentos, como jardins, taludes, etc. No caso de blocos intertravados onde a infiltração ocorre somente pelas juntas, os sedimentos carreados ficam depositas no topo do rejuntamento, portanto para sua manutenção basta a substituição do material de rejuntamento. É recomendável a limpeza anual do pavimento para a retirada dos sedimentos acumulados, podendo-se utilizar equipamentos de aspiração. Faz-se necessário também retirar a vegetação que cresce entre as juntas do pavimento, pois diminui a capacidade de infiltração de água.

57 57 3 MÉTODO DE TRABALHO No processo de elaboração deste trabalho, foram realizadas pesquisas em livros, trabalhos acadêmicos, apostilas, revistas técnicas e sites relacionados ao tema, onde foi obtido embasamento técnico e científico suficiente para a abordagem do tema. Foram separadas e organizadas bibliografias referentes à hidrologia, drenagem urbana e controle de inundações para a elaboração da revisão bibliográfica, onde se destaca o livro Drenagem Urbana e Controle de Enchentes (CANHOLI, 2005), devido a ser o trabalho nacional mais atual e prático do tema. Para obtenção de mais informações sobre pavimentos permeáveis e sua utilização como um sistema de drenagem, foram feitas visitas a fornecedores, pesquisa de reportagens publicadas, conversa com profissionais da área e realização de curso da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP). Vale destacar também, que para esclarecimento das questões relativas à execução e manutenção destes tipos de pavimento, fez-se necessário realizar visitas a obras já concluídas onde os mesmos foram utilizados e obras em execução. Por ainda não existir uma normatização no Brasil referente aos pavimentos permeáveis, foram consultadas normas técnicas da Inglaterra e Estados Unidos.

58 58 4 MATERIAIS E FERRAMENTAS Os principais materiais utilizados na realização da revisão bibliográfica foram livros e apostilas de drenagem urbana e hidrologia, onde se pode colher informações teóricas, gráficos, tabelas, ilustrações e dados históricos da evolução da drenagem urbana. O estudo de caso foi realizado com base na análise dos pavimentos permeáveis existentes no estacionamento do Centro Tecnológico de Hidráulica (CTH) da Universidade de São Paulo (USP) e a sua eficiência quanto ao controle de inundações. Foram feitas visitas ao local e se pode trocar informações com o Engº Afonso Virgiliis, um dos responsáveis pela idealização e execução deste protótipo. Através do curso de pavimentos permeáveis realizado na Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), ministrado pela Engª Mariana Marchioni e pelo Engº Cláudio Silva, obteve-se material técnico referente à execução de pavimentos permeáveis, sua estrutura, utilização como controle de inundações urbanas, normatização, legislação e dados de ensaios em laboratório. Para a coleta de dados referentes à fabricação, composição, custo e desenvolvimento dos pavimentos permeáveis, realizou-se uma visita ao fabricante de pisos Intercity, na qual foi conseguido material para o conhecimento mais aprofundado destes pavimentos.

59 59 5 ESTUDO DE CASO Este trabalho tem como estudo de caso a avaliação de um projeto experimental de pavimentos permeáveis executado numa área de estacionamento com tráfego leve. Tal projeto foi realizado para a verificação da eficiência desses tipos de pavimento como amortecedor de cheias e sua viabilidade técnica. 5.1 Conceituação do Protótipo de Pavimentos Permeáveis O protótipo contempla a construção de dois tipos de pavimento permeável no estacionamento do Centro Tecnológico de Hidráulica situado na Universidade de São Paulo, Brasil. Os pavimentos permeáveis utilizados neste estacionamento são de concreto poroso asfáltico (CPA) e os blocos intertravados de concreto poroso (BCP), conforme ilustrado na Figura 5.1. Figura 5.1 Projeto geométrico do estacionamento protótipo Fonte: Pinto (2011).

60 60 De acordo com Pinto (2011), este projeto experimental somente foi possível ser realizado a partir de 2008, quando a Prefeitura do Município de São Paulo, por meio da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras SIURB, que entendeu a importância desta pesquisa e custeou o projeto. O desenvolvimento deste modelo físico teve a participação dos departamentos de Hidráulica (PHD) e Transportes (PTR) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Objetivos do protótipo de pavimentos permeáveis Os principais objetivos do protótipo foram os seguintes: Verificar os tempos de retardo dos escoamentos de águas pluviais em cada tipo de pavimento; Analisar o tempo de esvaziamento do reservatório, ou seja, da camada de base e sub-base, e compará-los com os tempos propostos na bibliografia; Determinar os volumes armazenados com relação ao total do evento pluviométrico; Calcular o coeficiente de escoamento superficial para os dois tipos de pavimento Caracterização do modelo físico Os dois tipos de pavimento foram executados de forma a não haver infiltração no subleito, sendo assim, houve a necessidade da captação de todo volume de água infiltrado no pavimento por meio de drenos instalados no fundo de cada reservatório. O escoamento subsuperficial coletado pelos drenos é destinado para caixas coletoras onde há a medição de vazão.

61 61 Já para o escoamento superficial, foi instalado um sistema de micro-drenagem composto por guias, sarjetas e bocas-de-lobo. Este escoamento também é direcionado para uma caixa coletora onde é feita a medição da vazão Porosidade das camadas de base e sub-base A porosidade dos materiais das camadas de base e sub-base são elementos fundamentais na determinação da espessura da camada do reservatório, pois os vazios existentes no material granular permitirão a percolação e o armazenamento da água da chuva. Para cada um dos módulos foram determinadas as camadas de base e sub-base em virtude do tipo de revestimento, da capacidade de suporte de cada um e da disponibilidade de materiais. A Figura 5.2 apresenta os materiais que constituem a estrutura das camadas dos módulos de pavimentos tipo BCP e CPA. Os valores de, e e k referem-se à porosidade do material, espessura da camada e o coeficiente de permeabilidade, respectivamente. Figura 5.2 Características físicas das camadas integrantes dos módulos de BCP e CPA. Fonte: Pinto (2011).

62 Dimensionamento No dimensionamento do reservatório do pavimento permeável, base e sub-base, são necessárias as determinações da chuva de projeto, da área de contribuição e da permeabilidade do solo de subleito, neste caso não foi considerado o estudo de permeabilidade, pois o experimento não permite a infiltração no solo. Períodos de retorno entre 10 e 100 anos podem extrapolar a capacidade da estrutura de reservação dos pavimentos permeáveis, no entanto a escolha da chuva de projeto pode variar bastante e depende de regulamentações locais. Geralmente utiliza-se chuva com período de retorno de seis meses e duração de 24 horas. Se no momento do dimensionamento não houver nenhum suporte de regulamentação é necessário avaliar os riscos gerado por inundações devido ao crescimento urbano. O importante para determinar o período de retorno para obras de drenagem é estabelecer a função do tipo de estrutura, sua importância para a população e o impacto que ele causará. É comum a utilização da tabela 2.1 exposta no capitulo 2, sub-item 2.2.4, onde se determina o período de retorno de acordo com o tipo de obra, microdrenagem ou macrodrenagem, e o tipo de ocupação da área, os valores de período de retorno, dados em anos, são aceitos e muito utilizados no meio técnico. O modelo físico deste estudo de caso é classificado como uma obra de microdrenagem por se tratar de um simples estacionamento de veículos leves. De acordo com esta premissa foi adotado para este protótipo uma chuva de projeto com duração igual a dez minutos e período de retorno de dez anos Dimensionamento hidrológico-hidráulico O dimensionamento hidrológico-hidráulico nada mais é do que a definição da capacidade de armazenamento da camada reservatório do pavimento. Para protótipo em questão considerou-se as seguintes premissas para este dimensionamento:

63 63 Equação IDF desenvolvida por Martinez e Magni (1999), a partir de dados da cidade de São Paulo; A porosidade do material constituinte da estrutura do pavimento; Características da seção transversal de cada pavimento. Inicialmente a camada reservatório do pavimento foi dimensionada conforme a Equação 12: H máx Vmáx P (Equação 12) Onde: H máx = espessura da camada reservatório em m; V máx = volume máximo da camada reservatório em mm; = porosidade do material de constituinte da camada reservatório em %; P = chuva de projeto em mm. Porém, devido à necessidade de diferentes declividades para cada pavimento, utilizou-se a Equação 13 adaptada de Acioli (2005): S. S. L m L1 j ' 2 H H máx (Equação 12) 2 2 Sendo: H = espessura média da camada reservatório em mm; H máx = espessura da camada reservatório em mm; S m = declividade adotada na direção de montante do projeto em m/m; L 1 = comprimento do reservatório na direção de montante em m; S j = declividade adotada na direção de jusante do projeto em m/m; L 2 = comprimento do reservatório na direção de jusante em m;

64 64 Para este projeto foram adotados os seguintes parâmetros: Chuva de projeto o TR = 10 anos o Duração = 10 minutos Porosidade do material granular = 25% Utilizando estes dados e mais as medidas topográficas, foi calculada uma espessura média de 0,30 m para a camada reservatório de cada pavimento. As Figuras 5.3 e 5.4 apresentam as seções transversais dimensionadas para os revestimentos de CPA e BCP, respectivamente. Figura 5.3 Perfil do módulo revestido com CPA Fonte: Pinto (2011).

65 65 Figura 5.4 Perfil do módulo revestido de BCP Fonte: Pinto (2011) Dimensionamento mecânico O objetivo do dimensionamento mecânico é verificar a espessura de base e subbase necessária para o suporte do tráfego ao qual o pavimento se destina. No caso deste protótipo de estacionamento, o tráfego é considerado como leve. Para a verificação de suporte do subleito, foram realizadas sondagens a trado, e com as amostras coletadas realizou-se o ensaio DNER ME 049/94 Determinação do Índice de Suporte Califórnia Utilizando Amostras não Trabalhadas. De acordo com Pinto (2011), foi obtido com este ensaio um valor de CBR médio de 10 % na umidade ótima, porém para o dimensionamento do pavimento foi considerado um CBR de 8%, que representa o valor mínimo encontrado nos ensaios. Quanto ao tráfego que o pavimento deverá suportar, adotou-se um número de repetições de carga igual O resultado para este dimensionamento mecânico foi uma camada de base com 0,19 m, porém adotou-se o maior valor obtido no dimensionamento hidrológicohidráulico, conforme item

66 Execução Inicialmente foi realizado levantamento topográfico a fim de localizar alguns pontos de grande importância para a realização do pavimento, tais como cotas de assentamento, caimentos e nível das tubulações de drenagem. Seguindo esse levantamento, foram utilizadas escavadeiras para a limpeza do terreno, rebaixamento do mesmo até a cota de interesse e também para escavação de valas que abrigam as tubulações de drenagem, conforme Figura 5.5. Com o auxilio de um rolo pé de carneiro, foi feita a compactação do solo até que o mesmo atingisse o ponto ideal. Utilizando uma motoniveladora, o subleito e as camadas subseqüentes foram preparados de acordo com o levantamento topográfico, obedecendo as cotas e os caimentos na direção transversal e longitudinal. Figura 5.5 Seqüência construtiva da obra do estacionamento Fonte: Virgiliis, apud Pinto (2011). O intuito do protótipo do pavimento teste foi fazê-lo semelhante a um reservatório. Por tanto, para os dois tipos de revestimento foram colocadas geomembranas

67 67 impermeáveis de PEAD na camada mais inferior em contato com o subleito, para que toda precipitação coletada pelo pavimento não infiltre no solo, e assim seja possível avaliar o volume de água que a estrutura capta. Concluída a instalação da geomembrana, foi despejado e sarrafeado uma camada de 5 cm de pó de pedra e em seguida uma camada de brita 3 é espalhada. Com um rolo liso foi feita compactação entre os dois materiais, tornando a superfície o mais uniforme possível. A Figura 5.6 apresenta os detalhes da colocação da geomembrana, dos tubos dreno e do espalhamento da camada de brita da sub-base do pavimento. Figura 5.6 Seqüência construtiva da obra do estacionamento Fonte: Virgiliis, apud Pinto (2011). Para os revestimentos de CPA e BCP foram executados respectivamente com os seguintes perfis:

68 Módulo de CPA Após a conclusão da base, com o espargidor iniciou-se a aplicação do betuminoso ligante sobre a base já concluída, o mesmo serve para dar uma boa aderência entra a base e o revestimento asfáltico. Em seguida, com a acabadora asfáltica foi aplicada a camada de concreto asfáltico poroso (CPA) e na seqüência o rolo liso de pneu fez a compactação e homogeneização do revestimento asfáltico concluindo o processo de pavimentação, conforme Figura 5.7. Figura 5.7 Seqüência construtiva da obra do estacionamento Fonte: Virgiliis, apud Pinto (2011) Módulo de BCP Após a finalização da sub-base do módulo de BCP com pedra britada nº 3, aplicouse para a base, brita graduada simples para dar sustentação da estrutura. Antes do material de assentamento foi instalada uma manta geotêxtil para que possíveis sedimentos não passem para as camadas abaixo da mesma.

69 69 O assentamento do piso intertravado foi feito sobre uma camada de areia. Em seguida uma placa vibratória foi utilizada para garantir um melhor assentamento do piso. Finalizado o assentamento do revestimento, foi executado o rejunte dos blocos com areia polimérica e alguns cuidados tiveram que ser tomados, pois este tipo de areia em contato com a umidade reage e inicia seu processo de endurecimento, que poderia colmatar os poros do revestimento. Portanto, somente após o término da aplicação da areia aditivada entre as juntas dos blocos, foi realizada a hidratação da mesma. As etapas da execução do módulo de BCP podem ser vistas na Figura 5.8. Figura 5.8 Seqüência construtiva da obra do estacionamento Fonte: Virgiliis, apud Pinto (2011).

70 Eventos pluviométricos Sistema de monitoramento dos pavimentos teste Para o registro das precipitações ocorridas nos dois pavimentos, o protótipo possui uma estação pluviométrica instalada em seu canteiro central, conforme mostrado na Figura 5.9. Figura 5.9 Estação pluviométrica do protótipo Fonte: Pinto (2011). A precisão deste pluviômetro de origem americana é de ± 3% para precipitações entre 0,2 mm e 50 mm por hora e de ± 5% para precipitações entre 50 mm e 100 mm por hora. Em cada tipo de pavimento do protótipo também estão instalados 2 caixas dotadas de vertedouro triangular, conforme mostram as Figuras 5.10 e 5.11, para a coleta da vazão do escoamento superficial e do escoamento subsuperficial, ou seja, a parcela de chuva infiltrada no pavimento. Vale ressaltar que as caixas utilizadas para a coleta do escoamento superficial possuem boca-de-lobo, que pode ser vista na Figura 5.12.

71 71 Figura 5.10 Caixa para coleta de escoamento Figura 5.11 Vertedouro triangular

72 72 Figura 5.12 Caixa para coleta de escoamento com boca-de-lobo Para o registro das lâminas d água formadas nas quatro caixas com vertedouros, foram instalados sensores de nível ultrassônicos de origem americana com precisão de ± 0,2%, conforme mostra a Figura Figura 5.13 Sensor para registro da altura de lâmina d água

73 73 Os dados registrados pelos sensores são transmitidos em intervalos de 10 minutos por meio de data loggers e enviados via telefonia celular para a página da internet do SAISP, que é operado pelo FTCH. Com os dados das alturas de lâmina d água nas caixas coletoras é possível fazer o cálculo das vazões efluentes Eventos pluviométricos registrados O monitoramento do protótipo teve início no dia 19 de janeiro de 2010, porém devido à instalação remota de coleta de dados instalada só possuir quatro canais, não foi possível a coleta simultânea dos dados de escoamento superficial dos dois pavimentos. Para a solução deste problema, optou-se em fazer a seguinte sistemática para a coleta dos dados de escoamento superficial: De 19 de janeiro a 07 de fevereiro foram monitorados os dados do pavimento de BCP; De 08 de fevereiro a 22 de março o monitoramento ocorreu no pavimento de CPA; De 23 de março a 12 de abril somente BCP; A partir de 13 de abril somente CPA. Cabe lembrar que esta sistemática de monitoramento somente ocorreu para o escoamento superficial, pois o escoamento subsuperficial foi monitorado simultaneamente para os dois pavimentos. Durante o período de monitoramento foram registrados dados referentes a 23 eventos pluviométricos, porém conforme seleção feita por Pinto (2011), apenas os eventos de intensidade relevante foram analisados. A Tabela 5.1 apresenta as chuvas selecionadas para o estudo.

74 74 Tabela 5.1 Eventos pluviométricos ocorridos nos pavimentos teste Nº do evento Data Pavimento Monitorado Precipitação (mm) Duração do Evento (horas) 1 01/02/2010 BCP 23,60 02: /02/2010 BCP 16,60 03: /02/2010 BCP 42,60 02: /02/2010 BCP 2,80 00: /02/2010 CPA 35,40 07: /03/2010 CPA 31,20 06: /03/2010 CPA 16,40 09: /03/2010 CPA 20,00 20: /03/2010 BCP 73,40 02: /04/2010 BCP 18,80 01: /04/2010 CPA 17,20 04: /05/2010 CPA 21,40 04:20 Fonte: Modificado de Pinto (2011, p.108). 5.5 Resultados obtidos A partir do monitoramento dos vertedouros nos eventos pluviométricos ocorridos no protótipo, foram obtidos os dados de escoamento superficial e subsuperficial para os módulos de BCP e CPA. Pinto (2011) ressalta que para as precipitações de baixa intensidade não houve escoamento superficial, portanto toda chuva foi infiltrada no pavimento. A Tabela 5.2 refere-se aos dados relativos ao desempenho do pavimento teste obtidos durante os eventos pluviométricos mais expressivos no período de monitoramento.

75 75 Data Tabela 5.2 Desempenho dos pavimentos teste durante os eventos pluviométricos Precipitação (mm) Duração do Evento (horas) Volume total precipitado sobre o BCP (m³) Volume total precipitado sobre o CPA (m³) Volume escoado superficial no BCP (m³) Volume infiltrado no BCP (m³) Volume escoado superficial no CPA (m³) Volume infiltrado no CPA (m³) Volume retido no reservatório (m³) 01/02/10 23,60 02:00 17,65 18,08 1,12 0,14 SD 9,24 16,39 02/02/10 16,60 03:20 12,42 12,71 9,74 0,35 SD 9,47 2,33 04/02/10 42,60 02:10 31,86 32,63 4,40 6,98 SD 25,25 20,48 25/02/10 25,20 02:50 18,85 19,30 SD 0,048 0,07 12,51 6,72 06/03/10 31,20 06:50 23,34 23,90 SD 4,38 0,86 21,69 1,35 14 a 15/03/10 20,00 20:10 14,96 15,32 SD 8,88 0,10 10,06 5,16 25/03/10 73,40 02:10 54,90 56,22 31,88 21,61 SD 53,08 1,41 08 a 09/05/10 30,00 17:40 22,44 22,98 SD 8,94 3,47 16,57 2,94 Fonte: Modificado de Pinto (2011, p.135). Segue abaixo uma breve descrição dos eventos onde ocorreram os principais resultados dos pavimentos teste Chuva do dia 04 de fevereiro de 2010 Nesta data ocorreu uma precipitação acumulada de 42,60 mm, com início às 15h40min e término às 17h50min, portanto com duração de duas horas e dez minutos. O sensor para registro do escoamento superficial estava ligado no vertedouro do pavimento de blocos intertravados de concreto poroso (BCP). O escoamento subsuperficial, ou seja, o volume de chuva infiltrado no pavimento, só começou a ser registrado pelo sensor do BCP após 50 minutos do início da chuva, o que demonstra a eficiência do pavimento no retardo do escoamento. Já para o módulo de CPA, o tempo de retardo foi de 20 minutos, isso devido ao fato de sua camada de base e sub-base ter um maior coeficiente de permeabilidade com relação ao BCP. Entretanto, o escoamento subsuperficial gerado no CPA foi maior do que o gerado no BCP, e mesmo sem ter o monitoramento do escoamento superficial do CPA para esta chuva, os resultados nos levam a crer que o mesmo foi muito pequeno. A Figura 5.14 apresenta os dados registrados pelos sensores referentes aos escoamentos superficial (Bloc. Superf.) e subsuperficial (Bloc. Fundo e Asf. Fundo).

76 76 Figura 5.14 Dados registrados pelos sensores dos vertedouros no dia 04/02/2010 Fonte: Pinto (2011). A eficiência do pavimento de BCP quanto ao armazenamento e retardo das ondas de cheia pode ser verificado com os resultados obtidos na Tabela 5.2. O volume total precipitado no pavimento foi 31,86 m³, e deste volume apenas 4,40 m³ gerou escoamento superficial, portanto 27,46 m³ foram infiltrados. Quanto ao tempo de descarga do volume de chuva armazenado no reservatório do BCP, verificou-se que após 23h40min após o fim da chuva, somente 6,98 m³ já havia saído do reservatório, restando portanto, 20,48 m³ reservados Chuva do dia 25 de fevereiro de 2010 No evento pluviométrico registrado neste dia, o sensor de escoamento superficial estava instalado no pavimento de CPA. A precipitação acumulada foi de 25,20 mm, com início do evento às 03h00min e término às 05h50min, portanto com duração de duas horas e cinquenta minutos, como pode ser visto na Figura Figura 5.15 Precipitação desagregada do dia 25/02/2010 Fonte: Pinto (2011).

77 77 O escoamento subsuperficial no módulo de CPA só começou a ser registrado pelo sensor após 40 minutos do início da precipitação, resultando num tempo de retardo significativo do lançamento no sistema de drenagem. Já para o módulo de BCP, o tempo de retardo foi de uma hora e trinta minutos, ou seja, 2,25 vezes maior que o do CPA. Entretanto, o escoamento subsuperficial gerado no BCP foi menor do que o gerado no CPA, nos levando a crer que o escoamento superficial deve ter sido significativo no BCP. A Figura 5.16 refere-se aos dados registrados pelos sensores. Figura 5.16 Dados registrados pelos sensores dos vertedouros no dia 25/02/2010 Fonte: Pinto (2011). A eficiência do pavimento de CPA quanto ao armazenamento e retardo das ondas de cheia pode ser verificado com os resultados obtidos na Tabela 5.2. O volume total precipitado no pavimento foi de 19,30 m³, e deste volume apenas 0,07 m³ gerou escoamento superficial, portanto 19,23 m³ foram infiltrados. Quanto ao tempo de descarga do volume de chuva armazenado no reservatório do CPA, verificou-se que após 01h00min após o fim da chuva, somente 12,51 m³ já haviam saído do reservatório, restando, portanto, 6,72 m³ reservados. O módulo de BCP gerou resultados inferiores ao módulo de CPA quanto à infiltração das águas pluviais, pois sua estrutura possui porosidade menor devido ao tipo de revestimento, ao rejunte impermeável dos blocos intertravados e principalmente da camada de base, composta por brita graduada faixa B, cuja porosidade é inferior à camada de base do módulo de CPA. Significa, portanto, que no módulo de BCP a precipitação encontra mais obstáculos até atingir a camada de macadame hidráulico. (PINTO, 2011, p.122).

... Completando 75 anos em 2011 hoje presente em 12 capitais brasileiras é mantida pela indústria brasileira de cimento, com o propósito de promover

... Completando 75 anos em 2011 hoje presente em 12 capitais brasileiras é mantida pela indústria brasileira de cimento, com o propósito de promover ... Completando 75 anos em 2011 hoje presente em 12 capitais brasileiras é mantida pela indústria brasileira de cimento, com o propósito de promover o desenvolvimento da construção civil. Clique para editar

Leia mais

PAVIMENTOS INTERTRAVADO PERMEÁVEL COM JUNTAS ALARGADAS

PAVIMENTOS INTERTRAVADO PERMEÁVEL COM JUNTAS ALARGADAS PAVIMENTOS INTERTRAVADO PERMEÁVEL COM JUNTAS ALARGADAS Introdução Pavimentos permeáveis são definidos como aqueles que possuem espaços livres na sua estrutura onde a água pode atravessar. (FERGUSON, 2005).

Leia mais

Enchente - caracteriza-se por uma vazão relativamente grande de escoamento superficial. Inundação - caracteriza-se pelo extravasamento do canal.

Enchente - caracteriza-se por uma vazão relativamente grande de escoamento superficial. Inundação - caracteriza-se pelo extravasamento do canal. Capítulo Controle de Enchentes e Inundações 10 1. DEFINIÇÃO Enchente - caracteriza-se por uma vazão relativamente grande de escoamento superficial. Inundação - caracteriza-se pelo extravasamento do canal.

Leia mais

Gestão das Águas Pluviais no Meio Urbano

Gestão das Águas Pluviais no Meio Urbano Gestão das Águas Pluviais no Meio Urbano PROF. DR. JOSÉ RODOLFO SCARATI MARTINS ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO A CIDADE É O GRANDE VILÃO AMBIENTAL Grandes demandas concentradas sobre uma

Leia mais

FACULDADE SUDOESTE PAULISTA CURSO - ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA - HIDROLOGIA APLICADA EXERCÍCIO DE REVISÃO

FACULDADE SUDOESTE PAULISTA CURSO - ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA - HIDROLOGIA APLICADA EXERCÍCIO DE REVISÃO FACULDADE SUDOESTE PAULISTA CURSO - ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA - HIDROLOGIA APLICADA EXERCÍCIO DE REVISÃO 1. CONCEITUE HIDROLOGIA? Ciência que trata da água na terra, em relação a sua ocorrência, Circulação,

Leia mais

Exercício 1: Calcular a declividade média do curso d água principal da bacia abaixo, sendo fornecidos os dados da tabela 1:

Exercício 1: Calcular a declividade média do curso d água principal da bacia abaixo, sendo fornecidos os dados da tabela 1: IPH 111 Hidráulica e Hidrologia Aplicadas Exercícios de Hidrologia Exercício 1: Calcular a declividade média do curso d água principal da bacia abaixo, sendo fornecidos os dados da tabela 1: Tabela 1 Características

Leia mais

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA PROJETO DE LEI Nº 051/2012

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA PROJETO DE LEI Nº 051/2012 PROJETO DE LEI Nº 051/2012 Torna obrigatória a adoção de pavimentação ecológica nas áreas que menciona e dá outras providências. A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA: Artigo 1º

Leia mais

PLANO DIRETOR DE DRENAGEM URBANA

PLANO DIRETOR DE DRENAGEM URBANA II Seminário Estadual de Saneamento Ambiental PLANO DIRETOR DE DRENAGEM URBANA Prof. Dr. Eng. Civil Adilson Pinheiro Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental Departamento de Engenharia Civil UNIVERSIDADE

Leia mais

Clique para editar o estilo do título mestre

Clique para editar o estilo do título mestre ABCP... Completando 75 anos em 2011 hoje presente em 12 capitais brasileiras é mantida pela indústria brasileira de cimento, com o propósito de promover o desenvolvimento da construção civil. Clique para

Leia mais

HIDROLOGIA BÁSICA Capítulo 7 - Infiltração 7. INFILTRAÇÃO

HIDROLOGIA BÁSICA Capítulo 7 - Infiltração 7. INFILTRAÇÃO 7. INFILTRAÇÃO 7 - INFILTRAÇÃO 7.1 - Conceituação Geral Uma gota de chuva pode ser interceptada pela vegetação ou cair diretamente sobre o solo. A quantidade de água interceptada somente pode ser avaliada

Leia mais

SISTEMA DE CONTENÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS

SISTEMA DE CONTENÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS SISTEMA DE CONTENÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS Com a crescente urbanização e expansão das cidades os problemas resultantes das chuvas tem se tornado cada vez mais frequentes e mais graves devido a diversos fatores:

Leia mais

FACULDADE SUDOESTE PAULISTA CURSO - ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA- HIDROLOGIA

FACULDADE SUDOESTE PAULISTA CURSO - ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA- HIDROLOGIA FACULDADE SUDOESTE PAULISTA CURSO - ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA- HIDROLOGIA EXERCÍCIO DE REVISÃO 1ª PARTE (ÁGUA SUBTERRÂNEA) 1- Como pode ser classificado um manancial de abastecimento? 2- De que são constituídos

Leia mais

DRENAGEM DO PAVIMENTO. Prof. Ricardo Melo 1. INTRODUÇÃO 2. TIPOS DE DISPOSITIVOS SEÇÃO TRANSVERSAL DE UM PAVIMENTO

DRENAGEM DO PAVIMENTO. Prof. Ricardo Melo 1. INTRODUÇÃO 2. TIPOS DE DISPOSITIVOS SEÇÃO TRANSVERSAL DE UM PAVIMENTO UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Departamento de Engenharia Civil e Ambiental Disciplina: Estradas e Transportes II Laboratório de Geotecnia e Pavimentação SEÇÃO TRANSVERSAL DE UM PAVIMENTO DRENAGEM DO

Leia mais

Conceitos e Requisitos para Pavimentos de Concreto Permeável

Conceitos e Requisitos para Pavimentos de Concreto Permeável prática recomendada pr-3 Conceitos e Requisitos para Pavimentos de Concreto Permeável MSc. Mariana L. Marchioni e MSc. Cláudio Oliveira Silva Associação Brasileira de Cimento Portland Engº Arcindo Vaquero

Leia mais

Pavimentos Permeáveis

Pavimentos Permeáveis PRÁTICA RECOMENDADA PR- Sistemas construtivos Pavimentos Permeáveis Conceitos e Requisitos para Pavimentos Intertravado Permeável MSc. Mariana L. Marchioni e MSc. Cláudio Oliveira Silva Associação Brasileira

Leia mais

Ciclo hidrológico. Distribuição da água na Terra. Tipo Ocorrência Volumes (km 3 ) Água doce superficial. Rios. Lagos Umidade do solo.

Ciclo hidrológico. Distribuição da água na Terra. Tipo Ocorrência Volumes (km 3 ) Água doce superficial. Rios. Lagos Umidade do solo. Ciclo hidrológico Quase toda a água do planeta está concentrada nos oceanos. Apenas uma pequena fração (menos de 3%) está em terra e a maior parte desta está sob a forma de gelo e neve ou abaixo da superfície

Leia mais

MUDANÇAS DO CLIMA E OS RECURSOS HÍDRICOS. São Carlos, 25 de fevereiro de 2010

MUDANÇAS DO CLIMA E OS RECURSOS HÍDRICOS. São Carlos, 25 de fevereiro de 2010 MUDANÇAS DO CLIMA E OS RECURSOS HÍDRICOS São Carlos, 25 de fevereiro de 2010 A BACIA HIDROGRÁFICA COMO UNIDADE DE PLANEJAMENTO OCUPAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA O DESMATAMENTO DAS BACIAS OCUPAÇÃO DA BACIA

Leia mais

Esta apresentação irá mostrar passo a passo os cálculos e as decisões envolvidas no dimensionamento. O tempo de cada apresentação: 12 minutos.

Esta apresentação irá mostrar passo a passo os cálculos e as decisões envolvidas no dimensionamento. O tempo de cada apresentação: 12 minutos. Dimensionamento Altair (SP) - região de São José do Rio Preto 1/28 Esta apresentação irá mostrar passo a passo os cálculos e as decisões envolvidas no dimensionamento. O tempo de cada apresentação: 12

Leia mais

CAPÍTULO VI ESCOAMENTO SUPERFICIAL

CAPÍTULO VI ESCOAMENTO SUPERFICIAL CAPÍTULO VI ESCOAMENTO SUPERFICIAL 6.0.Considerações: O escoamento superficial é a fase do ciclo hidrológico que resulta do excedente das águas precipitadas que não se infiltraram ou evaporaram; e que

Leia mais

INSTRUÇÕES PARA INSTALAÇÃO DE FOSSA SÉPTICA E SUMIDOURO EM SUA CASA

INSTRUÇÕES PARA INSTALAÇÃO DE FOSSA SÉPTICA E SUMIDOURO EM SUA CASA INSTRUÇÕES PARA INSTALAÇÃO DE FOSSA SÉPTICA E SUMIDOURO EM SUA CASA A participação da Comunidade é fundamental Na preservação do Meio Ambiente COMPANHIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DO DISTRITO FEDERAL ASSESSORIA

Leia mais

Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo 56- Faixa de filtro gramada Engenheiro civil Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.com.br 21/09/10.

Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo 56- Faixa de filtro gramada Engenheiro civil Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.com.br 21/09/10. Capítulo 56 Faixa de filtro gramada (filter strip) A água por capilaridade sobe até uns 2m em determinados solos. 56-1 Sumário Ordem Assunto Capítulo 56 - Faixa de filtro gramada (BMP) 56.1 Introdução

Leia mais

O AGENTE DA MOBILIDADE URBANA NO SISTEMA MUNICIPAL DE DEFESA CIVIL

O AGENTE DA MOBILIDADE URBANA NO SISTEMA MUNICIPAL DE DEFESA CIVIL O AGENTE DA MOBILIDADE URBANA NO SISTEMA MUNICIPAL DE DEFESA CIVIL Autores: Carlos Aparecido de Lima - carlosaparecido@emdec.com.br José Eduardo Vasconcellos - eduardovasconcellos@emdec.com.br Carlos Roberto

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUAS PLUVIAIS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUAS PLUVIAIS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUAS PLUVIAIS Prof. Adolar Ricardo Bohn - M. Sc. 1 A instalação predial de águas pluviais

Leia mais

A HIDROSFERA. Colégio Senhora de Fátima. Disciplina: Geografia 6 ano Profª Jenifer Tortato

A HIDROSFERA. Colégio Senhora de Fátima. Disciplina: Geografia 6 ano Profª Jenifer Tortato A HIDROSFERA Colégio Senhora de Fátima. Disciplina: Geografia 6 ano Profª Jenifer Tortato A HIDROSFERA A água é o mais abundante solvente natural que atua no sentido de desagregar, ou seja, fragmentar

Leia mais

Bacia Hidrográfica Precipitação Infiltração Escoamento

Bacia Hidrográfica Precipitação Infiltração Escoamento UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL Bacia Hidrográfica Precipitação Infiltração Escoamento Rávila Marques de Souza Mestranda em Engenharia do Meio Ambiente Setembro 2012 Bacia Hidrográfica

Leia mais

NOÇÕES GERAIS DE GERENCIAMENTO DE ÁREAS DE RISCO

NOÇÕES GERAIS DE GERENCIAMENTO DE ÁREAS DE RISCO NOÇÕES GERAIS DE GERENCIAMENTO DE ÁREAS DE RISCO PERGUNTAS BÁSICAS 1. O QUE E COMO OCORRE: Processos 2. ONDE OCORREM OS PROBLEMAS: Mapeamento 3. QUANDO OCORREM OS PROBLEMAS: Correlação, monitoramento 4.

Leia mais

PLANO DIRETOR DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS DA CIDADE DO NATAL 3.2 -MEDIDAS NÃO-ESTRUTURAIS

PLANO DIRETOR DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS DA CIDADE DO NATAL 3.2 -MEDIDAS NÃO-ESTRUTURAIS PLANO DIRETOR DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS DA CIDADE DO NATAL 3.2 -MEDIDAS NÃO-ESTRUTURAIS NATAL/RN, Outubro / 2009 EQUIPE DO PLANO DIRETOR DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS (PPDDMA) Demétrio

Leia mais

DP-H13 DIRETRIZES DE PROJETO PARA COEFICIENTE DE RUGOSIDADE

DP-H13 DIRETRIZES DE PROJETO PARA COEFICIENTE DE RUGOSIDADE REFERÊNCIA ASSUNTO: DIRETRIZES DE PROJETO DE HIDRÁULICA E DRENAGEM DATA DP-H13 DIRETRIZES DE PROJETO PARA COEFICIENTE DE RUGOSIDADE -309- ÍNDICE PÁG. 1. OBJETIVO... 311 2. RUGOSIDADE EM OBRAS HIDRÁULICAS...

Leia mais

DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL

DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL Fabiana Y. Kobayashi 3695130 Flávio H. M. Faggion 4912391 Lara M. Del Bosco 4913019 Maria Letícia B. Chirinéa 4912241 Marília Fernandes 4912683 DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL escola politécnica - USP Novembro

Leia mais

Erosão e Voçorocas. Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Estudos Ambientais Professor: João Paulo Nardin Tavares

Erosão e Voçorocas. Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Estudos Ambientais Professor: João Paulo Nardin Tavares Erosão e Voçorocas Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Estudos Ambientais Professor: João Paulo Nardin Tavares O que é erosão? A erosão caracteriza-se pela abertura de enormes buracos no chão pela

Leia mais

Quadro 4.3 - Relação de chuvas de diferentes durações. Valor Médio Obtido pelo DNOS. 5 min / 30 min 0,34 1 h / 24 h 0,42

Quadro 4.3 - Relação de chuvas de diferentes durações. Valor Médio Obtido pelo DNOS. 5 min / 30 min 0,34 1 h / 24 h 0,42 Determinação da Intensidade de Chuva Para obtenção das intensidades de chuvas de curta duração, em função de diversos tempos de recorrência, aplicaram-se procedimentos a seguir descritos: Primeiramente

Leia mais

EFEITO DO CONTROLE NA FONTE SOBRE A MACRODRENAGEM. Palavras-Chave - microrreservatórios, controle na fonte, macrodrenagem

EFEITO DO CONTROLE NA FONTE SOBRE A MACRODRENAGEM. Palavras-Chave - microrreservatórios, controle na fonte, macrodrenagem EFEITO DO CONTROLE NA FONTE SOBRE A MACRODRENAGEM Rutinéia Tassi 1 e Adolfo O. N. Villanueva1 1 1 Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS Caixa Postal 15029, CEP 91501-970, Porto Alegre/RS - Brasil.

Leia mais

ETS-03/2013 PAVIMENTOS PERMEÁVEIS COM REVESTIMENTO ASFALTICO POROSO - CPA

ETS-03/2013 PAVIMENTOS PERMEÁVEIS COM REVESTIMENTO ASFALTICO POROSO - CPA 1. OBJETIVO O objetivo desta Especificação Técnica é a definição dos critérios de dimensionamento e execução de pavimentos permeáveis com revestimento em Concreto Asfáltico Poroso CPA (Camada Porosa de

Leia mais

Embasamento técnico de projetos de conservação do solo para atendimento da legislação. Isabella Clerici De Maria Instituto Agronômico

Embasamento técnico de projetos de conservação do solo para atendimento da legislação. Isabella Clerici De Maria Instituto Agronômico Embasamento técnico de projetos de conservação do solo para atendimento da legislação Isabella Clerici De Maria Instituto Agronômico Áreas Agrícolas Diferentes situações Aspectos que devem ser vistos em

Leia mais

O Hidrograma Unitário

O Hidrograma Unitário Capítulo 11 O Hidrograma Unitário U ma bacia pode ser imaginada como um sistema que transforma chuva em vazão. A transformação envolve modificações no volume total da água, já que parte da chuva infiltra

Leia mais

PAVIMENTOS PERMEÁVEIS CONCEITOS, DIMENSIONAMENTO E

PAVIMENTOS PERMEÁVEIS CONCEITOS, DIMENSIONAMENTO E PAVIMENTOS PERMEÁVEIS CONCEITOS, DIMENSIONAMENTO E NORMA DA PMSP Desenho Arq. Ronaldo Meyer PAVIMENTOS PERMEÁVEIS Desenho Arq. Ronaldo Meyer PAVIMENTOS PERMEÁVEIS Desenho Arq. Ronaldo Meyer PAVIMENTOS

Leia mais

SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTOS DE ITAPIRA

SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTOS DE ITAPIRA NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO PARA LOTEAMENTOS URBANOS 1 DO OBJETIVO A presente Norma estabelece os requisitos mínimos a serem obedecidos

Leia mais

Falta de água e excesso de água

Falta de água e excesso de água Falta de água e excesso de água Quando era aluno na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, o professor doutor José Meiches era Secretário de Obras Públicas do Estado de São Paulo em seu primeiro

Leia mais

IT-1101 - AGRICULTURA IRRIGADA. (parte 1)

IT-1101 - AGRICULTURA IRRIGADA. (parte 1) 6 Sistemas de irrigação (parte 1) 6.1 Considerações iniciais Aplicação artificial de água ao solo, em quantidades adequadas, visando proporcionar a umidade necessária ao desenvolvimento das plantas nele

Leia mais

Capítulo 32 Rain Garden

Capítulo 32 Rain Garden Capítulo 32 Rain Garden O primeiro sistema de filtração construído nos Estados Unidos foi na cidade de Richmond no Estado da Virginia em 1832. 32-1 Sumário Ordem Assunto Capitulo 32- Rain garden 32.1 Introdução

Leia mais

Norma Técnica Interna SABESP NTS 024

Norma Técnica Interna SABESP NTS 024 Norma Técnica Interna SABESP NTS 024 REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA Elaboração de Projetos Procedimento São Paulo Maio - 1999 NTS 024 : 1999 Norma Técnica Interna SABESP S U M Á R I O 1 RECOMENDAÇÕES DE

Leia mais

Sistema Laminar Alto. Ecotelhado

Sistema Laminar Alto. Ecotelhado Sistema Laminar Alto Sistema Laminar Alto Objetivo O Sistema Laminar Alto tem como objetivo proporcionar a laje plana, uma cobertura vegetada para conforto térmico do ambiente interno e maior convívio

Leia mais

UNIDADE 2. Estudos hidrológicos: chuva-vazão. Precipitação: dados, grandezas Período de retorno x risco Curvas IDF AULA 5: PRECIPITAÇÃO.

UNIDADE 2. Estudos hidrológicos: chuva-vazão. Precipitação: dados, grandezas Período de retorno x risco Curvas IDF AULA 5: PRECIPITAÇÃO. DECA/CT/UFPB - Curso: Engenharia Civil - Semestre: 201.1 DISCIPLINA: Tópicos em Engenharia I - Drenagem de Águas Pluviais Professor: Adriano olim da Paz www.ct.ufpb.br/~adrianorpaz Precipitação: qualquer

Leia mais

ABNT NBR 16416 Pavimentos Permeáveis de Concreto

ABNT NBR 16416 Pavimentos Permeáveis de Concreto Eng. Eduardo DÁvila ABNT NBR 16416 Pavimentos Permeáveis de Concreto Termos e definições Tipologias de revestimentos Sistemas de infiltração e armazenamento Requisitos de projeto Requisitos das camadas

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2014

PROJETO DE LEI Nº, DE 2014 PROJETO DE LEI Nº, DE 2014 (Do Sr. Geraldo Resende) Estabelece a Política Nacional de Captação, Armazenamento e Aproveitamento de Águas Pluviais e define normas gerais para sua promoção. O Congresso Nacional

Leia mais

6As áreas de abastecimento representam uma possível fonte de poluição ao meio

6As áreas de abastecimento representam uma possível fonte de poluição ao meio ÁREA DE ABASTECIMENTO E ARMAZENAMENTO DE COMBUSTÍVEL 6As áreas de abastecimento representam uma possível fonte de poluição ao meio ambiente e seu manuseio e armazenagem também apresentam considerável grau

Leia mais

Parte I. Hidrologia e Hidráulica: conceitos básicos e metodologias. Capítulo 1 Hidrologia Vazão de Enchente

Parte I. Hidrologia e Hidráulica: conceitos básicos e metodologias. Capítulo 1 Hidrologia Vazão de Enchente Parte I e Hidráulica: conceitos básicos e metodologias Capítulo 1 12 Capítulo 1. PRINCIPAIS TERMOS HIDROLÓGICOS Na análise hidrológica aqui apresentada, destaca-se a importância do conhecimento das metodologias

Leia mais

ASPECTOS CONSTRUTIVOS E AMBIENTAIS DE TELHADOS VERDES EXTENSIVOS

ASPECTOS CONSTRUTIVOS E AMBIENTAIS DE TELHADOS VERDES EXTENSIVOS I Congresso Baiano de Engenharia Sanitária e Ambiental - I COBESA ASPECTOS CONSTRUTIVOS E AMBIENTAIS DE TELHADOS VERDES EXTENSIVOS Matheus Paiva Brasil (1) Graduando em Engenharia Sanitária e Ambiental

Leia mais

Permeabilidade dos Solos. Mecânica de Solos Prof. Fabio Tonin

Permeabilidade dos Solos. Mecânica de Solos Prof. Fabio Tonin Permeabilidade dos Solos Mecânica de Solos Prof. Fabio Tonin Permeabilidade É a propriedade que o solo apresenta de permitir o escoamento de água através dele. (todos os solos são mais ou menos permeáveis)

Leia mais

CONCEITOS BÁSICOS SOBRE DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO

CONCEITOS BÁSICOS SOBRE DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI HUGO DE OLIVEIRA MELO JAIRO PAULO DE BRITO MARCIO DE SOUZA ALVES CONCEITOS BÁSICOS SOBRE DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO SÃO PAULO 2010 2 HUGO DE OLIVEIRA MELO

Leia mais

Análise da Ocupação Urbana na Bacia do Córrego dos Pires, Jahu SP e seus Impactos na Drenagem Urbana

Análise da Ocupação Urbana na Bacia do Córrego dos Pires, Jahu SP e seus Impactos na Drenagem Urbana Análise da Ocupação Urbana na Bacia do Córrego dos Pires, Jahu SP e seus Impactos na Drenagem Urbana Odeir Alves LIIDTHE 1 Dalva Maria Castro VITTI 2 José Carlos Veniziani JUNIOR 3 Resumo As inundações

Leia mais

UNEMAT Universidade do Estado de Mato Grosso. INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E PREDIAIS Professora: Engª Civil Silvia Romfim

UNEMAT Universidade do Estado de Mato Grosso. INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E PREDIAIS Professora: Engª Civil Silvia Romfim UNEMAT Universidade do Estado de Mato Grosso INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E PREDIAIS Professora: Engª Civil Silvia Romfim INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUAS PLUVIAIS 2 INTRODUÇÃO A água da chuva é um dos elementos

Leia mais

Pavimentos permeáveis: uma alternativa sustentável para redução de riscos de inundação. Mariana Marchioni

Pavimentos permeáveis: uma alternativa sustentável para redução de riscos de inundação. Mariana Marchioni Pavimentos permeáveis: uma alternativa sustentável para redução de riscos de inundação Mariana Marchioni Como interferimos no ciclo natural? Cobertura Vegetal: 95% Área Rural: 70% Área residencial: 30%

Leia mais

PAVIMENTOS PERMEÁVEIS: VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO. Juliane Vier Vieira 1. Cristhiane Michiko Passos Okawa 2

PAVIMENTOS PERMEÁVEIS: VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO. Juliane Vier Vieira 1. Cristhiane Michiko Passos Okawa 2 4 de Dezembro de 2013 ISSN 2237-8219 PAVIMENTOS PERMEÁVEIS: VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO Juliane Vier Vieira 1 Cristhiane Michiko Passos Okawa 2 Sandro Rogério Lautenschlager 3 Jesner Sereni

Leia mais

Exercícios Tipos de Chuvas e Circulação Atmosférica

Exercícios Tipos de Chuvas e Circulação Atmosférica Exercícios Tipos de Chuvas e Circulação Atmosférica 1. De acordo com as condições atmosféricas, a precipitação pode ocorrer de várias formas: chuva, neve e granizo. Nas regiões de clima tropical ocorrem

Leia mais

Sistema Hidromodular. Ecotelhado

Sistema Hidromodular. Ecotelhado Sistema Hidromodular Sistema Hidromodular Objetivo O Sistema Hidromodular tem como objetivo proporcionar a laje, uma cobertura vegetada para conforto térmico do ambiente interno e maior convívio com a

Leia mais

HIDRÁULICA APLICADA II

HIDRÁULICA APLICADA II HIDRÁULICA APLICADA II PARTE I 1 SUMÁRIO 1. GENERALIDADES 2. CICLO HIDROLÓGICO 3. BACIA HIDROGRÁFICA 5. INTERCEPÇÃO, EVAPORAÇÃO E EVAPOTRANSPIRAÇÃO 6. ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE 2 1 Originada na camada inferior

Leia mais

3º BIMESTRE 2ª Avaliação Área de Ciências Humanas Aula 148 Revisão e avaliação de Humanas

3º BIMESTRE 2ª Avaliação Área de Ciências Humanas Aula 148 Revisão e avaliação de Humanas 3º BIMESTRE 2ª Avaliação Área de Ciências Humanas Aula 148 Revisão e avaliação de Humanas 2 Tipos de vegetação Vegetação é caracterizada como o conjunto de plantas de uma determinada região. Em razão da

Leia mais

As áreas verdes, a permeabilidade do solo e a recarga de aqüíferos

As áreas verdes, a permeabilidade do solo e a recarga de aqüíferos As áreas verdes, a permeabilidade do solo e a recarga de aqüíferos Gestão de Águas Pluviais na RMBH Workshop SME Nilo Nascimento Belo Horizonte, 6 de março de 2012 As áreas verdes, a permeabilidade dos

Leia mais

ESTUDO EXPERIMENTAL DE PAVIMENTOS PERMEÁVEIS NO CONTROLE DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL NA FONTE

ESTUDO EXPERIMENTAL DE PAVIMENTOS PERMEÁVEIS NO CONTROLE DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL NA FONTE UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE PESQUISAS HIDRÁULICAS PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E VIAÇÃO ESTUDO EXPERIMENTAL DE PAVIMENTOS PERMEÁVEIS NO

Leia mais

ANEXO XIII ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS - ESTUDOS GEOTÉCNICOS

ANEXO XIII ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS - ESTUDOS GEOTÉCNICOS ANEXO XIII ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS - ESTUDOS GEOTÉCNICOS 2.2.1 - INTRODUÇÃO Os Estudos Geotécnicos foram realizados com o objetivo de conhecer as características dos materiais constituintes do subleito

Leia mais

HIDROLOGIA AULA 02. 5 semestre - Engenharia Civil. Profª. Priscila Pini prof.priscila@feitep.edu.br

HIDROLOGIA AULA 02. 5 semestre - Engenharia Civil. Profª. Priscila Pini prof.priscila@feitep.edu.br HIDROLOGIA AULA 02 5 semestre - Engenharia Civil Profª. Priscila Pini prof.priscila@feitep.edu.br 1. Bacia hidrográfica DEFINIÇÃO É a área de captação natural dos fluxos de água originados a partir da

Leia mais

CONTRIBUIÇÃO À LEGISLAÇÃO PARA O PLANEJAMENTO DA DRENAGEM URBANA. Flávio A. de O. Alves 1 ; Costa, A. R 2.

CONTRIBUIÇÃO À LEGISLAÇÃO PARA O PLANEJAMENTO DA DRENAGEM URBANA. Flávio A. de O. Alves 1 ; Costa, A. R 2. FLÁVIO, A. O. A.; COSTA, A. R. Contribuição à Legislação para o Planejamento da Drenagem Urbana. In: CONGRESSO DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO DA UFG COMPEEX, 2006, Goiânia. Anais eletrônicos do XIV Seminário

Leia mais

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo Período: 2º semestre de 2014 Docente: Priscila Borges Alves Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo Prontuário: 20.006-2 Regime de trabalho: [ X ] RDE [ ] 40h [ ] 20h Área: [ ]

Leia mais

b)condução.- O vapor d água e os aerossóis aquecidos, aquecerão por contato ou condução o restante da mistura do ar atmosférico, ou seja, o ar seco.

b)condução.- O vapor d água e os aerossóis aquecidos, aquecerão por contato ou condução o restante da mistura do ar atmosférico, ou seja, o ar seco. 4.3. Temperatura e transporte de Energia na Atmosfera ( Troposfera ).- A distribuição da energia solar na troposfera é feita através dos seguintes processos: a)radiação.- A radiação solar aquece por reflexão

Leia mais

*MODULO 1 - IDENTIFICAÇÃO. *1. Requerente Pessoa Física. Distrito Caixa Postal UF CEP DDD Telefone Fax E-mail. *2. Requerente Pessoa jurídica

*MODULO 1 - IDENTIFICAÇÃO. *1. Requerente Pessoa Física. Distrito Caixa Postal UF CEP DDD Telefone Fax E-mail. *2. Requerente Pessoa jurídica 15 - CANALIZAÇÃO E/OU RETIFICAÇÂO DE CURSO D ÁGUA 1 Definição: É toda obra ou serviço que tenha por objetivo dar forma geométrica definida para a seção transversal do curso d'água, ou trecho deste, com

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE COMPOSIÇÃO DE CONCRETO PERMEÁVEL COM AGREGADOS ORIUNDOS DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL DA REGIÃO DE CAMPINAS

DESENVOLVIMENTO DE COMPOSIÇÃO DE CONCRETO PERMEÁVEL COM AGREGADOS ORIUNDOS DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL DA REGIÃO DE CAMPINAS DESENVOLVIMENTO DE COMPOSIÇÃO DE CONCRETO PERMEÁVEL COM AGREGADOS ORIUNDOS DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL DA REGIÃO DE CAMPINAS Katrine Krislei Pereira Engenharia Civil CEATEC krisleigf@hotmail.com Resumo:

Leia mais

ESTRADAS E AEROPORTOS DRENAGEM SUPERFICIAL. Prof. Vinícius C. Patrizzi

ESTRADAS E AEROPORTOS DRENAGEM SUPERFICIAL. Prof. Vinícius C. Patrizzi ESTRADAS E AEROPORTOS DRENAGEM SUPERFICIAL Prof. Vinícius C. Patrizzi 2 DRENAGEM SUPERFICIAL DRENAGEM SUPERFICIAL OBJETIVOS INTERCEPTAR AS ÁGUAS QUE POSSAM ATINGIR A PLATAFORMA VIÁRIA E CONDUZI-LAS PARA

Leia mais

Introdução. Porto Alegre Bacia do Arroio Areia

Introdução. Porto Alegre Bacia do Arroio Areia Manejo integrado de bacias urbanas e planos diretores de drenagem urbana: Porto Alegre e Caxias do Sul - RS - Brasil Adolfo O. N. Villanueva, Ruth Tassi e Daniel G. Allasia Instituto de Pesquisas Hidráulicas

Leia mais

Utilização de Material Proveniente de Fresagem na Composição de Base e Sub-base de Pavimentos Flexíveis

Utilização de Material Proveniente de Fresagem na Composição de Base e Sub-base de Pavimentos Flexíveis Utilização de Material Proveniente de Fresagem na Composição de Base e Sub-base de Pavimentos Flexíveis Garcês, A. Universidade Estadual de Goiás, Anápolis-GO, Brasil, alexandregarces@gmail.com Ribeiro,

Leia mais

IMPACTOS DO PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS SOBRE OS RECURSOS HÍDRICOS

IMPACTOS DO PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS SOBRE OS RECURSOS HÍDRICOS IMPACTOS DO PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS SOBRE OS RECURSOS HÍDRICOS Devanir Garcia dos Santos Gerente de Uso Sustentável de Água e Solo Superintendência de Implementação de Programas e Projetos DISPONIBILIDADE

Leia mais

RELATÓRIO DE ESTÁGIO INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL-AERONÁUTICA. São José dos Campos, 17/02/ 2012.

RELATÓRIO DE ESTÁGIO INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL-AERONÁUTICA. São José dos Campos, 17/02/ 2012. INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL-AERONÁUTICA RELATÓRIO DE ESTÁGIO São José dos Campos, 17/02/ 2012. Nome do Aluno: Gabriela Nobre Pedreira da Costa 1 INFORMAÇÕES GERAIS Estagiário

Leia mais

a) 290mm; 250mm; 200mm b) 400mm; 475mm; 350mm c) 250mm; 200mm; 330mm d) 250mm; 350mm; 200mm

a) 290mm; 250mm; 200mm b) 400mm; 475mm; 350mm c) 250mm; 200mm; 330mm d) 250mm; 350mm; 200mm Engenheiro Civil 11) O quadroabaixo mostra o volume de precipitação de água da chuva no município, nos últimos sete meses. Com base nos valores apresentados, marque a opção que corresponde aos valores

Leia mais

Tanques Sépticos e Disposição de Efluentes de Tanques Sépticos

Tanques Sépticos e Disposição de Efluentes de Tanques Sépticos UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO DECIV DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Tanques Sépticos e Disposição de Efluentes de Tanques Sépticos DISCIPLINA: SANEAMENTO PROF. CARLOS EDUARDO F MELLO e-mail: cefmello@gmail.com

Leia mais

Construção de Edifícios I Instalações Sanitárias 21-26

Construção de Edifícios I Instalações Sanitárias 21-26 Construção de Edifícios I Instalações Sanitárias 21-26 6. FOSSAS SEPTICAS As fossas sépticas são unidades de tratamento primário de esgotos domésticos que detêm os despejos por um período que permita a

Leia mais

COLÉGIO MARQUES RODRIGUES - SIMULADO

COLÉGIO MARQUES RODRIGUES - SIMULADO COLÉGIO MARQUES RODRIGUES - SIMULADO Estrada da Água Branca, 2551 Realengo RJ Tel: (21) 3462-7520 www.colegiomr.com.br PROFESSOR ALUNO ANA CAROLINA DISCIPLINA GEOGRAFIA A TURMA SIMULADO: P3 501 Questão

Leia mais

Gestão Integrada de Águas Urbanas

Gestão Integrada de Águas Urbanas Recursos Hídricos na Região Sudeste: Segurança Hídrica, Riscos, Impactos e Soluções São Paulo, 20-21 de novembro de 2014 Gestão Integrada de Águas Urbanas Prof. Carlos E. M. Tucci Rhama Consultoria Ambiental

Leia mais

RESIDENCIAL SANTA MONICA MEMORIAL DESCRITIVO ANEXO I

RESIDENCIAL SANTA MONICA MEMORIAL DESCRITIVO ANEXO I RESIDENCIAL SANTA MONICA MEMORIAL DESCRITIVO ANEXO I CONTRATO N.º ANEXO I MEMORIAL DESCRITIVO DO RESIDENCIAL SANTA MÔNICA A INFRAESTRUTURA DE IMPLANTAÇÃO DO LOTEAMENTO RESIDENCIAL SANTA MONICA OBEDECERÁ

Leia mais

RESUMO DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

RESUMO DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO HIDROLOGIA I RESUMO DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1 - Introdução: Apresentação do Programa da Disciplina, Sistema de Avaliação; Conceito; Importância e Aplicação da Hidrologia (2h) 2 - Ciclo Hidrológico (2h);

Leia mais

FOSSA SÉPTICA. 1. Processos de disposição

FOSSA SÉPTICA. 1. Processos de disposição Fossa séptica 1 FOSSA SÉPTICA Em locais onde não há rede pública de esgoto, a disposição de esgotos é feita por meio de fossas, sendo a mais utilizada a fossa séptica. Esta solução consiste em reter a

Leia mais

ENCHENTES URBANAS: CAUSAS E SOLUÇÕES. Geól. Álvaro Rodrigues dos Santos (santosalvaro@uol.c0m.br)

ENCHENTES URBANAS: CAUSAS E SOLUÇÕES. Geól. Álvaro Rodrigues dos Santos (santosalvaro@uol.c0m.br) ENCHENTES URBANAS: CAUSAS E SOLUÇÕES Geól. Álvaro Rodrigues dos Santos (santosalvaro@uol.c0m.br) ENCHENTES: CAUSAS E SOLUÇÕES EM QUALQUER RAMO DA ATIVIDADE HUMANA VALE UMA LEI BÁSICA: A SOLUÇÃO DE UM PROBLEMA

Leia mais

Capitulo 99- Método do SCS (Soil Conservation Service) para várias bacias

Capitulo 99- Método do SCS (Soil Conservation Service) para várias bacias Capítulo 99 Método do SCS (Soil Conservation Service) para várias bacias 99-1 Capítulo 99- Método do SCS (Soil Conservation Service) para várias bacias 99.1 Introdução O método do SCS (Soil Conservation

Leia mais

Disciplina: Introdução à Engenharia Ambiental. 5 - Poluição e Degradação do Solo. Professor: Sandro Donnini Mancini.

Disciplina: Introdução à Engenharia Ambiental. 5 - Poluição e Degradação do Solo. Professor: Sandro Donnini Mancini. Campus Experimental de Sorocaba Disciplina: Introdução à Engenharia Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental 5 - Poluição e Degradação do Solo Professor: Sandro Donnini Mancini Setembro, 2015 Solo camada

Leia mais

Engenharia Diagnóstica

Engenharia Diagnóstica Engenharia Diagnóstica Ensaios Não Destrutivos - END Concreto Armado e Instalações PATOLOGIAS, DANOS E ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ENG. LEONARDO MEDINA ROSARIO,ESP,MBA Engenharia Diagnóstica

Leia mais

Andréa Souza Castro 1 e Joel Avruch Goldenfum 2

Andréa Souza Castro 1 e Joel Avruch Goldenfum 2 1USO DE TELHADOS VERDES NO CONTROLE QUALI-QUANTITATIVO DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL URBANO Andréa Souza Castro 1 e Joel Avruch Goldenfum 2 RESUMO Os telhados verdes são estruturas que se caracterizam pela

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE AGRONOMIA E ENGENHARIA DE ALIMENTOS SETOR DE ENGENHARIA RURAL. Prof. Adão Wagner Pêgo Evangelista

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE AGRONOMIA E ENGENHARIA DE ALIMENTOS SETOR DE ENGENHARIA RURAL. Prof. Adão Wagner Pêgo Evangelista UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE AGRONOMIA E ENGENHARIA DE ALIMENTOS SETOR DE ENGENHARIA RURAL Prof. Adão Wagner Pêgo Evangelista 3 CONDUÇÃO DE ÁGUA 3.1 CONDUTOS LIVRES OU CANAIS Denominam-se condutos

Leia mais

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LEB 1440 HIDROLOGIA E DRENAGEM Prof. Fernando Campos Mendonça

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LEB 1440 HIDROLOGIA E DRENAGEM Prof. Fernando Campos Mendonça Hidrologia e Drenagem Aula 2 1 ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LEB 1440 HIDROLOGIA E DRENAGEM Prof. Fernando Campos Mendonça SISTEMA DE DRENAGEM E PRECIPITAÇÕES (PARTE 1) 1) Sistema

Leia mais

DIMENSIONAMENTO DE TELHADOS VERDES EM UM PONTO CRÍTICO DE SANTA MARIA - RS¹

DIMENSIONAMENTO DE TELHADOS VERDES EM UM PONTO CRÍTICO DE SANTA MARIA - RS¹ DIMENSIONAMENTO DE TELHADOS VERDES EM UM PONTO CRÍTICO DE SANTA MARIA - RS¹ BINS, Fernando Henrique²; TEIXEIRA, Laís³; TEIXEIRA, Marília 4 ; RIBEIRO, Mariana 5 1 Trabalho de pesquisa_unifra ² Acadêmico

Leia mais

UMIDADES E IMPERMEABILIZAÇÕES

UMIDADES E IMPERMEABILIZAÇÕES 200888 Técnicas das Construções I UMIDADES E IMPERMEABILIZAÇÕES Prof. Carlos Eduardo Troccoli Pastana pastana@projeta.com.br (14) 3422-4244 AULA 5 o Impermeabilização é a proteção das construções contra

Leia mais

TERMO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA. Nº. 016/ 2012 CREA/MG E FUNASA Setembro/2013

TERMO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA. Nº. 016/ 2012 CREA/MG E FUNASA Setembro/2013 TERMO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA Nº. 016/ 2012 CREA/MG E FUNASA Setembro/2013 S Capacitação de Técnicos e Gestores para Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico Módulo I Sistema de Drenagem Urbana

Leia mais

Manual de Construção: Fossa ECOLÓGICA E Sumidouro

Manual de Construção: Fossa ECOLÓGICA E Sumidouro Manual de Construção: Fossa ECOLÓGICA E Sumidouro Introdução Este manual destina a fornecer informações sobre a construção e dimensionamento do sistema individual de tratamento de esgotos, especialmente

Leia mais

PODER EXECUTIVO FEDERAL. Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária do Rio Grande do Sul

PODER EXECUTIVO FEDERAL. Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária do Rio Grande do Sul PODER EXECUTIVO FEDERAL Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária do Rio Grande do Sul ESTUDO DE CONCEPÇÃO OBRA: Rede de Abastecimento de Água do Assentamento de Umbu, Piratini RS. ÍNDICE: 1.

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Engenharia Civil. Precipitações. Professora: Mayara Moraes

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Engenharia Civil. Precipitações. Professora: Mayara Moraes Pontifícia Universidade Católica de Goiás Engenharia Civil Precipitações Professora: Mayara Moraes Água da atmosfera que atinge a superfície na forma de chuva, granizo, neve, orvalho, neblina ou geada

Leia mais

DISCIPLINA: SISTEMA SANITÁRIO (2/7)

DISCIPLINA: SISTEMA SANITÁRIO (2/7) DISCIPLINA: SISTEMA SANITÁRIO (2/7) Rede de capitação, tratamento e distribuição de água Rede de drenagem de águas pluviais Rede de coleta e tratamento de esgoto Serviço de coleta e tratamento de resíduos

Leia mais

Principais ações desenvolvidas pela empresa

Principais ações desenvolvidas pela empresa AÇÕES DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL DESENVOLVIDAS PELA JCGONTIJO Principais ações desenvolvidas pela empresa 1. Re- uso de água 2. Adoção de tecnologias limpas em seus produtos 3. Financiamento de planos

Leia mais

CAPACIDADE TÉRMICA E CALOR ESPECÍFICO 612EE T E O R I A 1 O QUE É TEMPERATURA?

CAPACIDADE TÉRMICA E CALOR ESPECÍFICO 612EE T E O R I A 1 O QUE É TEMPERATURA? 1 T E O R I A 1 O QUE É TEMPERATURA? A temperatura é a grandeza física que mede o estado de agitação das partículas de um corpo. Ela caracteriza, portanto, o estado térmico de um corpo.. Podemos medi la

Leia mais

GENERALIDADES SOBRE PAVIMENTOS

GENERALIDADES SOBRE PAVIMENTOS GENERALIDADES SOBRE PAVIMENTOS Pavimento x outras obras civis Edifícios: Área de terreno pequena, investimento por m 2 grande FS à ruptura grande Clima interfere muito pouco no comportamento estrutural

Leia mais

Curso de Gestão de Águas Pluviais

Curso de Gestão de Águas Pluviais Curso de Gestão de Águas Pluviais Capítulo 5 Prof. Carlos E. M. Tucci Prof. Dr. Carlos E. M. Tucci Ministério das Cidades 1 Cap5 Plano Diretor de Águas Pluviais A gestão das águas pluviais dentro do município

Leia mais

Sistema Laminar. Ecotelhado

Sistema Laminar. Ecotelhado Sistema Laminar Ecotelhado 2 Especificação O Sistema Modular Laminar Ecotelhado é o conjunto dos seguintes elementos: Membrana Ecotelhado de Proteção Anti-Raízes Membrana Ecotelhado de Retenção de Nutrientes

Leia mais

DISCIPLINA: SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E SANEAMENTO PROFESSOR: CÁSSIO FERNANDO SIMIONI

DISCIPLINA: SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E SANEAMENTO PROFESSOR: CÁSSIO FERNANDO SIMIONI ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

Leia mais