CONCEITOS BÁSICOS SOBRE DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CONCEITOS BÁSICOS SOBRE DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI HUGO DE OLIVEIRA MELO JAIRO PAULO DE BRITO MARCIO DE SOUZA ALVES CONCEITOS BÁSICOS SOBRE DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO SÃO PAULO 2010

2 2 HUGO DE OLIVEIRA MELO JAIRO PAULO DE BRITO MARCIO DE SOUZA ALVES CONCEITOS BÁSICOS SOBRE DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Graduação do Curso de Engenharia Civil da Universidade Anhembi Morumbi. Orientador: Profº MSc. José Carlos de Melo Bernardino SÃO PAULO 2010

3 3 HUGO DE OLIVEIRA MELO JAIRO PAULO DE BRITO MARCIO DE SOUZA ALVES CONCEITOS BÁSICOS SOBRE DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Graduação do Curso de Engenharia Civil da Universidade Anhembi Morumbi. Trabalho em: de de Profº MSc. José Carlos de Melo Bernardino Profº MSc. Maurício Cabral Comentários:

4 4 A natureza trabalha em silêncio e não se defende, mas se vinga. Autor desconhecido

5 5 AGRADECIMENTOS A Deus pela saúde, paz de espírito e força que nos permitiu concluir mais esta fase de nossas vidas. A todo o corpo docente da Universidade Anhembi Morumbi pelo enriquecimento acadêmico e pessoal que nos proporcionaram em especial ao professor José Carlos de Melo Bernardino, pela competente orientação e auxílio na elaboração deste trabalho. As nossas companheiras Ana Nery Batista, Denise Portela e Eliandra Melo, pela paciência durante as muitas horas de ausência e apoio total nos momentos mais difíceis desta jornada. Aos nossos familiares pelo incentivo, formação e educação que nos tornaram homens dignos e pessoas de bem. Aos amigos de turma que durante esses anos de graduação tornaram os momentos em que permanecemos juntos mais agradáveis, em especial a Luciene Lisboa, Mauricio Toda, Eliezer Gomes, Paula Alves e Roberta Signorini. Aos funcionários da Coordenadoria de Combate as Enchentes e Prevenção em áreas de Risco da prefeitura de Osasco, em especial o coordenador Delcides Regatieri e a secretária Elza Maria pela disposição de materiais para pesquisa.

6 6 RESUMO Os grandes centros urbanos têm enfrentado problemas causados pelas inundações que atingem níveis cada vez maiores, sejam eles financeiros ambientais ou relacionados à saúde publica. Para que se possa resolver ou, pelo menos, mitigar estes problemas é de extrema importância a realização de estudos que apresentem alternativas de combate às inundações. Este trabalho tem o objetivo de apresentar uma alternativa que vem sendo muito utilizado na Região Metropolitana de São Paulo, o reservatório de detenção. Para atingir tal objetivo foi feita a revisão bibliográfica, onde foram apresentados cálculos de estudos hidrológicos e alguns métodos de estimativa de volume do reservatório. Como estudo de caso utilizouse o reservatório do Jardim Bonança em Osasco. Por fim foi feita uma comparação entre o método de cálculo utilizado pela projetista e outros apresentados pelos autores na revisão bibliográfica. PalavrasChave: Drenagem Urbana; Inundações; Reservatório de Detenção.

7 7 ABSTRACT The big urban centers have been affected for problems caused by the floods. These problems have reached bigger levels each day and they could be financial environment problems or heath public problem. The way to solve or reduce the flood is extremely important to develop researches that show us alternatives against the flood problems. The purpose of this work is introducing an alternative that has been used in the Metropolitan Area of São Paulo, the detention reservoir. To achieve this objective, it was made a bibliographic review with calculus of hydrological studies and some estimation methods of store volume. It was used the reservoir of Jardim Bonança in Osasco, São Paulo. At last, it was made a comparing between the method of calculation applied by the designer and others methods applied by the authors in the bibliographic review. Keywords: Urban Drainage; Flooding; Detention Reservoir.

8 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura Exemplo de inundação ribeirinha do rio Cuiabá Figura Hidrograma de vazão após urbanização Figura Lixo acumulado nas ruas após chuva Figura Valas de infiltração Figura Blocos vazados Figura Canal canalizado Figura Soleira em canal Figura Exemplo de medição de chuva unitária Figura Efeito da proporcionalidade das vazões no hidrograma unitário Figura Hidrograma triangular do método racional Figura Características do Hidrograma Figura Piscinão in line Figura Piscinão off line Figura Esgoto doméstico lançado em córrego Figura Lixo e sedimento acumulados no reservatório Inhumas Figura Hidrograma de entrada e saída de um reservatório Figura Hidrograma Triangular Simplificado Figura Localização do reservatório do Jd. Bonança Figura Entorno do reservatório do Jd. Bonança Figura Visão geral do reservatório Figura Hidrograma afluente e efluente para TR=100 anos Figura Hidrograma de cheia para método racional TR 25 anos Figura Hidrograma de cheia para método racional para TR 100 anos Figura Hietograma de chuva excedente para TR 25 anos SCS Figura Hietograma de chuva excedente para TR 100 anos SCS Figura Hidrograma unitário sintético Figura Hidrograma Vazão x Tempo TR 25 anos Método SCS Figura Hidrograma Vazão x Tempo TR 100 anos Método SCS... 62

9 9 LISTA DE TABELAS Tabela 5.1 Dados para equações de chuva idf Tabela 5.2 Período de retorno para diferentes ocupações de áreas Tabela 5.3 Coeficientes " C V " Tabela 5.4 Coeficiente de escoamento superficial direto Tabela 5.5 Características do solo segundo o SCS Tabela 5.6 Valores de CN em função da cobertura e do tipo hidrológico de solo (Condição II de umidade) Tabela 8.1 Resumo dos resultados... 63

10 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OBJETIVOS Objetivo Geral Objetivo Específico MÉTODO DE TRABALHO JUSTIFICATIVA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Conceitos Básicos sobre Inundações Crescimento urbano e histórico de inundações Inundações ribeirinhas Inundações devido à urbanização Sistemas de drenagem Medidas de controle (estruturais e nãoestruturais) Conceitos gerais sobre hidrologia Chuvas Intensas Período de Retorno Tempo de Concentração Escoamento Superficial Direto (ESD) Hidrograma Unitário Método Racional Método do Soil Conservation Service (SCS) Reservatórios de detenção (Piscinões) Conceito de reservatório de detenção Reservatórios de detenção e o meioambiente Métodos de dimensionamento do volume dos reservatórios de detenção... 43

11 Manutenção e operação ESTUDO DE CASO Conceituação Geral do Empreendimento Bacia do alto Tietê Plano Diretor de Macrodrenagem do Alto Tietê Localização e caracterização hidrográfica Município de Osasco Caracterização da subbacia do córrego Bonança Concepção Geral do Reservatório Número de curva e chuvas intensas Dimensionamento do reservatório ANÁLISE DOS RESULTADOS Método Racional Método Soil Conservation Service (SCS) CONCLUSÕES REFERÊNCIAS... 65

12 12 1 INTRODUÇÃO A drenagem surgiu como um complemento à irrigação, porém evoluiu para trabalhos mais específicos como a recuperação de grandes áreas alagadas, regular a umidade no solo e desviar a água de locais destinados a construções. Os sistemas primitivos de drenagem se resumiam em valas a céu aberto que atravessavam terras. Com o tempo surgiu a idéia de se construir dutos cobertos para a drenagem das cidades que surgiram nas civilizações não nômades. Entre o século XVI e XVIII, houve uma transição muito grande caracterizada pela pavimentação das ruas e canalização de canais de drenagem para escoar os detritos indesejáveis das ruas para os rios e lagos. E assim surgiram os córregos e verdadeiros esgotos a céu aberto, contaminando fontes e poços. Até o século XIX a drenagem urbana era realizada de forma isolada e precária, porém na Europa começou a surgir uma preocupação em promover uma melhora no sistema com o conceito Higienista no qual era promovida a retirada rápida das águas de um local por meio da canalização, de preferência por via subterrânea. Apesar do conceito de rápido afastamento das águas ser uma maneira eficiente para o que se destina, causa danos para os locais a jusante provocando inundações pelo aumento do pico de vazão. Com relação à macrodrenagem, as situações críticas vêm a tona sempre que uma chuva de forte intensidade atinge uma região urbana, agravadas pelo crescimento populacional desordenado, em especial para as áreas de várzea. A necessidade de reter os volumes excedentes levou ao desenvolvimento de soluções que retornassem o meio urbano às mesmas condições de antes da ocupação das bacias, e assim surge um novo conceito de gestão sustentável, em que a ocupação urbana deve priorizar os mecanismos naturais de escoamento, neste caso a infiltração. Com o intuito de aumentar a infiltração existem inúmeras soluções tais como trincheiras de infiltração e pavimentos permeáveis.

13 13 Outra alternativa é aumentar o tempo de concentração da bacia através de mecanismos artificiais que simulam a condição natural da bacia ou algo próximo disso. A solução que vem sendo empregada para tal fim são os reservatórios de detenção, também conhecidos como piscinões. Estes reservatórios auxiliam no amortecimento dos picos de cheia durante eventos hidrológicos extremos, promovendo a detenção dos grandes volumes de escoamento superficial direto. No presente trabalho, serão apresentados os métodos básicos para dimensionamento dos volumes dos reservatórios de detenção, bem como as vantagens e desvantagens da aplicação desta solução para combater às cheias urbanas. O trabalho apresenta ainda o estudo de caso, do Reservatório de Detenção Bonança, localizado na região metropolitana de São Paulo. Neste estudo foi demonstrada a análise de viabilidade de instalação, os critérios para definição do modelo e os estudos hidrológicos realizados para o mesmo.

14 14 2 OBJETIVOS Este trabalho tem como objetivo avaliar os métodos empregados para escoamento de águas pluviais em regiões densamente habitadas, apresentando conceitos atuais para amenizar os problemas das inundações. 2.1 Objetivo Geral O objetivo geral deste trabalho é apresentar os conceitos gerais sobre os métodos empregados para escoamento de águas pluviais em grandes centros urbanos. Especial atenção é dada ao princípio de detenção do escoamento superficial direto na bacia hidrográfica, com intuito de reduzir os picos de cheia nos cursos d água principais. 2.2 Objetivo Específico Este trabalho tem como objetivo específico apresentar os conceitos básicos utilizados para dimensionamento de reservatórios de detenção, e um estudo sobre o reservatório de detenção Jardim Bonança, construído, na subbacia do Córrego Bonança, localizado no município de Osasco SP.

15 15 3. MÉTODO DE TRABALHO Para elaboração deste trabalho foi realizada uma revisão bibliográfica baseada em livros, apostilas, anais e periódicos, além de visitas a sites de empresas especializadas e entidades de pesquisa. O intuito da revisão bibliográfica foi o de apresentar o maior número de informações sobre os conceitos de drenagem urbana, controle de enchentes e inundações, buscando uma boa base teórica que visa o entendimento da evolução do problema, para após isso ter condições de analisar criticamente as técnicas utilizadas para minimização dos prejuízos causados por estas inundações. Em seguida iniciouse a análise de um projeto, cedido pela empresa DRENATEC Engenharia S/C Ltda, para implantação do reservatório de detenção no Jardim Bonança, construído na subbacia do Córrego Bonança, no município de Osasco SP. Através deste projeto e de uma visita ao reservatório foi possível analisar as condições do local e os critérios utilizados pelos projetistas, no que diz respeito aos estudos hidrológicos aplicados nos estudos de drenagem urbana. Realizouse uma pesquisa para obter informações sobre os dados históricos da bacia hidrográfica. Foram demonstrados ao longo do trabalho alguns cálculos e explicitadas formulações utilizadas para estes tipos de obras o que proporcionou entendimento para composição deste trabalho e obtenção de dados para poder comparálos com a bibliografia existente.

16 16 4. JUSTIFICATIVA Algumas cidades pelo mundo, devido a fatores sócioculturais, se instalaram e cresceram de forma desordenada nas regiões de várzeas dos rios. Esse tipo de instalação aliada ao desenvolvimento urbano, fez com que estas regiões de várzeas se tornassem palco de grandes inundações, as quais trazem consigo grandes prejuízos para a população e muito desgaste para o poder público, que sempre é o alvo das criticas. Quando se faz uma análise histórica da região metropolitana de São Paulo, notase que os problemas relacionados às inundações não surgiram nos últimos anos, e que na verdade estes problemas cresceram junto com a cidade. A história mostra que a resolução deste antigo problema não dependerá de uma obra somente, mas de um conjunto de medidas estruturais e não estruturais que aplicadas no longo prazo, possam diminuir o impacto que as enchentes trazem a cidade a um custo menor que o prejuízo causado por elas (TUCCI, 1997). Dentro desta perspectiva, foram iniciados estudos para implantação de novas obras estruturais, que tivessem como intuito amortecer os picos de vazão e aumentar o tempo de escoamento das águas pluviais. Desta forma foi resgatado o conceito do engenheiro Saturnino de Brito, que em 1925 projetou reservatórios de detenção a serem implantados junto ao rio Tietê na capital de São Paulo. Os quais por motivos desconhecidos não foram executados, porém o conceito de reservatórios que detém a água de escoamento superficial é muito antigo, havendo relatos de seu uso pelos povos da antiguidade. No Brasil, a primeira obra estrutural a ser realizada dentro dos novos conceitos de aumentar o tempo de concentração, evitando as inundações à jusante, foi construída em 1992 no bairro do Pacaembu, em frente à Praça Charles Miller, com condições de armazenar m³ de água de chuva e o objetivo de conter as inundações na Avenida Pacaembu, o que foi obtido com sucesso e plenamente aceito pela comunidade, pois este é totalmente coberto pela praça que foi mantida após a conclusão.

17 17 A partir da iniciativa bem sucedida, foram implantados vários reservatórios na capital e região metropolitana de São Paulo (RMSP). Deste modo, regiões antes assoladas pelo problema das inundações devido à urbanização têm neste momento seus problemas amenizados. Apesar de seu relativo sucesso o impacto com a implantação causa uma má impressão, além de críticas, com relação ao cheiro e o acúmulo de lixo após a ocorrência de chuvas. Porém, o perfeito funcionamento destas obras exige que exista uma operação constante de manutenção e limpeza a fim de manter os valores utilizados em projeto, como cotas, área inundável e os orifícios de entrada e saída. Outro ponto a ser inserido no plano de drenagem urbana ideal é a implantação de medidas nãoestruturais, que em termos econômicos são bem mais vantajosas e não influem diretamente no meioambiente com grandes obras.

18 18 5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 5.1 Conceitos Básicos sobre Inundações Crescimento urbano e histórico de inundações As inundações dos rios são fenômenos naturais que sempre existiram, e todo o desenvolvimento histórico da humanidade se deu envolto a convivência com eles. À medida que as cidades foram crescendo os problemas causados pelas inundações se tornaram cada vez mais graves, pois além das cheias naturais, os rios sofrem com a retificação dos seus meandros e com a grande quantidade de lixo e detritos que são lançados em seu leito. Registros históricos relatam, que há mais de 3000 anos no Egito as pessoas já planejavam a ocupação do espaço de inundação (TUCCI, 2006). Ainda segundo Tucci, outro exemplo de convivência com as inundações é o da Igreja Católica que sempre construía seus prédios em cotas mais altas, livres dos riscos de inundação. No Brasil podese citar o exemplo do Rio Itajaí em Santa Catarina onde se registra uma serie de inundações desde Sendo que a maior delas em 1880 com 17,10m. No período entre 1911 e 1982 não foi registrada nenhuma inundação com cota superior a 12,90m. Tal fato fez com que a população perdesse a memória dos eventos e voltasse a ocupar o vale de inundação. Até que em 1983 ocorreu uma nova inundação que chegou a cota de 15,34m e atingiu toda a população que habitava a região dos vales de inundação. As enchentes em áreas urbanas são consequência de dois processos, que ocorrem isoladamente ou de forma integrada: inundações ribeirinhas e inundações devido à urbanização (TUCCI, 1995).

19 Inundações ribeirinhas Os rios possuem dois leitos, um menor, por onde correm as águas normalmente e outro maior o qual é ocupado quando a capacidade do primeiro é superada. De acordo com Tucci (1995), as inundações ribeirinhas ocorrem quando as águas dos rios ocupam o seu leito maior. Este é um processo natural e se dá com a ocorrência de chuvas de maior intensidade que causam aumento do volume dos rios, conforme ilustrado na Figura O leito maior do rio, também, conhecido como várzeas do rio ou planícies de inundação, muitas vezes em função do desconhecimento ou falta de planejamento acabam sendo utilizadas para a implantação de corredores viários, indústrias, comércios e residências. Figura Exemplo de inundação ribeirinha do rio Cuiabá Fonte: Vergueiro (2010) Quando não há ocupação urbana, as várzeas dos rios fazem o controle natural do escoamento superficial direto amortecendo os picos de inundação e promovendo a infiltração. No caos da ocupação urbana da região ribeirinha, além do problema da inundação na época de cheias do rio, o solo impermeabilizado ainda contribui com o aumento do volume de água a ser escoado.

20 20 Segundo Tucci (1995), como estas inundações ocorrem com um tempo de retorno longo, a população acaba por menosprezar o perigo e volta ocupar regiões com alto risco de inundações, e esta falsa segurança é corroborada pelo fato de que o poder público realiza obras hidráulicas com o intuito de conter as enchentes. Entretanto, sempre que volta a ocorrer uma chuva de grandes proporções, os mesmos problemas voltam a acontecer Inundações devido à urbanização O processo de urbanização das bacias hidrográficas provoca diversas alterações no processo natural de drenagem destas bacias e, consequentemente, favorece a ocorrência de inundações com maior frequência. Dentre as alterações provocadas pela ocupação urbana, podese citar como as mais relevantes: a impermeabilização do solo, o transporte das águas excedentes de chuva por galerias e canais artificiais e o aumento da produção de resíduos sólidos. Com o aumento da impermeabilização do solo a sua capacidade de infiltração fica prejudicada, e com isso há um aumento do volume de água que escoa na superfície. Os sistemas convencionais de drenagem urbana prevêem a utilização de sarjetas, galerias e canais de drenagem, cujo objetivo principal é promover o esgotamento das águas excedentes de chuva o mais rápido possível. Este conceito de drenagem aponta um sério problema, pois reduz significativamente o tempo de concentração da bacia, aumentando os picos de cheia nos canais de drenagem, um exemplo gráfico é apresentado na Figura Figura Hidrograma de vazão após urbanização Fonte: Notas de aulas Sistemas Hidráulicos Urbanos (2010)

21 21 Conforme Tucci (2006), durante o processo de urbanização podem ser observados três fases de produção de sólidos totais = (sedimentos + resíduos sólidos): Fase 1 Acontece a retirada da proteção natural do solo, o qual com incidência das chuvas ficam submetidos ao processo erosivo e como consequência o aumento da produção de sedimentos; Fase 2 Com parte da população acomodada, ainda é possível observar movimentações de terra para a construção de novas residências; Fase 3 Com a consolidação da urbanização na bacia, outro problema que surge é a produção de lixo, que com as chuvas seguem até os bueiros e galerias e obstruem as seções, impedindo o escoamento das águas e provocando inundações, na Figura 5.1.3, é possível observar o acúmulo de lixo nas ruas da cidade após uma chuva. Figura Lixo acumulado nas ruas após chuva Fonte: Conceição (2008) De acordo com Tomaz (2008) a quantidade de resíduos varia enormemente de local para local, para o Brasil uma média aproximada de 2% de todo o resíduo urbano vai acabar nas galerias de águas pluviais.

22 Sistemas de drenagem A existência de grandes áreas impermeáveis no meio urbano dificulta a infiltração das águas pluviais, ocasionando o aumento do volume de escoamento superficial e a ocorrência de cheias urbanas. Os sistemas de drenagem são soluções que contribuem para o restabelecimento do equilíbrio hídrico natural. De uma maneira geral, as águas decorrentes da chuva (coletadas nas vias públicas por meio de bocasdelobo e descarregadas em condutos subterrâneos) são lançadas em cursos d água naturais, no oceano, em lagos ou, no caso de solos bastante permeáveis, esparramadas sobre o terreno por onde infiltram no subsolo. Parece desnecessário dizer que a escolha do destino da água pluvial deve ser feita segundo critérios éticos e econômicos, após análise cuidadosa e criteriosa das opções existentes. De qualquer maneira, é recomendável que o sistema de drenagem seja tal que o percurso da água entre sua origem e seu destino seja o mínimo possível. Além disso, é conveniente que esta água seja escoada por gravidade. Porém, se não houver possibilidade, podese projetar estações de bombeamento para esta finalidade (CARDOSO NETO, 2010). Cesar Neto (2010) considera que a drenagem não é simplesmente um problema hidráulico, como normalmente é considerada e tratada, mas sim um problema urbano que demanda uma visão ampla sobre o processo de urbanização do qual faz parte integrante. Tucci (1995) define os sistemas de drenagem como: na fonte, microdrenagem e macrodrenagem. O escoamento localizado em lotes, estacionamentos, condomínios ou empreendimentos individualizados definem a drenagem na fonte, que tem o princípio de aumentar a área de infiltração através de poços e bacias de infiltração, trincheiras de infiltração e pavimentos permeáveis, conforme ilustrado nas Figuras e

23 23 Figura Valas de infiltração Fonte: Notas de Aulas Sistemas Hidráulicos Urbanos (2010) Figura Blocos vazados Fonte: Notas de Aulas Sistemas Hidráulicos Urbanos (2010) A microdrenagem é projetada para atender à drenagem de precipitações com risco moderado pelo sistema de condutos pluviais ou canais pertencentes à rede primária urbana, e têm como seus componentes os pavimentos da vias públicas, as guias, sarjetas, bocas de lobo, galerias pluviais condutos forçados e estações de bombeamento. A sua função é retirar a água da chuva do pavimento e das vias públicas, evitando alagamentos e oferecendo segurança para motoristas e pedestres. Ainda segundo o autor, em áreas maiores que 2km² e com sistemas coletores diferentes da microdrenagem aplicase a macrodrenagem, que pode ser definida como um conjunto

24 24 de ações estruturais e não estruturais destinadas a controlar cheias para evitar inundações e suas consequências. A macrodrenagem pode ter duas diretrizes, o afastamento rápido das águas através de melhorias e retificações nos canais e canalizações, conforme ilustrado pela Figura 5.1.6, ou amortização dos hidrogramas de cheias, através dos reservatórios de detenção ou retenção e retenção no canal através de soleiras, conforme Figura Figura Canal canalizado Fonte: Notas de Aulas Sistemas Hidraúlicos Urbanos (2010) Figura Soleira em canal Fonte: Notas de Aulas Sistemas Hidráulicos Urbanos (2010)

25 Medidas de controle (estruturais e nãoestruturais) Tucci (2006) apresenta medidas de correção ou prevenção que visam reduzir os danos causados pelas inundações, essas medidas são classificadas como medidas estruturais ou nãoestruturais. As medidas de controle estruturais consistem em grandes obras de engenharia tais como: Controle de erosão do solo: Durante o processo de urbanização as obras de movimentação de terra deixam o solo exposto a ação abrasiva dos ventos e da água tornando esses locais mais vulneráveis a erosão aumentando o transporte e a sedimentação do solo podendo provocar o assoreamento da seção e conseqüentemente afetando a freqüência e a intensidade das inundações. A presença de uma boa cobertura florestal é de grande importância para o controle do processo de erosão, como também a construção de pequenos reservatórios e estabilização das margens; Modificações no rio: As modificações na morfologia do rio visam aumentar a vazão para um mesmo nível com o intuito de reduzir o número de ocorrências. Há duas maneiras de obter este resultado, a primeira seria pelo aumento da seção transversal e o segundo pelo aumento da velocidade. Reservatórios: Quando os canais não suportam o volume das águas os reservatórios podem reter parte do volume das enchentes, controlando as cheias a jusante e impedindo o extravasamento das calhas dos rios. Após o período das altas vazões o volume retido para controle de cheias, deve ser liberado. As medidas estruturais não resolvem completamente os problemas causados pelas inundações. Para que se chegasse a esse ponto, elas deveriam ser projetadas para a maior enchente possível, o que não é viável economicamente. Dessa forma deve ser utilizado um plano integrado para controle de inundações, que considere também a implantação das chamadas medidas não estruturais. Estas medidas têm como objetivo promover uma melhor convivência da população com as inundações, através de medidas educacionais e de planejamento. Podem ser utilizadas em conjunto

26 26 com as medidas estruturais ou separadamente e podem ser agrupadas em: zoneamento das áreas de inundação através de regulamentação do uso da terra, construções à prova de enchentes, seguro contra enchentes, previsão e alerta de inundação. Construção a prova de enchente, é definida como um conjunto de medidas projetadas para reduzir as perdas de prédios localizados nas várzeas de inundação durante a ocorrência de cheias. Seguro de enchente permite aos indivíduos ou empresas a obtenção de uma proteção econômica para as perdas decorrentes dos eventos de inundação. Previsão e alerta é um sistema composto de aquisição de dados em tempo real, transmissão de informação para um centro de análise, previsão em tempo atual com modelo matemático e Plano de Defesa Civil que envolve todas as ações individuais ou de comunidade para reduzir as perdas durante as enchentes. A combinação destas medidas permite reduzir os impactos de cheias e melhorar o planejamento de ocupação da várzea TUCCI (2006, pg.76). 5.2 Conceitos gerais sobre hidrologia Chuvas Intensas Chuvas intensas são aquelas que registram um grande volume de água precipitado em um curto espaço de tempo, para o dimensionamento de obras hidráulicas em geral é necessário conhecer as características dessas chuvas. Para conhecer as características das chuvas são utilizados os pluviômetros e os pluviógrafos. O pluviômetro é o aparelho que mede a altura de água precipitada sobre uma superfície horizontal durante um período de 24 horas. O pluviógrafo é utilizado para determinar a variação temporal da água precipitada, a intensidade de chuva, registrada no dia, na semana ou no mês.

27 27 Com os resultados obtidos através de medidas de campo é possível estabelecer as equações de chuvas intensas, também conhecidas como equações IDF (intensidade duração freqüência). As equações IDF permitem definir as chuvas de maior intensidade que se pode esperar para uma dada frequência, a partir dessas definições as estruturas hidráulicas de combate as cheias são dimensionadas, as quais podem ser obtidas com o uso da Eq. 1, com os parâmetros apresentados na Tabela 5.1. Onde: i = é a intensidade média da chuva, em mm/hora; t = duração da chuva, em minutos; Tr = período de recorrência, em anos; = ( ) ( ) (Eq. 1) Tabela 5.1 Dados para equações de chuva idf LOCAL K M to N São Paulo 3462,7 0, ,025 Curitiba , ,150 Rio de Janeiro , ,740 Fonte: Notas de aula disciplina de Sistemas Hidráulicos Urbanos, Período de Retorno De acordo com Tomaz (2002), quando um evento hidrológico é igualado ou superado pelo menos uma vez, este tempo médio caracteriza o tempo de retorno. Conforme Righeto (1998 apud Tomaz, 2002) é um parâmetro fundamental para a avaliação e projeto de

28 28 sistemas hídricos. Na Tabela 5.2 encontramse alguns valores típicos de período de retorno utilizados em projetos de drenagem. Tabela 5.2 Período de retorno para diferentes ocupações de áreas TIPOS DE OBRAS OCUPAÇÃO DO SOLO PERÍODO DE RETORNO (Anos) MicroDrenagem Residencial 2 MicroDrenagem Comercial 5 MicroDrenagem Edifícios Públicos 5 MicroDrenagem Aeroportos 25 MicroDrenagem Comercial, artéria de tráfego 5 a 10 MacroDrenagem Áreas comerciais e residenciais MacroDrenagem Área de importância especifica 500 Fonte: Tomaz, 2002 apud Porto, 1995 Apesar da importância da definição do período de retorno, são muitas variáveis dentro desta estimativa que impedem a utilização somente de uma tabela que possa ser aceita amplamente, desta forma, projetistas realizam uma análise de cada local e suas variantes até se chegar a um valor final para ser utilizado como período de retorno. O período de retorno (TR) pode ser obtido através da Eq. 2: = (Eq. 2) p = probabilidade de ocorrência de um evento Em um primeiro momento, existe a percepção de que para não se enfrentar em um período curto de tempo, problemas com uma nova inundação poderiam adotar um período de retorno alto, diminuindo desta forma a probabilidade de novas ocorrências. Por outro lado quanto maior o período de retorno mais custoso será o valor empregado na realização do empreendimento devido a sua magnitude.

29 29 Por outro lado, Zahed e Marcellini (1995), concluíram através de estudos gráficos de variação da vazão de projeto com o período de retorno, que nem sempre a escolha de um período de retorno maior levará a uma elevação no custo da obra de mesma proporção. Sendo assim, sempre deverá haver uma dose extra de bom senso e responsabilidade para projetos de drenagem urbana, inclusive...para obras de drenagem a FCTH e a PMSP nas diretrizes básicas para projetos de drenagem urbana no município de São Paulo adotou o período de retorno de 100 anos, como o mais recomendado (Tomaz, 2002) Tempo de Concentração De acordo com Tomaz (2002), existem duas definições possíveis para tempo de concentração. A primeira é a de que tempo de concentração é o tempo necessário para que toda a bacia contribua para o escoamento superficial. Outra definição é que tempo de concentração é o tempo que uma gota leva para percorrer o caminho do ponto mais distante até o trecho considerado da bacia. A água de uma bacia pode ser transportada de três maneiras: através de escoamento superficial, por escoamento de tubos ou por escoamento em canais incluso sarjetas. Para a determinação do valor do tempo de concentração podese utilizar o modelo cinemático, que consiste em dividir a bacia em trechos homogêneos e calcular a velocidade do escoamento em cada um deles conforme a Eq. 3: = (Eq. 3) onde, tc = tempo de concentração, em segundos; L i = comprimento de cada trecho, em metros;

30 30 V i = velocidade de escoamento no trecho, em metros por segundo. Podese dividir o escoamento em duas parcelas: Escoamento em superfícies e calhas rasas, em que se calcula a velocidade com a Eq. 4: Com declividade S(%) e Cv conforme tabela (5.2). =, (Eq. 4) Tabela 5.3 Coeficientes " C V " Ocupação do solo C v Florestas densas 0,075 Campos naturais pouco cultivados 0,135 Gramas ou pastos ralos 0,210 Solos quase nus 0,300 Canais gramados 0,450 Escoamento em lâmina sobre pavimentos 0,600 Fonte: Notas de aula da disciplina de Sistemas Hidráulicos Urbanos, 2010 Escoamento no talvegue do curso d água principal pode ser obtido com a Eq. 5: =.. (Eq. 5) Com, V (m/s), raio hidráulico R h (m), declividade do canal S (m/m), número de Manning n. Não se deve confiar em apenas uma forma de cálculo, mas sim conferir com outras equações os resultados obtidos. Para estes casos é possível utilizar outras equações do modelo empírico, como por exemplo, as equações de Kirpich e Dooge, que são apresentadas a seguir. Equação de Kirpich (California Culverts Practice) A grande vantagem desta fórmula é a fácil obtenção dos dados, isto é, o comprimento do talvegue e a diferença de nível H Porto (1993 apud Tomaz, 2002). Neste caso o tempo

31 31 de concentração é calculado pela Eq. 6, utilizada para áreas menores que 0,5 Km² e os resultados são dados em minutos. =., (Eq. 6) Com o comprimento de talvegue L (km), diferença de elevação entre o ponto mais remoto da bacia e a seção principal H (m). Equação de Dooge Foi determinada com dados de dez bacias rurais da Irlanda, com áreas na faixa de 140 a 930 km². Seus parâmetros refletem o comportamento de bacias médias e escoamento predominante em canais (Porto, 1995). O cálculo da equação de Dooge e realizado através da Eq. 7, e é dado em minutos. Com, área da bacia A (km 2 ) e declividade da bacia S (m/m). =,., (Eq. 7), Escoamento Superficial Direto (ESD) Para Tucci (1995), o escoamento superficial direto também pode ser chamado de precipitação excedente e é caracterizado pela porção de chuva que escoará superficialmente pela bacia. Nos projetos de drenagem urbana este dado se torna importante, pois a partir dele que os aparelhos urbanos serão dimensionados para proporcionar o escoamento da água para os cursos de água, evitando enxurradas e inundações. O processo de impermeabilização do solo, que é consequência da urbanização, altera em muito a parcela de chuva que normalmente comporia o escoamento superficial, desta forma tornase necessário a prática de métodos empíricos para que se obtenha um valor de projeto para o escoamento superficial direto.

32 32 Dentre os diversos métodos disponíveis na bibliografia que permitem avaliação do Escoamento Superficial Direto (ESD) a partir de dados de chuva, dois em especial merecem atenção: método Racional e o Soil Conservation Service (SCS), ambos utilizados em projetos de Engenharia Hidrograma Unitário Segundo Canholi (2005), o hidrograma unitário é utilizado como uma função de transformação para converter um hietograma de chuva excedente em hidrograma de chuva de projeto. Tratase do hidrograma resultante de um escoamento superficial de volume unitário, sendo este decorrente da chuva unitária, que corresponde à altura pluviométrica e duração unitária, como exemplo citase uma chuva com altura unitária de 10 mm e duração unitária de 1 hora para determinada bacia, conforme ilustrado na figura Figura Exemplo de medição de chuva unitária A teoria do hidrograma unitário baseiase em três princípios: Para chuvas de iguais durações, as durações dos escoamentos superficiais correspondentes são iguais;

33 33 Duas chuvas de mesma duração, mas com volumes escoados diferentes, resultam em hidrogramas cujas ordenadas são proporcionais aos correspondentes volumes escoados; Considerase que as precipitações anteriores não influenciam a distribuição no tempo do escoamento superficial de uma dada chuva. Conhecido o hidrograma da bacia, é possível demonstrar que chuvas de mesma intensidade e mesma duração geram hidrograma com tempos de pico e durações iguais, sendo que as vazões estarão na mesma proporção das chuvas efetivas, conceito que pode ser observado na figura Figura Efeito da proporcionalidade das vazões no hidrograma unitário Método Racional O método racional é um método indireto e normalmente utilizado para o cálculo de vazão de pico em pequenas bacias urbanas 1. Devido sua simplicidade e resultados satisfatórios, desde que seja aplicado dentro das condições de validade, este método é bem aceito nos meios especializados. A Eq. 8 define o método racional: 1 Há uma divergência entre os hidrólogos sobre qual dimensão caracterizaria o termo pequena bacia, e no que se podem observar os valores ficam entre 1km² a 2km².

34 34 =, (Eq. 8) Onde: Qp = Vazão de pico em m³/s; C = Coeficiente adimensional, relacionado para diferentes ocupações do terreno conforme Tabela 5.4; I = Intensidade média da chuva em mm/h; A = Área da bacia em km². Tabela 5.4 Coeficiente de escoamento superficial direto OCUPAÇÃO DO SOLO VALORES DE C Partes centrais, densamente construídas de uma cidade com rua e calçadas pavimentadas 0,70 a 0,95 Partes adjacentes ao centro de menor densidade de habitações, mas com ruas e calçadas pavimentadas 0,60 a 0,70 Partes residenciais com construções cerradas, ruas pavimentadas 0,50 a 0,60 Partes residenciais com rua macadamizadas ou pavimentadas, mas com muitas áreas verdes 0,25 a 0,50 Partes de arrabaldes e subúrbios com pequena densidade de construções 0,10 a 0,25 Partes rurais, áreas verdes, superficiais arborizadas, parques ajardinados e campos de esporte sem pavimentação 0,05 a 0,20 Fonte: Adaptado Tucci (1995) O método presume como conceito básico que a vazão máxima ocorrerá quando toda a bacia estiver contribuindo para a seção em estudo, implicando que o escoamento seja decorrente de uma precipitação média de duração igual ou maior ao tempo de concentração da bacia. Conforme descrito por Canholi (2005) pode ser definida uma forma para o hidrograma a partir deste método, e, em geral, é adotado a forma de um triânguloisósceles, conforme apresentado na Figura 5.2.3, tendo a base igual ao dobro do tempo de concentração.

35 35 Figura Hidrograma triangular do método racional Fonte: Tomaz (2002) Método do Soil Conservation Service (SCS) Desenvolvido pelo departamento de agricultura dos Estados Unidos o Soil Conservation Service é um método utilizado para calcular a chuva excedente e o hidrograma de escoamento superficial direto quando da ausência de dados de medição direta de vazão (Porto, 1995). A formula é apresentada a seguir na Eq. 9. H = (, ),, P 0,2S (Eq. 9) Onde: He = Escoamento superficial direto, em mm; P = Precipitação, em mm; S = Retenção potencial do solo, em mm. Uma mudança de variável é utilizada para facilitar a solução da equação acima. A Eq. 10 define a nova formula do CN. =, (Eq. 10)

36 36 Chamado de número de curva, o CN varia entre 0 e 100, o tipo de solo, as condições de uso e a ocupação do solo e da umidade antecedente são os parâmetros do CN. A Tabela 5.5 apresenta os quatro grupos de solo distinguidos pelo SCS e a Tabela 5.6 mostra o CN em função da cobertura e tipo de solo, também é preciso observar a condição de umidade do solo. Tabela 5.5 Características do solo segundo o SCS Grupo de solo Características do solo A B C D Solos arenosos com baixo teor de argila total, inferior a uns 8%, não havendo rocha nem camadas argilosas, e nem mesmo densificadas até a profundidade de 1,5 m. O teor de húmus é muito baixo, não atingindo 1%. Solos arenosos menos profundos que os do grupo A e com menor teor de argila total, porém ainda inferior a 15%. No caso de terras roxas, esse limite pode subir a 20% graças a maior porosidade. Os dois teores de Húmus podem subir, respectivamente, a 1,2 e 1,5%. Não pode haver pedras nem camadas argilosas até 1,5m, mas é, quase sempre, presente camada mais densificada que a camada superficial. Solos barrentos com teor total de argila de 20 a 30%, mas sem camadas argilosas impermeáveis ou contendo pedras até profundidades de 1,2m. No caso de terras roxas, esses dois limites máximos podem ser de 40% e 1,5m. Notase a cerca de 60 cm de profundidade, camada mais densificada que o grupo B, mas ainda longe das condições de impermeabilidade Solos argilosos (30 40% de argila total) e ainda com camada densificada a uns 50 cm de profundidade. Ou solos arenosos como B, mas a camada argilosa quase impermeável. Fonte: Adaptado Porto (1995) De acordo com Porto (1995), o método do SCS distingue três condições de umidade antecedente do solo. Condição I solos secos as chuvas, nos últimos 5 dias, não ultrapassam 15 mm. Condição II situação média na época das cheias as chuvas, nos últimos cinco dias, totalizaram de 15 a 40 mm.

37 37 Condição III solo úmido (próximo da saturação) as chuvas, nos últimos cinco dias, foram superiores a 40 mm, e as condições meteorológicas foram desfavoráveis a altas taxas de evaporação. Tabela 5.6 Valores de CN em função da cobertura e do tipo hidrológico de solo (Condição II de umidade) Uso Residencial Tipo de solo/tratamento/condições Hidrológicas Grupo Hidrológico A B C D Tamanho médio do lote % Impermeável Até 500 m² m² m² Estacionamentos pavimentados, telhados Ruas e estradas: pavimentadas, com guias e drenagem com cascalho de terra Áreas comerciais (85% de impermeabilização) Distritos industriais (72% de impermeabilização) Espaços abertos, parques, jardins boas condições, cobertura de grama >75% condições médias, cobertura de grama >50% Terreno preparado para plantio, descoberto Plantio em linha reta Fonte: Notas de aula da disciplina de Sistemas Hidráulicos Urbanos, 2010 Na prática para se obter o hidrograma unitário é necessário a análise das vazões da bacia em estudo, o que geralmente não é possível, desta forma utilizase fórmulas empíricas, quando então teremos o chamado hidrograma sintético, no qual é determinado a vazão de pico e a forma do hidrograma baseado em um triângulo tendo as características físicas da bacia (TOMAZ, 2002). Ainda segundo Tomaz (2002), para aplicação do método SCS, se torna necessário adotar as seguintes hipóteses:

38 38 a intensidade da chuva efetiva é constante durante a tormenta que produz o hidrograma unitário; a chuva efetiva é uniformemente distribuída em toda a área de drenagem da bacia; o tempo de base ou tempo de duração do hidrograma do deflúvio superficial direto devido a uma chuva efetiva de duração unitária constante e: os efeitos de todas as características de uma bacia de drenagem, são refletidos na forma do hidrograma unitária da bacia De acordo com Tomaz (2002), as características do gráfico ilustrado na Figura 5.2.4, têm suas variáveis definidas a seguir. Figura Características do Hidrograma Fonte: Tomaz (2002) Tempo de retardamento (tp) e tempo de ascensão (ta): é o tempo entre o centro de massa do hietograma até o pico do hidrograma, e pode ser obtido pela Eq.11. =, + (Eq.11) Sendo: ta = Tempo de ascensão, em minutos; td= Duração da chuva, em minutos;

39 39 tc = Tempo de concentração, em minutos. A vazão de pico pelo SCS é definida pela Eq.12. =, (Eq.12) Onde: Qp = Vazão de pico, em m³/s; A = Área da bacia, em km²; ta = Tempo de ascensão, em horas. Canholi (2005) informa que o hidrograma unitário curvilíneo pode ser aproximado a um hidrograma triangular, com o tempo de base calculado pela Eq.13. =, (Eq.13)

40 Reservatórios de detenção (Piscinões) Conceito de reservatório de detenção Reservatório de detenção ou piscinão é um reservatório aberto ou fechado que tem por função regular a vazão de saída num valor desejado, de maneira a atenuar os efeitos a jusante da vazão de entrada (TOMAZ, 2002). Os reservatórios de detenção podem ser classificados com reservatórios em linha ( in line ) ou fora de linha ( off line ). Os reservatórios in line são executados ao longo do curso fluvial, conforme ilustrado na Figura 5.3.1, com a função de retardar o tempo de escoamento, amortecendo as vazões de pico. O volume d água armazenado é devolvido ao canal por meio de gravidade. Figura Piscinão in line Fonte: (Raimundo, 2007) Os reservatórios off line são executados fora do curso do canal fluvial, conforme Figura 5.3.2, geralmente em cotas mais baixas, e retiram os volumes que excedem a capacidade de escoamento do canal. Parte do volume d água armazenado é devolvido ao canal por gravidade ou por meio de bombas.

41 41 Figura Piscinão off line Fonte: (Raimundo, 2007) O período de retorno para o cálculo de um projeto de reservatório de detenção varia entre 25 e 100 anos. Para o planejamento de reservatório de detenção devese atentar não apenas para as considerações hidráulicas e hidrológicas, mas também, para aspectos legais, ambientais e sociais que envolvam toda a construção Reservatórios de detenção e o meioambiente Apesar do uso cada vez mais frequente, os reservatórios de detenção ainda não são bem vistos pela sociedade, e são compreensíveis as reclamações que norteiam esta questão, pois é sabido que no local onde é instalado um reservatório de detenção há um grande acumulo de lixo que é trazido pelas águas das chuvas. Este resíduo provoca mau cheiro, atrai insetos e ratos e ainda provoca doenças. Outro ponto a ser observado na implantação de um reservatório de detenção, é a desvalorização dos terrenos adjacentes. A fim de minimizar a rejeição por parte da população, junto ao piscinão devem ser previstas a implantação de áreas de lazer providas de playgrounds e campos de futebol, além da limpeza e manutenção periódica do local. Em meio ao debate público é possível encontrar opiniões contra e a favor da implantação dos reservatórios. De acordo com Santos (2009), os dois grandes problemas da implantação dos piscinões na região metropolitana de São Paulo são a enorme carga de poluição das águas superficiais e o volume de sedimentos originados principalmente das áreas em expansão, que são acrescidos de lixo e entulhos de construção civil.

42 42 Quando ocorre um evento chuvoso na bacia, todo o lixo espalhado pelas ruas e sedimentos soltos será carregado para as galerias de águas pluviais, que quando não entupidas, descarregaram nos córregos e rios, além do despejo de esgoto doméstico, conforme ilustrado na Figura Figura Esgoto doméstico lançado em córrego Fonte: Jornal Alternativa (2009) Caso na bacia exista um reservatório de detenção, este será o destino final de todo resíduo sólido, como pode ser observado no exemplo do Reservatório Inhumas, na Figura Figura Lixo e sedimento acumulados no reservatório Inhumas Fonte: Lumi Zunica/R7 (2009)

43 43 Outra grande queixa por parte da população vizinha dos reservatórios é a grande quantidade de mosquitos no local e a preocupação com a transmissão de doenças por estes vetores. Em países desenvolvidos, as águas retidas nos reservatórios de detenção vêm recebendo atenção, por serem potenciais criadouros de mosquitos transmissores de diversos patógenos (SILVÉRIO, 2008 apud SARNECKIS, 2002; EPA 2005). Silvério (2008) realizou pesquisa sobre o assunto nos reservatórios Inhumas e Caguaçu, e nestes locais identificou 13 espécies de mosquitos, sendo que o da espécie Culex quinquefasciatus é o mais comum. Porém, de acordo com Urbinatti (2008) a espécie encontrada não é uma espécie transmissora de doenças, sendo o zunido e as picadas os principais transtornos causados pelo mosquito. Os reservatórios são uma obra social importante, pelo fato de conter as enchentes, sendo que os mosquitos são uma conseqüência totalmente controlável, desde que a manutenção seja freqüente. Os benefícios que o piscinão traz são maiores que os problemas (URBINATTI, 2008). 5.4 Métodos de dimensionamento do volume dos reservatórios de detenção Segundo Tomaz (2002), antes de um projeto definitivo devese realizar um dimensionamento preliminar do reservatório, onde será estimado, volume do reservatório de detenção, a profundidade média, a área ocupada, o custo e a relação custo/beneficio. O autor frisa ainda que o dimensionamento de um reservatório de detenção sempre é feito por tentativas. De acordo com o mesmo autor, são muitos os métodos utilizados para este dimensionamento preliminar. Neste estudo serão apresentados o cálculo simplificado do volume e vazões de pico utilizandose os métodos Racional e SCS. A figura apresenta um exemplo de hidrogramas de entrada e de saída, sendo a área A1, correspondente ao volume a ser armazenado no reservatório em um determinado tempo.

44 44 Este hidrograma de cheia pode ser obtido utilizando do hidrograma unitário definido para a bacia em estudo e do hietograma de chuva excedente que apresenta o quanto da precipitação escoará, utilizandose os mesmos intervalos de tempos para os dois cálculos Nos casos em que o trecho a jusante do canal for canalizado devese fazer um estudo com o intuito de se obter a capacidade de vazão, pois esse dado impõe a vazão efluente. Figura Hidrograma de entrada e saída de um reservatório Fonte: Notas de Aula Sistemas Hidráulicos Urbanos (2010) Em muitos casos, para uma estimativa preliminar, os hidrogramas afluentes e efluentes ao reservatório podem ser aproximados por triângulos, conforme Figura Desta forma, o volume do reservatório obtido será um valor prévio de referência utilizado para avaliação das dimensões da obra, custos preliminares, áreas a serem desapropriadas, entre outros. Figura Hidrograma Triangular Simplificado Fonte: Arquivo Pessoal

45 45 O projeto executivo de um reservatório de detenção será finalizado com o cálculo das estruturas de saída, as quais determinarão as vazões efluentes dos reservatórios de detenção. Em termos gerais as estruturas de controle de saída em reservatório do tipo online podem ser classificadas em: orifícios, soleiras, vertentes e tomadas perfuradas. Com relação aos reservatórios offline existem duas maneiras: por gravidade e por bombeamento (CANHOLI, 2005). De acordo com o mesmo autor, após a definição do volume a ser reservado e as características das estruturas de controle, partese para definição dos métodos executivos. 5.5 Manutenção e operação Uma das principais críticas feitas aos piscinões é com relação ao acumulo de detritos e à desvalorização dos locais onde eles são instalados. De fato, de nada adianta a construção de um reservatório de detenção se o mesmo não for operado de maneira correta e se não houver uma manutenção eficiente em suas instalações. O uso correto das instalações é de suma importância para que o reservatório tenha o melhor desempenho possível, manutenção facilitada, custos reduzidos e maior tempo de vida útil. Além de não causar um aspecto negativo à sua vizinhança. Para isso, os canais que compõe o reservatório devem estar sempre limpos e desassoreados e deve haver seguranças no local para que não haja invasões ou depredações. Tomaz (2002) diz que não existem normas nas prefeituras e nos estados brasileiros a respeito de manutenção de reservatórios de detenção. Mas, cita algumas normas utilizadas no estado de New Jersey nos Estados Unidos como parâmetros a serem usados. O reservatório de detenção e seus componentes deverão passar por inspeção no mínimo a cada seis meses e neste período, todo o lixo e outros detritos deverão ser removidos do reservatório de detenção.

Enchente - caracteriza-se por uma vazão relativamente grande de escoamento superficial. Inundação - caracteriza-se pelo extravasamento do canal.

Enchente - caracteriza-se por uma vazão relativamente grande de escoamento superficial. Inundação - caracteriza-se pelo extravasamento do canal. Capítulo Controle de Enchentes e Inundações 10 1. DEFINIÇÃO Enchente - caracteriza-se por uma vazão relativamente grande de escoamento superficial. Inundação - caracteriza-se pelo extravasamento do canal.

Leia mais

SISTEMA DE CONTENÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS

SISTEMA DE CONTENÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS SISTEMA DE CONTENÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS Com a crescente urbanização e expansão das cidades os problemas resultantes das chuvas tem se tornado cada vez mais frequentes e mais graves devido a diversos fatores:

Leia mais

NOÇÕES GERAIS DE GERENCIAMENTO DE ÁREAS DE RISCO

NOÇÕES GERAIS DE GERENCIAMENTO DE ÁREAS DE RISCO NOÇÕES GERAIS DE GERENCIAMENTO DE ÁREAS DE RISCO PERGUNTAS BÁSICAS 1. O QUE E COMO OCORRE: Processos 2. ONDE OCORREM OS PROBLEMAS: Mapeamento 3. QUANDO OCORREM OS PROBLEMAS: Correlação, monitoramento 4.

Leia mais

PLANO DIRETOR DE DRENAGEM URBANA

PLANO DIRETOR DE DRENAGEM URBANA II Seminário Estadual de Saneamento Ambiental PLANO DIRETOR DE DRENAGEM URBANA Prof. Dr. Eng. Civil Adilson Pinheiro Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental Departamento de Engenharia Civil UNIVERSIDADE

Leia mais

Exercício 1: Calcular a declividade média do curso d água principal da bacia abaixo, sendo fornecidos os dados da tabela 1:

Exercício 1: Calcular a declividade média do curso d água principal da bacia abaixo, sendo fornecidos os dados da tabela 1: IPH 111 Hidráulica e Hidrologia Aplicadas Exercícios de Hidrologia Exercício 1: Calcular a declividade média do curso d água principal da bacia abaixo, sendo fornecidos os dados da tabela 1: Tabela 1 Características

Leia mais

Falta de água e excesso de água

Falta de água e excesso de água Falta de água e excesso de água Quando era aluno na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, o professor doutor José Meiches era Secretário de Obras Públicas do Estado de São Paulo em seu primeiro

Leia mais

O AGENTE DA MOBILIDADE URBANA NO SISTEMA MUNICIPAL DE DEFESA CIVIL

O AGENTE DA MOBILIDADE URBANA NO SISTEMA MUNICIPAL DE DEFESA CIVIL O AGENTE DA MOBILIDADE URBANA NO SISTEMA MUNICIPAL DE DEFESA CIVIL Autores: Carlos Aparecido de Lima - carlosaparecido@emdec.com.br José Eduardo Vasconcellos - eduardovasconcellos@emdec.com.br Carlos Roberto

Leia mais

Erosão e Voçorocas. Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Estudos Ambientais Professor: João Paulo Nardin Tavares

Erosão e Voçorocas. Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Estudos Ambientais Professor: João Paulo Nardin Tavares Erosão e Voçorocas Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Estudos Ambientais Professor: João Paulo Nardin Tavares O que é erosão? A erosão caracteriza-se pela abertura de enormes buracos no chão pela

Leia mais

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA PROJETO DE LEI Nº 051/2012

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA PROJETO DE LEI Nº 051/2012 PROJETO DE LEI Nº 051/2012 Torna obrigatória a adoção de pavimentação ecológica nas áreas que menciona e dá outras providências. A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA: Artigo 1º

Leia mais

FACULDADE SUDOESTE PAULISTA CURSO - ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA - HIDROLOGIA APLICADA EXERCÍCIO DE REVISÃO

FACULDADE SUDOESTE PAULISTA CURSO - ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA - HIDROLOGIA APLICADA EXERCÍCIO DE REVISÃO FACULDADE SUDOESTE PAULISTA CURSO - ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA - HIDROLOGIA APLICADA EXERCÍCIO DE REVISÃO 1. CONCEITUE HIDROLOGIA? Ciência que trata da água na terra, em relação a sua ocorrência, Circulação,

Leia mais

A HIDROSFERA. Colégio Senhora de Fátima. Disciplina: Geografia 6 ano Profª Jenifer Tortato

A HIDROSFERA. Colégio Senhora de Fátima. Disciplina: Geografia 6 ano Profª Jenifer Tortato A HIDROSFERA Colégio Senhora de Fátima. Disciplina: Geografia 6 ano Profª Jenifer Tortato A HIDROSFERA A água é o mais abundante solvente natural que atua no sentido de desagregar, ou seja, fragmentar

Leia mais

HIDROLOGIA BÁSICA Capítulo 7 - Infiltração 7. INFILTRAÇÃO

HIDROLOGIA BÁSICA Capítulo 7 - Infiltração 7. INFILTRAÇÃO 7. INFILTRAÇÃO 7 - INFILTRAÇÃO 7.1 - Conceituação Geral Uma gota de chuva pode ser interceptada pela vegetação ou cair diretamente sobre o solo. A quantidade de água interceptada somente pode ser avaliada

Leia mais

Gestão das Águas urbanas e a Drenagem

Gestão das Águas urbanas e a Drenagem Gestão das Águas urbanas e a Drenagem Carlos E. M. Tucci Instituto de Pesquisas Hidráulicas UFRGS Porto Alegre-RS Brasil Conteúdo Desenvolvimento urbano e a fonte de impacto na gestão das águas As fases

Leia mais

Gestão das Águas Pluviais no Meio Urbano

Gestão das Águas Pluviais no Meio Urbano Gestão das Águas Pluviais no Meio Urbano PROF. DR. JOSÉ RODOLFO SCARATI MARTINS ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO A CIDADE É O GRANDE VILÃO AMBIENTAL Grandes demandas concentradas sobre uma

Leia mais

GERAÇÃO DE VIAGENS. 1.Introdução

GERAÇÃO DE VIAGENS. 1.Introdução GERAÇÃO DE VIAGENS 1.Introdução Etapa de geração de viagens do processo de planejamento dos transportes está relacionada com a previsão dos tipos de viagens de pessoas ou veículos. Geralmente em zonas

Leia mais

DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL

DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL Fabiana Y. Kobayashi 3695130 Flávio H. M. Faggion 4912391 Lara M. Del Bosco 4913019 Maria Letícia B. Chirinéa 4912241 Marília Fernandes 4912683 DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL escola politécnica - USP Novembro

Leia mais

Introdução. Porto Alegre Bacia do Arroio Areia

Introdução. Porto Alegre Bacia do Arroio Areia Manejo integrado de bacias urbanas e planos diretores de drenagem urbana: Porto Alegre e Caxias do Sul - RS - Brasil Adolfo O. N. Villanueva, Ruth Tassi e Daniel G. Allasia Instituto de Pesquisas Hidráulicas

Leia mais

EFEITO DO CONTROLE NA FONTE SOBRE A MACRODRENAGEM. Palavras-Chave - microrreservatórios, controle na fonte, macrodrenagem

EFEITO DO CONTROLE NA FONTE SOBRE A MACRODRENAGEM. Palavras-Chave - microrreservatórios, controle na fonte, macrodrenagem EFEITO DO CONTROLE NA FONTE SOBRE A MACRODRENAGEM Rutinéia Tassi 1 e Adolfo O. N. Villanueva1 1 1 Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS Caixa Postal 15029, CEP 91501-970, Porto Alegre/RS - Brasil.

Leia mais

FACULDADE SUDOESTE PAULISTA CURSO - ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA- HIDROLOGIA

FACULDADE SUDOESTE PAULISTA CURSO - ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA- HIDROLOGIA FACULDADE SUDOESTE PAULISTA CURSO - ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA- HIDROLOGIA EXERCÍCIO DE REVISÃO 1ª PARTE (ÁGUA SUBTERRÂNEA) 1- Como pode ser classificado um manancial de abastecimento? 2- De que são constituídos

Leia mais

O Hidrograma Unitário

O Hidrograma Unitário Capítulo 11 O Hidrograma Unitário U ma bacia pode ser imaginada como um sistema que transforma chuva em vazão. A transformação envolve modificações no volume total da água, já que parte da chuva infiltra

Leia mais

... Completando 75 anos em 2011 hoje presente em 12 capitais brasileiras é mantida pela indústria brasileira de cimento, com o propósito de promover

... Completando 75 anos em 2011 hoje presente em 12 capitais brasileiras é mantida pela indústria brasileira de cimento, com o propósito de promover ... Completando 75 anos em 2011 hoje presente em 12 capitais brasileiras é mantida pela indústria brasileira de cimento, com o propósito de promover o desenvolvimento da construção civil. Clique para editar

Leia mais

IT-1101 - AGRICULTURA IRRIGADA. (parte 1)

IT-1101 - AGRICULTURA IRRIGADA. (parte 1) 6 Sistemas de irrigação (parte 1) 6.1 Considerações iniciais Aplicação artificial de água ao solo, em quantidades adequadas, visando proporcionar a umidade necessária ao desenvolvimento das plantas nele

Leia mais

As áreas verdes, a permeabilidade do solo e a recarga de aqüíferos

As áreas verdes, a permeabilidade do solo e a recarga de aqüíferos As áreas verdes, a permeabilidade do solo e a recarga de aqüíferos Gestão de Águas Pluviais na RMBH Workshop SME Nilo Nascimento Belo Horizonte, 6 de março de 2012 As áreas verdes, a permeabilidade dos

Leia mais

Curso de Gestão de Águas Pluviais

Curso de Gestão de Águas Pluviais Curso de Gestão de Águas Pluviais Capítulo 5 Prof. Carlos E. M. Tucci Prof. Dr. Carlos E. M. Tucci Ministério das Cidades 1 Cap5 Plano Diretor de Águas Pluviais A gestão das águas pluviais dentro do município

Leia mais

CAPÍTULO VI ESCOAMENTO SUPERFICIAL

CAPÍTULO VI ESCOAMENTO SUPERFICIAL CAPÍTULO VI ESCOAMENTO SUPERFICIAL 6.0.Considerações: O escoamento superficial é a fase do ciclo hidrológico que resulta do excedente das águas precipitadas que não se infiltraram ou evaporaram; e que

Leia mais

INSTRUÇÕES PARA INSTALAÇÃO DE FOSSA SÉPTICA E SUMIDOURO EM SUA CASA

INSTRUÇÕES PARA INSTALAÇÃO DE FOSSA SÉPTICA E SUMIDOURO EM SUA CASA INSTRUÇÕES PARA INSTALAÇÃO DE FOSSA SÉPTICA E SUMIDOURO EM SUA CASA A participação da Comunidade é fundamental Na preservação do Meio Ambiente COMPANHIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DO DISTRITO FEDERAL ASSESSORIA

Leia mais

Capítulo 32 Rain Garden

Capítulo 32 Rain Garden Capítulo 32 Rain Garden O primeiro sistema de filtração construído nos Estados Unidos foi na cidade de Richmond no Estado da Virginia em 1832. 32-1 Sumário Ordem Assunto Capitulo 32- Rain garden 32.1 Introdução

Leia mais

HIDROLOGIA AULA 02. 5 semestre - Engenharia Civil. Profª. Priscila Pini prof.priscila@feitep.edu.br

HIDROLOGIA AULA 02. 5 semestre - Engenharia Civil. Profª. Priscila Pini prof.priscila@feitep.edu.br HIDROLOGIA AULA 02 5 semestre - Engenharia Civil Profª. Priscila Pini prof.priscila@feitep.edu.br 1. Bacia hidrográfica DEFINIÇÃO É a área de captação natural dos fluxos de água originados a partir da

Leia mais

Projeto PLADE (JICA) Foz do Rio Itajaí-Açu. Por: Dr. João Luiz Baptista de Carvalho

Projeto PLADE (JICA) Foz do Rio Itajaí-Açu. Por: Dr. João Luiz Baptista de Carvalho Projeto PLADE (JICA) Foz do Rio Itajaí-Açu Por: Dr. João Luiz Baptista de Carvalho Para a região da foz do Itajaí-Açu Melhoramento fluvial ao longo do rio Itajaí; Canal extravasor; Melhoramento fluvial

Leia mais

ESGOTAMENTO. Conceitos básicosb

ESGOTAMENTO. Conceitos básicosb ESGOTAMENTO SANITÁRIO Conceitos básicosb Interrelação entre captação de água e lançamento de esgotos ESGOTO SANITÁRIO ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) ÁREA URBANA COM REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUAS PLUVIAIS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUAS PLUVIAIS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUAS PLUVIAIS Prof. Adolar Ricardo Bohn - M. Sc. 1 A instalação predial de águas pluviais

Leia mais

Esta apresentação irá mostrar passo a passo os cálculos e as decisões envolvidas no dimensionamento. O tempo de cada apresentação: 12 minutos.

Esta apresentação irá mostrar passo a passo os cálculos e as decisões envolvidas no dimensionamento. O tempo de cada apresentação: 12 minutos. Dimensionamento Altair (SP) - região de São José do Rio Preto 1/28 Esta apresentação irá mostrar passo a passo os cálculos e as decisões envolvidas no dimensionamento. O tempo de cada apresentação: 12

Leia mais

Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo 56- Faixa de filtro gramada Engenheiro civil Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.com.br 21/09/10.

Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo 56- Faixa de filtro gramada Engenheiro civil Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.com.br 21/09/10. Capítulo 56 Faixa de filtro gramada (filter strip) A água por capilaridade sobe até uns 2m em determinados solos. 56-1 Sumário Ordem Assunto Capítulo 56 - Faixa de filtro gramada (BMP) 56.1 Introdução

Leia mais

Elevatórias de Esgoto Sanitário. Profª Gersina N.R.C. Junior

Elevatórias de Esgoto Sanitário. Profª Gersina N.R.C. Junior Elevatórias de Esgoto Sanitário Profª Gersina N.R.C. Junior Estações Elevatórias de Esgoto Todas as vezes que por algum motivo não seja possível, sob o ponto de vista técnico e econômico, o escoamento

Leia mais

6As áreas de abastecimento representam uma possível fonte de poluição ao meio

6As áreas de abastecimento representam uma possível fonte de poluição ao meio ÁREA DE ABASTECIMENTO E ARMAZENAMENTO DE COMBUSTÍVEL 6As áreas de abastecimento representam uma possível fonte de poluição ao meio ambiente e seu manuseio e armazenagem também apresentam considerável grau

Leia mais

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LEB 1440 HIDROLOGIA E DRENAGEM Prof. Fernando Campos Mendonça

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LEB 1440 HIDROLOGIA E DRENAGEM Prof. Fernando Campos Mendonça Hidrologia e Drenagem Aula 2 1 ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LEB 1440 HIDROLOGIA E DRENAGEM Prof. Fernando Campos Mendonça SISTEMA DE DRENAGEM E PRECIPITAÇÕES (PARTE 1) 1) Sistema

Leia mais

VAZAMENTOS E INFILTRAÇÕES

VAZAMENTOS E INFILTRAÇÕES VAZAMENTOS E INFILTRAÇÕES Um dos maiores inimigos das estruturas, tanto de concreto, aço ou madeira é a umidade, ela age no local por anos silenciosamente e quando damos conta lá está um enorme prejuízo

Leia mais

Aterro Sanitário. Gersina N. da R. Carmo Junior

Aterro Sanitário. Gersina N. da R. Carmo Junior Aterro Sanitário Gersina N. da R. Carmo Junior Aterro Sanitário Rotina de operação do aterro Descarga do lixo O caminhão deve depositar o lixo na frente de serviço mediante presença do fiscal, para controle

Leia mais

NOTA TÉCNICA MANUTENÇÃO DA PRODUÇÃO DO SISTEMA CANTAREIRA PARA A POPULAÇÃO DA RMSP

NOTA TÉCNICA MANUTENÇÃO DA PRODUÇÃO DO SISTEMA CANTAREIRA PARA A POPULAÇÃO DA RMSP NOTA TÉCNICA MANUTENÇÃO DA PRODUÇÃO DO SISTEMA CANTAREIRA PARA A POPULAÇÃO DA RMSP O abastecimento da RMSP foi concebido para atuação integrada entre seus sistemas produtores, buscando sempre a sinergia

Leia mais

DP-H13 DIRETRIZES DE PROJETO PARA COEFICIENTE DE RUGOSIDADE

DP-H13 DIRETRIZES DE PROJETO PARA COEFICIENTE DE RUGOSIDADE REFERÊNCIA ASSUNTO: DIRETRIZES DE PROJETO DE HIDRÁULICA E DRENAGEM DATA DP-H13 DIRETRIZES DE PROJETO PARA COEFICIENTE DE RUGOSIDADE -309- ÍNDICE PÁG. 1. OBJETIVO... 311 2. RUGOSIDADE EM OBRAS HIDRÁULICAS...

Leia mais

MUDANÇAS DO CLIMA E OS RECURSOS HÍDRICOS. São Carlos, 25 de fevereiro de 2010

MUDANÇAS DO CLIMA E OS RECURSOS HÍDRICOS. São Carlos, 25 de fevereiro de 2010 MUDANÇAS DO CLIMA E OS RECURSOS HÍDRICOS São Carlos, 25 de fevereiro de 2010 A BACIA HIDROGRÁFICA COMO UNIDADE DE PLANEJAMENTO OCUPAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA O DESMATAMENTO DAS BACIAS OCUPAÇÃO DA BACIA

Leia mais

a) 290mm; 250mm; 200mm b) 400mm; 475mm; 350mm c) 250mm; 200mm; 330mm d) 250mm; 350mm; 200mm

a) 290mm; 250mm; 200mm b) 400mm; 475mm; 350mm c) 250mm; 200mm; 330mm d) 250mm; 350mm; 200mm Engenheiro Civil 11) O quadroabaixo mostra o volume de precipitação de água da chuva no município, nos últimos sete meses. Com base nos valores apresentados, marque a opção que corresponde aos valores

Leia mais

ENCHENTES URBANAS: CAUSAS E SOLUÇÕES. Geól. Álvaro Rodrigues dos Santos (santosalvaro@uol.c0m.br)

ENCHENTES URBANAS: CAUSAS E SOLUÇÕES. Geól. Álvaro Rodrigues dos Santos (santosalvaro@uol.c0m.br) ENCHENTES URBANAS: CAUSAS E SOLUÇÕES Geól. Álvaro Rodrigues dos Santos (santosalvaro@uol.c0m.br) ENCHENTES: CAUSAS E SOLUÇÕES EM QUALQUER RAMO DA ATIVIDADE HUMANA VALE UMA LEI BÁSICA: A SOLUÇÃO DE UM PROBLEMA

Leia mais

Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário

Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário Giovana Martinelli da Silva Ricardo Franci Gonçalves Universidade Federal do Espírito Santo Índice Evolução Histórica Definição Objetivos Tipos de Sistemas Componentes

Leia mais

Projeto Tecnologias Sociais para a Gestão da Água

Projeto Tecnologias Sociais para a Gestão da Água Projeto Tecnologias Sociais para a Gestão da Água Projeto Tecnologias Sociais para a Gestão da Água www.tsga.ufsc.br O QUE É E COMO FUNCIONA? Trata-se de um sistema desenvolvido para captar e armazenar

Leia mais

Gestão Integrada de Águas Urbanas

Gestão Integrada de Águas Urbanas Recursos Hídricos na Região Sudeste: Segurança Hídrica, Riscos, Impactos e Soluções São Paulo, 20-21 de novembro de 2014 Gestão Integrada de Águas Urbanas Prof. Carlos E. M. Tucci Rhama Consultoria Ambiental

Leia mais

PLANO DIRETOR DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS DA CIDADE DO NATAL 3.2 -MEDIDAS NÃO-ESTRUTURAIS

PLANO DIRETOR DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS DA CIDADE DO NATAL 3.2 -MEDIDAS NÃO-ESTRUTURAIS PLANO DIRETOR DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS DA CIDADE DO NATAL 3.2 -MEDIDAS NÃO-ESTRUTURAIS NATAL/RN, Outubro / 2009 EQUIPE DO PLANO DIRETOR DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS (PPDDMA) Demétrio

Leia mais

Gabriela Nogueira Ferreira da SILVA 1 José Vicente Granato de ARAÚJO. Escola de Engenharia Civil (EEC) gabriela.nfs@gmail.com jvgranato@yahoo.com.

Gabriela Nogueira Ferreira da SILVA 1 José Vicente Granato de ARAÚJO. Escola de Engenharia Civil (EEC) gabriela.nfs@gmail.com jvgranato@yahoo.com. DEFINIÇÃO DE HIDROGRAMA DE PROJETO CONSIDERANDO O MÉTODO TEMPO-ÁREA COM O USO DO GEOPROCESSAMENTO. ESTUDO DE CASO DA MICROBACIA DO CÓRREGO BOTAFOGO EM GOIÂNIA INTRODUÇÃO Gabriela Nogueira Ferreira da SILVA

Leia mais

P L A N O M U N I C I P A L D E S A N E A M E N T O B Á S I C O

P L A N O M U N I C I P A L D E S A N E A M E N T O B Á S I C O P L A N O M U N I C I P A L D E S A N E A M E N T O B Á S I C O V o l u m e V R E L A T Ó R I O D O S P R O G R A M A S, P R O J E T O S E A Ç Õ E S P A R A O A L C A N C E D O C E N Á R I O R E F E R

Leia mais

Curso sobre a Gestão de resíduos sólidos urbanos

Curso sobre a Gestão de resíduos sólidos urbanos Curso sobre a Gestão de resíduos sólidos urbanos Consideram-se resíduos sólidos como sendo rejeitos resultantes das diversas atividades humanas. Podem ser de diversas origens: industrial, doméstica, hospitalar,

Leia mais

Gestão de águas urbanas: conquistas, desafios e oportunidades

Gestão de águas urbanas: conquistas, desafios e oportunidades Associação Brasileira de Recursos Hídricos Gestão de águas urbanas: conquistas, desafios e oportunidades Vladimir Caramori CTEC/UFAL Fortaleza, novembro de 2010 Gestão das águas urbanas Tema complexo reconhecido

Leia mais

RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO HIDRICA: SOLUÇÃO PARA PROBLEMAS DE DRENAGEM URBANA NO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE - PB

RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO HIDRICA: SOLUÇÃO PARA PROBLEMAS DE DRENAGEM URBANA NO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE - PB RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO HIDRICA: SOLUÇÃO PARA PROBLEMAS DE DRENAGEM URBANA NO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE - PB Yuri Tomaz Neves 1 ; Laércio Leal dos Santos 2 ; Jonathan Nóbrega Gomes 3 ; Bruno Menezes

Leia mais

Análise da Ocupação Urbana na Bacia do Córrego dos Pires, Jahu SP e seus Impactos na Drenagem Urbana

Análise da Ocupação Urbana na Bacia do Córrego dos Pires, Jahu SP e seus Impactos na Drenagem Urbana Análise da Ocupação Urbana na Bacia do Córrego dos Pires, Jahu SP e seus Impactos na Drenagem Urbana Odeir Alves LIIDTHE 1 Dalva Maria Castro VITTI 2 José Carlos Veniziani JUNIOR 3 Resumo As inundações

Leia mais

Principais ações desenvolvidas pela empresa

Principais ações desenvolvidas pela empresa AÇÕES DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL DESENVOLVIDAS PELA JCGONTIJO Principais ações desenvolvidas pela empresa 1. Re- uso de água 2. Adoção de tecnologias limpas em seus produtos 3. Financiamento de planos

Leia mais

SANEAMENTO É SAÚDE João José da Silva

SANEAMENTO É SAÚDE João José da Silva Democratização da Política de Serviços de Saneamento Básico por Meio de Inovações Sociotécnicas. Lições para enfrentar os desafios. Seminário do Projeto DESAFIO SANEAMENTO É SAÚDE João José da Silva Recife,

Leia mais

CONSERVAÇÃO DOS PARQUES DA CIDADE DE CAMPINAS PEDRO HENRIQUE NALOTO & RAFAEL BRUNO MEIRELLES

CONSERVAÇÃO DOS PARQUES DA CIDADE DE CAMPINAS PEDRO HENRIQUE NALOTO & RAFAEL BRUNO MEIRELLES BE_310 CIÊNCIAS DO AMBIENTE UNICAMP ENSAIO (Turma 2012) Disponível em: http://www.ib.unicamp.br/dep_biologia_animal/be310 CONSERVAÇÃO DOS PARQUES DA CIDADE DE CAMPINAS PEDRO HENRIQUE NALOTO & RAFAEL BRUNO

Leia mais

SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTOS DE ITAPIRA

SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTOS DE ITAPIRA NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO PARA LOTEAMENTOS URBANOS 1 DO OBJETIVO A presente Norma estabelece os requisitos mínimos a serem obedecidos

Leia mais

Cálculos hidrológicos e h idraulicos para obras municipais Capítulo 83- Manutenção e Operação Eng Plínio Tomaz 30/10/2010 pliniotomaz@uol.com.

Cálculos hidrológicos e h idraulicos para obras municipais Capítulo 83- Manutenção e Operação Eng Plínio Tomaz 30/10/2010 pliniotomaz@uol.com. Capítulo 83 Manutenção e operação Sfumato (literalmente esfumado ) - disposição para aceitar a ambigüidade, o paradoxo e a incerteza. Leonardo Da Vinci 83-1 Ordem SUMÁRIO 83.1 Gerenciamento de sistema

Leia mais

Quadro 4.3 - Relação de chuvas de diferentes durações. Valor Médio Obtido pelo DNOS. 5 min / 30 min 0,34 1 h / 24 h 0,42

Quadro 4.3 - Relação de chuvas de diferentes durações. Valor Médio Obtido pelo DNOS. 5 min / 30 min 0,34 1 h / 24 h 0,42 Determinação da Intensidade de Chuva Para obtenção das intensidades de chuvas de curta duração, em função de diversos tempos de recorrência, aplicaram-se procedimentos a seguir descritos: Primeiramente

Leia mais

Numa fossa séptica não ocorre a decomposição aeróbia e somente ocorre a decomposição anaeróbia devido a ausência quase total de oxigênio.

Numa fossa séptica não ocorre a decomposição aeróbia e somente ocorre a decomposição anaeróbia devido a ausência quase total de oxigênio. As fossas sépticas são unidades de tratamento primário de esgoto doméstico nas quais são feitas a separação e a transformação físico-química da matéria sólida contida no esgoto. É uma maneira simples e

Leia mais

Sistemas Prediais de Águas Pluviais (SPAP)

Sistemas Prediais de Águas Pluviais (SPAP) Escola de Engenharia Civil - UFG SISTEMAS PREDIAIS Sistemas Prediais de Águas Pluviais (SPAP) Concepção de projeto Métodos de dimensionamento dos componentes e sistemas Prof. Ricardo Prado Abreu Reis Goiânia

Leia mais

PROBLEMAS ATUAIS DA LOGÍSTICA URBANA NA ENTREGA DE MATERIAIS HOSPITALARES UM ESTUDO INVESTIGATIVO

PROBLEMAS ATUAIS DA LOGÍSTICA URBANA NA ENTREGA DE MATERIAIS HOSPITALARES UM ESTUDO INVESTIGATIVO PROBLEMAS ATUAIS DA LOGÍSTICA URBANA NA ENTREGA DE MATERIAIS HOSPITALARES UM ESTUDO INVESTIGATIVO Frederico Souza Gualberto Rogério D'Avila Edyr Laizo Leise Kelli de Oliveira PROBLEMAS ATUAIS DA LOGÍSTICA

Leia mais

INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO

INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO Precipitação Radiação Solar Transpiração e Evaporação Infiltração Escoamento superficial direto Evaporação Lc Lp Escoamento Subterrâneo Rios e lagos Aqüífero Confinado Manto

Leia mais

DIRETORIA DE ENGENHARIA. ADMINISTRAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO Autorização para implantação de oleodutos.

DIRETORIA DE ENGENHARIA. ADMINISTRAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO Autorização para implantação de oleodutos. fls. 1/5 ÓRGÃO: DIRETORIA DE ENGENHARIA MANUAL: ADMINISTRAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO Autorização para implantação de oleodutos. PALAVRAS-CHAVE: Faixa de Domínio, oleodutos. APROVAÇÃO EM: Portaria SUP/DER-

Leia mais

ARQUITETURA E A SUSTENTABILIDADE DA ÁGUA NO MEIO URBANO.

ARQUITETURA E A SUSTENTABILIDADE DA ÁGUA NO MEIO URBANO. ARQUITETURA E A SUSTENTABILIDADE DA ÁGUA NO MEIO URBANO. Palestra: Desenvolvimento Sustentável em Bacias Hidrográficas Aspectos Conceituais (Ambientais Econômicos e Sociais) e sua relação com arquitetura

Leia mais

Gestão da Demanda de Água Através de Convênios e Parcerias com o Governo do Estado de São Paulo e Prefeitura da Cidade de São Paulo SABESP

Gestão da Demanda de Água Através de Convênios e Parcerias com o Governo do Estado de São Paulo e Prefeitura da Cidade de São Paulo SABESP Gestão da Demanda de Água Através de Convênios e Parcerias com o Governo do Estado de São Paulo e Prefeitura da Cidade de São Paulo SABESP R. R. Chahin a a. Companhia de Saneamento Básico do Estado de

Leia mais

Já foi o tempo em que podíamos considerar de lixo os resíduos sólidos urbanos

Já foi o tempo em que podíamos considerar de lixo os resíduos sólidos urbanos RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS Já foi o tempo em que podíamos considerar de lixo os resíduos sólidos urbanos pois, com as palavras do Aurélio, lixo são coisas inservíveis, o que indica a sua inexistência, uma

Leia mais

Perda de Carga e Comprimento Equivalente

Perda de Carga e Comprimento Equivalente Perda de Carga e Comprimento Equivalente Objetivo Este resumo tem a finalidade de informar os conceitos básicos para mecânicos e técnicos refrigeristas sobre Perda de Carga e Comprimento Equivalente, para

Leia mais

2.1. Projeto de Monitoramento Batimétrico. Revisão 00 NOV/2013. PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA PROGRAMAS AMBIENTAIS

2.1. Projeto de Monitoramento Batimétrico. Revisão 00 NOV/2013. PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA PROGRAMAS AMBIENTAIS PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA PROGRAMAS AMBIENTAIS 2.1 Projeto de Monitoramento Batimétrico Revisão 00 NOV/2013 Coordenador da Equipe Carlos Eduardo Alencar Carvalho CRBio 37538/4-D

Leia mais

Análise da rede de monitoramento hidrometeorológico do estado de Sergipe

Análise da rede de monitoramento hidrometeorológico do estado de Sergipe Análise da rede de monitoramento hidrometeorológico do estado de Sergipe George Alves Monteiro 1 & Ana Paula Barbosa Ávila Macêdo 2 RESUMO: Este trabalho faz uma análise da rede de monitoramento hidrometeorológico

Leia mais

Capitulo 99- Método do SCS (Soil Conservation Service) para várias bacias

Capitulo 99- Método do SCS (Soil Conservation Service) para várias bacias Capítulo 99 Método do SCS (Soil Conservation Service) para várias bacias 99-1 Capítulo 99- Método do SCS (Soil Conservation Service) para várias bacias 99.1 Introdução O método do SCS (Soil Conservation

Leia mais

PLANO DIRET O DIRET R O DE MACR MA ODRENA CR GEM ODRENA DA BACIA DO ALTO TIETÊ

PLANO DIRET O DIRET R O DE MACR MA ODRENA CR GEM ODRENA DA BACIA DO ALTO TIETÊ PLANO DIRETOR DE MACRODRENAGEM DA PLANO DIRETOR DE MACRODRENAGEM DA BACIA DO ALTO TIETÊ MAPA DE LOCALIZAÇÃO A ANÁLISE E O ENCAMINHAMENTO DE SOLUÇÕES PARA AS QUESTÕES DE DRENAGEM URBANA TÊM SIDO UM DOS

Leia mais

ROTEIRO PARA A ELABORAÇÃO DO RAS - Obras de Telecomunicação

ROTEIRO PARA A ELABORAÇÃO DO RAS - Obras de Telecomunicação 1 Informações iniciais Indentificação do empreendedor Responsável pelo empreendimento: Responsável pelo RAS ROTEIRO PARA A ELABORAÇÃO DO RAS - Obras de Telecomunicação Razão Social CNPJ Telefone Nome CPF

Leia mais

PAVIMENTOS PERMEÁVEIS: VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO. Juliane Vier Vieira 1. Cristhiane Michiko Passos Okawa 2

PAVIMENTOS PERMEÁVEIS: VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO. Juliane Vier Vieira 1. Cristhiane Michiko Passos Okawa 2 4 de Dezembro de 2013 ISSN 2237-8219 PAVIMENTOS PERMEÁVEIS: VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO Juliane Vier Vieira 1 Cristhiane Michiko Passos Okawa 2 Sandro Rogério Lautenschlager 3 Jesner Sereni

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Medição de vazão. Capítulo

Medição de vazão. Capítulo Capítulo 5 Medição de vazão V azão é o volume de água que passa por uma determinada seção de um rio dividido por um intervalo de tempo. Assim, se o volume é dado em litros, e o tempo é medido em segundos,

Leia mais

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS PLANOS DE CONTINGÊNCIAS ARAÚJO GOMES Capitão SC PMSC ARAÚJO GOMES defesacivilgomes@yahoo.com.br PLANO DE CONTINGÊNCIA O planejamento para emergências é complexo por suas características intrínsecas. Como

Leia mais

PROCEDIMENTO MEIO AMBIENTE IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS DO SGA

PROCEDIMENTO MEIO AMBIENTE IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS DO SGA 1. ESCOPO Identificar e classificar os aspectos ambientais das atividades, produtos e serviços da XXXX, visando estabelecer quais causam ou poderão causar impactos ambientais significativos. 2. DEFINIÇÕES

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2014

PROJETO DE LEI Nº, DE 2014 PROJETO DE LEI Nº, DE 2014 (Do Sr. Geraldo Resende) Estabelece a Política Nacional de Captação, Armazenamento e Aproveitamento de Águas Pluviais e define normas gerais para sua promoção. O Congresso Nacional

Leia mais

BOA GOVERNANÇA PARA GESTÃO SUSTENTÁVEL DAS ÁGUAS URBANAS PROGRAMA DRENURBS

BOA GOVERNANÇA PARA GESTÃO SUSTENTÁVEL DAS ÁGUAS URBANAS PROGRAMA DRENURBS BOA GOVERNANÇA PARA GESTÃO SUSTENTÁVEL DAS ÁGUAS URBANAS PROGRAMA DRENURBS Um programa para integrar objetivos ambientais e sociais na gestão das águas Superintendência de Desenvolvimento da Capital -

Leia mais

UniVap - FEAU CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Minoru Takatori ESTUDO PRELIMINAR

UniVap - FEAU CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Minoru Takatori ESTUDO PRELIMINAR 1 ESTUDO PRELIMINAR OBJETIVOS Analise e avaliação de todas as informações recebidas para seleção e recomendação do partido arquitetônico, podendo eventualmente, apresentar soluções alternativas. Tem como

Leia mais

O que é saneamento básico?

O que é saneamento básico? O que é saneamento básico? Primeiramente, começaremos entendendo o real significado de saneamento. A palavra saneamento deriva do verbo sanear, que significa higienizar, limpar e tornar habitável. Portanto,

Leia mais

FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DE PALMAS DIRETORIA DE CONTROLE AMBIENTAL GERÊNCIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DE PALMAS DIRETORIA DE CONTROLE AMBIENTAL GERÊNCIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL TERMO DE REFÊRENCIA PARA ELABORACÃO DE PROJETO AMBIENTAL DE DEDETIZADORAS, LIMPA FOSSA E EMPRESAS QUE PRESTA SERVIÇO DE LIMPEZA. Este Termo de Referência visa orientar na elaboração de PROJETO AMBIENTAL

Leia mais

A PRODUTIVIDADE NA EXECUÇÃO DE ADUTORAS DE ÁGUA

A PRODUTIVIDADE NA EXECUÇÃO DE ADUTORAS DE ÁGUA A PRODUTIVIDADE NA EXECUÇÃO DE ADUTORAS DE ÁGUA Odívio da S. Rezende Neto (1); Ubiraci E. L. de Souza (2); Carla A. Sautchúk (3) (1) Dep. de Construção Civil, Escola Politécnica da USP, odivio.rezende@poli.usp.br

Leia mais

ESTIMATIVA DO FATOR DE REDUÇÃO PONTO-ÁREA PARA ESTUDOS DE MACRODRENAGEM NA

ESTIMATIVA DO FATOR DE REDUÇÃO PONTO-ÁREA PARA ESTUDOS DE MACRODRENAGEM NA Introdução A chuva de projeto é um dos fatores mais importantes no dimensionamento de obras de drenagem, sendo a principal forçante de modelos de transformação chuva-vazão. Estes modelos, na falta de observações

Leia mais

5.1 Potencialidade, Disponibilidade e Capacidade de Armazenamento Potencial

5.1 Potencialidade, Disponibilidade e Capacidade de Armazenamento Potencial 5.1 Potencialidade, Disponibilidade e Capacidade de Armazenamento Potencial Define-se potencial fluvial como a vazão natural anual média de um rio ou aqüífero, medida ou gerada, em sua foz ou embocadura,

Leia mais

Departamento de Matemática - UEL - 2010. Ulysses Sodré. http://www.mat.uel.br/matessencial/ Arquivo: minimaxi.tex - Londrina-PR, 29 de Junho de 2010.

Departamento de Matemática - UEL - 2010. Ulysses Sodré. http://www.mat.uel.br/matessencial/ Arquivo: minimaxi.tex - Londrina-PR, 29 de Junho de 2010. Matemática Essencial Extremos de funções reais Departamento de Matemática - UEL - 2010 Conteúdo Ulysses Sodré http://www.mat.uel.br/matessencial/ Arquivo: minimaxi.tex - Londrina-PR, 29 de Junho de 2010.

Leia mais

ANEXO VII - TERMO DE REFERÊNCIA

ANEXO VII - TERMO DE REFERÊNCIA ANEXO VII - TERMO DE REFERÊNCIA DERROCAMENTO DE PEDRAIS PARA DESOBSTRUÇÃO E ALARGAMENTO DA FAIXA NAVEGÁVEL DO RIO SÃO FRANCISCO, ENTRE SOBRADINHO E JUAZEIRO-BA/PETROLINA-PE ANEXO VII - TERMO DE REFERÊNCIA

Leia mais

História da Habitação em Florianópolis

História da Habitação em Florianópolis História da Habitação em Florianópolis CARACTERIZAÇÃO DAS FAVELAS EM FLORIANÓPOLIS No início do século XX temos as favelas mais antigas, sendo que as primeiras se instalaram em torno da região central,

Leia mais

Construção de Edifícios I Instalações Sanitárias 21-26

Construção de Edifícios I Instalações Sanitárias 21-26 Construção de Edifícios I Instalações Sanitárias 21-26 6. FOSSAS SEPTICAS As fossas sépticas são unidades de tratamento primário de esgotos domésticos que detêm os despejos por um período que permita a

Leia mais

MESA 4 ALERTA. Mario Thadeu Leme de Barros

MESA 4 ALERTA. Mario Thadeu Leme de Barros MESA 4 MONITORAMENTO E SISTEMA DE ALERTA Mario Thadeu Leme de Barros 1 A QUESTÃO DO CONTROLE DE CHEIAS URBANAS Medidas Estruturais versus Medidas Não Estruturais 2 Medidas não estruturais que se destacam:

Leia mais

CONTRIBUIÇÃO À LEGISLAÇÃO PARA O PLANEJAMENTO DA DRENAGEM URBANA. Flávio A. de O. Alves 1 ; Costa, A. R 2.

CONTRIBUIÇÃO À LEGISLAÇÃO PARA O PLANEJAMENTO DA DRENAGEM URBANA. Flávio A. de O. Alves 1 ; Costa, A. R 2. FLÁVIO, A. O. A.; COSTA, A. R. Contribuição à Legislação para o Planejamento da Drenagem Urbana. In: CONGRESSO DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO DA UFG COMPEEX, 2006, Goiânia. Anais eletrônicos do XIV Seminário

Leia mais

PAVIMENTOS INTERTRAVADO PERMEÁVEL COM JUNTAS ALARGADAS

PAVIMENTOS INTERTRAVADO PERMEÁVEL COM JUNTAS ALARGADAS PAVIMENTOS INTERTRAVADO PERMEÁVEL COM JUNTAS ALARGADAS Introdução Pavimentos permeáveis são definidos como aqueles que possuem espaços livres na sua estrutura onde a água pode atravessar. (FERGUSON, 2005).

Leia mais

VIII EXPOSIÇÃO DE EXPERIÊNCIAS MUNICIPAIS EM SANEAMENTO

VIII EXPOSIÇÃO DE EXPERIÊNCIAS MUNICIPAIS EM SANEAMENTO ASSEMAE VIII EXPOSIÇÃO DE EXPERIÊNCIAS MUNICIPAIS EM SANEAMENTO Título do trabalho O SEMASA E O TRATAMENTO DE ESGOTO NA CIDADE DE SANTO ANDRÉ Nome do Autor ISABEL CRISTINA ALEIXO DIAS CURRÍCULO DO AUTOR

Leia mais

RELATÓRIO. Tragédia na Região Serrana do Rio de Janeiro após decorridos 6 meses

RELATÓRIO. Tragédia na Região Serrana do Rio de Janeiro após decorridos 6 meses RELATÓRIO Tragédia na Região Serrana do Rio de Janeiro após decorridos 6 meses 1 TRAGÉDIA ANUNCIADA! Após 6 meses decorridos da tragédia na Região Serrana em janeiro/2011, onde morreram mais de 900 pessoas,

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: Saneamento Básico, Diagnóstico Ambiental, Infraestrutura.

PALAVRAS-CHAVE: Saneamento Básico, Diagnóstico Ambiental, Infraestrutura. VI-039 - SANEAMENTO BÁSICO: UMA ANÁLISE ESTRUTURAL DO BAIRRO PEDRA DO LORDE EM JUAZEIRO-BA, COMO AÇÃO DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL PET CONEXÕES DE SABERES - SANEAMENTO AMBIENTAL. Roberta Daniela da

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 131, DE 11 DE MARÇO DE 2003

RESOLUÇÃO Nº 131, DE 11 DE MARÇO DE 2003 RESOLUÇÃO Nº 131, DE 11 DE MARÇO DE 2003 Dispõe sobre procedimentos referentes à emissão de declaração de reserva de disponibilidade hídrica e de outorga de direito de uso de recursos hídricos, para uso

Leia mais

Seleção Dimensionamento de Hidrômetros

Seleção Dimensionamento de Hidrômetros Seleção Dimensionamento de Hidrômetros 4 O hidrômetro é um equipamento destinado a indicar e totalizar continuamente o volume de água que o atravessa. Normalmente a preocupação na operação da micromedição

Leia mais

- DIMENSIONAMENTO DE VERTEDOUROS -

- DIMENSIONAMENTO DE VERTEDOUROS - V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA A CÉU C U ABERTO ASPECTOS CRÍTICOS DE PROJETO PARA FECHAMENTO DE BARRAGENS DE REJEITOS - DIMENSIONAMENTO DE VERTEDOUROS - MÁRIO CICARELI PINHEIRO Engenheiro Civil, especialidade

Leia mais

Parcelamento do Solo. Projeto de Loteamentos

Parcelamento do Solo. Projeto de Loteamentos Introdução Parcelamento do Solo Projeto de Loteamentos Prof. Mário Barreiros O parcelamento e a estruturação da cidade O parcelamento do solo é o principal instrumento de estruturação do espaço urbano

Leia mais