Integração de Veículos Eléctricos no Sistema Eléctrico Nacional

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1 Departamento de Engenharia Electrotécnica Secção de Electrotecnia e Máquinas Eléctricas Integração de Veículos Eléctricos no Sistema Eléctrico Nacional José Rodrigo Beenken da Costa Braga Dissertação apresentada na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Electrotécnica e de Computadores Orientador: Prof. Doutor João Martins Co orientador: Eng. Fernando Silva (Siemens) Monte da Caparica 2010

2 Integração de Veículos Eléctricos no Sistema Eléctrico Nacional José Rodrigo Beenken da Costa Braga Monte da Caparica 2010

3 Agradecimentos Agradecimentos Aos Pais, aos Avós e restante Família pelo incondicional apoio. À Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa pela excelência do ensino e formação que proporcionou. Ao Professor Doutor João Martins pela sua orientação e colaboração durante toda a execução do trabalho, pela sua constante disponibilidade e valiosos ensinamentos. À Siemens Portugal pelas excelentes condições de trabalho que colocou à disposição e que foram determinantes para a realização deste projecto. Ao Eng. Rui Leal e ao Eng. Fernando Silva pela excelente oportunidade que me deram, possibilitando o desenvolvimento do projecto nos moldes em que decorreu. Ao Eng. Fernando Silva pela disponibilidade demonstrada, pelo rigor, ponderação e visão da sua orientação. Ao Eng. Luís Marçal e ao Eng. Pedro Pinheiro por todo o apoio, pela experiência partilhada, lições e ensinamentos. A toda a Equipa do Eng. Fernando Silva que me acompanhou de perto, pela preciosa ajuda, pela paciência infinita, por todo o conhecimento partilhado, pelas revisões do texto, pela amizade e empatia com que me receberam e que tão importante foi para mim. Ao Eng. Rui Pestana da REN pelos dados que disponibilizou. À Marta e aos Amigos pela profunda amizade e por todo o incentivo e entusiasmo que me transmitiram. III

4 Resumo Resumo A forte dependência de fontes não renováveis, num momento em que as questões ambientais são centrais, reforçou o interesse em tecnologias energeticamente mais eficientes. Sendo o sector automóvel um sector crítico, dos que mais tem contribuído para a referida dependência energética, rapidamente surgiu a necessidade de se encontrar alternativas aos veículos ditos convencionais (com motor de combustão). Nesse contexto, inseridos no conceito das smart grids, os veículos eléctricos plug in apresentam se como uma solução de futuro. A presente dissertação apresenta os resultados de uma análise sobre o impacto dos veículos eléctricos plug in (PEV) na rede eléctrica nacional. Para avaliar o impacto nacional e regional, é feita uma rigorosa previsão da evolução do parque de automóveis eléctricos e consequente penetração regional. Com base nisso, dependendo do perfil de utilização do PEV, o tipo de carregamento e duração da ligação à rede eléctrica, diferentes implicações no perfil de carga são estudadas para compreender a forma como as futuras redes deverão ser definidas e controladas. Os resultados das simulações foram obtidos com base num modelo matemático que foi desenvolvido no âmbito deste estudo, totalmente parametrizável que permite, em função do modo como se processam os vários tipos de carregamento, prever a evolução do consumo de energia. IV

5 Abstract Abstract The increased concern about the environment, global warming, greenhouse gas emissions and alternatives to internal combustion engine vehicles led us to the electric vehicles, specifically to the plug in vehicle technology. This study presents the results of an analysis of the impact of plug in electric vehicles (PEV), as an extra demand charge, on the Portuguese national power grid. To evaluate both national and local impacts, a rigorous PEV regional penetration prevision is made. Based on that and depending on the car segment, the type of charging and duration of the PEV connection to the grid, different implications on demand profile are studied in order to understand the way that future power networks will be designed and controlled. To predict energy consumption behavior, a mathematical model was developed, based on the different types of charging. V

6 Simbologia e Notações Simbologia e Notações AT BT BTE BTN CE E CAR EDP ERS E EV HEV IpC LAN MAT Alta Tensão Baixa Tensão Baixa Tensão Especial Baixa Tensão Normal Combustion Engine Electric Car Energias de Portugal Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos Electric Vehicle Hybrid Electric Vehicle Indicador de Poder de Compra per Capita Local Area Network Muito Alta Tensão MIBEL Mercado Ibéric o de Electricidade MT OMIP PEV PHEV Média Tensão Operador do Mercado Ibérico de Energia Plug in Electric Vehicle Plug in Hybrid Electric Vehicle PNAEE Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética PRE Produção em Regime Especial PRO Produção em Regime Ordinár io REN RND Redes Energéticas Nacionais Rede Nacional de Distribuição VI

7 Simbologia e Notações RNT Rede Nacional de Transporte RSU Resíduos Só lidos Urbanos SE SEN SEP SUV V2G WAN ZEV Subestação Sistema Eléctrico Nacional Sistema Eléctrico Português Sport Utility Vehicle Vehicle to Grid Wide Area Network Zero Emissions Vehicle Função Degrau Unitário Taxa de Penetração Nacional d e PEV por Ano _ _ _ Total Distrital de PEV por Ano Percentagem de PEV Novos Vendidos por Ano Total de Veículos do Parque Automóvel por Ano Distribuição Distrital do Parque Automóvel por Ano _ Número de Veículos Novos Vendidos por Ano Capacidade de Energia Consumo de Energia Máximo Diário por Distrito [Wh] [Wh] Consumo de Energia Máximo Diário [Wh] Consumo de Energia Diário dos PEV Consumo de Energia Diário dos PEV por Distrito Consumo de Energia Total Diário por Distrito [Wh] [Wh] [Wh] Consumo de Energia Total Diário [Wh] Potência de Carregamento Lento Potência de Carregamento Rápido [W] [W] VII

8 S imbologia e Notações Perfil de Carga do Citadino para o Carregamento Lento [W] Perfil de Carga de Outros para o Carregamento Lento Perfil de Carga do Citadino para o Carregamento Rápido Perfil de Carga de Outros para o Carregamento Rápido Perfil de Carga do Off Peak Charging Perfil de Carga do Peak Charging [W] [W] [W] [W] [W] Perfil de Carga do Smart C harging [W] Tempo de Carregamento Consumo de Energia por Quilómetro Distância Média Diária Percorrida [h] [Wh/km] [km] VIII

9 Índice de Matérias Índice de Matérias Agradecimentos Resumo Abstract Simbologia e Notações Índice de Matérias Índice de Figuras Índice de Quadros Cap ítulo 1 Introdução III IV V VI IX XI XIV Contextualização e Motivação Objectivos 4 Cap ítulo 2 Enquadramento Sistema Eléctrico Nacional Produção de Electricidade Rede de Transporte Rede de Distribuição Smart Grid Sistemas de Contagem Automação de Redes Sistemas de Informação Veículo Eléctrico Tipos de EV Tipos de Baterias Sistema de Carregamento Estado da Arte IX

10 Índice de Matérias Projectos piloto Metodologias de Previsão Cap ítulo 3 Modelização Sistema Eléctrico Nacional Modelos do Consumo Nacional Modelos do Consumo Regional Veículos Eléctricos Modelos de Carregamento Evolução do Parque Automóvel Análise Temporal Previsão da Penetração do PEV por Regiões Metodologia Caracterização da Densidade Automóvel Análise do Poder de Compra Incentivos para a Massificação do PEV Tipos de Carregamento 76 Cap ítulo 4 Simulação e Resultados Metodologia Impacto Nacional 4.3 Impacto Regional Capítulo 5 Conclusões Bibliografia X

11 Índice de Figuras Índice de Figuras Figura 2.1 Evolução do Sistema Eléctrico 6 Figura 2.2 Consumo Nacional de Energia Eléctrica [ ] 9 Figura 2.3 Caracterização da Produção por fontes de energia em 2007 e Figura 2.4 Caracterização da PRE entre 2008 e Figura 2.5 Caracterização da Potência Instalada 13 Figura 2.6 Distribuição de classes de densidade de consumos por concelho, ano Figura 2.7 Figura 2.8 Figura 2.9 Serviços suportados pela Smart Grid Benefícios da Tecnologia em função da implementação das várias etapas Esquema Funcional da Smart Grid Figura 2.10 Arquitectura da Smart Grid 27 Figura 2.11 Modelo Convencional vs Smart Meter 30 Figura 2.12 Figura 2.13 Figura 2.14 Desempenho das diferentes Tecnologias Caracterização da Densidade de Energia das Baterias Distribuição geográfica da Rede de Carregamento Figura 2.15 Solução Modular: Posto Central + Satélites 40 Figura 3.1 Diagrama de Carga de Figura 3.2 Diagrama de Carga de Figura 3.3 Diagrama de Carga de Figura 3.4 Diagrama de Carga do dia de maior consumo ( ) e ponta anual ( ) 48 XI

12 Índice de Figuras Figura 3.5 Cenários de Evolução dos Consumos Referidos à Emissão e Respectivas Pontas 49 Figura 3.6 Modelo do Consumo Nacional até Figura 3.7 Evolução do Consumo Nacional até Figura 3.8 Figura 3.9 Figura 3.10 Evolução do Consumo de Energia Eléctrica em Bragança e Porto Evolução do Consumo de Energia Eléctrica em C. Branco e Lisboa Evolução do Consumo de Energia Eléctrica em Évora e Beja Figura 3.11 Evolução do Consumo de Energia Eléctrica em Faro 54 Figura 3.12 Tempo de Carregamento Citadinos e Outros 60 Figura 3.13 Evolução Anual do Parque Automóvel em Portugal 62 Figura 3.14 Taxa de Crescimento Anual do Parque Automóvel 63 Figura 3.15 Previsão do Crescimento do Parque Automóvel até Figura 3.16 Evolução das Vendas de Veículos Novos entre 2002 e Figura 3.17 Previsão da Venda de Veículos em função da Tecnologia 65 Figura 3.18 Percentagem de Veículos Automóveis por Distrito em Figura 3.19 Figura 3.20 Figura 3.21 Índice de Poder de Compra Concelhio em 2005 (Portugal=100) Concentração da Percentagem de Poder de Compra Distribuição no tempo do Peak Charging Figura 3.22 Distribuição no tempo do Off peak Charging 80 Figura 3.23 Distribuição no tempo do Smart Charging 81 Figura 4.1 Consumo Nacional em 2015 considerando Carregamento não controlado com diferentes níveis de penetração de PEV 85 X II

13 Índice de Figuras Figura 4.2 Figura 4.3 Figura 4.4 Figura 4.5 Figura 4.6 Figura 4.7 F igura 4.8 Consumo Nacional em 2015 considerando os três tipos de carregamento para um nível de penetração de PEV de 1,49% Consumo Nacional em 2020 considerando Carregamento não controlado com diferentes níveis de penetração de PEV Consumo Nacional em 2020 considerando os três tipos de carregamento para um nível de penetração de PEV de 7,98% Consumo Regional em 2015 e 2020 considerando os três tipos de carregamento para uma taxa de PEV de 1,49% e 7,98%, em Bragança e no Porto Consumo Regional em 2015 e 2020 considerando os três tipos de carregamento para uma taxa de PEV de 1,49% e 7,98%, em Castelo Branco e em Lisboa Consumo Regional em 2015 e 2020 considerando os três tipos de carregamento para uma taxa de PEV de 1,49% e 7,98%, em Évora e em Beja Consumo Regional em 2015 e 2020 considerando os três tipos de carregamento para uma taxa de PEV de 1,49% e 7,98%, em Faro XIII

14 Índice de Quadros Índice de Quadros Quadro 2.1 Consumo referido à Produção Líquida em 2007 e Quadro 2.2 Elementos constituintes da RND em Quadro 2.3 Previsão dos Elementos constituintes da RND em Quadro 2.4 Instalações e Equipamentos em serviço 19 Quadro 2.5 Clientes das Redes de Distribuição 19 Quadro 2.6 Comparação entre os diferentes Tipos de EV 36 Quadro 2.7 Evolução das Baterias 39 Quadro 2.8 Tipos de Utilização do PEV 41 Quadro 2.9 Tipologia de Carregamento 41 Quadro 3.1 Quadro 3.2 Dados Gerais de Portugal Continental Pontos de Contagem do Consumo de Energia Eléctrica Quadro 3.3 Dados Gerais de Bragança 55 Quadro 3.4 Dados Gerais do Porto 55 Quadro 3.5 Dados Gerais de Castelo Branco 56 Quadro 3.6 Dados Gerais de Lisboa 56 Quadro 3.7 Dados Gerais de Évora 56 Quadro 3.8 Dados Gerais de Beja 57 Quadro 3.9 Dados Gerais de Faro 57 Quadro 3.10 Caracterização da Capacidade de Carga do PEV por Perfil de Utilização 59 XIV

15 Índice de Quadros Quadro 3.11 Caracterização do Tempo de Carregamento do PEV por Perfil de Utilização 59 Quadro 3.12 Previsão da Penetração Nacional do PEV até Quadro 3.13 Densidade Automóvel por Distrito em Quadro 3.14 Penetração Regional do PEV 76 Quadro 4.1 Quadro 4.2 Consumo Nacional com Integração da carga associada ao PEV Consumo Regional com Integração da carga associada ao PEV XV

16 Capítulo 1 Introdução Capítulo 1 Introdução 1.1 Contextualização e Motivação Facilmente se verifica, nos tempos que correm, a urgência que existe em encontrar o melhor equilíbrio entre as necessidades da Humanidade, e o dever de proteger e preservar o ecossistema do Planeta, permitindo um desenvolvimento próspero e sustentável sem que isso acarrete aspectos negativos. Várias décadas a consumir recursos naturais a uma velocidade superior àquela que o Planeta conseguia repor, o fenómeno da globalização, um crescimento exponencial da população e a sua concentração em grandes centros urbanos, o aumento significativo da poluição, as alterações climáticas e o consequente aquecimento global colocam a Humanidade perante enormes desafios de sustentabilidade. Por outro lado, com o crescimento previsto da população mundial de 6 para 10 mil milhões, nos próximos 50 anos, prevê se um aumento do número de veículos rodoviários de 700 milhões para cerca de 2,5 mil milhões [1]. De acordo com as 1

17 Capítulo 1 Introdução previsões do governo português, calcula se que em 2020, Portugal possa vir a ter mais de 700 mil veículos eléctricos e cerca de 25 mil pontos de carregamento das baterias. Como tal, e assumindo que os EV representarão a longo prazo uma quota considerável do mercado automóvel, fruto das preocupações ambientais e dos avanços tecnológicos, é importante estudar e compreender o seu impacto tanto na rede eléctrica como na sociedade. A rede eléctrica evoluiu ao longo dos anos, seguindo um modelo estrutural em ilha, com a geração centralizada e as cargas distribuídas. Actualmente, a integração das energias renováveis, traduz se num aumento do número de geradores ligados à rede de distribuição e consequente descentralização da produção. Aliado a esse factor, o aparecimento de novas fontes de energia, a microgeração e a expectável massificação dos veículos eléctricos, conduzem a rede eléctrica a uma alteração de fundo quanto ao seu modelo de funcionamento. Estudos recentes [2 3] mostram que um aumento significativo da geração distribuída pode criar na rede de distribuição diferentes tipos de problemas. Tipicamente, a rede de média tensão é explorada de forma radial e toda a sua estrutura é projectada com base nesse pressuposto. Com a integração da geração, poderão ser criadas correntes de curto circuito, trânsito de cargas no sentido inverso que necessariamente afectarão a qualidade de energia, bem como os níveis de tensão na rede. As soluções monofásicas existentes, não existindo controlo de injecção da energia sobre as fases, poderão provocar desequilíbrios de cargas. Os sistemas de protecção serão, eventualmente, afectados no seu desempenho. Num contexto como o descrito anteriormente e na tentativa de dar resposta a estes e outros problemas, surge o conceito de rede eléctrica inteligente Smart Grid. 2

18 Capítulo 1 Introdução Através desta tecnologia é possível, com um conjunto de serviços energéticos, fazer o planeamento inteligente, a construção e a instalação de sistemas de gestão energética em todos os níveis da rede eléctrica desde a geração, passando pela transmissão e distribuição de energia. Permitindo assim a eficiência energética e uma redução dos custos energéticos. Outro problema que afecta de forma significativa a rede eléctrica, criando sérios obstáculos no que diz respeito à eficiência energética, é a incapacidade que existe em dar uma resposta rápida às flutuações de produção com origem, na sua maioria, em energias renováveis que por serem muito voláteis, rapidamente podem duplicar ou passar para metade a sua produção. Actualmente, para manter o equilíbrio da rede, ou seja, garantir que a energia consumida num dado instante seja igual à energia produzida, existem na rede, centrais e barragens em funcionamento stand by à espera de necessidade imediata de energia. Nesse contexto, prevendo um parque automóvel com um número considerável de EV integrados na Smart Grid, as baterias espalhadas pela rede poderão ser usadas como um centro de armazenamento de energia distribuído com capacidade para armazenar ou injectar energia sempre que necessário. Com isso, será possível reduzir os custos de operação das referidas barragens e centrais ao mesmo tempo que se diminui os níveis de poluição e se alinha a oferta com a procura. Percebe se então, o papel preponderante que os EV terão no sistema eléctrico nacional (SEN), futuramente na Smart Grid. A sua integração terá que ser projectada no sentido de minimizar ou eliminar impactos negativos que possam ocorrer na rede e nos sistemas de protecção. E estudar, a médio e longo prazo, a capacidade da rede em dar resposta ao aumento das cargas associadas aos veículos eléctricos. 3

19 Capítulo 1 Introdução Com a presente dissertação desenvolvem se cenários de possíveis modelos de integração dos EV e avalia se o consequente impacto na rede eléctrica, criando ferramentas que possibilitem a definição de soluções tecnológicas inerentes à operacionalização das Smart Grids em conjunto com os PEV. 1.2 Objectivos Através deste trabalho, pretende se estudar o impacto das cargas associadas aos veículos eléctricos no Sistema Eléctrico Nacional. Tendo como ponto de partida dois modos de carregamento: rápido e lento, e feita uma caracterização prévia da evolução temporal dos PEV em território nacional, são analisados os potenciais impactos nos perfis de carga nacional e regional com consumos crescentes controlados e não controlados, segundo três tipos de carregamento distintos: Peak Charging, Off peak Charging e Smart Charging. 4

20 Capítulo 2 Enquadramento Capítulo 2 Enquadramento Existe uma mudança de paradigma associada aos sistemas energéticos. Os modelos tradicionais, com um conceito de linearidade associado, em que a energia circula num único sentido da geração para a carga, serão gradualmente substituídos pelas chamadas Smart Grids, redes inteligentes em que o trânsito de energia se processa de uma forma bidireccional. O novo paradigma de suporte ao sistema eléctrico é erigido sobre uma forte aposta na gestão da procura, nas energias renováveis e na microprodução (geração distribuída) desenvolvendo o conceito do consumidor/produtor. A Figura 2.1 ilustra essa situação e a forma como a rede tem evoluído ao longo dos tempos. Neste capítulo, com o intuito de contextualizar este estudo, caracteriza se o sistema eléctrico actual, incluindo os vários sectores de actividade e a arquitectura das redes eléctricas inteligentes. É estudado, também, o modo como se processa o consumo de energia em Portugal, a produção por origens e a evolução da potência instalada ao longo dos últimos anos. Relativamente aos veículos eléctricos, descrevem se os 5

21 Capítulo 2 Enquadramento principais tipos de arquitecturas existentes, o estado actual da tecnologia associada às baterias e o futuro sistema de carregamento que se prevê implementar no País. Figura 2.1 Evolução do Sistema Eléctrico [4] 2.1 Sistema Eléctrico Nacional No estudo e caracterização das redes, faz sentido uma abordagem top down. É importante, para garantir uma visão global sobre o assunto, contextualizar o SEN. Em termos organizativos, o SEN pode ser dividido em cinco actividades principais: geração, transporte, distribuição, comercialização e operação dos mercados organizados de electricidade. Tendo em conta os objectivos deste trabalho, o enfoque recai sobre a geração, o transporte e a distribuição de energia. 6

22 Capítulo 2 Enquadramento Produção de Electricidade A produção de electricidade em Portugal processa se segundo dois regimes distintos: (i) produção em regime ordinário, relativa à produção de electricidade com base em fontes tradicionais não renováveis e em grandes centros electroprodutores hídricos, e (ii) produção em regime especial, relativa à produção eléctrica: Com base em recursos hídricos para centrais até 10MW e nalguns casos até 30MW; Com base em resíduos (urbanos, industriais e agrícolas); Em baixa tensão, com potência instalada limitada a 150kW; Por microprodução, com potência instalada até 5,75kW; Através de um processo de cogeração (produção combinada de calor e electricidade em que é aproveitado o calor gerado na combustão para fins industriais ou de aquecimento). No actual enquadramento legal, a lógica do planeamento centralizado de produção de electricidade é substituída por uma lógica de mercado e de iniciativa privada, havendo apenas lugar à intervenção do operador do sistema para efeitos de segurança do abastecimento de energia eléctrica no SEN quando se perspectivem situações de escassez energética [5]. 7

23 Capítulo 2 Enquadramento Transporte de Electricidade A actividade de transporte de electricidade é efectuada através da Rede Nacional de Transporte (RNT), mediante uma concessão atribuída pelo Estado Português por um período de 50 anos, desde 2007, em regime de serviço público e de exclusividade à REN SA, ficando a empresa responsável pelo planeamento, construção, operação e manutenção da RNT; gestão técnica global do SEN e compensação de desequilíbrios do mercado de energia eléctrica [5]. Distribuição de Electricidade A distribuição de electricidade processa se através da exploração da rede nacional de distribuição (RND) constituída por infra estruturas ao nível da alta e média tensão, assim como da exploração das redes de distribuição de baixa tensão. A rede nacional de distribuição é operada através de uma concessão exclusiva atribuída pelo Estado Português. Actualmente, a concessão exclusiva para a actividade de distribuição de electricidade em alta e média tensão pertence à EDP Distribuição. As redes de distribuição de baixa tensão continuam a ser operadas no âmbito de contratos de concessão estabelecidos entre os municípios e os distribuidores, actualmente concentrados na EDP Distribuição [5]. 8

24 Capítulo 2 Enquadramento Produção de Electricidade A produção anual de energia eléctrica situa se actualmente nos 50TWh (50 10 ). A figura seguinte (Figura 2.2) ilustra a satisfação do consumo, por origens, no período Figura 2.2 Consumo Nacional de Energia Eléctrica [ ] [6] Observa se que o consumo de electricidade continua a crescer, mas a um ritmo mais lento. Em 2006 o consumo de electricidade tinha aumentado 2,6%; em 2007 o aumento foi de 1,8% e em 2008 foi de apenas 1%. É de realçar o aumento sustentado do saldo importador, decorrente da liberalização do mercado, o aumento da PRE Eólica (representa 11%), a grande variabilidade da produção hidráulica, compensada pelo recurso a tecnologias poluentes (numa primeira fase, carvão e petróleo, e mais recentemente, gás natural) [7]. 9

25 Capít ulo 2 Enquadramento A Figura 2.3 mostra a repartição da produção em 2007 e Em 2008, relativamente a 2007, pôde se verificar: O aumento da produção em regime especial (PRE), que em 2008 se situou nos 23%, e do saldo importador (19% em 2008). O aumento da participação do gás natural (24% em 2008), também por força da diminuição da componente hídrica (apenas 11% em 2008), motivada pelas condições climatéricas. A relativa estabilização da produção baseada em recursos muito poluentes (21% de carvão e 2% de petróleo, em 2008) [7]. Figura 2.3 Caracterização da Produção por fontes de energia em 2007 e 2008 [6] É importante, para compreender e caracterizar melhor a produção em Portugal, atentar nos dados gerais de produção e consumo do SEN. Observa se que a produção de energia eléctrica em Portugal Continental é de origem predominantemente térmica. 10

26 Capítulo 2 Enquadramento Quadro 2.1 Consumo referido à Produção Líquida em 2007 e 2008 [6] Analisando o Quadro 2.1, no ano de 2008 a produção hídrica PRO entregue à rede pública situou se em cerca de 6,4TWh, valor bastante inferior ao verificado no ano anterior ( 32%). Esta produção contribuiu com uma parcela de 11% para a satisfação do consumo, cabendo à produção térmica PRO entregue na rede pública uma participação de 47% (23,8TWh). O saldo de trocas com a rede eléctrica espanhola em 2008 foi de 9,4TWh, com um carácter importador, correspondendo a 19% do consumo total. A produção em regime especial teve uma participação de 23% na satisfação do consumo, correspondente a uma energia de 11,6TWh. Deste valor, cerca de 51% provém de eólica, que registou um crescimento de 4,0TWh em 2007 para 5,7TWh em 2008, sendo o restante de origem térmica (cogeração e térmica renovável), hídrica e fotovoltaica [6]. 11

27 Capítulo 2 Enquadramento Actualmente, no sentido de diminuir os impactos ambientais do sector eléctrico, existem incentivos à produção de energia eléctrica a partir de fontes renováveis. Como tal, tem vindo a aumentar a produção de energia a partir de fontes de energia renovável, nomeadamente, aproveitamentos eólicos, aproveitamentos solares fotovoltaicos, centrais mini hídricas, bem como centrais térmicas a partir da combustão de biomassa e biogás. De todas as fontes renováveis, a cogeração e os aproveitamentos eólicos são os que maior peso têm na produção de electricidade (Figura 2.4). Figura 2.4 Caracterização da PRE entre 2008 e 2009 [8] Notar ainda, que uma parte da energia produzida, nomeadamente a proveniente de energias renováveis, é injectada directamente nas redes de distribuição de média e alta tensão em função da tecnologia de produção associada. 12

28 Capítulo 2 Enquadramento Potência Instalada A Figura 2.5 contém a constituição do parque electroprodutor, com a repartição da potência instalada por origem. Em 2008, a potência instalada, somatório da potência instalada em regime ordinário com a potência em regime especial, ascendia a cerca de MW. A potência instalada nas centrais PRO não aumentou, fixando se nos MW. Por outro lado, a potência instalada relativa ao PRE aumentou, com especial destaque para a Eólica, que subiu de 2 048MW para 2 757MW. É de referir que a potência eólica representa já quase 20% da potência total instalada no SEN. É interessante verificar que os 4 578MW hídricos instalados produziram 9 523GWh (18% do total) em 2007, mas apenas 6 436GWh (11% do total) em 2008 [7]. Ainda na Figura 2.5 é possível observar a relação entre o crescimento da ponta (pico de potência) anual e o aumento da potência instalada. Figura 2.5 Caracterização da Potência Instalada [6] 13

29 Capítulo 2 Enquadramento Rede de Transporte A RNT cobre a totalidade do território de Portugal Continental e tem interligações à rede espanhola de electricidade em nove pontos, incluindo quatro interligações de 400kV e três de 220kV, além de uma interligação de 130kV e outra de 60kV. Está prevista a construção de mais duas interligações adicionais a 400kV, que deverão estar concluídas até Tipicamente o transporte de energia eléctrica em Portugal é feito em Muito Alta Tensão (MAT): 400kV, 220kV, 150kV e 130kV. Pretende se com isso, diminuir as perdas e garantir maior capacidade de transporte. A rede de Muito Alta Tensão (MAT) é obrigatoriamente malhada de modo a existir redundância activa em caso de defeitos, falhas e eventuais avarias [7]. No que diz respeito às linhas de 400kV, a rede desenvolve se no sentido norte sul junto à costa, do centro electroprodutor de Alto Lindoso a Norte, até ao centro electroprodutor de Sines, a Sul, e também no sentido oeste leste, estabelecendo as interligações com a rede espanhola. As linhas de 220kV desenvolvem se fundamentalmente entre Lisboa e Porto, e, na diagonal, entre Coimbra e Miranda do Douro e ao longo do rio Douro e na Beira Interior. A rede MAT é ainda complementada por um conjunto de linhas de 150kV, o primeiro nível histórico (início dos anos 50) de tensão da RNT. 14

30 Capítulo 2 Enquadramento A RNT liga (Março 2008) 38 centros electroprodutores e 383 subestações. Do total de centros electroprodutores, 63% são hídricos, 18% são térmicos e 19% são centros electroprodutores em regime especial. As subestações ligam as diferentes partes da RNT e fornecem os pontos de entrada e saída através dos quais a electricidade transita entre produtores e distribuidores (que, por sua vez, alimentam a maior parte dos consumos finais) ou grandes consumidores [7]. 60kV. A energia eléctrica é entregue à rede de distribuição a um nível de tensão de Rede de Distribuição A Rede Nacional de Distribuição (RND) é constituída pelas redes de alta e média tensão, que incluem as linhas aéreas e os cabos subterrâneos AT e MT, e pelas subestações de distribuição (AT/MT e MT/MT). Existem, ainda, postos de corte/seccionamento AT ou MT que, por não possuírem capacidade de transformação, se consideram integrados na respectiva rede. O quadro seguinte (Quadro 2.2) apresenta uma caracterização geral da rede AT, subestações AT/MT e rede MT em 31/12/

31 Capítulo 2 Enquadramento Quadro 2.2 Elementos constituintes da RND em 2008 [9] O quadro em baixo (Quadro 2.3) apresenta uma caracterização geral da rede AT, subestações AT/MT e rede MT para a situação prevista em 31/12/2011, bem como a sua variação relativamente a 2008 [9]. Quadro 2.3 Previsão dos Elementos constituintes da RND em 2011 [9] A alimentação da rede em Alta Tensão (AT) é assegurada pelas subestações da RNT, designadas de pontos injectores. A rede de Média Tensão (MT) é alimentada a partir das subestações AT/MT. A distribuição em AT é efectuada à tensão de 60kV, existindo apenas uma linha AT de 132kV no norte do país, entre a central hídrica do Lindoso e a SE Ruivães. A estrutura da rede AT é genericamente malhada, sendo a exploração efectuada em malha 16

32 Capítulo 2 Enquadramento fechada sempre que possível e conveniente. A maior parte da rede AT é aérea, existindo no entanto uma forte componente subterrânea nas zonas urbanas de Lisboa e Porto. A configuração típica das subestações AT/MT pressupõe que estas tenham a possibilidade de ser alimentadas a partir de duas linhas AT, sendo dotadas de barramento AT e possuindo dois transformadores de potência. Em zonas de elevada densidade de cargas, e por razões de limitações de espaço, existem subestações sem barramento AT, constituindo como que um bloco cabo/transformador protegido por um único disjuntor no posto de corte a montante, sendo garantida a reserva N 1 às cargas servidas. Em zonas de menor densidade de cargas existem subestações AT/MT com apenas uma alimentação AT ou com um único transformador de potência, mas em que a sua configuração de base prevê a possibilidade de expansão futura; esta situação poderá, também, ocorrer em novas subestações nos primeiros anos de funcionamento. Para garantir o recurso às subestações sem reserva N 1, a EDP dispõe de duas subestações móveis, devidamente equipadas e mantidas como reserva. As subestações AT/MT são automatizadas e telecomandadas, o que flexibiliza a reconfiguração da rede e a reposição do abastecimento em caso de incidente. Geograficamente, estas instalações encontram se naturalmente mais concentradas nas zonas de maior densidade de cargas, em que a redução do comprimento médio das saídas MT e a criação de possibilidades de alimentação alternativas contribuem, assim, para assegurar uma melhor qualidade de serviço aos clientes. A distribuição MT é efectuada, predominantemente, nos níveis de tensão de 30kV, 15kV e 10kV, sendo os níveis mais baixos utilizados tipicamente em regiões de maior densidade de cargas e no litoral, enquanto os 30kV são utilizados em regiões de maior 17

33 Capítulo 2 Enquadramento dispersão. Existem também subestações MT/MT, responsáveis pelo abaixamento da tensão de distribuição MT de 30kV para 15kV ou 10kV. Existem ainda pequenas redes a 6kV que têm vindo a ser substituídas para níveis de tensão mais elevados. A rede MT é explorada radialmente. Nas zonas urbanas ou semi urbanas ela possui uma estrutura em fuso ou em anel, sendo maioritariamente subterrânea; nestas zonas, a maioria das saídas MT das subestações dispõem de alimentação alternativa. Nas zonas rurais, a rede MT possui uma estrutura essencialmente radial arborescente e é maioritariamente do tipo aéreo. Para facilitar a exploração e melhorar a qualidade de serviço, a rede MT possui, ao longo do seu percurso, órgãos de corte telecomandados ou dotados de algum tipo de automatismo. As redes de distribuição ocupam uma zona geográfica muito menor, no entanto, são compostas por mais equipamentos, como se observa no Quadro 2.4, quando comparadas com uma rede de transporte. Os quadros seguintes ajudam a descrever com maior detalhe os vários aspectos que caracterizam a RND. 18

34 Capítulo 2 Enquadramento Quadro 2.4 Instalações e Equipamentos em serviço [10] Os próximos quadros mostram, detalhadamente, a forma como os clientes da rede se organizam pelos vários níveis de tensão da RND (Quadro 2.5) e a distribuição geográfica do consumo (Figura 2.6). A BTN (Baixa Tensão Normal) representa a maior parcela do total de clientes. A informação é relativa a Quadro 2.5 Clientes das Redes de Distribuição [10] 19

35 Capítulo 2 Enquadramento Figura 2.6 Distribuição de classes de densidade de consumos por concelho, ano 2007 [9] 2.2 Smart Grid Existem sérios estímulos e desafios colocados à sociedade no sentido de repensar todo o modelo energético desde a produção ao consumo. Entre vários factores, a liberalização do mercado, o aumento do consumo de energia eléctrica, a necessidade de renovar e modernizar as infra estruturas e os planos governamentais no sentido de promover aspectos como a sustentabilidade ambiental, a 20

36 Capítulo 2 Enquadramento competitividade nos preços da electricidade e a melhoria na qualidade dos serviços levaram à procura de soluções inovadoras. No seguimento das políticas que têm sido tomadas, a União Europeia aprovou, entre várias medidas, uma directiva 20, 20, 20 até 2020 em que os estados membros se comprometem a reduzir até um mínimo de 20% as emissões de gases com efeito de estufa, atingir 20% de quota de energia gerada a partir de fontes renováveis e aumentar em 20% a eficiência energética, tudo até É neste contexto, que aparece o conceito Smart Grid. Os aspectos primordiais associados à Smart Grid prendem se com a capacidade de comunicação bidireccional entre todas as entidades constituintes da rede eléctrica, a integração das grandes centrais e os pequenos pontos de geração, sejam eles centralizados ou distribuídos ao longo da rede, bem como todos os consumidores, albergando portanto toda a rede de energia. Outro aspecto, importante, é a automação de toda a infra estrutura, dado que passa a existir supervisão e controlo da rede de distribuição, desde o ponto em que a energia é gerada até ao ponto em que é consumida, suportada por unidades de informação descentralizadas e novas redes de comunicação, constituindo assim uma rede energética inteligente. Notar que ao nível da AT e MAT, a rede já é automatizada. Benefícios O trânsito de energia nos dois sentidos possibilita que o consumidor seja também um produtor de energia. Dessa maneira promove se a produção a partir de fontes renováveis, integrando a microgeração e consequentemente a geração distribuída. Dessa 21

37 Capítulo 2 Enquadramento forma, aos consumidores é atribuída uma participação mais activa no mercado energético. Mediante a existência de uma eficiente estrutura de controlo e gestão da rede de distribuição, o Consumidor/produtor poderá ampliar a potência instalada, possibilitando um aumento da produção de energia através da microprodução; poderá ter um papel activo na gestão do seu consumo energético, contribuindo para alinhar a oferta com a procura e reduzir os seus custos com a energia; poderá ter acesso a novos serviços, novas formas de tarifação e planos de preços inovadores. Do lado do Comercializador, este modelo de rede, permite também a redução de custos em diversas operações tais como eliminar os custos associados à contagem manual, facilitar a detecção de fraudes, diminuir custos de inter relacionamento entre comercializador (ou operador da rede) e consumidores (mudança de escalão de potência contratada, corte e religação, envio de mensagens) e problemas de débito. Garante ainda que os clientes venham a ser facturados sempre de acordo com o seu consumo real, independentemente da frequência de facturação. Com o volume de informação e conhecimento adquirido sobre o estado da rede, o Operador de Rede aumentará a eficiência de operação, poderá aumentar a fiabilidade das suas redes e poderá também aumentar a qualidade de serviço no fornecimento de energia eléctrica, optimizando investimentos, reduzindo os seus custos operacionais e as suas perdas de energia. Permitirá também a introdução de melhoramentos na operação da rede e no planeamento futuro, com base em informação mais detalhada sobre as condições de operação, estimação mais precisa de perdas técnicas e não técnicas, maior rapidez na detecção de falhas, maior facilidade na sua localização e reposição de serviço mais 22

38 Capítulo 2 Enquadramento rápida. Adicionalmente, possibilitará a monitorização da rede de modo mais completo e fiável, induzindo a modulação da procura, alisando picos de consumo, contribuindo para um maior alinhamento entre a oferta e procura de energia. Estas redes constituirão uma plataforma sobre a qual será possível desenvolver e disponibilizar um conjunto relevante de serviços, que vão muito para além da venda de energia eléctrica. É neste cenário, que será integrada toda a infra estrutura de suporte aos veículos eléctricos, nomeadamente redes de abastecimento e prestação de serviços associados. Outros Canais Internet Man Figura 2.7 Serviços suportados pela Smart Grid [11] Considerando os serviços disponíveis (Figura 2.7), serão várias as utilizações. Uma solução de microgeração numa casa pode aproveitar as horas de menor consumo para armazenar a energia de que precisará nos picos de actividade, incluindo carregar a bateria de um carro eléctrico. Ou permitir que a energia acumulada nessa bateria seja 23

39 Capítulo 2 Enquadramento descarregada para casa, ajudando a abastecer as necessidades domésticas do consumidor, ou mesmo para a rede eléctrica, contribuindo para um maior equilíbrio da utilização das redes ao longo do dia [12]. Especificação Funcional No desenvolvimento tecnológico necessário à implementação da Smart Grid, importa considerar as seguintes etapas (Figura 2.8): Figura 2.8 Benefícios da Tecnologia em função da implementação das várias etapas [11] O mercado das Smart Grids tem três áreas principais: smart metering (contagem e facturação inteligente), grid intelligence (infra estruturas de automação de rede e equipamentos de controlo) e utility IT (gestão inteligente de informação, centralizada e descentralizada) (Figura 2.9). 24

40 Capítulo 2 Enquadramento Figura 2.9 Esquema Funcional da Smart Grid [4] Nesse sentido, uma solução de implementação prevê a actuação em três linhas de intervenção que aceleram a transformação da rede eléctrica para dar resposta a novos desafios, envolvendo: Telegestão de Energia abordagem centrada no consumidor, promoção da eficiência energética e prestação de novos serviços. Disponibilização de instrumentos e funcionalidades de telegestão individualizada aos utilizadores da rede e agentes do mercado liberalizado; Integração da microprodução na Rede de Distribuição adequação da rede para uma generalizada integração da microprodução distribuída, mantendo a segurança da operação e a fiabilidade do fornecimento; Implementação dos conceitos de Smart Grids integração de maior inteligência para aumentar a eficiência, a segurança e qualidade de serviço na exploração das Redes. 25

41 Capítulo 2 Enquadramento Uma solução global 1 é composta por vários componentes que articulados entre si permitem endereçar os objectivos preconizados para o sistema. Os principais componentes desta solução são: Energy Box (EB) 1 : dispositivos a instalar nos consumidores/ produtores (incluindo módulos de medida, de actuação, de processamento, de interface, de comunicação, etc.); Distribution Transformer Controller (DTC) 1 : equipamento para controlo local a instalar nos postos de transformação (incluindo módulos de medida, de actuação, de processamento, de interface, de comunicação, etc.); informação; Redes/Comunicações: equipamentos e tecnologias para transmissão de Sistemas de Informação: sistemas e aplicações para gestão e processamento central dos dados. 1 Esta solução e conceitos foram adoptados no âmbito do projecto piloto da EDP Inovgrid para a implementação de uma Smart Grid no território nacional. 26

42 Capítulo 2 Enquadramento Em baixo (Figura 2.10), exemplo de Arquitectura Técnica de Referência para uma implementação de Redes Inteligentes de Energia: Figura 2.10 Arquitectura da Smart Grid [11] Todas as EB têm um DTC que as gerem. Este DTC pode existir fisicamente ou poderá ser virtual (caso de consumidores isolados, que por motivos técnicos a rede LAN é substituída pela WAN na comunicação DTC EB). A Energy Box (EB) será um dispositivo constituído por sensores, contadores, actuadores, etc., que substituirá o actual contador, embora englobe um conjunto de funções muito para além da contagem de energia. Para além de permitir uma caracterização detalhada dos consumos (acessível tanto localmente para o consumidor como remotamente para o comercializador), a EB estabelece a ligação entre os diversos clientes da rede de baixa tensão e o Posto de Transformação, por intermédio do DTC. A 27

43 Capítulo 2 Enquadramento EB, para além de estabelecer o elo de ligação com o resto do sistema, relaciona um conjunto de necessidades actuais e futuras de cada habitação/consumidor, operador de rede, comercializador, entre outros Sistemas de Contagem No capítulo dos sistemas de contagem, o aspecto mais importante prende se com a Contagem Inteligente Smart Metering, que vem revolucionar por completo os modelos convencionais (Figura 2.11). O Contador Inteligente, associado a sistemas de domótica que permitem gerir eficientemente todas as aplicações domésticas, permitirá evitar consumos desnecessários nas horas em que o tarifário é mais caro e aproveitará para colocar na rede a energia produzida com a microgeração ou armazenada nas baterias dos carros eléctricos sempre que existam vantagens financeiras para o consumidor [12]. Face aos modelos tradicionais, o processo de Contagem torna se mais claro e rigoroso, uma vez que o consumo energético é contabilizado em tempo real nos dois sentidos e a informação é recolhida automaticamente por via dos sistemas de comunicação integrados. Com isso, o fornecedor melhora a qualidade dos serviços e o consumidor toma um papel mais activo no processo. O fornecedor poderá alterar tarifários ou cortar a energia, ou seja, garantir uma gestão eficiente da carga. Ao utilizador, é dada a possibilidade de monitorizar o trânsito 28

44 Capítulo 2 Enquadramento de energia e tomar controlo sobre o mesmo, optando pelo tarifário que mais se adequa à situação naquele momento. Quanto às soluções de comunicação actualmente disponíveis para efeitos de Telecontagem, estas poderão suportar interfaces RS232, RS485, bem como modems PSTN (rede comutada analógica), GSM (rede móvel), GSM/GPRS (rede móvel/dados) ou TCP/IP (internet), tendo em vista a transmissão local ou remota dos valores de contagem e eventos, para sistemas centrais de aquisição e tratamento de dados (Centrais de Telecontagem) [13]. Em zonas urbanas, onde a rede de baixa tensão está largamente difundida, a tecnologia Powerline (PLC) constitui se como uma forte opção. Por utilizar a própria rede eléctrica como suporte à transmissão de dados e voz, possibilita um maior aproveitamento dos recursos existentes e facilita a implementação dos sistemas de comunicação. Em termos práticos, a implementação dos sistemas inteligentes de contagem, é já uma realidade. Em 2008, foram instalados 39.3 milhões de Smart Meters na Europa. Prevê se que, até 2020, 80% dos consumidores europeus sejam abrangidos pela tecnologia. No caso concreto de Portugal, ao abrigo do projecto piloto INOVGRID, a EDP pretende instalar, no imediato, 50 mil contadores em vários pontos espalhados pelo País. Um investimento que rondará os 15 milhões de euros. A segunda etapa do projecto prevê levar os contadores a 600 mil casas até 2011 [14]. 29

45 Capítulo 2 Enquadramento Figura 2.11 Modelo Convencional vs Smart Meter [15] De um modo geral, os benefícios são partilhados pelas várias partes envolvidas no mercado energético: Eléctricas redução dos custos de operação, controlo do fluxo energético, detecção de falhas, melhoria na previsão e gestão da procura; Fabricantes ajudas e incentivos ao negócio por parte das políticas governamentais, normalização da tecnologia; Governo e Consumidores aumento da eficiência energética e integração da microgeração; Empresas IT oportunidades de negócio, no âmbito dos sistemas remotos de gestão da energia e previsível aumento dos serviços de consultoria energética [15]. 30

46 Capítulo 2 Enquadramento Automação de Redes Um aspecto importante relacionado com a Smart Grid é o nível de automação da rede, nomeadamente da rede de distribuição. Dado que, à imagem do que já acontece com a rede de transporte, também a rede para os níveis mais baixos de tensão passa a ser dotada de mecanismos inteligentes. Os sistemas de protecção e comando das subestações aumentam a fiabilidade de operação das redes de energia. A disponibilização de soluções de automação e de reconfiguração da rede de distribuição permite garantir a optimização dos esforços operacionais e de manutenção e, consequentemente, melhorar a rentabilidade e o retorno do investimento realizado nas redes eléctricas. Adicionalmente, o telecomando e a capacidade por parte das subestações e postos de transformação de transmitir informações em tempo real irão melhorar a segurança operacional das Redes de Distribuição de Energia. Nesse sentido, com a automatização das subestações na rede de distribuição, a integração de uma rede de comunicações, aplicações inteligentes descentralizadas e um sistema de gestão distribuído, torna se possível a detecção e diagnóstico de falhas, e eventualmente a sua recuperação, de forma a evitar situações de avarias. Finalmente, a estandardização e normalização de protocolos e interfaces tornam as soluções mais flexíveis e garantem a interoperabilidade entre fabricantes. 31

47 Capítulo 2 Enquadramento Sistemas de Informação O sistema de gestão de energia descentralizado permite o controlo de todas as novas fontes de energia, distribuídas ao longo da rede. Gerir eficientemente um elevado número de instalações individuais de geração requer informação em tempo real e tecnologias de comunicação avançadas. Com o sistema de gestão de energia, essas fontes de geração de energia distribuída podem ser combinadas para formar uma central de geração virtual de grande escala. O sistema usa toda a informação relevante, como previsões meteorológicas, preços de electricidade correntes e consumos de energia, actuais e históricos, constituindo esses dados a base de elaboração e acompanhamento de um plano de exploração optimizado. 2.3 Veículo Eléctrico Por definição, um veículo eléctrico (EV) diferencia se dos restantes veículos pelo facto de utilizar um sistema de propulsão eléctrica. Integra um motor eléctrico, que converte energia eléctrica na energia mecânica necessária à sua propulsão. Actualmente, resultado das preocupações ambientais à escala global, a dependência energética dos combustíveis fósseis e a procura por uma qualidade de vida melhor das populações nas zonas urbanas, existe uma consciência clara que um dos principais problemas a resolver, está directamente relacionado com o sector dos transportes rodoviários. 32

48 Capítulo 2 Enquadramento Enquadrado numa política concertada e sustentável de transportes, a utilização dos veículos eléctricos surge como uma alternativa credível e viável para determinadas aplicações de mobilidade e transporte. O veículo eléctrico é actualmente a solução que mais se aproxima do conceito Zero Emissões (ZEV) em utilização em qualquer tipo de condução. Por Zero Emissões entende se: zero ruídos, zero emissões de poluentes e zero emissões de gases de efeito de estufa. As emissões poluentes, em particular de CO 2, associadas ao veículo eléctrico dependem fundamentalmente da forma como a electricidade é produzida. Quanto ao desenvolvimento tecnológico e aos processos de fabrico das baterias, com menor custo e maior capacidade de armazenamento, a nova geração de EV possibilita um melhor desempenho ao nível da autonomia e tempo de recarregamento. Em termos de eficiência, o EV faz uso da travagem regenerativa, ou seja, explora a capacidade que o motor eléctrico tem de poder funcionar como gerador. O motor eléctrico é usado como gerador durante a travagem do veículo e a saída produzida, após convertida, é usada para recarregar as baterias. Relativamente à eficiência do motor, os veículos eléctricos utilizam tipicamente entre 0,15 a 0,17kWh por quilómetro [16]. Aproximadamente metade deste consumo advém da ineficiência do processo de carga das baterias. A média de consumo equivalente para um veículo a gasolina com um consumo de 10l/100km é de 0,9kWh por quilómetro, ou seja, significativamente menos eficiente que um veículo eléctrico. Outro aspecto importante, já focado anteriormente, está directamente relacionado com o conceito vehicle to grid (V2G), ou seja, a interacção do PEV com a rede eléctrica. Tendo em conta o crescimento do parque automóvel eléctrico, e 33

49 Capítulo 2 Enquadramento considerando a sua integração na smart grid, o conjunto das suas baterias poderá funcionar como um centro de armazenamento de energia distribuído pela rede, servindo como energia de backup e contribuindo para o peak shaving Tipos de EV Os diferentes tipos de veículos eléctricos podem ser caracterizados quanto ao tipo de mecanismo gerador ou armazenamento de energia eléctrica instalada a bordo. Em baixo, as principais categorias: Veículo Eléctrico a Baterias utiliza a energia eléctrica proveniente da rede de distribuição pública para carregar um conjunto de baterias instalado a bordo. Durante a marcha, as baterias alimentam um ou mais motores eléctricos acoplados às rodas dos veículos; Veículo Eléctrico Híbrido combina no mesmo veículo duas fontes de energia distintas, para o fornecimento da energia necessária à tracção. Uma das fontes é uma bateria que pode armazenar a energia eléctrica e restitui la ao motor eléctrico. A outra fonte é um reservatório de combustível que alimenta um motor térmico que pode accionar directamente as rodas ou fornecer energia mecânica a um gerador eléctrico; Veículo a Pilha de Combustível a pilha de combustível é um sistema instalado no veículo para a produção de energia eléctrica a partir do hidrogénio. Assume se como uma solução não poluente, emitindo exclusivamente vapor de 34

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