Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Guandu, da Guarda e Guandu-Mirim

Transcrição

1 ATA DA 1ª REUNIÃO DA CÂMARA TÉCNICA DE ESTUDOS E PROJETOS - CTEP Ao sexto dia do mês de fevereiro de 2014, às 14h15min, o Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios - Comitê Guandu, deu início à 1ª Reunião da CTEP, no auditório Salão Verde do Instituto de Veterinária, na UFRRJ, tendo como pauta os seguintes assuntos: 1- Leitura e Aprovação da minuta de ata anterior ( ); 2- Definição sobre a inclusão, na CTEP, do tema "revisão dos valores e metodologia da cobrança pelo uso da água na Região Hidrográfica II -Guandu"; 3- Planejamento de trabalho da CTEP; 4- Análise do estudo de Viabilidade de Implantação do Programa PRO-PSA na Região Hidrográfica do Guandu, considerando aprovação da proposta de ampliação do PRO-PSA; 5- Apresentação do TdR para continuidade do projeto de Tocos. O Coordenador da CTEP, Hendrik Mansur (TNC), iniciou a reunião com a inversão de pauta. Iniciou-se a discussão do planejamento de trabalho da CTEP. Hendrik Mansur apresentou a planilha de programas e ações do plano de bacia distribuídas por câmara técnica. Nelson Reis (OMA-Brasil) explicou como foi realizada a distribuição dos programas por câmara. Hendrik Mansur explicou os programas que estão por responsabilidade da CTEP. O mesmo relacionou os programas aos projetos que estão sendo executados pelo Comitê. Para o segundo assunto da pauta, Hendrik Mansur informou dos assuntos tratados na CTIG, na parte da manhã, sobre a cobrança referente à transposição. O mesmo perguntou se os membros concordam em deixar como responsabilidade da CTIG, por ser a câmara de instrumentos de gestão. Caso seja necessário, a CTEP se reúne com a CTIG numa reunião conjunta. Nelson Reis ressaltou que o assunto perdas, deve ser discutido pela CTEP. Ficou definido que o assunto perdas hídricas será discutido na próxima reunião, enquanto que o assunto metodologia da cobrança será discutido na CTIG. Hendrik Mansur explicou sobre o estudo de viabilidade para implantação do programa PRO-PSA na bacia. O mesmo sugeriu que CTEP elabore um manual do PRO-PSA com diretrizes do programa baseado no Estudo de Viabilidade para subsidiar a tomada de decisões do Comitê. Hendrik Mansur iniciou a apresentação do estudo de viabilidade propondo o manual do programa usando este estudo, mas com uma visão do Comitê. José Arnaldo (Prefeitura de Japeri) disse não entender o porquê do rio São Pedro não ser apontado como área prioritária. Hendrik Mansur respondeu que as áreas foram priorizadas considerando o recurso disponível para investimento em áreas que proporcionem maior custo x benefício. O

2 mesmo ressaltou que a proposta é de que o Cadastro Ambiental Rural CAR, seja uma etapa do PRO-PSA, uma vez que o programa exige o mapeamento das propriedade e haverá a redução de custo, bem como as informações do CAR servirão para outros projetos do Comitê, Prefeituras, Estado e outras instituições. No Estudo de Viabilidade a área prioritária para a elaboração do CAR é toda a região de drenagem para a captação de água da ETA GUANDU, que deverá ser ampliada para toda bacia. Explicou ainda que o custo do CAR estimado no estudo é para entregar um pré-cadastro completo ao Estado e ao município e ainda prevê capacitação de representantes da entidade envolvidas (Comitê, Estado, Municípios, AGEVAP, etc). Amisterdan Ribeiro (SIMARJ) sugeriu que, a partir da próxima reunião, seja inserido no planejamento apresentações das instituições da bacia sobre seus programas de desenvolvimento. Foi decidido que, ser houver demanda, será disponibilizada 20 minutos para apresentação de projetos e mais 10 minutos para discussão. Hendrik esclareceu que o custo do CAR proposto no Estudo é de R$ 2,8 milhões para uma área de ha com conclusão em 2 anos e que o programa prevê a aprovação de lei de PSA municipal para ser Hendrik propôs, a partir do Estudo de Viabilidade, escrever um manual para o programa PRO-PSA com diretrizes na visão do comitê. Adacto Ottoni (CREA-RJ) informou que a mídia anunciou que o problema do apagão é causado pela seca e baixos níveis dos reservatórios e, por conta disso, a ministra está solicitando à presidência recursos e aceleração das licenças ambientais para construção de mais barragens para evitar um colapso de energia. Segundo ele, o problema não é a falta de água e sim, a falta de gestão. Desta forma, a solução é o reflorestamento que ajuda a controlar as enchentes nas épocas de chuvas. Mediante a importância deste programa para o reflorestamento e o problema do saneamento existente na bacia, sugeriu que seja um programa sustentável construindo uma parceria com as prefeituras para a coleta seletiva de lixos seco e úmido com programas que implantem usinas de compostagem para transformação do lixo em composto orgânico resolvendo o problema do passivo do bota-fora que sobrecarrega o aterro de Seropédica ao mesmo tempo que recupera o solo para baratear o reflorestamento. Além disso, utilizar o lodo de esgoto para produção de biogás. Criticou a nomenclatura do item monitoramento do Estudo de Viabilidade, complementando para monitoramento ambiental. O mesmo sugeriu, dentro das possibilidades de recursos, incluir o monitoramento sensorizado de OD, turbidez e ph para melhor analisar a água. Além disso, ampliar para 20 ou 30 pontos monitorando só esses parâmetros ao invés de implantar poucas estações multi-parâmetros

3 sensorizadas, que são muito mais caras, para se poder ter mais representatividade no monitoramento ambiental a ser executado. O mesmo ainda ressaltou a importância de se aplicar os recursos do Guandu em projetos de saneamento e não em obras, pois, o valor a ser gasto em uma obra de saneamento para um único município pode ser utilizado para elaborar projetos sustentáveis para 5 ou 6 municípios da bacia e deixar a parte mais pesada que são as obras para as prefeituras que buscarão outras alternativas de recursos. José Luiz Governo (Thyssenkrupp-CSA) ressaltou que não se podem considerar os discursos políticos e que os recursos, independente do valor, serão aplicados em prol das gerações futuras. A elaboração do Manual para o Programa PRO-PSA foi aprovada e Hendrik se dispôs a fazer uma minuta do manual a ser elaborado pela CTEP. Antes de se ausentar da reunião, José Arnaldo realizou os informes sobre os eventos do município de Japeri e os projetos que estão acontecendo no município. O mesmo agradeceu as ações do Guandu, parabenizou o site e solicitou materiais do Comitê para divulgação no evento do RPPN. Ressaltou a importância do comitê de bacia na gestão integrada. Para o quinto item de pauta, apresentação do TdR para continuidade do projeto de Tocos, Juliana Fernandes (AGEVAP) iniciou a apresentação do TdR do Projeto apelidado como Tocos II, por se tratar da continuidade do primeiro projeto. A mesma falou sobre o período monitorado no primeiro projeto e os parâmetros a serem considerados mensalmente no próximo projeto. Foram realizadas 10 campanhas num período de 15 meses. A mesma ressaltou que neste serão considerados qualidade e quantidade. Serão considerados os parâmetros de análises físico-químicos, químicos e biológicos todos monitorados mensalmente. Ressaltando os parâmetros necessários para o cálculo do IQA Índice de Qualidade da Água. Alexandre Lioi (UFRRJ) perguntou o porque do parâmetro cafeína, pois, nunca ouviu falar deste parâmetro para a qualidade da água. Janaína Vettorazzi explicou que através da cafeína, outros itens podem ser detectados, e é bem utilizado na análise de água mundialmente. Leandro Bronzato (Prefeitura de Barra do Piraí) perguntou se a cultura do café na região, e presente no solo, interferiria na detecção do parâmetro. Ficou definido pesquisar posteriormente se existe a interferência da cafeína do solo no monitoramento da água. Alexandre Lioi questionou a classificação dos parâmetros em química, físico-química ou biológico. Juliana Fernandes esclareceu que também teve dúvidas, porém, esta classificação foi enviada pelo comitê e a mesma não alterou por conta disso. Ficou definido avaliar a classificação dos parâmetros. Para a pluviosidade o termo de referencia considera dias

4 anteriores e no dia da coleta, Nelson Reis sugeriu considerar 10 dias, para que haja objetividade do período. Juliana acatará a sugestão e verificará a prática utilizada para deixar claro no TdR. Os presentes questionaram os pontos e solicitaram incluir mais dois pontos para avaliação da contribuição dos rios da Pedra e Papuda, sendo que um ponto deverá ser localizado no rio da Pedra e outro no rio Papuda à montante da confluência do dois rios. Amisterdan Ribeiro lembrou que tinha sido fechado os seis pontos devido ao custo e Janaína Vettorazzi acrescentou que o objetivo inicial era manter apenas quatro pontos. Hendrik Mansur sugeriu que se aproveitem os parâmetros já analisados. O TdR prevê a entregas trimestrais dos relatórios, com a análise crítica dos parâmetros analisados. Foi sugerido alterar a formação do coordenador de biólogo para profissional especializado na área, não restringindo a formação. Ficou definido alterar o cargo do coordenador para profissional de nível superior com experiência na área de recursos hídricos de qualidade da água com conhecimento em imunologia. Juliana Fernandes conferiu se os itens propostos pela CTEP foram considerados no termo de referência. Hendrik Mansur lembrou que tinha sido definido que, se fosse possível, quando feito análise dos resultados (e não análise de monitoramento de campo), incluir as análises dos pontos do projeto Produtores de Água e Floresta PAF que está à montante em seis pontos trabalhados no Tocos I. Ficou definido escrever agregar e não incluir para as análises dos pontos. Juliana Fernandes informou que o orçamento está sendo elaborado, caso com as alterações da inserção de mais dois pontos fique inviável financeiramente, o termo voltará para a CTEP. Para o primeiro item de pauta, aprovação da ata anterior, iniciou-se a leitura e as contribuições à minuta da ata anterior. A ata foi aprovada. Para assuntos gerais, Adacto Ottoni solicitou agendar a visita ao Aterro Sanitário CTR Santa Rosa, convidando o INEA, independente da aprovação da Plenária. O mesmo solicitou enviar um ofício à instituição solicitando 2 ou 3 opções de datas para a visitação. Adacto ressaltou também sua preocupação com a classificação do enquadramento para todos os rios da bacia como nível 2. Hendrik Mansur informou que todos os rios do Brasil enquanto não há estudo de enquadramento, são considerados classe 2. Adacto propôs que a CTEP solicite à diretoria pedir à CEDAE as informações sobre o destino final dos resíduos produzidos na estação de tratamento de água do Guandu. Adacto ressaltou que seria somente a solicitação de informação e, após o recebimento das informações, enviar ao órgão competente para análise e providências. Como encaminhamentos foram listados: 1- Solicitar à diretoria encaminhar carta

5 ao CTR Santa Rosa agendando visita da CTEP ao empreendimento; 2 Solicitar à diretoria que peça à CEDAE as informações sobre o destino final dos resíduos produzidos na estação de tratamento de água do Guandu. O Coordenador da CTEP, Hendrik Mansur (TNC), agradeceu a presença de todos, questionou se alguém teria algo a acrescentar e não havendo, encerrou a reunião às 17h25min. O Estudo de Viabilidade para a Implantação do PRO-PSA é parte integrante desta ata. Esta ata foi colocada em termo por Fátima Rocha e aprovada por: Hendrik Mansur (TNC) Coordenador: Nelson Reis (OMA-Brasil): José Gomes Barbosa (LIGHT): José Luis Governo (Thyssenkrupp-CSA): Amisterdan Ribeiro (SIMARJ): Alexandre Lioi (UFRRJ): Adacto Ottoni (CREA-RJ): Cláudio Ribeiro (Prefeitura Miguel Pereira): Leandro Bronzato (Prefeitura de Barra Do Piraí): Membros Presentes: Usuários: José Luis Governo (Thyssenkrupp-CSA); Amisterdan Ribeiro (SIMARJ); José Gomes (LIGHT); Sociedade Civil: Hendrik Mansur (TNC); Nelson Rodrigues (OMA-Brasil); Alexandre Lioi (UFRRJ); Governo: Cláudio Ribeiro (Prefeitura Miguel Pereira); Leandro Bronzato (Prefeitura de Barra Do Piraí); Adacto Ottoni (CREA-RJ). Membros Ausentes: Usuários: Raul Romero (CEDAE); Sociedade Civil: Frederico Coelho (ABES); Governo: Tito Neto (INEA). Convidados: William Weber (Jornalista); José Arnaldo (Prefeitura de Japeri); Janaína Vettorazzi (Comitê Guandu); Vânia Marques (Prefeitura de Japeri); Milton Ribeiro (Prefeitura de Japeri); Juliana Fernandes (AGEVAP).