IGUALDADE DE GENERO, DIREITOS E CIDADANIA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "IGUALDADE DE GENERO, DIREITOS E CIDADANIA"

Transcrição

1 IGUALDADE DE GENERO, DIREITOS E CIDADANIA ÉVORA A Civilização é a razão da igualdade. Camilo Castelo Branco ÉVORA 31 de Dezembro de 2011 Câmara Municipal de Évora - DASAJ

2 IGUALDADE DE GENERO, DIREITOS E CIDADANIA ÉVORA A Civilização é a razão da igualdade. Camilo Castelo Branco INDICE INTRODUÇÃO 3 CAPITULO I - Perfil Sócio Demográfico do Concelho, desagregado por género - Dimensão local e nacional 9 1 Perfil Demográfico 9 2 Perfil Sociodemográfico 17 3 Perfil Socioeconómico 23 CAPITULO II Principais problemáticas associadas ao género feminino - Dimensão local e nacional 26 1 A Igualdade de Género e Cidadania 27 2 Esfera Familiar Violência Doméstica 28 3 Esfera Profissional Acesso ao mercado e cargos de decisão e Assedio Sexual 42 4 Esfera Pessoal Feminização da Pobreza 46 CAPITULO III Principais Conclusões 50 INDICE DE QUADROS E GRÁFICOS 1

3 INDICE DE QUADROS E GRÁFICOS Quadro nº1 População Residente, por Freguesia e Sexo, no Concelho 9 Quadro nº2 População Residente, por Ano e Sexo, no Concelho 10 Quadro nº3 Variação da População Residente no Concelho Zona Rural vs Zona Urbana 11 Quadro nº4 Estrutura Etária da População Residente em Portugal, Alentejo Central e Évora Quadro nº5 Índices de Dependência de Jovens e Idosos, em Portugal ( ) 13 Quadro nº6 Estrutura Etária da População Residente em Portugal, Quadro nº7 Evolução da População Residente em Portugal, por sexo ( ) 15 Quadro nº 8 Nº Total de Imigrantes em Portugal, Alentejo Central e Évora 15 Quadro nº9 Complemento Solidário Para Idosos 18 Quadro nº 10 Cartão Social do Munícipe (2011) 20 Quadro nº11 - Nº de Pensionistas da Segurança Social Março 2009 Por Tipo de Pensão e Sexo Quadro nº 12 Valor Médio processado por pensionista, por tipo de pensão e sexo Março 2009 Quadro nº 13 Esperança de Vida à Nascença Evolução por Género (Portugal) 22 Quadro nº 14 Casamentos e Divórcios em Portugal - Evolução 22 Quadro nº 15 Desempregados por sexo Concelho (2011) 23 Quadro nº 16 Indicadores de Carater Geral em Portugal (2008) 25 Quadro nº 17 Estrutura de Desemprego em Portugal (2008) 25 Quadro nº18 Violência Doméstica em Portugal - Evolução 28 Quadro nº 19 Alguns dados significativos sobre Violência Contra Mulheres (2006) 29 Quadro nº 20 - Atendimentos por Concelho de Residência de Vitimas de Violência Doméstica Quadro nº 21 Encaminhamentos recebidos e/ou referenciados para o NAV 34 Gráfico nº 2 - NAV 35 Quadro nº 22 ONG s Combate á Violência Doméstica no Concelho 38 Quadro nº 23 Entidades com Intervenção Direta na Violência Doméstica - Distrito 39 Quadro nº 24 Igualdade de Género Novas Respostas Nacionais no Distrito 40 Quadro nº 25 - Igualdade de Género Novas Respostas Locais (Distrito ) 41 Quadro nº 26 Rede de Equipamentos e Respostas do Concelho 2003 / Quadro nº 27 Remunerações Médias de base mensais, segundo Níveis de Qualificação, em Portugal Gráfico nº 1 Pirâmide Etária Concelho de Évora 11 Gráfico nº 2 - NAV

4 INTRODUÇÃO O princípio da igualdade teve no liberalismo clássico, um significado que podia estar para além da igualdade perante a lei, contendo também a ideia de uma igualização socioeconómica, educacional e até civilizacional. Hoje, a ideia de progresso permite antever uma sociedade igualitária, ajudando a resolver tensões geradas pelo binómio igualdade/desigualdade, propondo-se favorecer processos de inclusão, não raras vezes, refletidos na invenção de categorias jurídicas relacionadas com o estatuto civil e político das pessoas em transição para a plena cidadania. A questão da igualdade entre homens e mulheres é antiga. Em Portugal, tem praticamente a mesma idade da democracia. A Republica Portuguesa é estabelecida pela Constituição da Republica Portuguesa (C.R.P.) 1, como soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária que estabelece, para o tema em apreço, ser tarefa do Estado a promoção da igualdade entre homens e mulheres 2. As mudanças têm aparecido, é certo, mas lentamente. Porquê? Porque o decreto não muda o comportamento e as tradições sociais de um dia para o outro, e também porque, reconheçamos, têm sido quase exclusivamente homens os responsáveis por essas alterações. Para comprovar isso mesmo, basta-nos abordar a questão, numa perspetiva cronológica de acontecimentos em Portugal, para percebermos que muitos dos direitos que hoje existem e que são muitas vezes tomados como adquiridos e de longa data, sobretudo pelos mais jovens, não o são efetivamente. Eles fazem parte da história recente de Portugal, existem há pouco mais de 30 anos. Em 1967, segundo o Código Civil, era o homem quem chefiava a família e decidia sobre a vida conjugal comum e dos filhos, sendo que só em 1969 foi permitido à mulher, passar a fronteira sem autorização do marido. 1 A Constituição da Republica Portuguesa foi aprovada e decretada pela Assembleia Constituinte, reunida na sessão plenária de 2 de Abril de Posteriormente, o texto constitucional registou sete revisões, tendo a ultima sido decretada pela Assembleia da Republica, através da Lei Constitucional no 1/2005, de 12 de Agosto 2 Artigo 9º da C.R.P. 3

5 O ano de 1971 foi o ano em que tivemos, pela primeira vez, uma mulher num cargo político Subsecretária de Estado mas também foi o ano, em que se proibia, por decreto, o trabalho noturno feminino e dois anos mais tarde, se proibia o trabalho da mulher em atividades que pudessem prejudicar as suas funções genéticas. Dá-se a Revolução de Abril, em 1974, e é nesta época que são abolidas todas as restrições em função do género, naquilo que à capacidade de votar diz respeito e que temos, em 1979, a primeira mulher Ministro Ministra dos Assuntos Sociais mais tarde, 1ª Ministra de Portugal Maria de Lurdes Pintassilgo. É em 1976 que é criada a velhinha licença de maternidade de 90 dias, que durou até , data em que sofreu um ligeiro aumento de 8 dias tendo sofrido alterações significativas, só em 2009, já no Séc. XXI, através da criação da Licença de Parentalidade que veio no que ao tempo de licença respeita, alargar este período entre os 120 e os 180 dias. Mais tarde, já na década de 80, o Distrito de Évora, entra também para a história da participação política das mulheres em Portugal, quando é nomeada a 1ª Governadora Civil, Mariana Calhau Perdigão, em Portugal. Só em 2005, voltámos a ter outra mulher como Governadora Civil, Fernanda Carvalho Ramos, por sinal, como a última Governadora Civil do Distrito de Évora, dado que estes organismos foram extintos, em É também nesta década, em 1983, que são introduzidas importantes alterações e inovações, no Código Penal, nomeadamente no que diz respeito a maus-tratos entre cônjuges. Contudo só muito recentemente o crime de Violência Doméstica, foi consagrado e tipificado, neste articulado legal, que o fez emergir da esfera privada, para a esfera pública, reconhecendo a violência doméstica, como um crime público. É ainda na década de 80, em 1988, que é concedido o direito de associação às mulheres, há pouco mais de 20 anos! Em 1991 passou a ser possível à mulher voluntariar-se para o exercício militar e saiu a primeira legislação específica que garantiu apoios concretos, à proteção de vítimas de violência doméstica, ficando contudo no papel, pois carecia de regulamentação, o que só veio a acontecer em No ano seguinte, é o ano em que o trabalho noturno deixou de ser interdito à mulher (1988). 3 Lei n.º 17/95, de 9 de Junho (altera a Lei n.º 4/84, de 5 de Abril (proteção da maternidade e da paternidade) 4 Lei do Serviço Militar, n.º 30/87 de 7 de Julho, alterada pelas Leis n.º 89/88, de 5 de Agosto, e 22/91, de 19 de Junho. 4

6 Em 1995, quatro anos depois da produção de legislação específica de apoio às vítimas de violência doméstica, foram agravados os crimes de maus-tratos e violência 5. A violência doméstica é um fenómeno multiforme, com alicerces estruturados na cultura social e que carece de uma ação política e cívica concertada, entre medidas promotoras da educação e da igualdade, capazes de garantir à Mulher reais oportunidades para optar pelo seu caminho, seja ele o da família, o do trabalho e da carreira ou, pura e simplesmente, o de ser cidadã. Nos últimos anos em Portugal introduziram-se várias medidas facilitadoras daquela escolha que vieram inclusive, introduzir mudanças promotoras do progresso civilizacional, em Portugal, a saber: Criação das Casas de Abrigo 6 e dos NAV Núcleos de Apoio à Vitima de Violência Doméstica 7 ; Descriminalização do aborto 8 ; Parentalidade Só em 2009, se deixou para trás a velhinha licença de maternidade e se garantiu o direito à parentalidade, permitindo ao casal o livre arbítrio da escolha de como querem viver esse momento nas suas vidas e garantido o direito à maternidade e a paternidade enquanto valores sociais eminentes 9 ; Lei da Paridade 10 - Garante a participação política, em pé de igualdade, entre mulheres e os homens, trazendo aos órgãos de poder e decisão, mais mulheres; Violência Doméstica 11 passa a crime público, saindo da esfera do privado; Criação dos NIAVE, das EPAV e do Portal de Queixa Eletrónica do MAI 12 Núcleos e resposta de atendimento especializado à vítima de violência doméstica, nas Forças de Segurança, GNR e PSP, respetivamente. Criação do Serviço de Teleassistência em articulação com a CVP, desde Setembro de Decreto-Lei nº 48/95 de 15 de Março APROVA O CÓDIGO PENAL (Artigo 152.º) 6 Lei n.º 107/99, de 3 de Agosto e no Decreto-Lei n.º 323/2000, de 19 de Dezembro e Lei n.º 112/2009 de 16 de Setembro 7 Decreto-Lei 323/2000, de 19 de Dezembro, artigo 2.º 8 Lei nº 16/2007 de 17 de Abril. 9 Lei n.º 7/2009 de 12 de Fevereiro 10 Lei Orgânica n.º 3/2006, de 21 de Agosto 11 Lei n.º7/2000 de 27 de Maio, Lei n.º 112/2009 de 16 de Setembro e Portaria n.º 229A/2010, de 23 de Abril

7 Este avanço normativo e legislativo 13 e da introdução de medidas de política, de segurança e proteção, inovadoras e especializadas, é transversal não só a Portugal, mas também ao nível europeu e mundial conforme poderá ser verificado através de consulta do Anexo nº1 a este documento diagnóstico. Verifica-se também uma nova abordagem conceptual da violência doméstica e de género, onde a criminalização pública destes atos e mais recentemente, a intervenção consubstanciada, prioritariamente, no afastamento do agressor da residência, mantendo sempre a proteção da vítima, como principal objetivo dessa intervenção constituem factos de relevante interesse para o combate a este problema. Importa ainda referir, que a igualdade entre mulheres e homens tem vindo a ser reconhecida como prioridade política, em áreas que vão para além da proteção e segurança, como é o caso dos princípios e prioridades de intervenção, escolhidos pelo Estado Português, no âmbito das medidas e tipologias de financiamento do QREN Eixo 7 Igualdade de Género e outros programas específicos, onde se deu prioridade à construção de creches e jardins-de-infância e Centros Escolares todos eles facilitadores da conciliação entre a vida profissional e familiar, e ainda, ao nível das políticas locais de investimento, na Educação, através de uma nova resposta vulgarmente chamada Escola a Tempo Inteiro. Existem medidas que pela sua profundidade e relevância no contexto dos princípios políticos e cívicos, merecem destaque, como foi a despenalização da interrupção voluntária da gravidez 14 e o reconhecimento de direitos, através do casamento dos casais homossexuais, em Permitir a interrupção da gravidez em condições seguras, procurando dar resposta à clara perceção de que o aborto inseguro e clandestino representava um risco para a saúde das mulheres, provocando em muitos casos a sua morte, constituiu um dos principais fundamentos desta medida promotor do respeito pela condição humana e pela condição feminina. Podemos então dizer que a igualdade de género e a promoção da cidadania constituem um projeto emancipatório, que passa necessariamente por uma reflexão filosófica critica, por uma discussão sistemática dos processos discriminatórios, pela educação em direitos humanos e pelo respeito pelo multiculturalismo em contraposição à universalização de valores e padrões culturais. 13 Vide Anexo nº 1 14 Lei nº16/2007 de 17 de Abril 15 Lei nº 9/2010 de 31 de Maio 6

8 No que respeita concretamente, às lutas pela emancipação feminina devemos compreender os seus fundamentos históricos e culturais, para denunciar que a subjugação da mulher ainda existe, e não só nas sociedades ditas subdesenvolvidas ela está, ainda, bem patente nas sociedades de consumo, ditas desenvolvidas, onde o desafio passa pelo debate ético que possibilita a transformação comportamental. Após esta breve abordagem contextualizada do ponto de vista histórico e social, onde se fez uma resenha histórico-social sobre a evolução dos direitos da mulher em Portugal, que concorre para a assunção da igualdade de género enquanto condição de base para a concretização da plena cidadania, passaremos a enunciar como está estruturado o presente diagnóstico local. Neste contexto, importa referir que o diagnóstico abordará esta problemática em três grandes esferas de influência da vida das mulheres, a esfera familiar, a esfera profissional e a esfera pessoal, onde a igualdade e a situação das mulheres e mecanismos para a igualdade, foram analisados, sempre que possível, no âmbito local e quando isso não foi possível devido à inexistência de dados e informação territorializada recorremos à análise das tendências nacionais na medida em que as mesmas funcionarão como indicadores de padrões sociais e de eventuais estudos, futuros. O documento que se apresenta inicia-se com uma caracterização sociodemográfica do território Capitulo I estabelecendo-se um perfil socio demográfico desagregado por género e ainda alguma informação complementar com incidência a nível nacional, na medida em que não existe informação disponível, sobre o concelho, particularmente ao nível da caracterização social. De seguida, no Capitulo II Principais problemáticas associadas ao género feminino - Dimensão local e nacional, percorrendo três esferas de análise Esfera Familiar; Esfera Pessoal e Esfera Profissional abordando algumas problemáticas que concorrem para uma análise diagnóstica desta matéria, com particular enfoque para os seguintes fenómenos: Violência doméstica; Acesso ao mercado de trabalho e cargos de decisão/participação cívica ativa; Feminização da pobreza. No Capitulo III Principais Conclusões, salientamos as principais necessidades e problemáticas do concelho nesta área assim como, deixamos algumas pistas para intervenções futuras, onde o aprofundamento e/ou novos estudos, territorializados, sobre 7

9 este tema, pois a informação disponibilizada sobre todos os temas tratados não permitiu, por vezes, o aprofundamento que se desejaria que poderão disponibilizar informação de base, abarcando um vasto conjunto de informação geral, maioritariamente de âmbito nacional, e de problemáticas de intervenção. Por outro lado, foi difícil fixar uma única data de referência para as atualizações devido à inexistência de dados disponíveis, a 31 de Dezembro de 2011com particular destaque para informação disponível por concelho. Esta é uma das razões pelas quais se perspetiva aqui, como uma das áreas prioritárias de intervenção, a realização de Estudos e de Ações de Informação/Sensibilização, no concelho de Évora, sobre esta temática. 8

10 Capitulo I Perfil Sócio Demográfico do Concelho, desagregado por género 1 Perfil Demográfico Dimensão local e nacional. O concelho de Évora caracteriza-se demograficamente, como um território envelhecido, com mais mulheres do que homens (um total de Mulheres e Homens). Quadro nº1 População residente (N.º) por Freguesia de Residência e Sexo, no Concelho Freguesias H M HM H M HM N.S. Boa Fé N.S. Graça Divor N.S. Machede N.S. Tourega S. Antão S. Bento Mato S. Mamede S. Manços S. Miguel Machede S. Vicente Pigeiro Torre Coelheiros S. Sebastião Giesteira Canaviais N.S. Guadalupe Bacelo Horta Figueiras Malagueira Sé e S. Pedro Senhora Saúde Total Fonte: INE - Censos de 2001 e Estatísticas

11 O facto da prevalência demográfica do género feminino permite-nos aferir que existirá uma tendência para que o género feminino, prevaleça como grupo populacional dominante, em muitas das problemáticas do concelho envelhecimento, pobreza e exclusão, desemprego, educação/formação, desigualdades, etc. Saliente-se, da análise do quadro nº1 que apenas as freguesias de Nª Sra. da Tourega e S. Sebastião da Giesteira ambas rurais apresentam uma maioria de residentes do sexo masculino, mesmo que pouco significativa. Todas as outras são maioritariamente habitadas por munícipes do sexo feminino. Relativamente ao Concelho, verificamos que em 2011, as mulheres representavam 52,8% da população residente no território concelhio. Este cenário remete-nos cada vez mais para a necessidade de olharmos para esta população com particular atenção, na medida em que a mesma possui características sociológicas, fisiológicas e profissionais específicas, que importa conhecer e diagnosticar, na procura da qualidade de vida deste grupo, no concelho. Quadro nº2 População residente por ano e sexo- Concelho Évora 2001 HM H M Pop. Res % 47,8 52, HM H M Pop. Res % 47,1 52,9 Var % 1,0-0,5 2,2 Fonte: INE - Censos de 2001 e Estatísticas 2010 Se nos detivermos na variação percentual da população residente no concelho, desagregada por sexo, entre os últimos censos de 2001 e estatísticas do INE de 2010, verificamos que a variação percentual no sexo masculino foi negativa, enquanto a variação no sexo feminino foi positiva, apresentando mais 2,2% de mulheres a residir no concelho, em 2010,comparativamente a Importa contudo referir que esta variação resultará do fato das mulheres viverem mais anos do que os homens, pois em termos de nascimentos no concelho registava em 2010 mais nascimentos do sexo masculino do que do sexo feminino. A análise à estrutura etária da população residente do concelho, Gráfico nº1, revela-nos uma estrutura tipo idosa ou decrescente predomínio de indivíduos do topo da pirâmide 10

12 (idosos), típica dos países mais desenvolvidos, que registam desde há muito tempo quebras acentuadas das taxas de natalidade, associadas a uma elevada esperança média de vida com prevalência dos grupos etários compreendidos entre os 30 anos e os 70 anos, ondes as mulheres predominam face aos homens, em todos os grupos etários. Gráfico nº1 Pirâmide Etária Concelho de Évora H M Fonte: INE Quadro nº3 Variação da população residente no concelho, zona urbana e zona rural ( ) Nº % Nº % População Urbana , ,3 População Rural , ,7 TOTAL Fonte: INE e Censos 2001 Da leitura dos dados anteriores poderemos concluir que a população residente no concelho de Évora é maioritariamente do género feminino, reside sobretudo nas zonas urbanas do concelho, e apresenta prevalência etária a partir dos 30 anos, sendo certo que a partir dos 35 anos e até idades mais avançadas, temos uma maioria de mulheres, destacando-se aqui o envelhecimento no feminino - mulheres idosas. 11

13 Quadro nº4 Estrutura Etária da População Residente em Portugal, Alentejo Central e Concelho - Grupos Etários 2010 (em milhares) Estatísticas Portugal Alentejo Central Évora H M HM H M HM H M HM Total INE - Estimativas provisórias de população residente, 2010 Se estabelecermos uma análise comparativa, entre o comportamento demográfico do País e do Concelho ele é em tudo similar. Em 2010 as mulheres predominavam no País, a partir dos 40 anos de vida, continuando contudo, a ser o sexo com menos nascimentos. No concelho predominam desde os 35 anos, sendo que também não fogem à regra nacional, de apresentarem um menor número de nascimentos. 12

14 Assim sendo importa ter presente que, em 2010, o índice de dependência total 16 do concelho era de 52%, o índice de dependência de idosos 17 de 29,7% enquanto que o índice de dependência de jovens 18 era de 22,4%. Apresentando um índice total de envelhecimento 19 de 132,5%, maior, face a Portugal (120,1%) e inferior ao do Alentejo Central de 180,3%. 20 Podemos então concluir que as mulheres idosas são o grupo de idosos com maior índice de dependência. Dimensão Nacional Se nos detivermos um pouco na análise demográfica do Pais, desagregada por géneros, e de acordo com o quadro seguinte, verificamos que a nível nacional o cenário não difere do traçado para o concelho, onde as mulheres são o grupo populacional com maior esperança média de vida à nascença, dai serem também o grupo de idosos com um maior índice de dependência. Quadro nº5 Índices de dependência de jovens e de idosos Evolução entre 1997 e Portugal Índice de Dependência Género De jovens (Percentagem de pessoas com idade entre os 0 e os 14 anos em relação as pessoas com idade entre os 15 e os 64 anos) De idosos (Percentagem de pessoas com 65 e mais anos em relação as pessoas com idade entre os 15 e os 64 anos) HM 23,3 22,8 H 24,3 23,7 M 22,5 22,0 HM 24,9 25,9 H 21,1 21,9 M 28,6 29,9 Fonte: INE, Dossiê Género 16 Relação entre a população jovem e idosa e a população em idade ativa, definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas entre os 0 e os 14 anos conjuntamente com as pessoas com 65 anos ou mais anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre s 15 e os 64 anos 17 Relação entre a população idosa e a população em idade ativa, definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com 65 anos ou mais anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos 18 Relação entre a população jovem e a população em idade ativa, definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas entre os 0 e os 14 anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos 19 Relação entre o número total de idosos e o número total de jovens 20 INE Estatísticas

15 Quadro nº6 Estrutura Etária da População Residente em Portugal, em 2007, (em milhares e em Escalões Etários percentagens). Homens Mulheres Tx de Feminização Nº % Nº % % , ,8 48, , ,9 48, , ,8 48, , ,2 49, , ,8 48, , ,0 49, , ,7 49, , ,3 50, , ,3 50, , ,0 51, , ,5 51, , ,3 52, , ,7 53, , ,1 54, , ,0 56, , ,3 58, , ,1 62,7 85 ou mais , ,2 67,2 Total , ,0 51,6 Fonte: INE, Estimativas provisórias de população residente, 2007 Portugal, NUTS II, NUTS III e municípios. Se até aos 40 anos a Taxa de Feminização é sempre inferior a 50% - pese embora revele valores elevados na casa dos 40% ou mais - só a partir desta faixa etária as mulheres começam a surgir como grupo maioritário, destacando-se as faixas etárias compreendidas entre os 70 e os 85 ou mais com valores superiores a 55% o mesmo podemos observar no que ao número de mulheres residentes respeita. 14

16 Quadro nº 7 Evolução da População Residente em Portugal, por sexo (em milhares) Anos Total Homens Mulheres , , , , , , , , , , , , , , , 3 Fonte: Censos da População; Estimativas provisórias de população residente, 2007 Portugal, NUTS II, NUTS III e municípios, INE - Estimativas provisórias de população residente, 2010 Tal como no território concelhio também Portugal apresentava em 2010, uma maioria de residentes do género feminino (5 490,3 M), onde as mulheres constituíam 51,6% da população Portuguesa. Movimentos Migratórios Saldo Demográfico Os movimentos migratórios, foram determinantes para o saldo demográfico positivo do Concelho de Évora, pelo que constituem também um dos aspetos a ter em conta quando falamos de igualdade em geral e da igualdade de género em particular. Quantas vezes o processo de integração cultural e social inerente aos processos de emigração ou imigração, salienta fatores onde a desigualdade entre sexos e até, situações mais graves de violência que importa ter presente e considerar em qualquer abordagem que se faça a este tema. Anos Quadro nº8 Nº Total de Imigrantes Portugal Alentejo Central Évora VA Pop. Total % VA Pop. Total % VA Pop. Total % , , , , , , , , ,48 Fonte: Censos 1991 e 2001; SEF Estatísticas

17 Da análise do quadro a cima constatamos que Évora apresenta alguma comunidade de imigrantes 21, principalmente desde 2001, importa pois perceber como se carateriza este grupo quanto ao género. No concelho de Évora residiam em Dezembro de 2010, um total de 1881 imigrantes, dos quais a maioria eram homens, com 984 indivíduos. De entre estes a comunidade predominante é a Brasileira (800 cidadãos), seguida da comunidade Ucraniana (267 cidadãos), Chinesa (107 cidadãos), Espanhola (87 cidadãos), Moldava (66 cidadãos) e Romena (64 cidadãos), todas as outras registando números abaixo dos 50 cidadãos. Se analisarmos estes dados desagregados por sexo, verificamos que entre as comunidades estrangeiras predominantes, a Brasileira e Romena são as únicas que têm mais mulheres a residir no concelho, sendo o género masculino predominante entre as restantes. Dimensão Nacional Portugal é tradicionalmente um País de emigrantes, onde o género masculino tem sido sempre o que apresenta maior número de saídas e onde as principais causas dessa emigração se centraram, em questões políticas (fundamentalmente antes de 1974) e, económicas, o que ainda hoje constitui um dos principais motivos para a saída de Portugueses para o estrangeiro. Segundo estatísticas do INE que remontam a 2003, o numero total de emigrantes 22 foi de , dos quais a grande maioria (76,3%) e constituída por homens. De acordo com a tendência dos últimos anos, a emigração foi, na sua grande maioria, temporária (75% do total). Contudo, se no caso dos homens a emigração temporária representou 83,4% do total de homens emigrados, no caso das mulheres essa percentagem foi mais baixa (48,8%). Estima-se que em 2007, o saldo migratório 23 tenha atingido cerca de pessoas, ( entradas e saídas, contra entradas e saídas estimadas para 2006), valor inferior a metade do ano anterior, como consequência do ritmo mais forte do aumento dos fluxos de saída, comparativamente aos de entrada. Relativamente aos fluxos migratórios, Portugal continua a receber essencialmente imigrantes provenientes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e do Brasil, pese 21 Indivíduo que vem de um país para outro. No país de saída é emigrante 22 Indivíduo que sai de um país para o outro. No país de entrada é imigrante 23 Diferença entre as pessoas que entram e saem de um país. Pode ser positivo, negativo ou nulo 16

18 embora as comunidades chinesa e ucraniana tenham, num período mais recente, desempenhado um comportamento relevante. Esta receção está devidamente enquadrada por um regime legal, nacional e Europeu 24 que orienta as organizações e Entidades nacionais assim como, os próprios cidadãos e cidadãs imigrantes, na (con)vivência em Portugal, e no seu processo de integração. 25 Assim, os cidadãos e as cidadãs estrangeiros/as com estatuto legal de residente em Portugal eram, em 2007, (dados provisórios em Maio de 2008) 26. Destes, eram mulheres, representando 45,3% do total). Quanto a estrutura etária, a população estrangeira residente apresentava maior juventude que a população portuguesa, com uma grande concentração nos grupos etários dos 20 aos 39 anos, que representavam, no caso dos homens, 48,4% do total, e no caso das mulheres 49,1%. 27 No que respeita à origem dos imigrantes, excluindo os países da União Europeia, os países mais representados são Cabo Verde, Brasil, Ucrânia, Angola e Guiné-Bissau; as maiores taxas de feminização encontram-se entre as comunidades, brasileira e são-tomense. 28 De notar que o exercido da igualdade junto da população imigrante e minorias étnicas, fazse em Portugal, através de um vasto quadro legal e de várias Entidades e Organizações, sendo de destacar a Lei no 18/2004, de 11 de Maio, onde se efetuou a transposição para a ordem jurídica nacional da Diretiva nº 2000/43/CE, do Conselho, de 29 de Junho, que aplica o principio da igualdade de tratamento entre as pessoas, sem distinção de origem racial ou étnica e tem por objetivo estabelecer um quadro jurídico para o combate a discriminação baseada em motivos de origem racial ou étnica. 2 Perfil Sociodemográfico Dimensão local e nacional Do ponto de vista da caraterização social deste grupo populacional importa reter que a mesma está intimamente ligada ao comportamento demográfico deste grupo em particular, de Portugal e do Concelho, em geral. 24 Diretivas no 2004/83/CE, do Conselho, de 29 de Abril, e 2005/85/CE, do Conselho, de 1 de Dezembro; Diretiva n.o 2001/55/CE, do Conselho, de 20 de Julho; 25 Lei n.o 34/94, de 14 de Setembro; Lei n.o 27/2008, de 30 de Junho; Lei no 67/2003, de 23 de Agosto; Lei no 23/2007, de 4 de Julho; Decreto Regulamentar no 84/2007, de 5 de Novembro; Decreto Lei no 67/2004, de 25 de Marco; Portaria no 995/2004, de 9 de Agosto; Lei no 37/2006, de 9 de Agosto 26 Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Relatório de Atividades 2007 Imigração, Fronteiras e Asilo 27 SEF (idem) 28 Idem 17

19 Assim, temos uma população residente envelhecida, quer no concelho, quer no País, onde predominam as mulheres. Estas mulheres idosas normalmente viúvas, único elemento de um agregado familiar do tipo unipessoal, pensionistas, a residir maioritariamente na área urbana do concelho, onde se destacam as freguesias do Centro Histórico e as Freguesias da Sra. da Saúde e da Malagueira, como as mais envelhecidas. Se nos detivermos na avaliação do valor médio da pensão no Concelho de Évora concluímos facilmente que este grupo revelar-se-á como um dos grupos de risco de pobreza e exclusão social. Quadro nº 9 Complemento Solidário para Idosos N.º de requerimentos deferidos desde o início Freguesia Residência Beneficiários CSI População 2011 % H M HM H M HM H M HM Total ,07 2,11 0,50 Bacelo ,42 0,93 0,21 Canaviais ,65 1,83 0,32 Desconhecido/a Santo Antão ,58 5,31 0,69 S. Mamede ,87 4,47 0,75 Horta das Figueiras ,46 0,98 0,21 Malagueira ,82 1,21 0,39 N. S. Boa Fé ,28 8,18 3,95 N. S. Graça do Divor ,16 1,57 1,03 N. S. Tourega ,02 3,50 1,02 N. S. Guadalupe ,96 1,38 0,47 N. S. Machede ,43 3,87 0,71 S. Bento Mato ,68 5,08 1,30 S. Manços ,59 2,95 1,28 S. Miguel Machede ,28 3,98 1,13 S. Sebastião Giesteira ,93 5,19 1,47 S. Vicente Pigeiro ,68 1,62 0,82 Sé e S. Pedro ,35 13,80 2,67 Senhora da Saúde ,62 1,28 0,29 Torre de Coelheiros ,82 1,66 1,40 Fonte: Centro Distrital de Segurança Social de Évora do ISS, IP - Junho

20 O CSI 29 - Complemento Solidário para Idosos é uma prestação monetária para pessoas com baixos recursos, sendo o seu pagamento mensal, constituindo-se como uma prestação complementar à pensão que o idoso já recebe que não pode ultrapassar os 5 022,00 p.p. em cada ano, ou 8 788,50 p.p., no mesmo período. Ou seja este complemento pecuniário destina-se aos pensionistas com mais de 65 anos, mais pobres, que na melhor das hipóteses vivem com rendimentos mensais brutos a rondar os 300 mensais, ou seja que vivem com pouco mais de13 /dia, ou menos. Assim e tendo em conta a informação vertida no quadro nº8, e o perfil demográfico do concelho podemos concluir que as mulheres idosas do concelho são as principais beneficiárias do CSI, logo são um dos grupos populacionais mais pobres, destacando-se a zona urbana, com maior número de beneficiários (492, incluindo Canaviais), ou seja 53,12% do total de beneficiários. Se o Complemento Solidário para Idosos resultou de uma iniciativa nacional de combate à pobreza entre os idosos, e nos permite aferir que são as mulheres as principais beneficiárias, também, o Programa Cartão Social Munícipe, de iniciativa municipal, em vigor desde 2004, nos fornece alguns indicadores que concorrem para uma definição do perfil social das mulheres no concelho de Évora Decreto-lei nº232/2005 de 29 de Dezembro; Portaria nº98-a/2006 de 11 de Dezembro; Decreto-lei nº 236/2006 de 11 de Dezembro; Decreto Regulamentar nº3/2006 de 6 de Fevereiro; Decreto Regulamentar nº14/2007 de 20 de Março; Portaria nº77/2007 de12 de Janeiro; Portaria nº1446/2007 de 8 de Novembro; Portaria nº209/2008 de 27 de Fevereiro; Portaria nº253/2008 de 4 de Abril; Portaria nº413/2008 de 9 de Junho; Decreto Regulamentar nº17/2008 de 16 de Agosto; Decreto-lei nº 151/2009, de 30 de Junho; Portaria nº 1457/2009 de 31 de Dezembro; Decreto-lei nº138-!/2010 de 28 de Dezembro; Portaria nº1334/2010 de 31 de Dezembro; Decreto-lei nº 101/2011 de 30 de Setembro; Decreto-lei nº 102/2011 de 30 de Setembro; Portaria nº275-a/2011 de 30 de Setembro e Portaria nº275-b/2011 de 30 de Setembro

21 Beneficiários do Cartão Social do Munícipe Quadro nº10 Cartão Social do Munícipe 2011 Freguesia Residência N.º* População 2011 H M HM H M HM Bacelo Canaviais Santo Antão S. Mamede Horta das Figueiras Malagueira N. S. Boa Fé N. S. Graça do Divor N. S. Tourega N. S. Guadalupe N. S. Machede S. Bento Mato S. Manços S. Miguel Machede S. Sebastião Giesteira S. Vicente Pigeiro Sé e S. Pedro Senhora da Saúde Torre de Coelheiros Total Fonte: DASAJ Câmara Municipal de Évora (*Referente aos 1288 cartões ativos à data de 31/12/2011 (1288 dos quais 741 válidos e 547 inválidos no período em causa) Da análise deste programa municipal constatamos mais uma vez que as freguesias do centro histórico de Évora são aquelas onde residem mais mulheres, idosas, em situação social de carência, havendo ai um total de 163 beneficiários do Cartão do Munícipe, dos quais 116 são mulheres. Ainda na zona urbana, mas agora na zona extramuros, as freguesias da Malagueira e da Sra. da Saúde são aquelas que apresentam o maior número 20

22 de beneficiários, imediatamente seguidas pela freguesia ad Horta das Figueiras e também aqui verificamos a prevalência do sexo feminino. Relativamente às freguesias rurais destacam-se a freguesia de S. Sebastião da giesteira com o maior número de beneficiários, seguida da Torre de Coelheiros e S. Miguel de Machede. Resumindo o Cartão do Munícipe apresenta em 2011 um total de 1288 beneficiários, maioritariamente mulheres (781), o que concorre para problemas como a feminização da pobreza no nosso concelho. Dimensão Nacional Se analisarmos alguns dados gerais de âmbito nacional podemos perceber melhor a realidade social das mulheres no País e que em quase tudo pode ser vertida para o território nacional. Alguns dados significativos: Quadro nº11 Número de Pensionistas da Segurança Social - Marco de por tipo de Pensão e Sexo. Nº Nº Taxa Tipo de Pensão Mulheres Homens Feminização Invalidez ,84 Velhice ,26 Sobrevivência ,75 Total ,81 Fonte: Estatísticas da Segurança Social Da análise do quadro anterior confirmamos que são as mulheres as principais beneficiárias de pensões de velhice e de sobrevivência, a única exceção verifica-se nas pensões por invalidez. De salientar os 81,75% de pensionistas do género feminino na pensão de sobrevivência, muitas delas viúvas, a viver sós e com parcos recursos. 21

23 Quadro nº12 Valor médio processado por pensionista, por tipo de pensão e sexo - Março de 2009 Tipo de Pensão Mulheres ( ) Homens ( ) %Pensão Feminina face à Masculina Invalidez 285,28 369,08 77,3 Velhice 293,43 490,69 59,8 Sobrevivência 208,08 147,57 141,0 Fonte: Estatísticas da Segurança Social Nota: (valores foram calculados, tendo por base o no. de pensionistas ativos em Marco de 2009 e um terço do montante processado durante o 1o trimestre de 2009, por tipo de pensão.) Verifica-se que nas pensões de velhice e invalidez são as mulheres quem recebe os valores mais baixos, face aos valores auferidos pelos homens e que só na pensão de sobrevivência a situação se inverte, o que se justifica facilmente pelo fato de serem o grupo populacional com maior esperança de vida 30, vivem mais anos, usufruindo deste apoio em função dos valores das pensões dos maridos ou companheiros que são geralmente, mais elevadas que as das mulheres. Quadro nº13 Esperança de vida à nascença Evolução por géneros Esperança de vida à nascença M 74,81 M 77,52 M 79,90 M 81,57 H 67,81 H 70,62 H 72,89 H 75,18 Fonte: INE, Estatísticas Demográficas 2007 Para além do perfil social decorrente da condição das mulheres face à idade e recursos financeiros dai resultantes pensões existem todo um outro conjunto de indicadores gerais que concorrem igualmente para a definição deste perfil, na dimensão económicosocial. Quadro nº14 Casamentos e Divórcios, em Portugal Evolução Casamentos celebrados Divórcios decretados Fonte: INE, Estatísticas Demográficas Número de anos que uma pessoa tem probabilidade de viver. Quanto maior for o desenvolvimento do país maiores serão as probabilidades de viver mais anos. 22

24 Se tivermos em consideração os dados do quadro anterior, verificamos que o número de casamentos em Portugal tem vindo a diminuir e o número de divórcios a subir, o que nos remete necessariamente para o papel da mulher neste processo que justifica muitas das alterações à estrutura tradicional de família família nuclear, com filhos para famílias monoparentais adulto só, com filhos e famílias reagrupadas família nuclear, com filhos de outros relacionamentos que por sua vez afetam as mulheres e os homens, é certo, mas principalmente o género feminino que em caso de divórcio, o normal é a mãe ficar com os filhos, constituindo um agregado monoparental. Podemos então concluir que ao nível das alterações à estrutura tradicional da família, as famílias monoparentais são maioritariamente constituídas por mulheres, característica que tendencialmente se replicará no concelho. 3 Perfil Socioeconómico Dimensão local e nacional Quadro nº15 Desempregados por sexo Concelho, 31 Dez.2011 Desempregados por sexo Meses H % M % Total Jan , , Fev , , Mar , , Abr , , Mai , , Jun , , Jul , , Ago , , Set , , Out , , Nov , , Dez , , Jan , , Fev , , Mar , , Abr , , Mai , , Jun , , Jul , , Ago , , Set , , Out , , Nov , , Dez , , média , , média , , Fonte: Estatísticas mensais IEFP 23

25 Da análise do quadro anterior concluímos que as mulheres são o maior número de desempregados no concelho, com uma média que já ultrapassa os 50% do total de desempregados no território. Atendendo a que este grupo é aquele que apresenta o maior número de desempregados, importa aferir relativamente ao valor médio do Subsidio de Desemprego como se comporta o perfil socioeconómico das mulheres desempregadas a receber este apoio. No Concelho de Évora o total de beneficiários de prestações de desemprego em 2011 foi de 2893, dos quais 1461 pertenciam ao sexo feminino e 1432 ao masculino. Acresce a este cenário o fato deste género também ser aquele que apresenta maior período de inscrição no Centro de Emprego quer seja à procura de 1º emprego quer seja à procura de novo emprego. Esta situação remete-nos, a par de outros fatores já referidos, para situação de maior vulnerabilidade socioeconómica das mulheres, face ao aos homens, no concelho de Évora. Dimensão Nacional (Relativamente à atribuição e benefício do Subsídio de Desemprego, dados de 2008, dos beneficiários com prestações de desemprego em 2008, foram mulheres, constituindo 56,4% do total. O valor médio mensal dos subsídios atribuídos foi de 534,20 (informação não desagregada por sexo). (in Relatório de Igualdade de Género em Portugal 2009-CIG - Comissão Para a Igualdade) Alguns dados de âmbito nacional, significativos: 24

26 Quadro nº16 Indicadores de carácter geral (2008) Taxa de emprego feminina dos 15 aos 64 anos 62,5 Taxa de emprego masculina dos 15 aos 64 anos 74,0 Taxa de atividade feminina 48,0 Taxa de atividade masculina 58,2 Taxa de desemprego feminina 8,8 Taxa de desemprego masculina 6,5 Taxa de feminização da população ativa 46,8 Taxa de feminização do emprego 46,2 Taxa de feminização do desemprego 54,5 Fonte: Estatísticas do Emprego (resultados anuais 2008),INE Em termos de atividade, pese embora o género masculino ainda prevaleça, nota-se um equilíbrio entre géneros, conforme se poderá verificar no quadro anterior. Quadro nº17 Estrutura do desemprego Procura de Emprego Mulheres Homens Taxa de (milhares) % (milhares) % Feminizacao À procura de 1º emprego 34,6 14,9 23,8 12,2 59,2 À procura de novo emprego 198,1 85,1 170,6 87,8 53,7 Total 232,7 100,0 194,4 100,0 54,5 Taxa de Desemprego 8,8 6,5 Fonte: Estatísticas do Emprego (resultados anuais 2008), INE Da análise do quadro nº17 podemos aferir que a procura do primeiro emprego afeta mais as mulheres do que os homens, o que indicia a maior dificuldade das jovens, comparativamente com os jovens, em aceder ao mercado de trabalho. 25

27 Capitulo II Principais problemáticas associadas ao género feminino Dimensão local e nacional 1 Igualdade de Género e Cidadania. O princípio da igualdade é um princípio fundamental da Constituição da Republica Portuguesa de Revisões posteriores reforçaram alguns aspetos desse princípio, em particular a revisão de 1997 (Lei Constitucional nº 1/97, de 20 de Setembro), sendo que a última revisão data de 2005 (Lei Constitucional no 1/2005, de 12 de Agosto). «Assegurar o princípio da igualdade é seguir uma emanação do comando constitucional vertido no art. 13º da Constituição da República Portuguesa (CRP) e, em simultâneo, garantir a concretização de outro princípio dimanado no art. 9.º da nossa Lei Fundamental, a promoção da igualdade entre homens e mulheres, o que consagra um dever constitucional para o Estado de Direito. Esse dever encontra-se igualmente consagrado no art. 2º do Tratado de Lisboa, e é atualmente um objetivo fundamental e sobranceiro para e no funcionamento da Administração Pública, em virtude dos compromissos assumidos, interna e externamente, e das medidas adotadas para esse efeito.» (in Plano para a Igualdade de Género_MAI ). «O IV Plano Nacional para a Igualdade, Género, Cidadania e Não Discriminação, , constitui um instrumento de políticas públicas de promoção da igualdade e enquadra-se nos compromissos assumidos por Portugal nas várias instâncias internacionais e europeias, com destaque para a Organização das Nações Unidas, o Conselho da Europa e a União Europeia. Este Plano pretende afirmar a igualdade como fator de competitividade e desenvolvimento através de uma tripla abordagem: 1. O reforço da transversalização da dimensão de género, como requisito de boa governação, de modo a garantir a sua integração em todos os domínios de atividade política e da realidade social; 2. A conjugação desta estratégia com ações específicas, incluindo ações positivas, destinadas a ultrapassar as desigualdades que afetam as mulheres em particular; 31 Resolução do Conselho de Ministros n.º 5/2011, in Diário da República, 1.ª série N.º de Janeiro de

28 3. A introdução da perspetiva de género em todas as áreas de discriminação, prestando um olhar particular aos diferentes impactos desta junto dos homens e das mulheres. O Plano prevê a adoção de um conjunto de 90 medidas estruturadas em torno de 14 Áreas Estratégicas: Integração da dimensão de género na Administração Pública, Central e Local como requisito de boa governação; Independência Económica, Mercado de Trabalho e Organização da Vida Profissional, Familiar e Pessoal; Educação e Ensino Superior e Formação ao longo da vida; Saúde; Ambiente e Organização do Território; Investigação e Sociedade do Conhecimento; Desporto e Cultura; Media, Publicidade e Marketing; Violência de Género; Inclusão Social; Orientação Sexual e Identidade de Género; Juventude; Organizações da Sociedade Civil; Relações Internacionais e Cooperação.»(in Este IV Plano vem introduzir uma estratégia de ação territorializada que preconiza como resultado, a constituição de uma rede de Municípios, mesmo que informal, promotora da igualdade de género enquanto fator concretizador da cidadania plena dos seus munícipes. Neste sentido os Municípios constituir-se-ão como elementos chave na criação, implementação e disseminação de políticas e medidas de promoção da igualdade de género e da cidadania, onde o combate à violência doméstica e à discriminação sexual, têm lugar de destaque. No fundo, o que se pretende é garantir a todos e todas os(as) cidadãos(ãs) a materialização dos direitos humanos e de cidadania independentemente do género. 2 Esfera Familiar A Violência Doméstica A violência doméstica constitui uns dos principais crimes e atentados aos direitos cívicos e aos direitos humanos e não raras vezes é consagrado na discriminação de género. Este é um crime de grande densidade psicológica contudo de acordo com os registos das Forças de Segurança, tem vindo a crescer a coragem para romper o silencio e denunciar, principalmente desde 2000, ano em que este crime sai da esfera do privado em casa de marido e mulher, não meta a colher para a esfera da condenação pública, a saber: Dimensão Nacional 27

29 Quadro nº 18 Violência Doméstica em Portugal - Evolução ANOS OCORRÊNCIAS CONDENANÇÕES ARGUIDOS Fonte: Forças de Segurança/ Jornal Público.PT, por Ana Cristina Pereira ( ) ( Da análise do Quadro nº18 podemos concluir que embora lentamente o crime da violência doméstica tem vindo, cada vez mais, a ser reconhecido, quer pelas vítimas, como isso mesmo um crime contra a sua dignidade e integridade física e psicológica quer pela sociedade em geral, como um ato condenável e não aceitável. No entanto este processo constitui um processo moroso, tendo em conta a sua natureza sociocultural, alicerçada no respeito pela esfera privada do casal e da família, em detrimento da sua exposição pública de condenação, por atos violentos, físicos ou psicológicos, entre casais e entre famílias. Existem diversas disposições legais no atual Código Penal neste domínio. Assim, e a titulo exemplificativo, o crime de violência domestica contempla uma pena de prisão de 1 a 5 anos, o crime de violação, uma pena de prisão de 3 a 10 anos e o de lenocínio, uma pena de prisão de 6 meses a 5 anos. Atualmente, no crime de violência domestica previsto no nosso Código Penal, as condutas podem ser reiteradas ou não, podendo incluir castigos corporais, privações de liberdade e ofensas sexuais. Abarca cônjuges, os ex-cônjuges, pessoas de outro, ou do mesmo sexo, com quem o agente mantenha ou tenha mantido uma relação análoga à dos cônjuges, ainda que sem coabitação. Se os factos forem praticados contra menor, na presença de menor, ou no domicílio comum ou da vítima, a pena de prisão passa para de dois a cinco anos. Pode 28

Número de casamentos aumenta e número de divórcios volta a diminuir; mortalidade infantil regista o valor mais baixo de sempre

Número de casamentos aumenta e número de divórcios volta a diminuir; mortalidade infantil regista o valor mais baixo de sempre Estatísticas Demográficas 2017 15 de novembro de 2018 Número de casamentos aumenta e número de divórcios volta a diminuir; mortalidade infantil regista o valor mais baixo de sempre A situação demográfica

Leia mais

Número de nados vivos volta a diminuir em 2012

Número de nados vivos volta a diminuir em 2012 Estatísticas Demográficas 29 de outubro de 2013 Número de nados vivos volta a diminuir em O número de nados vivos desceu para 89 841 (96 856 em 2011) e o número de óbitos aumentou para 107 612 (102 848

Leia mais

CAPÍTULO I - Demografia

CAPÍTULO I - Demografia 18 Diagnóstico Social do Município de Fornos de Algodres CAPÍTULO I - Demografia Conteúdo População Residente Distribuição Populacional Densidade Populacional Estrutura Populacional Distribuição da População

Leia mais

SIL - Sistema de Informação Local Área: Território e Demografia 2014

SIL - Sistema de Informação Local Área: Território e Demografia 2014 Informação Área do concelho (km2) 1307 N.º de freguesias 12 Área por freguesia (Km2) S. Antão 0,27 S. Mamede 0,23 Sé e S. Pedro 0,63 Bacelo 36,2 S.ª da Saúde 10,15 Malgueira 19,23 Horta das Figueiras 45,17

Leia mais

Observatório Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa

Observatório Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa Observatório Luta Contra a Pobreza na Cidade de Apresentação Comissão Social de Freguesia Prazeres www.observatorio-lisboa.eapn.pt observatoriopobreza@eapn.pt Agenda I. Objectivos OLCPL e Principais Actividades/Produtos

Leia mais

(112,47) ^^encia a 413,36

(112,47) ^^encia a 413,36 (112,47) ^^encia a 413,36 Este documento pretende proceder a uma análise sintética das principais variáveis sociais, económicas e demográficas do Distrito de Évora salientando os aspetos que se afiguram

Leia mais

Estatísticas Demográficas 2014

Estatísticas Demográficas 2014 Estatísticas Demográficas 214 3 de outubro de 215 Saldos natural e migratório negativos atenuam-se face ao ano anterior Em 214 verificou-se uma diminuição da população residente, mantendo a tendência observada

Leia mais

PRINCIPAIS TENDÊNCIAS DEMOGRÁFICAS: AS ÚLTIMAS DÉCADAS Cláudia Pina, Graça Magalhães

PRINCIPAIS TENDÊNCIAS DEMOGRÁFICAS: AS ÚLTIMAS DÉCADAS Cláudia Pina, Graça Magalhães Cláudia Pina, Graça Magalhães A desaceleração do crescimento demográfico e, mais recentemente, o decréscimo dos volumes populacionais a par com um continuado processo de envelhecimento demográfico consubstanciam

Leia mais

Dia Internacional da Família 15 de maio

Dia Internacional da Família 15 de maio Dia Internacional da Família 15 de maio 14 de maio de 14 (versão corrigida às 16.3H) Na 1ª página, 5º parágrafo, 3ª linha, onde se lia 15-65 anos deve ler-se 15-64 anos Famílias em Portugal As famílias

Leia mais

Estatísticas Demográficas 30 de Setembro de

Estatísticas Demográficas 30 de Setembro de Estatísticas Demográficas 3 de Setembro de 24 23 Em 23, e face ao ano anterior, a natalidade decresceu 1,6%, enquanto que a mortalidade aumentou 2,3%. A mortalidade infantil e fetal continuaram em queda.

Leia mais

Número médio de filhos por mulher sobe para 1,36 em 2016

Número médio de filhos por mulher sobe para 1,36 em 2016 Estatísticas Demográficas 2016 31 de outubro de 2017 Número médio de filhos por mulher sobe para 1,36 em 2016 A situação demográfica em Portugal continua a caracterizar-se pelo decréscimo da população

Leia mais

Estimativas de População Residente em Portugal 2013

Estimativas de População Residente em Portugal 2013 milhares 1 473 1 495 1 512 1 533 1 553 1 563 1 573 1 573 1 542 1 487 1 427 Estimativas de População Residente em Portugal 213 16 de junho de 214 Em 213 a população residente reduziu-se em 6 mil pessoas

Leia mais

Nos últimos sete anos, a população reduziu-se em 264 mil pessoas

Nos últimos sete anos, a população reduziu-se em 264 mil pessoas Estimativas de População Residente em Portugal 216 16 de junho de 217 Nos últimos sete anos, a população reduziu-se em 264 mil pessoas Em 31 de dezembro de 216, a população residente em Portugal foi estimada

Leia mais

225,4 Mil estrangeiros adquiriram a nacionalidade portuguesa entre 2008 e 2016

225,4 Mil estrangeiros adquiriram a nacionalidade portuguesa entre 2008 e 2016 Dia Internacional dos Migrantes 2017 15 de dezembro de 225,4 Mil estrangeiros adquiriram a nacionalidade portuguesa entre 2008 e Entre 2008 e, o número total de aquisições da nacionalidade portuguesa atingiu

Leia mais

Índice Geral 1. EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE DENSIDADE POPULACIONAL FAMÍLIAS, ALOJAMENTOS E EDIFÍCIOS... 7

Índice Geral 1. EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE DENSIDADE POPULACIONAL FAMÍLIAS, ALOJAMENTOS E EDIFÍCIOS... 7 0 Índice Geral 1. EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE... 2 2. DENSIDADE POPULACIONAL... 5 3. FAMÍLIAS, ALOJAMENTOS E EDIFÍCIOS... 7 4. ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO RESIDENTE... 9 5. NATURALIDADE DA POPULAÇÃO

Leia mais

OBSERVATÓRIO DA REDE SOCIAL DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS

OBSERVATÓRIO DA REDE SOCIAL DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS Rede Social OBSERVATÓRIO DA REDE SOCIAL DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS MUNICÍPIO MAIOR 2012 Rede Social Observatório da Rede Social Município Maior O Município Maior visa promover a melhoria da qualidade de vida

Leia mais

Em 2015 a população residente reduziu-se em 33,5 mil pessoas

Em 2015 a população residente reduziu-se em 33,5 mil pessoas milhares 1 512 1 533 1 553 1 563 1 573 1 573 1 542 1 487 1 427 1 375 1 341 Estimativas de População Residente em Portugal 215 16 de junho de 216 Em 215 a população residente reduziu-se em 33,5 mil pessoas

Leia mais

POPULAÇÃO ESTRANGEIRA CRESCE A RITMO INFERIOR AO DOS ÚLTIMOS ANOS

POPULAÇÃO ESTRANGEIRA CRESCE A RITMO INFERIOR AO DOS ÚLTIMOS ANOS População Estrangeira em Portugal 23 28 de Junho de 24 POPULAÇÃO ESTRANGEIRA CRESCE A RITMO INFERIOR AO DOS ÚLTIMOS ANOS Em 23, segundo informação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, a população estrangeira

Leia mais

PROJETO: REDE IGUALDADE +

PROJETO: REDE IGUALDADE + PROJETO: REDE IGUALDADE + Câmara Municipal de Vila do Conde Março 2016 Agenda 1 Objetivos 2 Relevância 3 Etapas do projeto REDE IGUALDADE + 4 Cronograma 5 Parceiros e Associados 6 Parceria Internacional

Leia mais

População residente em Portugal volta a diminuir em 2012

População residente em Portugal volta a diminuir em 2012 9 95 29 9 954 958 9 974 391 1 8 659 1 43 693 1 84 196 1 133 758 1 186 634 1 249 22 1 33 774 1 394 669 1 444 592 1 473 5 1 494 672 1 511 988 1 532 588 1 553 339 1 563 14 1 573 479 1 572 721 1 542 398 1

Leia mais

Fevereiro Homens Mulheres Total. Número de beneficiários de subsídio de desemprego por sexo. Âmbito geográfico

Fevereiro Homens Mulheres Total. Número de beneficiários de subsídio de desemprego por sexo. Âmbito geográfico Fevereiro 2016 O presente documento pretende fazer de forma sintética uma análise das principais caraterísticas do Distrito de Viseu no que à área social diz respeito. Pretendemos que sirva como elemento

Leia mais

nº de beneficiários de subsidio de desemprego por sexo

nº de beneficiários de subsidio de desemprego por sexo O presente documento pretende fazer de forma sintética uma análise das principais caraterísticas do Distrito de Faro no que à área social diz respeito. Pretendemos que sirva como elemento de consulta base

Leia mais

Impacto da demografia no mercado de trabalho e emprego em Portugal

Impacto da demografia no mercado de trabalho e emprego em Portugal Impacto da demografia no mercado de trabalho e emprego em Portugal José Rebelo dos Santos ESCE / IPS jose.rebelo@esce.ips.pt Lisboa, 7 de outubro de 2016 Sumário: Objetivos Contextualização do desemprego

Leia mais

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

DIA INTERNACIONAL DA MULHER 4 de Março de 2004 Dia Internacional da Mulher DIA INTERNACIONAL DA MULHER O Instituto Nacional de Estatística não quis deixar de se associar à comemoração do Dia Internacional da Mulher, 8 de Março, apresentando

Leia mais

Base de dados I. Questionário de levantamento de recursos institucionais/ 2009

Base de dados I. Questionário de levantamento de recursos institucionais/ 2009 Base de dados I Nº de referência da instituição Nº de registo Questionário de levantamento de recursos institucionais/ 2009 Este questionário tem como objectivo proceder à actualização do Diagnóstico Social,

Leia mais

Nasceram mais crianças mas saldo natural manteve-se negativo

Nasceram mais crianças mas saldo natural manteve-se negativo 27 de abril de 2017 Estatísticas Vitais 2016 Nasceram mais crianças mas saldo natural manteve-se negativo Em 2016, nasceram com vida (nados-vivos) 87 126 crianças, de mães residentes em Portugal. Este

Leia mais

Indicadores Estatísticos no Distrito de Braga (atualização: agosto de 2018)

Indicadores Estatísticos no Distrito de Braga (atualização: agosto de 2018) Tabela 1 Indicadores Rendimentos e Condições de Vida RENDIMENTOS E CONDIÇÕES DE VIDA Ganho médio mensal Poder de compra IPC - Indicador per Capita INDICADORES PPC Percentagem de Poder de compra Subsídios

Leia mais

Observatório Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa

Observatório Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa Observatório Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa Apresentação realizada para a Rede Social de Lisboa Plataforma para a Área do Envelhecimento Zona Oriental www.observatorio-lisboa.eapn.pt observatoriopobreza@eapn.pt

Leia mais

Observatório Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa

Observatório Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa Observatório Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa Apresentação realizada para a Rede Social de Lisboa Plataforma para a Área do Envelhecimento Zona Centro Ocidental (Alvalade, Campo Grande, S. João

Leia mais

QUEBRA DE NADOS-VIVOS EM 2003

QUEBRA DE NADOS-VIVOS EM 2003 Estatísticas Vitais - Natalidade Resultados provisórios de 23 8 de Junho de 24 QUEBRA DE NADOS-VIVOS EM 23 Em 23, a natalidade decresce ligeiramente no país, o número de nados-vivos fora do casamento continua

Leia mais

Perfil de Saúde. Arco Ribeirinho. Alcochete Barreiro Moita Montijo Coordenação: Lina Guarda Redação: Raquel Rodrigues dos Santos

Perfil de Saúde. Arco Ribeirinho. Alcochete Barreiro Moita Montijo Coordenação: Lina Guarda Redação: Raquel Rodrigues dos Santos Arco Ribeirinho Perfil de Saúde Anna Maria Island, 2017 Alcochete Barreiro Moita Montijo 2018 Coordenação: Lina Guarda Redação: Raquel Rodrigues dos Santos 0 Quem somos? O Arco Ribeirinho tem uma população

Leia mais

Indicadores Demográficos. Índice

Indicadores Demográficos. Índice Índice Densidade Populacional... 3 Esperança de Vida à Nascença... 3 Esperança de vida aos 65 anos... 4 Estrutura Etária da População dos 0 aos 14 anos... 4 Estrutura Etária da População dos 15 aos 24

Leia mais

Índice. Indicadores Proteção Social

Índice. Indicadores Proteção Social NUT III Península de Índice População Ativa Beneficiária de Subsídio de Desemprego (%)... 3 Valor médio da prestação Subsídio de Desemprego (em dezembro de 2014)... 3 População Ativa Beneficiária de Subsídio

Leia mais

Direção Regional de Estatística da Madeira

Direção Regional de Estatística da Madeira 03 de outubro de 2014 ESTATÍSTICAS DEMOGRÁFICAS DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013 A presente publicação compila os diferentes indicadores divulgados ao longo do ano relativos ao comportamento demográfico

Leia mais

Número de nados-vivos aumentou mas saldo natural manteve-se negativo

Número de nados-vivos aumentou mas saldo natural manteve-se negativo Estatísticas Vitais 215 28 de abril de 216 Número de nados-vivos aumentou mas saldo natural manteve-se negativo Em 215, nasceram com vida (nados-vivos) 85 5 crianças, de mães residentes em Portugal. Este

Leia mais

Evolução da população do Concelho de Cascais

Evolução da população do Concelho de Cascais Evolução da população do Concelho de Cascais 197-211 5, 4,5 4, 3,5 Homens 3, 2,5 2, 1,5 1,,5, Idades 95 + 9-94 85-89 8-84 75-79 7-74 65-69 6-64 55-59 5-54 45-49 4-44 35-39 3-34 25-29 2-24 15-19 1-14 5-9

Leia mais

DIA INTERNACIONAL DO IDOSO

DIA INTERNACIONAL DO IDOSO Dia Internacional do Idoso 2005 28 de Setembro de 2005 DIA INTERNACIONAL DO IDOSO A Assembleia Geral das Nações Unidas designou o dia 1 de Outubro como Dia Internacional do Idoso, pela resolução 45/106

Leia mais

População residente. Distribuição da população por freguesias

População residente. Distribuição da população por freguesias População e Território População residente Local de Residência População residente (211) 155 2185 17653 1227 Sarilhos Pequenos 115 9864 Total 6629 Distribuição da população por freguesias 15% Sarilhos

Leia mais

POPULAÇÃO ESTRANGEIRA EM PORTUGAL MODERA CRESCIMENTO

POPULAÇÃO ESTRANGEIRA EM PORTUGAL MODERA CRESCIMENTO População Estrangeira Residente em Portugal Resultados provisórios 2002 2 de Julho de 2003 POPULAÇÃO ESTRANGEIRA EM PORTUGAL MODERA CRESCIMENTO Em 2002, a população estrangeira com a situação regularizada,

Leia mais

DINÂMICAS DO ENVELHECIMENTO DEMOGRÁFICO NO MUNICÍPIO DO FUNCHAL

DINÂMICAS DO ENVELHECIMENTO DEMOGRÁFICO NO MUNICÍPIO DO FUNCHAL DINÂMICAS DO ENVELHECIMENTO DEMOGRÁFICO NO MUNICÍPIO DO FUNCHAL Abril de 2012 Índice Geral Índice Geral... 1 Índice de Figuras... 2 Nota Introdutória... 4 1. Indicadores e Taxas de Movimento da População...

Leia mais

A população: evolução e contrastes regionais. As estruturas e os comportamentos demográficos

A população: evolução e contrastes regionais. As estruturas e os comportamentos demográficos A população: evolução e contrastes regionais As estruturas e os comportamentos demográficos A evolução demográfica, em Portugal, sobretudo no que se refere ao crescimento natural, refletiu-se na sua estrutura

Leia mais

Nados vivos segundo a nacionalidade dos pais, Portugal, 1995 a 2009 análise exploratória de dados

Nados vivos segundo a nacionalidade dos pais, Portugal, 1995 a 2009 análise exploratória de dados Nados vivos segundo a nacionalidade dos pais, Portugal, 1995 a 2009 Joana Malta Instituto Nacional de Estatística Graça Magalhães Instituto Nacional de Estatística Nados vivos segundo a nacionalidade dos

Leia mais

SISTEMA DE INFORMAÇÃO REDE SOCIAL MIRANDELA SISTEMA DE INFORMAÇÃO

SISTEMA DE INFORMAÇÃO REDE SOCIAL MIRANDELA SISTEMA DE INFORMAÇÃO SISTEMA DE INFORMAÇÃO 1 TERRITÓRIO Número de Freguesias Tipologia das Freguesias (urbano, rural, semi urbano) Área Total das Freguesias Cidades Estatísticas Total (2001, 2008, 2009) Freguesias Área Média

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA DO MONTE DA CAPARICA Curso de Educação e Formação de Adultos NS Trabalho Individual Área / UFCD STC 6 Formador

ESCOLA SECUNDÁRIA DO MONTE DA CAPARICA Curso de Educação e Formação de Adultos NS Trabalho Individual Área / UFCD STC 6 Formador A explicitação dos principais conceitos abordados 1 de 5 Os conceitos demográficos fundamentais são, a Natalidade e a Mortalidade. Sendo que a Natalidade corresponde ao número de nados-vivos verificados

Leia mais

Índice. Indicadores Proteção Social

Índice. Indicadores Proteção Social Índice População Ativa Beneficiária de Subsídio de Desemprego (%)... 3 Valor médio da prestação Subsídio de Desemprego (em dezembro de 2017)... 3 População Ativa Beneficiária de Subsídio Social de Desemprego

Leia mais

Fenómenos de pobreza e exclusão social no contexto atual Palmela, 6 de dezembro de 2013

Fenómenos de pobreza e exclusão social no contexto atual Palmela, 6 de dezembro de 2013 Fenómenos de pobreza e exclusão social no contexto atual Palmela, 6 de dezembro de 2013 Maria José Domingos Objetivos Sobre a Estratégia 2020 A pobreza e a exclusão social na Europa em números A pobreza

Leia mais

I. INTRODUÇÃO ENQUADRAMENTO

I. INTRODUÇÃO ENQUADRAMENTO I. INTRODUÇÃO A Resolução do Conselho de Ministros n.º 18/2014 (de 7 de março) consagra a adoção de medidas tendo em vista a promoção da igualdade salarial entre homens e mulheres. Neste contexto, foi

Leia mais

Índice. Indicadores Proteção Social

Índice. Indicadores Proteção Social Índice População Ativa Beneficiária de Subsídio de Desemprego (%)... 3 Valor médio da prestação Subsídio de Desemprego (em dezembro de 2016)... 3 População Ativa Beneficiária de Subsídio Social de Desemprego

Leia mais

Número médio de crianças por mulher aumentou ligeiramente

Número médio de crianças por mulher aumentou ligeiramente Estatísticas Demográficas 2010 16 de dezembro de 2011 Número médio de crianças por mulher aumentou ligeiramente De acordo com os factos demográficos registados, em 2010 o número de nados vivos aumentou

Leia mais

Destaque A questão sem-abrigo em Portugal Fonte: Censos 2011

Destaque A questão sem-abrigo em Portugal Fonte: Censos 2011 Destaque A questão sem-abrigo em Portugal Fonte: Censos 2011 No âmbito do regulamento europeu sobre os recenseamentos da população, mas também decorrente das necessidades nacionais de informação estatística

Leia mais

Natalidade aumentou mas saldo natural manteve-se negativo

Natalidade aumentou mas saldo natural manteve-se negativo 29 de abril de 219 Estatísticas Vitais 218 Natalidade aumentou mas saldo natural manteve-se negativo Em 218, nasceram com vida 87 2 crianças de mães residentes em Portugal. Este valor traduz um acréscimo

Leia mais

Observatório Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa

Observatório Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa Observatório Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa Apresentação realizada para a Rede Social de Lisboa Plataforma para a Área do Envelhecimento Zona Norte www.observatorio-lisboa.eapn.pt observatoriopobreza@eapn.pt

Leia mais

Para consultar os relatórios do Grupo Infraestruturas de Portugal, aceda a

Para consultar os relatórios do Grupo Infraestruturas de Portugal, aceda a Relatório de Igualdade (Perspetiva Salarial), 2017 Coordenação e Redação: Direção de Capital Humano Design: Direção de Comunicação e Imagem Março de 2018 "Este documento refere-se ao Grupo Infraestruturas

Leia mais

SEGURANÇA SOCIAL NÚMEROS

SEGURANÇA SOCIAL NÚMEROS SEGURANÇA SOCIAL SEGURANÇA SOCIAL EM NÚMEROS Continente e Regiões Autónomas SETEMBRO/2016 Direção-Geral da Segurança Social Instituto de Informática, I.P. Í NDICE PÁGINA Pirâmide etária da população residente

Leia mais

SEGURANÇA SOCIAL EM NÚMEROS

SEGURANÇA SOCIAL EM NÚMEROS SEGURANÇA SOCIAL SEGURANÇA SOCIAL EM NÚMEROS Continente e Regiões Autónomas SETEMBRO/2018 Direção-Geral da Segurança Social Instituto de Informática, I.P. Í NDICE PÁGINA Pirâmide etária da população residente

Leia mais

Estatísticas Demográficas 2004

Estatísticas Demográficas 2004 Estatísticas Demográficas 2004 28 de Novembro de 2005 A população residente em Portugal, em 31/12/2004, estimou-se em 10 529 255 indivíduos. Os nascimentos decresceram 2,9% e os óbitos 6,2%, face a 2003.

Leia mais

Indicadores de Desenvolvimento Sustentável Agenda 2030

Indicadores de Desenvolvimento Sustentável Agenda 2030 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 3 de maio de 2017 Indicadores de Desenvolvimento Sustentável Agenda 2030 Para procurar concentrar numa mesma plataforma a informação estatística existente, o INE

Leia mais

SEGURANÇA SOCIAL EM NÚMEROS

SEGURANÇA SOCIAL EM NÚMEROS SEGURANÇA SOCIAL SEGURANÇA SOCIAL EM NÚMEROS Continente e Regiões Autónomas SETEMBRO/2017 Direção-Geral da Segurança Social Instituto de Informática, I.P. Í NDICE PÁGINA Pirâmide etária da população residente

Leia mais

Dia Internacional da Família 15 de maio

Dia Internacional da Família 15 de maio Dia Internacional da Família 15 de maio 14 de maio de 2013 Como são as famílias em Portugal e que riscos económicos enfrentam Em Portugal as famílias são hoje mais e têm menor dimensão média, em consequência

Leia mais

ALMADA FICHA TÉCNICA. Título Território e População Retrato de Almada segundo os Censos 2011

ALMADA FICHA TÉCNICA. Título Território e População Retrato de Almada segundo os Censos 2011 DMPATO DPU Divisão de Estudos e Planeamento A ALMADA FICHA TÉCNICA Título Território e População Retrato de Almada segundo os Censos 2011 Serviço Divisão de Estudos e Planeamento Departamento de Planeamento

Leia mais

6. PERFIS E TENDÊNCIAS DEMOGRÁFICAS DO CONCELHO

6. PERFIS E TENDÊNCIAS DEMOGRÁFICAS DO CONCELHO Diagnóstico Social do Concelho de Arcos de Valdevez 6. PERFIS E TENDÊNCIAS DEMOGRÁFICAS DO CONCELHO Fotografia 6.1. Peneda Diagnóstico Social do Concelho de Arcos de Valdevez 97 A população do concelho

Leia mais

416f3552a2de45d5b6b d009d

416f3552a2de45d5b6b d009d DL 479/2017 2017.11.21 Ministra\o d O -Lei 56/2006, de 15 de março veio regular a forma de distribuição dos resultados líquidos dos jogos sociais. A afetação das receitas provenientes dos jogos sociais

Leia mais

Através do seguro social voluntário Atualizado em:

Através do seguro social voluntário Atualizado em: SEGURANÇA SOCIAL Através do seguro social voluntário Atualizado em: 05-01-2017 Esta informação destina-se a que cidadãos Pessoas abrangidas pelo seguro social voluntário O que é O regime do seguro social

Leia mais

Indicadores Demográficos. Índice

Indicadores Demográficos. Índice Índice Densidade Populacional... 3 Esperança de Vida à Nascença... 3 Estrutura Etária da População dos 0 aos 14 anos... 4 Estrutura Etária da População dos 15 aos 24 anos... 4 Estrutura Etária da População

Leia mais

Geografia 8.º. População e povoamento - 1

Geografia 8.º. População e povoamento - 1 Geografia 8.º População e povoamento - 1 GRUPO I A figura 1 representa as fases da evolução da população mundial, entre o ano 500 e 2050* (*estimativa). A figura 2 representa a repartição da taxa bruta

Leia mais

Estrangeiros Governo já aprovou o Cartão Azul português

Estrangeiros Governo já aprovou o Cartão Azul português Estrangeiros 23-03-12 - Governo já aprovou o Cartão Azul português Na Europa, os estrangeiros que residam num dos 27 países terão um Cartão Azul UE. Em Portugal, o novo tipo de autorização de residência

Leia mais

REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA BI Distrital 2018 POBREZA MONETÁRIA. Taxa de risco de. pobreza linha de pobreza nacional

REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA BI Distrital 2018 POBREZA MONETÁRIA. Taxa de risco de. pobreza linha de pobreza nacional REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA BI Distrital 2018 2017 Mediana do Rendimento por adulto equivalente Linha de pobreza nacional POBREZA MONETÁRIA Taxa de risco de pobreza calculada com linha de pobreza nacional

Leia mais

Continente e Regiões Autónomas. Agosto/2014. Instituto de Informática, I.P.

Continente e Regiões Autónomas. Agosto/2014. Instituto de Informática, I.P. SEGURANÇA SOCIAL Continente e Regiões Autónomas Agosto/2014 Direção-Geral da Segurança Social Instituto de Informática, I.P. Í NDICE PÁGINA Pirâmide etária da população residente em e 2060 3 Alguns indicadores

Leia mais

ESTATÍSTICAS DA IMIGRAÇÃO

ESTATÍSTICAS DA IMIGRAÇÃO ESTATÍSTICAS DA IMIGRAÇÃO I. ESTATÍSTICAS DE IMIGRAÇÃO DE PAÍSES DA OCDE % estrangeiros por total de população residente em países da OCDE País 1992 1995 1998 2001 2002 Áustria 7,9 8,5 8,6 8,8 8,8 Bélgica

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º./XII/2.ª REFORÇA OS APOIOS EM SITUAÇÃO DE DESEMPREGO

PROJETO DE LEI N.º./XII/2.ª REFORÇA OS APOIOS EM SITUAÇÃO DE DESEMPREGO Grupo Parlamentar PROJETO DE LEI N.º./XII/2.ª REFORÇA OS APOIOS EM SITUAÇÃO DE DESEMPREGO Exposição de motivos O desemprego é o maior flagelo social do país. As políticas de austeridade levaram a um aumento

Leia mais

OBJETIVOS: - Recolher dados identificados/registados pelas

OBJETIVOS: - Recolher dados identificados/registados pelas OBJETIVOS: - Recolher dados identificados/registados pelas entidades parceiras da RAMSV e outras, que permitam caraterizar o Concelho do Montijo na área da Violência Doméstica e de Género. - Ter um retrato

Leia mais

Comissão de Proteção de Crianças e Jovens Matosinhos

Comissão de Proteção de Crianças e Jovens Matosinhos Comissão de Proteção de Crianças e Jovens Matosinhos Relatório Anual de Atividades 2012 1. Caracterização Processual Tabela 1: Volume Processual Global - Ano 2012 Volume Processual Global Instaurados 472

Leia mais

ESTATÍSTICAS DEMOGRÁFICAS DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2015

ESTATÍSTICAS DEMOGRÁFICAS DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2015 11 de outubro 2016 ESTATÍSTICAS DEMOGRÁFICAS DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2015 População residente Em 31 de dezembro de 2015, a população residente na Região Autónoma da Madeira (RAM) foi estimada em

Leia mais

Indicadores Demográficos. Índice

Indicadores Demográficos. Índice Índice Densidade Populacional... 3 Esperança de Vida à Nascença... 3 Esperança de vida aos 65 anos... 4 Estrutura Etária da População dos 0 aos 14 anos... 4 Estrutura Etária da População dos 15 aos 24

Leia mais

AMADORA XXI POPULAÇÃO 2001

AMADORA XXI POPULAÇÃO 2001 AMADOR RA XXI POPULAÇÃO 2001 Nota Introdutória Amadora XXII disponibilizará informação de natureza muito diversa, baseada na recolha e estruturação de dados censitários, equipamentos, funções urbanas e

Leia mais

Objetivos Evolução e diversidade nas famílias monoparentais

Objetivos Evolução e diversidade nas famílias monoparentais 1 Objetivos Evolução e diversidade nas famílias monoparentais Quais as mudanças e as continuidades ocorridas nestas famílias entre 1991-2011? Qual o impacto das mudanças na conjugalidade e na parentalidade,

Leia mais

Resultados Provisórios POPULAÇÃO ESTRANGEIRA EM PORTUGAL 2001

Resultados Provisórios POPULAÇÃO ESTRANGEIRA EM PORTUGAL 2001 Informação à Comunicação Social 24 de Julho de 2002 Resultados Provisórios POPULAÇÃO ESTRANGEIRA EM PORTUGAL 2001 1. População Estrangeira Residente Os dados estatísticos, reportados a 31 de Dezembro de

Leia mais

AS CRIANÇAS EM PORTUGAL - ALGUNS DADOS ESTATÍSTICOS

AS CRIANÇAS EM PORTUGAL - ALGUNS DADOS ESTATÍSTICOS Dia Mundial da Criança 1 de Junho 30 de Maio de 2005 AS CRIANÇAS EM PORTUGAL - ALGUNS DADOS ESTATÍSTICOS O conteúdo do presente Destaque está alterado na página 2, relativamente ao divulgado em 30-05-2005.

Leia mais

Metropolitano de Lisboa Plano de ação para a igualdade entre mulheres e homens

Metropolitano de Lisboa Plano de ação para a igualdade entre mulheres e homens 2 3 IGEN O nosso Compromisso Igualdade de Género significa que as mulheres e os homens têm igual visibilidade, poder, responsabilidade e participação em todas as esferas da vida pública e privada, bem

Leia mais

Praça da República - Apartado 47, Setúbal

Praça da República - Apartado 47, Setúbal Ficha Técnica: Versão: Data: Autor: Responsável: Morada: Email: 1.0 23/05/2018 ISS,IP - Centro Distrital de Setúbal - UAD-NAGPGI (JL, CN) ISS,IP - Centro Distrital de Setúbal - UAD-NAGPGI (JR) Praça da

Leia mais

IGUALDADE DE GÉNERO EM PORTUGAL INDICADORES-CHAVE 2017

IGUALDADE DE GÉNERO EM PORTUGAL INDICADORES-CHAVE 2017 IGUALDADE DE GÉNERO EM PORTUGAL INDICADORES-CHAVE 2017 A Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), enquanto organismo responsável pela promoção da igualdade entre mulheres e homens, apresenta

Leia mais

DIA INTERNACIONAL DA MULHER 30 ANOS ( ) QUARTA CONFERÊNCIA MUNDIAL SOBRE AS MULHERES 10 ANOS (1995, PEQUIM)

DIA INTERNACIONAL DA MULHER 30 ANOS ( ) QUARTA CONFERÊNCIA MUNDIAL SOBRE AS MULHERES 10 ANOS (1995, PEQUIM) Dia Internacional da Mulher (8 de Março) 1995-2005 04 de Março de 2005 DIA INTERNACIONAL DA MULHER 30 ANOS (1975 2005) QUARTA CONFERÊNCIA MUNDIAL SOBRE AS MULHERES 10 ANOS (1995, PEQUIM) No momento em

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA DO MONTE DA CAPARICA Curso de Educação e Formação de Adultos NS Trabalho Individual Área / UFCD

ESCOLA SECUNDÁRIA DO MONTE DA CAPARICA Curso de Educação e Formação de Adultos NS Trabalho Individual Área / UFCD 1 de 5 Impactos económicos, culturais e sociais dos fluxos migratórios no Portugal Contemporâneo OBJECTIVO: reconhecer a diversidade de políticas de inserção e inclusão multicultural. FLUXOS MIGRATÓRIOS

Leia mais

I. INTRODUÇÃO ENQUADRAMENTO

I. INTRODUÇÃO ENQUADRAMENTO I. INTRODUÇÃO A Resolução do Conselho de Ministros n.º 18/2014 (de 7 de março) consagra a adoção de medidas tendo em vista a promoção da igualdade salarial entre homens e mulheres. Neste contexto, foi

Leia mais

O papel das políticas públicas na promoção do bem-estar e desenvolvimento saudável das crianças e jovens dos 0 aos 18 anos

O papel das políticas públicas na promoção do bem-estar e desenvolvimento saudável das crianças e jovens dos 0 aos 18 anos O papel das políticas públicas na promoção do bem-estar e desenvolvimento saudável das crianças e jovens dos 0 aos 18 anos Saúde e Economia e Sociedade Grupo de trabalho B 01 INTRODUÇÃO Introdução Relevância

Leia mais

Projeções da população residente

Projeções da população residente «Projeções da população residente 2015-2080 Síntese metodológica e principais i i resultados Graça Magalhães Cátia Nunes População residente, Portugal, 1980-2015 milhões 10,0 1994 10,0 10,3 0,0 1980 1985

Leia mais

DIAGNÓSTICO SOCIAL CASCAIS 2018

DIAGNÓSTICO SOCIAL CASCAIS 2018 DIAGNÓSTICO SOCIAL CASCAIS 2018 GUIA DE ACESSO RÁPIDO REDE SOCIAL DE CASCAIS 103 ORGANIZAÇÕES 4.658 PROFISSIONAIS E VOLUNTÁRIOS 60.681 MUNÍCIPES Quantos somos hoje em? Que desigualdades se observam? Como

Leia mais

Lenda que perdura pelos séculos Ide vêlas

Lenda que perdura pelos séculos Ide vêlas CALDAS DA RAINHA - MAIO 2013 BREVE HISTÓRIA DO CONCELHO DE ODIVELAS A origem do nome: Lenda que perdura pelos séculos Ide vêlas senhor ; Odi palavra de origem árabe que significa curso de água e Velas

Leia mais

Regulamento do Fundo de Apoio Social da Freguesia Alfragide

Regulamento do Fundo de Apoio Social da Freguesia Alfragide Regulamento do Fundo de Apoio Social da Freguesia Alfragide PREÂMBULO O Fundo de apoio social tem como finalidade apoiar de forma pontual, os residentes desta freguesia, em algumas das situações do contexto

Leia mais

Modelo Conceptual-Operacional

Modelo Conceptual-Operacional Estimativas e Modelação Estatística Modelo Conceptual-Operacional Disseminação e Comunicação Cloud Trabalho em rede DATA VISUALIZATION INPUTS & PROCESS OUTPUTS OUTCOMES IMPACT Análise e Síntese Nacional

Leia mais

Censos 2001: Resultados Provisórios

Censos 2001: Resultados Provisórios Censos 2001: Resultados Provisórios As expressões sublinhadas encontram-se explicadas no final do texto PRINCIPAIS TENDÊNCIAS EVIDENCIADAS PELOS RESULTADOS PROVISÓRIOS DOS CENSOS 2001 Na População A 12

Leia mais

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO E DA ESTRUTURA FAMILIAR NA REGIÃO NORTE NOS ÚLTIMOS 15 ANOS: MUDANÇA E CONTINUIDADE

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO E DA ESTRUTURA FAMILIAR NA REGIÃO NORTE NOS ÚLTIMOS 15 ANOS: MUDANÇA E CONTINUIDADE CAPÍTULO II Sérgio Bacelar EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO E DA ESTRUTURA FAMILIAR NA REGIÃO NORTE NOS ÚLTIMOS 15 ANOS: MUDANÇA E CONTINUIDADE A análise da evolução da população e da estrutura familiar da Região

Leia mais

BOLETIMESTATÍSTICO Nº35 2º QUADRIMESTRE DE 2016 MAIS INFORMAÇÃO / MAIOR CONHECIMENTO / MELHOR DECISÃO

BOLETIMESTATÍSTICO Nº35 2º QUADRIMESTRE DE 2016 MAIS INFORMAÇÃO / MAIOR CONHECIMENTO / MELHOR DECISÃO BOLETIMESTATÍSTICO Nº º QUADRIMESTRE DE MAIS INFORMAÇÃO / MAIOR CONHECIMENTO / MELHOR DECISÃO BOLETIM ESTATÍSTICO Município de Vila Real de Stº António POPULAÇÃO Movimentos da população em VRSA / Jan Fev

Leia mais

Publicado em h:38m N.º Regulamento (este documento substitui o nº 461) PREÂMBULO

Publicado em h:38m N.º Regulamento (este documento substitui o nº 461) PREÂMBULO PROGRAMA DE EMERGÊNCIA SOCIAL (PES-OAZ) PREÂMBULO A Lei nº 75/2013, de 12 de setembro, que estabeleceu o Regime Jurídico das Autarquias Locais, dota os municípios de um conjunto de atribuições e competências

Leia mais

AS DESIGUALDADES ENTRE HOMENS E MULHERES NÃO ESTÃO A DIMINUIR EM PORTUGAL

AS DESIGUALDADES ENTRE HOMENS E MULHERES NÃO ESTÃO A DIMINUIR EM PORTUGAL A situação da mulher em Portugal Pág. 1 AS DESIGUALDADES ENTRE HOMENS E MULHERES NÃO ESTÃO A DIMINUIR EM PORTUGAL RESUMO DESTE ESTUDO No 8 de Março de 2008, em que se comemora o Dia Internacional da Mulher,

Leia mais

Migrações. Distribuição Geográfica da População Estrangeira Ano de 2012

Migrações. Distribuição Geográfica da População Estrangeira Ano de 2012 Distribuição Geográfica da População Estrangeira Ano de 2012 A distribuição territorial da população estrangeira evidencia uma concentração predominante na zona litoral do país, com destaque para os distritos

Leia mais

Diagnóstico Social CADERNO 2. FAMÍLIAS. Câmara Municipal de Vila Franca de Xira

Diagnóstico Social CADERNO 2. FAMÍLIAS. Câmara Municipal de Vila Franca de Xira Diagnóstico Social CADERNO 2. FAMÍLIAS Famílias Clássicas. Núcleos Familiares. Famílias Institucionais. Estado Civil e Conjugalidade. Câmara Municipal de Vila Franca de Xira Maio.2013 (versão final) TÍTULO:

Leia mais

Trata-se de um município eminentemente rural, onde apenas uma ínfima percentagem

Trata-se de um município eminentemente rural, onde apenas uma ínfima percentagem I.3. População De acordo com o censo 0, osteiros tinha uma população residente de 9.469 habitantes, sendo a projecção para o ano 6, de acordo com os estudos do INE, de 9.806 habitantes. Trata-se de um

Leia mais

Taxa de risco de pobreza (calculada com linha de pobreza nacional)

Taxa de risco de pobreza (calculada com linha de pobreza nacional) COIMBRA BI Distrital 2018 2017 Mediana do Rendimento por adulto equivalente Linha de pobreza nacional POBREZA MONETÁRIA Taxa de risco de pobreza (calculada com linha de pobreza nacional) Linha de pobreza

Leia mais