LEGISLAÇÃO / Ofícios Circulares UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO OFÍCIO CIRCULAR Nº 01/2001 SG

Transcrição

1 OFÍCIO CIRCULAR Nº 01/2001 SG Senhor(a) Diretor(a): São Paulo, 15 de fevereiro de Encaminho a Vossa Senhoria, para conhecimento e divulgação, cópia da Informação nº 18/01 AJ, que interpreta questões sobre Concurso de Livre-Docente e Titular. Esclareço que segue anexo cópia do Ofício nº 01/01 GIA/SG, contendo as consultas formuladas por diversas Unidades Universitárias, a esta Secretaria Geral. Na oportunidade renovo protestos de estima e consideração. OSVALDO AULINO DA SILVA Secretário-Geral 1/5

2 INTERESSADO: Secretaria Geral PROCESSO Nº: 263/50/01/2001 ASSUNTO: Dúvidas sobre concurso para livre-docente e titular INFORMAÇÃO Nº: 018/2001 AJ Senhora Procuradora Chefe: Tratam os autos de consulta formulada pela Secretaria Geral, de forma articulada, acerca de algumas interpretações referentes a composição de Banca Examinadora de Concursos para Livre-Docência e Professor Titular, como também acerca dos prazos para realização de concursos, à vista do disposto na Resolução 64/2000 e alterações pela Resolução 80/2000. De forma articulada, procuraremos informar, sendo que a numeração das questões foi por nós incluída no texto do Ofício de fls. 03, para melhor elucidação. A questão n o 1 refere-se à composição de Banca Examinadora, e sobre a possibilidade de ser convidado a integrá-la docente que não tenha vínculo com qualquer instituição de ensino. A resposta, por óbvio, é no sentido de que não há qualquer impedimento para tal hipótese, pois, o que deve ser levado em consideração é a comprovação da titulação do docente convidado, e não a sua situação frente às Instituições de ensino. Evidentemente, a obrigação de que três examinadores não sejam vinculados ao Câmpus para o qual se irá realizar o concurso, possibilita a vinda de titulados que não tenham qualquer vínculo, quer com a Universidade, quer com outra instituição de ensino. Importa, sim, que sua titulação seja igual ou superior àquela posta em concurso. A questão n o 2 diz respeito à necessidade de revalidação ou equivalência de título de docente convidado para composição da Banca Examinadora, cuja obtenção se deu no exterior. Art. 1º A hipótese, aplica-se a Resolução CFE n o 03, de 10 de junho de 1985 que dispõe: Os diplomas e certificados de cursos de graduação e pós-graduação expedidos por estabelecimentos estrangeiros de ensino superior, serão declarados equivalentes aos que são concedidos no País e hábeis para os fins previstos em Lei, mediante a devida revalidação por instituição brasileira, nos termos da presente Resolução. Art. 2º São suscetíveis de revalidação os diplomas e certificados que correspondam, quanto ao currículo, aos títulos ou habilitações conferidos por instituições brasileiras, entendida a equivalência em sentido amplo, de modo a abranger áreas congêneres, similares ou afins, aos que são oferecidos no Brasil. 2/5

3 Parágrafo Único A revalidação é dispensável nos casos previstos em acordo cultural entre o Brasil e o país de origem do diploma ou certificado, subsistindo, porém, a obrigatoriedade do registro, quando este for exigido pela legislação brasileira (g.n.). Portanto, caso o docente convidado para participação de Banca Examinadora de Concurso apresente título obtido em instituição estrangeira, deverá fazer prova de sua revalidação no território nacional, pois a equivalência é o momento anterior àquela, e serve de base para que a revalidação ocorra de pleno direito, de acordo com as regras acima indicadas. A questão n o 3 traz a lume a situação de docente aposentado na UNICAMP, com titulação de Professor Titular, além de Professor Emérito da Universidade, título concedido aos de comprovado saber científico. Porém, menciona a consulente que o indicado para integrar a Banca Examinadora obteve o título de Professor Titular sem concurso. Evidentemente, se tal ocorreu naquela Universidade, foi com base em normas próprias da instituição de regime especial, que dentro de sua autonomia universitária e anteriormente à Constituição de 1988, veio a dispor sobre hipóteses desse jaez, possibilitando a titulação sem o correspondente concurso. Importa, pois, e somente no caso específico, é a simples averiguação de ser o docente possuidor do título de Professor Titular, e não a forma de sua obtenção, que por certo teve esteio na legislação anteriormente vigente. Ademais, a titulação de Professor Emérito, por si só, possibilitaria a participação do docente em Banca Examinadora, até pela natureza intrínsica dessa concessão. Por certo tal conclusão só se aplica a docente que não teve ou têm vínculo com a UNESP, pois, para estes, há exigência de serem concursados para obtenção da titulação, até pelas características das normas internas desta Autarquia. As questões n o 4 a 8 referem-se aos prazos para realização dos concursos, face ao disposto no artigo 3º, 2º da Resolução 64/00 que dispõe que após a aprovação do programa pela CCPG, a Unidade deverá realizar o concurso no prazo máximo de doze meses, bem como sobre os prazos de concursos aprovados antes daquele previsto na Resolução 80/2000 que dispõe no artigo 2º das Disposições Transitórias que os concursos cujos programas tenham sido aprovados pelo colegiado central competente anteriormente à data da publicação da Resolução UNESP-64/2000 serão regidos pelas normas em vigor até aquela data, desde que se realizem no prazo máximo de 12 meses, a contar de 16/08/2000. Tratemos, pois, da primeira hipótese, qual seja, a de concursos que estão vinculados às normas da Resolução 64/2000 e que tem prazo de realização de 12 meses, de acordo com o art. 3, 2º. Com efeito, vinculados os concursos às novas regras (Resol. 64), o prazo de sua realização deverá ser o indicado no artigo já mencionado, qual seja, o de 12 meses a contar da data da aprovação do programa pela CCPG, sem que seja prevista qualquer possibilidade de prorrogação. De outra forma, para a segunda hipótese, qual seja, a de concursos aprovados pelo colegiado central competente anteriormente à data da publicação da Resolução 64/2000, serão regidos pelas normas em vigor até aquela data desde que sejam realizadas no 3/5

4 prazo máximo de 12 meses, à contar de 16/08/2000, sem que haja qualquer possibilidade de prorrogação de tal prazo, o qual se findará em 15/08/2001 ( ex vi do art. 2º das Disposições Transitórias da Resol. 64/2000, incluídas pela Resol. 80/2000). No tocante aos concursos cujos editais foram publicados até 16/08/2000 (portanto, inclusive), serão os mesmos regidos pelas normas editalícias, cumprindo-se o prazo e condições nelas previstos. Mutatis Mutandis, se o edital foi publicado após essa data, deverá o mesmo seguir as novas disposições, podendo valer-se a Unidade do disposto no já mencionado art. 2º das Disposições Transitórias da Resol , aplicando-se as regras antigas desde que a aprovação tenha ocorrido anteriormente a 16/08/ 2000, conforme acima especificado. Estas são as informações. Sub censura São Paulo, 02 de fevereiro de VERA LÚCIA MACHADO D AVILA Procurador de Universidade Assessor Jurídico 4/5

5 OFÍCIO CIRCULAR Nº 001/2001 GIA/SG Prezada Senhora, São Paulo, 19 de janeiro de Tendo em vista as freqüentes consultas referentes a Concursos de Livre-Docente e Titular, a pedido do Sr. Secretário Geral, estamos formalizando consulta contendo todas as dúvidas já levantadas pelas diversas Unidades Universitárias, para que essa Assessoria possa analisar e emitir um parecer jurídico. O referido parecer deverá ser encaminhado a todas as Diretorias Técnicas Acadêmicas. Quanto a Banca Examinadora: 1 Existe algum impedimento, para composição da Banca Examinadora de Concurso, de que seja indicado um membro que possua a titulação necessária mas não tenha vínculo com nenhuma instituição de ensino? 2 Caso um membro da Banca Examinadora de concurso tenha obtido seu título fora do Brasil, o título, obrigatoriamente, deverá possuir a revalidação ou equivalência? 3 É possível um docente, portador do título de Doutor e possuidor do título de Professor Titular na Unicamp (sem concurso) integrar Banca Examinadora de Concursos para obtenção do título de Livre-Docente? Esclarecemos que o docente mencionado possui, também, o título de Professor Emérito na Unicamp. Quanto aos prazos: 4 Sabendo-se que o prazo para realização de um concurso que tenha sido aprovado pelo Colegiado Competente anteriormente à data de publicação da Res. 64/00 serão regidos pelas normas em vigor até aquela data, desde que se realizem no prazo máximo de 12 meses, a contar de 16/08/00. - Se um concurso que já foi aprovado e autorizado pelo órgão competente mas não foi realizado no prazo, haveria novo prazo? Passaria a seguir as novas normas estabelecidas ou perderia sua validade? 5 Seria necessário haver uma nova solicitação de abertura do concurso originando, assim, uma outra data de aprovação por parte do Colegiado Central, uma vez que a resolução 64/00, Artigo 3º, 2º estabelece Após a aprovação do programa pela CCPG, a Unidade deverá realizar o concurso no prazo máximo de doze meses. 6 Existe a possibilidade de prorrogação deste prazo limite? Se não for possível o departamento poderá solicitar uma nova abertura desse mesmo concurso? 7 No caso de um Departamento já ter proposto a data de abertura de edital (por exemplo: outubro/2001 por 30 dias) antes da publicação da Resolução UNESP 80/ 2000, deverá obrigatoriamente seguir essa data limite? 8 Quando o edital não tenha sido publicado anteriormente à Resolução UNESP 64/ 2000, o edital terá que ser adequado às novas normas? Certo de poder contar com a colaboração de Vossa Senhoria, aproveito a oportunidade apara enviar meus protestos de elevada consideração. LUÍS FERNANDO XAVIER D ALMEIDA Responsável pelo GIA/SG Substituto 5/5