LUXEMBURGO Relacionamento económico com Portugal

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1 DREI/AS/ janeiro 2019 LUXEMBURGO Relacionamento económico com Portugal Tópicos O Luxemburgo, apesar da sua reduzida dimensão (2 586 Km2), tem uma localização geográfica estratégica, dada a proximidade com França, Alemanha e Bélgica. O país conta com uma população residente estimada em 576 mil pessoas, 47% dos quais são residentes estrangeiros 1. Dispõe ainda de vantagens fiscais que lhe concedem um especial interesse para o setor financeiro. A praça financeira do Luxemburgo é reconhecida como o segundo maior centro mundial de fundos de investimento, a seguir aos EUA, bem como o principal centro da banca privada para os clientes internacionais na zona Euro, sendo ainda a principal plataforma europeia de negócios em moeda chinesa, para várias atividades. Em termos económicos, em 2017 o Luxemburgo ocupou a 73ª posição do ranking do Banco Mundial (PIB milhões de USD) e as previsões do EIU- Economist Intelligence Unit apontam para um crescimento do PIB de 3,4%, em O Luxemburgo foi o 74º exportador mundial de bens e o 68º importador em 2017 (com quota de 0,1%, em ambos os casos), segundo a Organização Mundial do Comércio - OMC. O Governo do Luxemburgo tem vindo a promover, na última década, a diversificação setorial, numa lógica de especialização, pelo que atualmente são vários os setores de aposta da economia luxemburguesa: setor financeiro e de seguros, tecnologias de informação e comunicação, defesa, comércio grossista e retalhista, serviços de transportes, logística, saúde e nanotecnologias. Sendo um dos países mais ricos do mundo com um PIB per capita de (2017) e dispondo de uma economia estável e de uma localização estratégica, o Luxemburgo ocupa um lugar particularmente atrativo 1 De acordo com dados publicados pelo STATEC - Institut national de la statistique et des études économiques du Grand-Duché de Luxembourg, a partir de 1 de janeiro de 2018, vivem no Luxemburgo portugueses ( em 2017), isto é 16% da população total. Em 1970, a quota portuguesa no total da população do Luxemburgo era de 1,7%. 1

2 nos rankings de competitividade (19º lugar, no Global Competitiveness Index ) e de facilidade para a realização de negócios (63º lugar no Doing Business Report 2018). O Luxemburgo ocupa ainda uma posição modesta como cliente e fornecedor de Portugal (47º e 52º lugares, respetivamente, em 2017) e o nosso país foi o 20º fornecedor de bens do Luxemburgo, tendo representado apenas 0,3% do total importado por este país em A balança comercial de bens e serviços entre os dois países é tradicionalmente favorável a Portugal. Em 2017, Portugal exportou para o Luxemburgo 568 M e importou 397 M, o que significou um crescimento de cerca de 7% nas exportações portuguesas para aquele mercado e uma quebra idêntica nas importações, face ao ano anterior. Até novembro de 2018, em termos homólogos, as exportações de bens e serviços (678 M ) cresceram 32%, enquanto as importações (344 M ) diminuíram cerca de 4%, situação que contribuiu para o reforço do superavit da balança comercial. As exportações portuguesas para o Luxemburgo englobam diferentes setores. Para além dos produtos tradicionais (agroalimentares e vinhos), muito impulsionados pela grande comunidade portuguesa e de luso-descendentes, a maquinaria e veículos de transporte, o Turismo e a Hotelaria, os Materiais de Construção, as Energias e as TIC são igualmente setores com representatividade no conjunto das nossas vendas de bens e serviços para o Luxemburgo. Enquadramento do Relacionamento Bilateral: Comércio de Bens No contexto do comércio externo português, em 2017 o Luxemburgo foi o 47º cliente e 52º fornecedor de Portugal. Em 2017, a balança comercial de bens entre os dois países passou a ser favorável a Portugal em 19 milhões de euros. As exportações aumentaram 17%, face ao ano anterior, tendo atingido os 114 milhões de euros, enquanto as importações registaram uma queda de 10% (96 milhões). Esta subida significativa do valor exportado resultou de um aumento das vendas de produtos alimentares e produtos agrícolas, veículos e outro material de transporte. Também merece destaque a subida das vendas de instrumentos de ótica e precisão, 2

3 apesar da ainda fraca representatividade em termos globais (de 200 mil euros em 2016 para 6 milhões de euros em 2017). Até novembro de 2018, o Luxemburgo manteve o 47º lugar no ranking de clientes, mas desceu cinco lugares (de 48º para 57º), enquanto fornecedor de Portugal. No mesmo período, o comércio de mercadorias entre Portugal e o Luxemburgo, que se aproximou dos 100 M nas exportações e 70 M nas importações, registou uma quebra em termos homólogos, em ambos os fluxos, mas mais acentuada nas compras de Portugal ao Luxemburgo. Balança Comercial de Bens de Portugal com o Luxemburgo /13 a Exportações 67,6 72,4 86,1 97,8 114,4 14,2 106,8 99,4-7,0 Importações 80,2 109,8 115,0 106,2 95,5 6,0 88,3 69,9-20,8 Saldo -12,6-37,4-28,9-8,5 18, ,6 29,5 -- Coef. Cob. % 84,3 66,0 74,9 92,0 119, ,0 142,1 -- Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística Unidade: Milhões de euros Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período (b) Taxa de variação homóloga (2013 a 2016: resultados definitivos; 2017: resultados provisórios; 2018: resultados preliminares) Principais Grupos de Produtos exportados Ano 2017 Alimentares (23,2%); Máquinas e aparelhos (20,3%); Agrícolas (13,7%); Metais comuns (13,7%); Veículos e outro mat. transporte (6,4%). Ano 2018 janeiro/novembro Alimentares (25,8%); Agrícolas (14,3%); Metais comuns (12,3%); Veículos e outro mat. transporte (11,5%); Máquinas e aparelhos (7,1%); Principais Grupos de Produtos importados Ano 2017 Máquinas e aparelhos (35,3%); Químicos (20,7%); Metais comuns (20,3%); Plásticos e borracha (6,3%); Matérias têxteis (3,1%). Ano janeiro/novembro Metais comuns (26,8%); Químicos (21,6%); Máquinas e aparelhos (18,7%); Plásticos e borracha (9,3%); Instrumentos de ótica e precisão (5,2%). 3

4 Apesar de se tratar de um mercado de dimensões reduzidas, o relacionamento económico das empresas portuguesas com o Luxemburgo é significativo, potenciado pela importante comunidade portuguesa aí residente. Em 2017, o número de empresas portuguesas que exportaram bens para este país totalizou 807 (+ 64 empresas a exportar do que no ano anterior). 10 Maiores Empresas Exportadoras para o Luxemburgo em Bosch Car Multimedia Portugal, SA - Fortunato O. Frederico & Cia, Lda - Fucoli-Somepal Fundição de Ferro, SA - Marabuto Produtos Alimentares, SA - Novadelta - Comércio e Indústria de Cafés, SA - Nuancefrontier Unipessoal, Lda - Saven - Sociedade Abastecedora de Navios Aveirense, SA - Showing Signs Design, SA - Super Bock Bebidas, SA - Volkswagen Autoeuropa, Lda Fonte: Instituto Nacional de Estatística Ordenação: Ordem Alfabética Comércio de Serviços No que concerne aos serviços (Banco de Portugal), e ao contrário do que sucede com o comércio de bens, não só estamos em presença de valores bastante mais relevantes, em termos absolutos, como a balança comercial se mantém favorável a Portugal, tendo mesmo havido um reforço do saldo positivo em Balança Comercial de Serviços de Portugal com o Luxemburgo /13 a Exportações 274,3 365,0 364,0 432,1 452,1 14,0 403,6 452,9 12,2 Importações 146,4 214,0 293,5 322,5 301,8 21,7 271,5 273,5 0,7 Saldo 127,9 151,0 70,5 109,7 150, ,1 179,5 -- Coef. Cob. % 187,3 170,6 124,0 134,0 149, ,6 165,6 -- Fonte: Banco de Portugal; Unidade: Milhões de euros Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período ; (b) Taxa de variação homóloga

5 Em 2017, Portugal exportou serviços para o Luxemburgo no valor de 452 M (1,5% do total das exportações de serviços), quando em 2013 esse valor se situava nos 274 M, o que significou um aumento superior a 60%, em valor absoluto, em cinco anos. As importações registaram uma quebra de 7% no último ano, depois de 4 anos consecutivos de crescimento. Por tipo de serviço, destaca-se o peso das viagens e turismo no contexto global, tendo representado cerca de 47% do total de serviços exportados para o Luxemburgo, em Até novembro de 2018, em termos homólogos, a balança comercial de serviços manteve-se favorável a Portugal, com as exportações a atingirem os 453 M e a subirem 12%, enquanto as importações registaram uma subida marginal, inferior a 1%, situando-se nos 274 M. Comércio de Bens e Serviços A balança comercial de bens e serviços entre os dois países é tradicionalmente favorável a Portugal (saldo positivo de 171 milhões de euros em 2017), graças ao contributo dos serviços, com um crescimento médio anual, no período , de 14% nas exportações e de 17% nas importações. Em 2017, Portugal exportou bens e serviços no valor de 568 M para o Luxemburgo, o que significou um crescimento de 7%, face ao ano anterior. As importações, que registaram o mesmo ritmo de crescimento, situaram-se nos 397 milhões de euros. Balança Comercial de Bens e Serviços de Portugal com o Luxemburgo /13 a Exportações 341,8 435,4 449,4 529,5 568,3 13,9 512,5 677,8 32,3 Importações 225,9 324,0 409,3 428,5 397,0 16,8 359,1 344,3-4,1 Saldo 115,9 111,4 40,1 101,0 171, ,4 333,5 -- Coef. Cob. % 151,3 134,4 109,8 123,6 143, ,7 196,8 -- Fonte: Banco de Portugal Unidade: Milhões de euros Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período ; (b) Taxa de variação homóloga Devido a diferenças metodológicas de apuramento, o valor referente a "Bens e Serviços" não corresponde à soma ["Bens" (INE) + "Serviços" (Banco de Portugal)]. Componente de Bens com base em dados INE, ajustados para valores f.o.b. 5

6 Nos primeiros onze meses de 2018, em termos homólogos, as exportações de bens e serviços (678 M ) cresceram 32% enquanto as importações (344 M ) diminuíram cerca de 4%, situação que contribuiu para o reforço do saldo positivo da balança comercial. Investimento No que diz respeito às relações de investimento entre os dois países, o saldo do investimento direto líquido cruzado é claramente favorável ao Luxemburgo, com uma quota de 19% no total do stock de IDE de Portugal, em Nos últimos 5 anos, na ótica do princípio direcional, constata-se um crescimento bastante positivo do investimento direto do Luxemburgo em Portugal (+155% em termos médios). Ao contrário, o investimento português com destino a este país (IDPE) registou uma quebra, em termos líquidos, superior a 80%. Até setembro de 2018, comparando com igual período do ano anterior, a evolução do IDPE mantém-se positiva, com um aumento de cerca de 153%, enquanto o IDE registou uma quebra de 74%. Fluxos de Investimento Direto entre Portugal e o Luxemburgo - Princípio Direcional /13 a 2017 jan/set 2018 jan/set IDPE 328, ,3-313,8 132,7-588,6-80,8-370,0 194,1 152,5 IDE 410, , , , ,9 154, ,0 464,0-74,3 Saldo -82,3-996, , , , ,0-269,9 -- Fonte: Banco de Portugal; Unidade: Milhões de Euros (valores líquidos) Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período ; (b) Taxa de variação homóloga Princípio Direcional: reflete a direção ou influência do investimento, isto é, o Investimento Direto de Portugal no Exterior (IDPE) e o Investimento Direto do Exterior em Portugal (IDE). No que respeita à posição de investimento direto entre os dois países, em 2017 o stock de investimento do Luxemburgo (IDE) no nosso país totalizava milhões de euros no final do ano (uma variação positiva de 23% face à posição homóloga de 2016), representando cerca de 19% do total de IDE, enquanto o stock de ativos de Portugal no Luxemburgo (IDPE) totalizava milhões de euros (uma variação negativa de 26% face à posição homóloga de 2016) e um peso de 4% em termos globais. Em setembro de 2018, o stock de IDE luxemburguês acumulado totalizava 24 mil milhões de euros (20% do total de IDE) e o IDPE 2,3 mil milhões de euros (4,7% do total). 6

7 Posição (stock) de Investimento Direto entre Portugal e o Luxemburgo - Princípio Direcional 2013 dez 2014 dez 2015 dez 2016 dez 2017 dez 17/13 a 2017 set 2018 set IDPE 1.694, , , , ,7 12, , ,2-2,8 % Tot Portugal 3,8 7,0 5,1 5,3 4,1 -- 4,4 4,7 -- IDE , , , , ,7 23, , ,1 6,9 % Tot Portugal 11,6 14,3 18,7 18,2 19, ,7 20,0 -- Saldo ,3 Fonte: Banco de Portugal , ,4 Unidade: Milhões de Euros (posições em fim de período) , , , ,9 -- Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais 2013 dez-2017 dez; (b) Taxa de variação homóloga 2017 set-2018 set Princípio Direcional: reflete a direção ou influência do investimento, isto é, o Investimento Direto de Portugal no Exterior (IDPE) e o Investimento Direto do Exterior em Portugal (IDE). O número de empresas portuguesas com escritório e representações permanentes no mercado luxemburguês é ainda reduzido, salientando-se a presença de várias empresas do setor alimentar, uma empresa de vestuário, Ana de Sousa, e de escritórios da CGD, Crédito Agrícola e Millennium BCP, para além da TAP Portugal. Importa ainda salientar o recente investimento da SONAE IM (SONAE Investment Management) no Luxemburgo, através da aquisição maioritária da Excellium, tornando-se um dos maiores players da Europa na área de cibersegurança. Turismo De acordo com os dados publicados pelo INE (não são disponibilizados valores relativos às dormidas na hotelaria global para este mercado), em 2017 as receitas geradas por turistas luxemburgueses totalizou 210 M, ou seja, mais 30% do que no ano anterior. A quota do Luxemburgo na procura externa situou-se nos 1,4%. Até novembro de 2018, manteve-se a tendência de crescimento das receitas geradas pelos turistas luxemburgueses (+10% do que no período homólogo), tendo sido atingidos os 198 M. Indicadores de Turismo do Luxemburgo em Portugal /13 a Receitas c 113,1 130,3 141,8 161,7 210,1 17,0 181,0 198,3 9,6 % Total d 1,2 1,3 1,2 1,3 1,4 -- 1,3 1,3 -- Fonte: Banco de Portugal Unidade: Milhões de euros Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período ; (b) Taxa de variação homóloga (c) Inclui apenas a hotelaria global; (d) Refere-se ao total de estrangeiros 7

8 Sectores de Oportunidade Nos últimos anos, um dos objetivos económicos do Governo do Luxemburgo tem sido o de reduzir progressivamente o peso que os serviços financeiros detêm na economia luxemburguesa, apostando numa maior diversificação de setores de atividade. Foram definidos cinco novos setores considerados prioritários: tecnologias de informação e comunicação (TIC), tecnologias do espaço, logística, ciências/tecnologias da saúde, e tecnologias relacionadas com a ecologia. Neste contexto, consideramos existirem várias oportunidades, no comércio e no investimento, para as empresas portuguesas, para além das que resultam mais diretamente do mercado da Saudade, designadamente: a) Serviços Financeiros, Fundos de investimento /Centros de Serviços Partilhados É relevante o elevado número de bancos de investimento internacionais e multinacionais sedeados neste mercado, assim como Fundos de Investimento, podendo Portugal aproveitar a oportunidade para promover e divulgar as suas vantagens competitivas como potencial localização para acolher SSC do sector financeiro ou de potenciais multinacionais luxemburguesas. b) Logística A localização estratégica do Luxemburgo potencia a existência crescente de plataformas multimodais (hub) de transportes aéreos de carga, rodoviários e ferroviários, no coração da denominada Grande Região Saar-Lor-Lux (cerca de 11 milhões de consumidores), sendo um fator relevante para a estratégia comercial desenvolvida pelas nossas empresas. c) TIC Apresentando-se Portugal na vanguarda das chamadas Novas Tecnologias, faz todo o sentido o caminho de internacionalização que as empresas portuguesas têm seguido no Luxemburgo. Trata-se de facto de um mercado que deve ser "aprofundado" pelo tecido empresarial nacional uma vez que aí estão sedeadas instituições europeias, a NSPA - Central de Compras da NATO, bem como empresas tecnológicas envolvendo grande inovação (ecotecnologias), sector bancário e financeiro, a saúde (e-health), a logística e diversas multinacionais. Atividade Promocional Em maio de 2016, a AICEP, com o apoio da ANETIE e Pólo das Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica - TICE.PT realizou um Roadshow de promoção do setor das TIC nos mercados da Bélgica e Luxemburgo. Neste último, a organização do Roadshow teve igualmente a colaboração da Câmara de Comércio 8

9 do Luxemburgo e contou com um total de 80 participantes proporcionando 80 reuniões bilaterais. As empresas portuguesas tiveram assim a oportunidade de conhecerem e de se apresentarem às empresas luxemburguesas e, sobretudo, de estabelecerem e/ou aprofundarem as relações bilaterais. As expetativas de muitas das empresas portuguesas presentes nesta missão empresarial foram largamente superadas. Ainda no mesmo ano, a 23 de março realizou-se o evento designado Dia da Indústria Portuguesa na NSPA", uma iniciativa conjunta do Ministério da Defesa Nacional DGRDN e IdD Plataforma das Indústrias de Defesa Nacionais e do Ministério dos Negócios Estrangeiros - AICEP Portugal Global, em coordenação com a Delegação Permanente de Portugal junto da NATO, que consistiu numa mostra das empresas portuguesas (cerca de 90 empresas de múltiplos setores) interessadas em fornecer equipamentos ou serviços à NSPA - NATO Support and Procurement Agency. O Senhor Ministro da Defesa, Azeredo Lopes, participou nesta Missão. No final do ano de 2016, a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Luxemburguesa (CCILL) organizou, nos dias 2 a 4 de Dezembro, no Luxemburgo, a primeira feira multissectorial inteiramente dedicada ao "Made in Portugal". O evento, designado Portugal - Expo 2016, foi dirigido a profissionais e aberta ao público, e teve como principal objetivo promover produtos portugueses. Em 2017 realizaram-se duas visitas oficiais ao Luxemburgo: a de SEXA o Primeiro-Ministro de Portugal em abril e a Visita de Estado de SEXA o Presidente da República Portuguesa, em maio. Em 2018 decorreu a 2ª edição do certame Portugal-Expo, organizado pela Câmara de Comércio Luso- Luxemburguesa, entre os dias 20 e 22 de Abril. A AICEP, tal como sucedeu com a edição realizada em 2016, fez a divulgação do evento através dos meios disponíveis e deu o apoio habitual. O evento teve mais de visitantes e teve destaque na imprensa Luxemburguesa, nomeadamente, no Wort, e Le Quotidien. A presença nacional contou com 39 expositores distribuídos pelos seguintes sectores de actividade: Alimentar e Bebidas; Casa e Construção; Materiais de Construção; Carpintaria Industrial; Cerâmica; Joalharia; Imobiliário e Turismo e Banca, que avaliam a sua presença (a primeira vez para muitas das empresas) não apenas como uma oportunidade de internacionalização através da comunidade lusófona residente no Luxemburgo (cerca de 25% da população), mas também junto de potenciais parceiros comerciais da região. A Câmara de Comércio do Luxemburgo tem muito interesse no sector das Startups em Portugal. Numa reunião ocorrida no dia 28 de Junho, no Luxemburgo, a Câmara apresentou os diferentes Centros e Incubadoras que 9

10 existem actualmente no mercado. No âmbito da sua participação no WebSummit pela 2ª vez, esta Câmara, com o apoio da Enterprise Europe Network e em colaboração com a AIP/CCI, organizou uma missão com empresas luxemburguesas a Portugal, que incluiu reuniões B2B, com empresas portuguesas. Para 2019, está ainda a ser avaliada a possibilidade de realização de uma iniciativa promocional em parceria com a Câmara de Comércio do Luxemburgo, na área das tecnologias de informação. Adicionalmente está prevista uma Missão de Angariação de Investimento, na semana de 25 de Março, para realização de reuniões no mercado do Luxemburgo, com empresas target. Acordos bilaterais Convenção para Evitar a Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento e o Património e Respetivo Património (assim como Protocolo Adicional de Alteração da Convenção) em vigor desde e alterada a Nota: No âmbito da visita oficial de SEXA o Primeiro-Ministro António Costa, em 2017, foram assinados cinco acordos de cooperação bilateral, nas áreas da ciência envolvendo o financiamento de projetos de investigação conjuntos entre os dois países focado sobretudo nas ciências biomédicas e na saúde, ciências dos materiais, gestão de recursos sustentáveis e inovação nos serviços; tecnologia espacial orientado para estimular novas indústrias do espaço, com ênfase na produção e utilização de micro satélites; no domínio do turismo aproveitando a intensificação das rotas entre os dois países e uma grande comunidade portuguesa a residir no Luxemburgo; empreendedorismo e cooperação económica empresarial focado sobretudo nas startups e promoção da língua portuguesa. Anexos Estatísticas Relacionamento Económico Bilateral Lista indicativa de empresas com investimento no Luxemburgo 10