Utilização de betões de ultra elevada durabilidade (UHDC) na pré-fabricação e reabilitação de estruturas

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Utilização de betões de ultra elevada durabilidade (UHDC) na pré-fabricação e reabilitação de estruturas"

Transcrição

1 Encontro Nacional BETÃO ESTRUTURAL - BE01 FEUP, 4-6 de outubro de 01 Utilização de betões de ultra elevada durabilidade (UHDC) na pré-fabricação e reabilitação de estruturas RESUMO Rui Saldanha 1 Pedro Santos Eduardo Júlio 3 O dimensionamento ao corte longitudinal da interface de elementos compósitos de betão, obtidos pela colocação de camadas de betão em diferentes idades, é fundamental para garantir o seu comportamento monolítico, sendo particularmente relevante em: i) construções existentes, quando sujeitas a reparação e reforço estrutural; e ii) construções novas, quando se recorre por exemplo à utilização de elementos pré-fabricados com partes betonadas in situ. Os betões de ultra elevada durabilidade (UHDC Ultra High Durability Concrete) apresentam duas vantagens significativas relativamente aos betões de densidade normal (BDN) e betões estruturais de agregados leves (BEAL): 1) elevada resistência mecânica; e ) elevada durabilidade. No entanto, a produção do UHDC representa custos elevados, tanto ao nível económico como ambiental, não podendo ser realizada em grandes quantidades. De forma a reduzir os impactos da sua utilização e, simultaneamente, tirar partido das suas propriedades, propõe-se que a sua aplicação seja efetuada exclusivamente no recobrimento de elementos estruturais produzidos com outro tipo de betão. Desta forma, o núcleo do elemento estrutural pode ser constituído por betões correntes (BDN ou BEAL) sendo o seu recobrimento em UHDC. Desta combinação resulta um elemento compósito de betão armado, que apresenta simultaneamente um bom comportamento mecânico; uma elevada durabilidade; e, principalmente, um custo competitivo, quando comparado com outras alternativas. É atualmente reconhecido que são três os mecanismos de transferência de carga que contribuem para a resistência ao corte longitudinal da interface betão-betão: i) adesão; ii) atrito; e iii) dowel action. Na presente comunicação é apenas abordado o estudo do primeiro mecanismo adesão na ligação entre betões de ultra elevada durabilidade (UHDC) e betões de densidade normal (BDN) e betões estruturais de agregados leves (BEAL). Com o objetivo de quantificar a adesão entre BDN-UHDC e BEAL-UHDC, desenvolveu-se um estudo experimental em que se recorreu ao Modified Slant Shear Test (M-SST). Foram produzidos diversos provetes compósitos do M-SST, com partes em UHDC e BDN/BEAL, que posteriormente foram ensaiados à compressão para determinação da resistência da interface ao corte. Foram adotadas duas condições distintas para a preparação da superfície da interface. Nesta comunicação descreve-se o 1 3 ICIST, Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade de Coimbra, rsaldanha@dec.uc.pt ICIST, Departamento de Engenharia Civil, Escola Superior de Tecnologia e Gestão, Instituto Politécnico de Leiria, pedro.santos@ipleiria.pt ICIST, Departamento de Engenharia Civil, Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, ejulio@civil.ist.utl.pt

2 Utilização de betões de ultra elevada durabilidade (UHDC) na pré-fabricação e reabilitação de estruturas programa experimental, apresentam-se os materiais e métodos adotados e discutem-se os resultados obtidos com base na influência do tipo de betão e do método de preparação da interface. As principais conclusões obtidas são apresentadas. Palavras-chave: Betão; UHDC; Adesão; Corte; Durabilidade. 1. INTRODUÇÃO O betão armado é o material mais utilizado na construção de edifícios correntes, para habitação, serviços e comércio, e obras de arte como pontes, viadutos, túneis e barragens. O facto de ser moldável enquanto fresco, apresentar uma resistência à compressão relativamente elevada e um baixo custo de produção, comparativamente a outros materiais como o aço estrutural, tornam-no um dos materiais preferidos a nível mundial. Ao estar exposto às condições ambientais, o betão armado é sujeito ao ataque de diferentes agentes de deterioração, tais como os agentes físicos e químicos, entre outros. Uma das principais desvantagens da sua utilização como material de construção encontra-se relacionada com a sua durabilidade. A correta especificação do ambiente de exposição, e consequente definição do recobrimento das armaduras e o tipo e quantidade dos constituintes do betão, permite ultrapassar este problema com relativo sucesso durante o período de vida útil da estrutura. Outra desvantagem frequentemente referida é a sua reduzida resistência à tração, motivo pela qual ocorre fissuração que pode conduzir ao aceleramento da deterioração. O recente desenvolvimento de betões de ultra elevada durabilidade (UHDC) veio permitir a utilização do betão armado em estruturas com períodos de vida útil mais longos, bem como o seu uso em novas aplicações e ambientes mais agressivos [1]. Duas das principais características dos UHDC são a sua baixa relação água/cimento e uma matriz ultra compacta (Fig. 1a), que permitem obter uma permeabilidade reduzida e, consequentemente, um bom comportamento em termos de durabilidade e um aumento de resistência à compressão e tração. O elevado desempenho do UHDC é apenas possível devido à elevada percentagem de cimento e adições, resultando por isso em elevados custos, tanto ao nível económico como ambiental. Por este motivo, a sua produção não pode ser realizada em grandes quantidades. Procurando maximizar a sua aplicação devido às excelentes propriedades mecânicas e de durabilidade e, simultaneamente, reduzindo os impactos negativos da sua utilização, os autores propõem que o UHDC seja utilizado exclusivamente como recobrimento de elementos estruturais produzidos com betões correntes de densidade normal (BDN) (Fig. 1b) e betões estruturais de agregados leves (BEAL) (Fig. 1c). Esta filosofia de utilização permite obter elementos compósitos de betão armado, que apresentam simultaneamente um bom comportamento mecânico; uma elevada durabilidade; e, principalmente, um custo competitivo, quando comparado com outras alternativas de mercado. a) b) c) Figura 1. Superfícies representativas de: a) UHDC; b) BDN; e c) BEAL.

3 Saldanha, Santos e Júlio Para que seja possível obter um comportamento monolítico do elemento compósito de UHDC e BDN/BEAL é fundamental que os esforços sejam transmitidos entre as diferentes camadas que o constituem. Para tal, é necessário proceder ao dimensionamento da interface betão-betão ao corte longitudinal. A seguir apresenta-se um estudo experimental desenvolvido com o objetivo de quantificar a adesão na interface betão-betão. Descrevem-se os materiais e métodos utilizados e apresentam-se e discutem-se os resultados obtidos. As conclusões mais relevantes deste estudo são apresentadas.. PROGRAMA EXPERIMENTAL A seguir apresentam-se os materiais e métodos utilizados no desenvolvimento do programa experimental, incluindo: i) a geometria do ensaio de aderência; ii) a composição dos betões utilizados; iii) a preparação da superfície da interface; iv) a diferença de idades entre as diferentes camadas de betão; e v) os resultados experimentais obtidos para a adesão..1 Modified Slant Shear Test (M-SST) Para avaliar a adesão na interface entre BDN-UHDC e BEAL-UHDC foi adotado o ensaio Modified Slant Shear Test (M-SST) []. Este ensaio foi proposto anteriormente pelos autores, e é semelhante ao ensaio de corte inclinado, universalmente conhecido por Slant Shear Test (SST) [3, 4], sendo a interface sujeita a um estado combinado de tensões de compressão e corte. As principais diferenças do M-SST para o SST consistem: 1) na otimização da geometria, para que a distribuição de tensões na interface seja uniforme; e ) na introdução de armadura de reforço em ambas as metades que constituem o provete, para que as roturas obtidas sejam sempre adesivas, ou seja, por descolamento da interface e não por esmagamento do betão mais fraco. Deste modo, o ensaio M-SST apresenta todas as vantagens do tradicional ensaio SST, com uma vantagem adicional que é forçar a obtenção de roturas adesivas. Obtém-se assim o valor real da tensão de corte na interface e não uma estimativa conservativa baseada em provetes compósitos que apresentam roturas coesivas. O provete do M-SST adotado neste estudo apresenta uma secção transversal de mm, uma altura total de 600 mm e uma interface que faz um ângulo de 30º com a vertical. Na Fig. apresentase uma metade do provete com a disposição da armadura de reforço e as dimensões genéricas do provete M-SST. a) b) Figura. Modified Slant Shear Test (M-SST): a) esquema de metade do provete; e b) dimensões genéricas. 3

4 Utilização de betões de ultra elevada durabilidade (UHDC) na pré-fabricação e reabilitação de estruturas A tensão normal e de corte na interface podem ser determinadas dividindo as componentes normal e tangencial da força de compressão, respetivamente, pela área do plano de corte da interface. Nas equações (1) e () são fornecidas expressões genéricas para a determinação destas componentes, sendo σ a tensão normal na interface; τ a tensão de corte na interface; P a força de compressão do provete; α o ângulo entre a interface e a vertical; e a a dimensão da aresta da secção transversal. sin = P α σ (1) a cos sin = P α α τ () a. Composição dos betões Foram adotados três tipos de betão, nomeadamente: i) betão de densidade normal (BDN); ii) betão estrutural de agregados leves (BEAL); e iii) betão de ultra elevada durabilidade (UHDC). Tal como referido anteriormente, pretende-se que o BDN e o BEAL sejam utilizados apenas no fabrico do núcleo dos elementos estruturais. Por este motivo, adotaram-se ambos os betões para a metade do M- SST correspondente ao substrato. Para a metade do provete M-SST correspondente ao betão adicionado, adotou-se apenas o UHDC uma vez que a utilização pretendida para este betão é a de recobrimento. No Quadro 1 apresentam-se os materiais constituintes e quantidades adotadas para cada tipo de betão. As composições do BDN e do BEAL foram definidas de modo a terem aproximadamente a mesma tensão de rotura à compressão, mas significativamente inferiores à do UHDC. Quadro 1. Constituintes das composições de betão. Constituintes [kg/m 3 ] BDN BEAL UHDC Cimento II 3.5 R Cimento II 4.5 R Cimento II 5.5 R Areia Fina (0- mm) Areia Média (0-4 mm) Bago (0-5 mm) Brita Granítica (5-15 mm) Argila Expandida Filer Sílica de Fumo Água Super Plastificante No Quadro apresentam-se os valores da tensão de rotura à compressão para cada tipo de betão utilizado. Para o BDN e BEAL foram utilizados provetes cúbicos com 150 mm de aresta enquanto que o UHDC foi caracterizado através de provetes cúbicos de 100 mm de aresta, de acordo com a norma NP EN [5]. Note-se que com a composição utilizada na produção de UHDC seria possível atingir resistências significativamente superiores. Para tal seria necessário utilizar condições especiais de cura, nomeadamente de temperatura e humidade relativa. Na composição deste tipo de betão, a relação água/cimento é reduzida de modo a aumentar a resistência e, devido a esse fato, o cimento não é hidratado na sua totalidade. O processo de cura possibilita a hidratação da totalidade do cimento o que resulta num aumento significativo da resistência. 4

5 Saldanha, Santos e Júlio Neste trabalho pretende-se quantificar a resistência da interface entre camadas de betão de diferentes idades, em que se verifiquem diferenças significativas de resistência à compressão e, por conseguinte, um aumento da rigidez diferencial entre camadas. Com as composições utilizadas consegue-se cumprir esse objetivo não sendo necessário utilizar condições especiais de cura na produção do UHDC. Tipo de Betão BDN BEAL UHDC Quadro. Valores da tensão de rotura à compressão. Tensão de Rotura Média Desvio Padrão Coeficiente de Variação [%] Preparação da superfície da interface Considerando que neste estudo apenas se pretendeu quantificar a adesão da interface betão-betão, e sendo esta significativamente influenciada pela resistência do betão mais fraco e pela rugosidade da superfície do substrato, decidiu-se efetuar um estudo preliminar com o objetivo de identificar quais os tipos de rugosidade a considerar para os provetes M-SST. Foram selecionados cinco diferentes condições para a superfície da interface, nomeadamente: i) superfície lisa (L), obtida por betonagem contra cofragem metálica; ii) superfície lisa com retardador de presa (LRP), obtida por betonagem contra cofragem metálica e posterior lavagem com jato de água; iii) jato de granalha (G); iv) superfície ondulada (O), obtida por betonagem contra cofragem metálica com esta caraterística geométrica; e v) raspagem manual (RM). Para cada condição da interface foram produzidos três provetes M-SST. Todos os tratamentos foram aplicados com o betão do substrato já endurecido, exceto a raspagem manual que foi realizada com o betão ainda fresco no início da presa. Neste estudo preliminar adotouse apenas o BDN para o fabrico das duas metades do provete M-SST. Após a betonagem do substrato, procedeu-se ao tratamento da superfície da interface e armazenamento dos provetes durante 8 dias no laboratório sob condições normais de trabalho. Após a colocação do betão adicionado aguardou-se mais 8 dias. Assim sendo, à data do ensaio o betão do substrato e o betão adicionado apresentavam 56 e 8 dias de idade, respetivamente. Para quantificar a rugosidade da superfície do substrato recorreu-se à utilização de um rugosímetro laser D [6]. Efetuaram-se dez medições em cada tipo de superfície para obter os respetivos perfis de rugosidade e, a partir destes, determinou-se o parâmetro Profundidade Média do Vale (R vm ) [7] para cada perfil. No Quadro 3 apresentam-se os valores médios obtidos para a Profundidade Média do Vale (R vm ). Quadro 3. Profundidade Média do Vale (R vm ). Tratamento da Média Desvio Padrão Coeficiente de L LRP G O RM

6 Utilização de betões de ultra elevada durabilidade (UHDC) na pré-fabricação e reabilitação de estruturas No Quadro 4 apresentam-se os valores da tensão de corte na interface para cada provete e respetivos valores médios, desvio padrão e coeficiente de variação para cada série. Todas as roturas obtidas foram adesivas, ou seja, com descolamento pela interface. Tratamento da Interface L LRP G O RM Quadro 4. Valores da resistência ao corte (τ). Resistência ao Corte (τ) Média Desvio Padrão Coeficiente de Variação [%] Na Fig. 3 apresenta-se a relação entre o parâmetro de rugosidade Profundidade Média do Vale (R vm ) e a resistência ao corte (τ). Ajustando os valores individuais a uma função do tipo potência, verifica-se a existência de uma elevada correlação entre ambos (R = 0.93). Resistência ao corte, τ (MPa) L LRP G O RM τ = 11.61R vm R² = Profundidade média do vale, Rvm (mm) Figura 3. Correlação entre a Profundidade Média do Vale (R vm ) e a resistência ao corte da interface. Analisando os resultados obtidos, constata-se que a superfície lisa é a que conduz aos menores valores da resistência ao corte da interface, tal como esperado. Constata-se que os restantes tratamentos da interface conduzem a um aumento da resistência ao corte da interface, embora as diferenças sejam pouco significativas entre eles. Com base nos resultados obtidos, optou-se pela seleção da superfície lisa (L) e da superfície ondulada (O) para o fabrico dos provetes compósitos em BDN-UHDC e BEAL-UHDC. Apesar da superfície ondulada (O) não ter sido aquela que conduziu à obtenção da máxima resistência ao corte da interface, optou-se por esta devido à uniformidade do tratamento e, consequentemente, menor variabilidade nos resultados obtidos e maior facilidade na sua interpretação 6

7 Saldanha, Santos e Júlio.4 Provetes BDN-UHDC e BEAL-UHDC Estando definidos todos os parâmetros necessários à avaliação da resistência ao corte da interface entre BDN-UHDC e BEAL-UHDC, procedeu-se ao fabrico dos provetes. Para cada situação considerada tratamento da interface e tipo de betão foram realizados três provetes, correspondendo no total a doze provetes. O procedimento de betonagem e cura do betão do substrato foi idêntico ao adotado anteriormente. Após esta operação, os provetes foram armazenados no laboratório em condições normais de trabalho durante 8 dias. Após este período, foi colocado o betão adicionado (UHDC) e aguardou-se mais 8 dias. De seguida, procedeu-se ao ensaio dos provetes M-SST à compressão para obtenção da resistência ao corte da interface (Fig. 4). Figura 4. Provete M-SST constituído por BDN-UHDC. No Quadro 5 apresentam-se os valores da tensão de corte na interface para cada provete e respetivos valores médios, desvio padrão e coeficiente de variação para cada série. Betão do Substrato- Adicionado Quadro 5. Resultados experimentais do M-SST com BDN-UHDC e BEAL-UHDC Tensão de Corte Desvio Tratamento Média na Interface Padrão da Interface 8.4 L BDN-UHDC 15.6 O * L BEAL-UHDC O * ocorreu a separação das duas metades pela interface antes do ensaio. Coeficiente de Variação [%] Todas as roturas obtidas foram adesivas (Fig. 5a), com descolamento pela interface. É de realçar a ocorrência, num número reduzido de provetes, do destacamento de parte do UHDC (Fig. 5b). 7

8 Utilização de betões de ultra elevada durabilidade (UHDC) na pré-fabricação e reabilitação de estruturas a) b) Figura 5. Ensaio do M-SST: a) Rotura adesiva; e b) Destacamento do UHDC. Analisando os resultados do Quadro 5, conclui-se que: 1) ocorre um aumento significativo da resistência ao corte com o aumento da rugosidade da superfície da interface; ) os provetes cuja interface é constituída pela superfície ondulada (O) apresentam coeficientes de variação significativamente inferiores aos provetes com a interface lisa (L); e 3) os provetes com o substrato constituído por BEAL apresentam uma resistência ao corte superior aos provetes constituídos por BDN, para a interface com superfície ondulada. Era expetável que a resistência dos provetes em que foi utilizado BEAL como substrato apresentasse menor resistência devido a apresentarem menor densidade que o BDN. No entanto, o fato de o BEAL apresentar um valor de resistência à compressão superior ao BDN pode justificar os resultados obtidos. 3. CONCLUSÕES A utilização de betões de ultra elevada durabilidade (UHDC) apresenta diversas vantagens comparativamente aos betões correntes, nomeadamente no aumento da resistência e da durabilidade. Contudo, o seu custo de produção é demasiado elevado para serem utilizados de forma arbitrária. Uma utilização racional do UHDC pode passar pela sua aplicação como recobrimento em elementos estruturais, moldados em obra ou pré-fabricados em betão corrente (BDN ou BEAL). O programa experimental desenvolvido com o objetivo de avaliar a resistência ao corte da interface entre BDN-UHDC e BEAL-UHDC demonstrou as vantagens da utilização do novo ensaio proposto recentemente pelos autores, o Modified Slant Shear Test (M-SST). Todas as roturas obtidas foram adesivas, ou seja, a resistência ao corte da interface não foi determinada com base em valores conservativos obtidos a partir de roturas coesivas. Por este motivo, recomenda-se a adoção do M-SST na avaliação experimental da resistência entre camadas de betão de diferente idade. Concluiu-se que a preparação da superfície da interface é fundamental na obtenção de uma adequada adesão entre betão do substrato e betão adicionado. Para a superfície lisa (L) verificou-se que com o BDN como substrato se obteve uma resistência superior em comparação com a situação em que se utilizou BEAL. Essa situação inverteu-se para a superfície ondulada (O), ou seja, para um tratamento mais rugoso, obtiveram-se valores mais elevados de resistência utilizando o BEAL, fato que pode ser explicado devido a este apresentar um valor de resistência à compressão superior ao BDN. Com base nos resultados obtidos, demonstra-se que a utilização de UHDC em associação com outros betões pode ser executada. No entanto, é essencial efetuar um tratamento adequado que permita aumentar a rugosidade da superfície do betão de substrato, de forma a obter resistências mais elevadas. 8

9 Saldanha, Santos e Júlio AGRADECIMENTOS Este trabalho foi financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) através do projeto com a referência PTDC/ECM/098497/008. REFERÊNCIAS [1] Ghafari, E. [et al.] (01) Enhanced durability of Ultra High Performance Concrete by incorporating supplementary cementitious materials, Second International Conference on Microstructural-related Durability of Cementitious Composites, April 01, Amsterdam, The Netherlands. [] Saldanha, R. [et al.] (01) Ensaio slant shear modificado para obter roturas adesivas. Betão Estrutural 01. [3] BS EN , Products and systems for the protection and repair of concrete structures - Determination of Slant Shear Strength. European Committee for Standardization. 1 p. [4] ASTM C , Standard test method for bond strength of epoxy-resin systems used with concrete by slant shear. American Society for Testing Materials. 3 p. [5] NP EN (009) - Ensaios do betão endurecido. Parte 3: Resistência à compressão de provetes. Instituto Português da Qualidade. 1 p. [6] Santos, P. [et al.] (008). Development of a laser roughness analyser to predict in situ the bond strength of concrete-to-concrete interfaces. Magazine of Concrete Research. Vol. 60, No. 5, pp [7] Saldanha, R. [et al.] (011) fib Model-Code 010 approach for concrete-to-concrete interfaces, IABSE-IASS, London. 9

Ensaio Slant Shear Modificado para Obter Roturas Adesivas

Ensaio Slant Shear Modificado para Obter Roturas Adesivas Encontro Nacional BETÃO ESTRUTURAL - BE2012 FEUP, 24-26 de outubro de 2012 Rui Saldanha 1 Eduardo Júlio 2 Daniel Dias-da-Costa 3 Pedro Santos 4 RESUMO A avaliação da resistência da interface em elementos

Leia mais

Caracterização da Resistência de Interfaces com Betão Estrutural de Agregados Leves

Caracterização da Resistência de Interfaces com Betão Estrutural de Agregados Leves BE21 Encontro Nacional Betão Estrutural Lisboa 1, 11 e 12 de Novembro de 21 Caracterização da Resistência de Interfaces com Betão Estrutural de Agregados Leves RESUMO Hugo Costa 1 Eduardo Júlio 2 Jorge

Leia mais

AVALIAÇÃO DE RESULTADOS DE ENSAIOS DE FADIGA SOBRE VARÕES DE AÇO PARA BETÃO ARMADO

AVALIAÇÃO DE RESULTADOS DE ENSAIOS DE FADIGA SOBRE VARÕES DE AÇO PARA BETÃO ARMADO AVALIAÇÃO DE RESULTADOS DE ENSAIOS DE FADIGA SOBRE VARÕES DE AÇO PARA BETÃO ARMADO António Manuel Baptista 1, João Filipe 2 1 Departamento de Estruturas, LNEC, ambaptista@lnec.pt, 2 Departamento de Estruturas,

Leia mais

B 35/45 S4 0,35 0,3 0, kg/m3 350 kg/m3 400 kg/m3 0,2 0,15 0,1 0, profundidade em cm

B 35/45 S4 0,35 0,3 0, kg/m3 350 kg/m3 400 kg/m3 0,2 0,15 0,1 0, profundidade em cm teor de cloretos (%),35,3,25 Perfis de penetração de cloretos para diferentes dosagens de cimento (Cimento tipo I 42.5R) Vista em SEM(1x)-betão 4kg/m3 cimento e A/C=,4,2,15,1,5 Vista em SEM(1x)-betão 27kg/m3

Leia mais

Reabilitação e Reforço de Estruturas

Reabilitação e Reforço de Estruturas Mestrado em Engenharia Civil 2011 / 2012 Reabilitação e Reforço de Estruturas Aula 24.2: Conservação do património. Caso de estudo: Reforço das colunas dos claustros da FDUC com cintas metálicas (tese

Leia mais

Influência da Tensão Normal na Resistência das Interfaces com Betão Estrutural de Agregados Leves

Influência da Tensão Normal na Resistência das Interfaces com Betão Estrutural de Agregados Leves Encontro Nacional BETÃO ESTRUTURAL - BE12 FEUP, 24-26 de outubro de 12 Influência da Tensão Normal na Resistência das Interfaces com Betão Estrutural de Agregados Leves RESUMO Hugo Costa 1 Pedro Santos

Leia mais

Título do projeto: Desenvolvimento de sistemas de reforço inovadores e aperfeiçoamento dos modelos de cálculo em lajes mistas aço-betão

Título do projeto: Desenvolvimento de sistemas de reforço inovadores e aperfeiçoamento dos modelos de cálculo em lajes mistas aço-betão Cabeçalho: Nº do Projeto: 3483 Acrónimo do Projeto: INOV_LAMI Título do projeto: Desenvolvimento de sistemas de reforço inovadores e aperfeiçoamento dos modelos de cálculo em lajes mistas aço-betão Área

Leia mais

ARGAMASSAS E CONCRETOS DOSAGEM ABCP

ARGAMASSAS E CONCRETOS DOSAGEM ABCP ARGAMASSAS E CONCRETOS DOSAGEM ABCP Definição: DOSAGEM é o proporcionamento adequado e mais econômico de materiais: cimento, água, agregados, adições e aditivos. Definição: Segundo a NBR 12.655 existem

Leia mais

Tema: Análise experimental de novas soluções para pavimentos mistos em aço e betão

Tema: Análise experimental de novas soluções para pavimentos mistos em aço e betão Universidade do Minho - Escola de Engenharia MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL Plano de Trabalhos para Dissertação de Mestrado 2016/17 Tema: Análise experimental de novas soluções para pavimentos

Leia mais

O sistema ETICS como técnica de excelência na reabilitação de edifícios da segunda metade do século XX

O sistema ETICS como técnica de excelência na reabilitação de edifícios da segunda metade do século XX O sistema ETICS como técnica de excelência na reabilitação de edifícios da segunda metade do século XX Objectivos do trabalho Caracterização da solução ETICS para o revestimento de fachadas, do ponto de

Leia mais

ESTUDO DE BETÃO C30/37

ESTUDO DE BETÃO C30/37 CONTROLE DE QUALIDADE ESTUDO DE BETÃO C30/37 Página 1 de 6 CONTROLO DE QUALIDADE Índice 1. INTRODUÇÃO.3 2. MATERIAIS CONSTITUINTES.3 2.1 CIMENTO..3 2.2 AGREGADOS..3 2.3 ADITIVO.4 3. CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO

Leia mais

LIGAÇÃO ENTRE BETÕES DE IDADES DIFERENTES

LIGAÇÃO ENTRE BETÕES DE IDADES DIFERENTES LIGAÇÃO ENTRE BETÕES DE IDADES DIFERENTES Ref Miguel Mendes - Caracterização da ligação entre betões de idades diferentes Tese MECANISMOS DE TRANSFERÊNCIA DE TENSÕES NA LIGAÇÃO Adesão Atrito Efeito de

Leia mais

caldas, argamassas e betões

caldas, argamassas e betões 8_ 2 caldas, argamassas e betões caldas de cimento. aplicações, composição e caracterização Carlos António Marques Lemos, DEC ISEC IPC, Coimbra, clemos@isec.pt João Paulo Veludo Vieira Pereira, DEC ESTG

Leia mais

Argamassas cimentícias modificadas com polímeros como material de reparação. M. Sofia Ribeiro DM /NB - LNEC

Argamassas cimentícias modificadas com polímeros como material de reparação. M. Sofia Ribeiro DM /NB - LNEC Argamassas cimentícias modificadas com polímeros como material de reparação M. Sofia Ribeiro DM /NB - LNEC Enquadramento (atividade LNEC) >estudo de investigação programado do NB do DM sobre Sistemas de

Leia mais

GUIA DE FUNCIONAMENTO DA UNIDADE CURRICULAR

GUIA DE FUNCIONAMENTO DA UNIDADE CURRICULAR Curso Engenharia civil Ano letivo 2013/2014 Unidade Curricular Materiais estruturais ECTS 4,5 Regime Obrigatório Ano 2º Semestre 1º semestre Horas de trabalho globais Docente (s) Maria de Jesus de Almeida

Leia mais

Técnicas de recuperação e reforço de estruturas de concreto armado Escolha do tipo de reforço

Técnicas de recuperação e reforço de estruturas de concreto armado Escolha do tipo de reforço Aspectos de projeto 5/06/206 Quando se deve recuperar/reforçar? Técnicas de recuperação e reforço de estruturas de concreto armado Escolha do tipo de reforço Leila Cristina Meneghetti Valverdes Abril,

Leia mais

Exame de Segurança Estrutural Mestrado em Estruturas de Engenharia Civil Duração: 2horas 15/04/1998

Exame de Segurança Estrutural Mestrado em Estruturas de Engenharia Civil Duração: 2horas 15/04/1998 Exame de Segurança Estrutural Mestrado em Estruturas de Engenharia Civil Duração: horas 5/04/998 De acordo com a nomenclatura corrente os métodos de verificação da segurança estrutural com base probabilística

Leia mais

SUBSTITUIÇÃO TOTAL DO AÇO, USANDO BAMBU COMO ARMADURA DE COMBATE A FLEXÃO EM VIGAS DE CONCRETO.

SUBSTITUIÇÃO TOTAL DO AÇO, USANDO BAMBU COMO ARMADURA DE COMBATE A FLEXÃO EM VIGAS DE CONCRETO. SUBSTITUIÇÃO TOTAL DO AÇO, USANDO BAMBU COMO ARMADURA DE COMBATE A FLEXÃO EM VIGAS DE CONCRETO. RESUMO Claiton Sommariva de Oliveira (1), Márcio Vito (2). UNESC Universidade do Extremo Sul Catarinense

Leia mais

1. Introdução. Isabel B. Valente a, Ricardo Lage b e José António C. Matos c. Minho. carregamento, distribuição dos

1. Introdução. Isabel B. Valente a, Ricardo Lage b e José António C. Matos c. Minho. carregamento, distribuição dos MODELAÇÃO NÃO LINEAR DE VIGAS MISTAS EM AÇO E BETÃO Isabel B. Valente a, Ricardo Lage b e José António C. Matos c a,b,c ISISE, Departamento de Engenharia Civil, Escola de Engenharia, Universidade do Minho

Leia mais

Título: Comportamento mecânico de materiais compósitos FRP a temperatura elevada. Orientador: João Ramôa Correia

Título: Comportamento mecânico de materiais compósitos FRP a temperatura elevada. Orientador: João Ramôa Correia Título: Comportamento mecânico de materiais compósitos FRP a temperatura elevada Os materiais compósitos de polímero reforçado com fibras (FRP) apresentam diversas vantagens face aos materiais tradicionais

Leia mais

3 - OBJECTIVOS GERAIS:

3 - OBJECTIVOS GERAIS: UNIVERSIDADE DO ALGARVE ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL PROGRAMA DA DISCIPLINA DE TECNOLOGIA DO BETÃO 1º CICLO - 1º SEMESTRE - 2º ANO - 2006/2007 1 - DOCENTES: Miguel José Santos

Leia mais

A especificação do betão segundo a NP EN Paulo Cachim Universidade de Aveiro

A especificação do betão segundo a NP EN Paulo Cachim Universidade de Aveiro A especificação do betão segundo a NP EN 206-1 Paulo Cachim Universidade de Aveiro pcachim@ua.pt Enquadramento Estruturas de betão DL 301-2007 Projeto EN 1992 CONSTITUINTES EN 197 Cimento EN 450 Cinzas

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO MECÂNICA EM FLEXÃO DE BETÕES DE RESINA

CARACTERIZAÇÃO MECÂNICA EM FLEXÃO DE BETÕES DE RESINA 1 CARACTERIZAÇÃO MECÂNICA EM FLEXÃO DE BETÕES DE RESINA António J. M. Ferreira, Cassilda Tavares, Cristina Ribeiro, André Vieira Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial Faculdade de Engenharia

Leia mais

Influência da Composição no Desempenho de Argamassas Adesivas

Influência da Composição no Desempenho de Argamassas Adesivas Influência da Composição no Desempenho de Argamassas Adesivas José B. Aguiar Universidade do Minho Guimarães aguiar@civil.uminho.pt Luís S. Henriques Duarte&Filhos,S.A. Braga luiscsh@gmail.com Resumo:

Leia mais

Caracterização da Ligação entre Betões de Idades Diferentes

Caracterização da Ligação entre Betões de Idades Diferentes BE8 Encontro Nacional Betão Estrutural 8 Guimarães 5, 6, 7 de Novembro de 8 Miguel Lavouras Mendes 1 António da Silva Costa 2 RESUMO O trabalho que se apresenta insere-se na área de estudo do comportamento

Leia mais

Determinação da Resistência à Compressão do Betão através de Ensaios de Carotes não Normalizados

Determinação da Resistência à Compressão do Betão através de Ensaios de Carotes não Normalizados Determinação da Resistência à Compressão do Betão através de Ensaios de não Normalizados L. Fernandes 3 D. Dias da Costa 1,3 H. Costa 2,4 E. Júlio 2,5 RESUMO A avaliação da resistência à compressão do

Leia mais

Trabalho publicado na revista A CONSTRUÇÃO EM GOIÁS em outubro/ 2002

Trabalho publicado na revista A CONSTRUÇÃO EM GOIÁS em outubro/ 2002 1 Trabalho publicado na revista A CONSTRUÇÃO EM GOIÁS em outubro/ 2002 AVALIAÇÃO DO MÓDULO DE DEFORMAÇÃO DO CONCRETO EM DIFERENTES IDADES E COM DIFERENTES RELAÇÕES ÁGUA/CIMENTO. GUIMARÃES, L. E. (1) SANTOS,

Leia mais

Concreto de Alto Desempenho

Concreto de Alto Desempenho Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana Universidade Estadual de Maringá Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia Civil Concretos Especiais Concreto de Alto Desempenho Material de alta resistência

Leia mais

COMPORTAMENTO DA LIGAÇÃO CFRP-RESINA BETÃO SUJEITA A ACÇÕES CÍCLICAS

COMPORTAMENTO DA LIGAÇÃO CFRP-RESINA BETÃO SUJEITA A ACÇÕES CÍCLICAS COMPORTAMENTO DA LIGAÇÃO CFRP-RESINA BETÃO SUJEITA A ACÇÕES CÍCLICAS João Limão Marques (1) Pedro Fong (2) Pedro Macedo (2) Carlos Chastre Rodrigues (3) Válter Lúcio (4) (1) Licenciado em Engenharia Civil

Leia mais

PROF. ENOQUE PEREIRA

PROF. ENOQUE PEREIRA PROF. ENOQUE PEREIRA - Estudo e indicação das proporções e quantificação dos materiais componentes da mistura, para se obter um concreto com determinadas características previamente estabelecidas. - Combinação

Leia mais

Resumo. Palavras-chave: Módulo de elasticidade, resistência à compressão, provetes reduzidos.

Resumo. Palavras-chave: Módulo de elasticidade, resistência à compressão, provetes reduzidos. AVALIAÇÃO DE PROPRIEDADES MECÂNICAS DE ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO ATRAVÉS DO MÓDULO DE ELASTICIDADE DINÂMICO Ensaios em provetes de dimensões reduzidas Alexandra Silva 1 alexandra.cvmsilva@gmail.com Inês

Leia mais

45º Congresso Brasileiro do Concreto - Competitividade e Excelência em Concreto

45º Congresso Brasileiro do Concreto - Competitividade e Excelência em Concreto - Competitividade e Excelência em Concreto Estudo Experimental sobre o Reforço de Vigas de Concreto Armado com Tecido Compósito de Fibras de Carbono Regina Helena F. de Souza; Júlio Appleton Vitória, 2003

Leia mais

EXTENSÃO TOTAL NA FORÇA MÁXIMA DE VARÕES DE AÇO

EXTENSÃO TOTAL NA FORÇA MÁXIMA DE VARÕES DE AÇO EXTENSÃO TOTAL NA FORÇA MÁXIMA DE VARÕES DE AÇO ALTERAÇÃO DO MÉTODO DA SUA DETERMINAÇÃO ATRAVÉS DE UM EXTENSÓMETRO António Manuel Baptista Doutorado, LNEC, ambaptista@lnec.pt Ana Sofia Louro Doutorada,

Leia mais

Exercícios para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas - n o 8 Prazo para entrega do exercício resolvido até - 07/06/2002.

Exercícios para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas - n o 8 Prazo para entrega do exercício resolvido até - 07/06/2002. Licenciatura em Engenharia Civil 4º Ano 2º Semestre MECÂNICA DOS SOLOS 2 Ano lectivo 2001/2002 FOLHA DE EXERCÍCIOS Nº 4 Fundações superficiais Eercícios para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas

Leia mais

Avaliação do Comportamento de Vigas de Concreto Autoadensável Reforçado com Fibras de Aço

Avaliação do Comportamento de Vigas de Concreto Autoadensável Reforçado com Fibras de Aço Avaliação do Comportamento de Vigas de Concreto Autoadensável Reforçado com Fibras de Aço Alexandre Rodrigues de Barros Paulo César Correia Gomes Aline da Silva Ramos Barboza Universidade Federal De Alagoas

Leia mais

Mão-de-obra desempenha um papel fundamental

Mão-de-obra desempenha um papel fundamental Colocação Inclui três operações fundamentais: - Preparação da superfície para receber o betão. - Lançamento. - Maneira como deve ficar depositado até receber a compactação. A colocação e a compactação,

Leia mais

SUBSTITUIÇÃO DE CIMENTO POR FINOS CERÂMICOS EM ARGAMASSAS

SUBSTITUIÇÃO DE CIMENTO POR FINOS CERÂMICOS EM ARGAMASSAS SUBSTITUIÇÃO DE CIMENTO POR FINOS CERÂMICOS EM ARGAMASSAS João Silva, Eng.º Civil, Mestre em Construção pelo Instituto Superior Técnico Jorge de Brito, Professor Associado c/ Agregação, Instituto Superior

Leia mais

V SEMINÁRIO E WORKSHOP EM ENGENHARIA OCEÂNICA Rio Grande, 07 a 09 de Novembro de 2012

V SEMINÁRIO E WORKSHOP EM ENGENHARIA OCEÂNICA Rio Grande, 07 a 09 de Novembro de 2012 V SEMINÁRIO E WORKSHOP EM ENGENHARIA OCEÂNICA Rio Grande, 07 a 09 de Novembro de 2012 MODELO DE CÁLCULO SIMPLIFICADO PARA A DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE RESISTENTE DE VIGAS DE CONCRETO ARMADO REFORÇADAS

Leia mais

DURABILIDADE EM AMBIENTE MARÍTIMO DE BETÕES PROTEGIDOS COM PINTURAS ACRÍLICAS

DURABILIDADE EM AMBIENTE MARÍTIMO DE BETÕES PROTEGIDOS COM PINTURAS ACRÍLICAS DURABILIDADE EM AMBIENTE MARÍTIMO DE BETÕES PROTEGIDOS COM PINTURAS ACRÍLICAS B. Aguiar Prof. Associado Dep. de Engª Civil, UM Guimarães, Portugal B. Sousa Eng. Civil I E P Braga, Portugal SUMÁRIO O contacto

Leia mais

3 Programa Experimental

3 Programa Experimental 3 Programa Experimental 3.1. Características dos Pilares Foram ensaiados seis pilares com as características mostradas na Figura 3.1. Os pilares têm seção transversal retangular de 12,5 cm x 15 cm e altura

Leia mais

ESTUDO NUMÉRICO E EXPERIMENTAL DE MODOS DE FALHA EM PLACAS DE AÇO APARAFUSADAS

ESTUDO NUMÉRICO E EXPERIMENTAL DE MODOS DE FALHA EM PLACAS DE AÇO APARAFUSADAS CMNE/CILAMCE 27 Porto, 13 a 15 de Junho, 27 APMTAC, Portugal 27 ESTUDO NUMÉRICO E EXPERIMENTAL DE MODOS DE ALHA EM PLACAS DE AÇO APARAUSADAS Mário J. Pereira 1, Elza M. onseca 1 * e Luísa M. Barreira 1

Leia mais

Características a observar pelas pré-lajes para a sua colocação em obra.

Características a observar pelas pré-lajes para a sua colocação em obra. 1.1. OBJECTO Características a observar pelas pré-lajes para a sua colocação em obra. 1.2. ESPECIFICAÇÕES GERAIS As pré-lajes visam constituir pavimentos em lajes maciças, a partir da justaposição de vários

Leia mais

MEMÓRIA DE CÁLCULO. Figura 1 - Dimensões e eixos considerados no provete submetido a ensaio.

MEMÓRIA DE CÁLCULO. Figura 1 - Dimensões e eixos considerados no provete submetido a ensaio. MEMÓRIA DE CÁLCULO ENSAIO EM LABORATÓRIO O ensaio experimental tem como objetivo determinar a contribuição da resina epóxido para o comportamento estrutural do tabuleiro e garantir a fiabilidade do modelo

Leia mais

COMPORTAMENTO MECÂNICO DE COMPÓSITOS CIMENTÍCIOS REFORÇADOS COM TECIDO DE BASALTO

COMPORTAMENTO MECÂNICO DE COMPÓSITOS CIMENTÍCIOS REFORÇADOS COM TECIDO DE BASALTO COMPORTAMENTO MECÂNICO DE COMPÓSITOS CIMENTÍCIOS REFORÇADOS COM TECIDO DE BASALTO Aluno: Thiago Pires Santoloni Lara Orientador: Flávio de Andrade Silva 1. Motivação e Objetivos O concreto convencional

Leia mais

Sumário. 1 Concreto como um Material Estrutural 1. 2 Cimento 8

Sumário. 1 Concreto como um Material Estrutural 1. 2 Cimento 8 Sumário 1 Concreto como um Material Estrutural 1 O que é o concreto? 2 O bom concreto 3 Materiais compósitos 4 Papel das interfaces 5 Forma de abordagem do estudo do concreto 6 2 Cimento 8 Produção do

Leia mais

BETÃO ESTRUTURAL DE AGREGADOS LEVES DE RESISTÊNCIA NORMAL E ALTA: DOS ESTUDOS LABORATORIAIS À PRODUÇÃO NO LOCAL - CASO DE ESTUDO

BETÃO ESTRUTURAL DE AGREGADOS LEVES DE RESISTÊNCIA NORMAL E ALTA: DOS ESTUDOS LABORATORIAIS À PRODUÇÃO NO LOCAL - CASO DE ESTUDO Coimbra, Portugal, 12 BETÃO ESTRUTURAL DE AGREGADOS LEVES DE RESISTÊNCIA NORMAL E ALTA: DOS ESTUDOS LABORATORIAIS À PRODUÇÃO NO LOCAL - CASO DE ESTUDO Miguel C. S. Nepomuceno 1, Luís F. A. Bernardo 2 e

Leia mais

Utilização racional de betão de elevada resistência em lajes fungiformes

Utilização racional de betão de elevada resistência em lajes fungiformes a Utilização racional de betão de elevada resistência em lajes fungiformes Rational use of high strength concrete in flat slabs Micael Inácio André Almeida Válter Lúcio António Ramos Resumo Ensaios experimentais

Leia mais

3.5 Utilizador Pessoa ou entidade que utiliza betão fresco na execução de uma construção ou de um elemento.

3.5 Utilizador Pessoa ou entidade que utiliza betão fresco na execução de uma construção ou de um elemento. 1 Objectivo Esta Instrução de Trabalho define o esquema de certificação do controlo da produção de Betão, nomeadamente os Planos de Controlo Externo e Interno a efectuar pela EIC e pelo produtor, respectivamente.

Leia mais

A CONSOLIDAÇÃO DA FALTA DE ADERÊNCIA DE REBOCOS ANTIGOS um estudo com diferentes argamassas para grouting

A CONSOLIDAÇÃO DA FALTA DE ADERÊNCIA DE REBOCOS ANTIGOS um estudo com diferentes argamassas para grouting A CONSOLIDAÇÃO DA FALTA DE ADERÊNCIA DE REBOCOS ANTIGOS um estudo com diferentes argamassas para grouting Martha Tavares Ana Fragata Rosário Veiga Investigação inserida na tese de Doutoramento A conservação

Leia mais

1. Introdução. 2. Objetivos. 2.1 Objetivos gerais. 2.2 Objetivos específicos

1. Introdução. 2. Objetivos. 2.1 Objetivos gerais. 2.2 Objetivos específicos Universidade do Minho - Escola de Engenharia MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL Plano de Trabalhos para Dissertação de Mestrado 2016/17 Tema: Influência das condições de cura no desempenho do betão.

Leia mais

INFLUÊNCIA DO TEOR DE FIBRAS DE AÇO NA TENACIDADE DO CONCRETO CONVENCIONAL E DO CONCRETO COM AGREGADOS RECICLADOS DE ENTULHO

INFLUÊNCIA DO TEOR DE FIBRAS DE AÇO NA TENACIDADE DO CONCRETO CONVENCIONAL E DO CONCRETO COM AGREGADOS RECICLADOS DE ENTULHO INFLUÊNCIA DO TEOR DE FIBRAS DE AÇO NA TENACIDADE DO CONCRETO CONVENCIONAL E DO CONCRETO COM AGREGADOS RECICLADOS DE ENTULHO Ivie Ferrari Della Pietra (1); Antonio D. de Figueiredo (2); Tulio N. Bittencourt

Leia mais

Estudo da influência da dosagem de cimento nas características mecânicas de argamassas bastardas para rebocos de edifícios antigos

Estudo da influência da dosagem de cimento nas características mecânicas de argamassas bastardas para rebocos de edifícios antigos Estudo da influência da dosagem de cimento nas características mecânicas de argamassas bastardas para rebocos de edifícios antigos Bruna Silva UTL/Instituto Superior Técnico Ana Paula Ferreira Pinto, Augusto

Leia mais

Influência da resistência do betão estrutural leve e das taxas das armaduras no comportamento à flexão de vigas

Influência da resistência do betão estrutural leve e das taxas das armaduras no comportamento à flexão de vigas Encontro Nacional BETÃO ESTRUTURAL - BE2012 FEUP, 24-26 de outubro de 2012 Influência da resistência do betão estrutural leve e das taxas das armaduras no comportamento à flexão de vigas Tiago Simões 1

Leia mais

BloCork Desenvolvimento de blocos de betão com cortiça

BloCork Desenvolvimento de blocos de betão com cortiça BloCork Desenvolvimento de blocos de betão com cortiça N. Simões, I. Castro, J. Nascimento, A. Nascimento SEMINÁRIO TECNOLOGIAS E SISTEMAS DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL - INVESTIGAÇÃO EM ACÇÃO - Viabilizar

Leia mais

Introdução Conteúdo que vai ser abordado:

Introdução Conteúdo que vai ser abordado: Introdução Conteúdo que vai ser abordado: Considerações sobre seleção de materiais; Propriedades dos materiais (metais, polímeros e cerâmicas); Seleção de materiais segundo: Resistência mecânica Resistência

Leia mais

COMPORTAMENTO MECÂNICO DE FIBRAS DE POLIPROPILENO E DE AÇO NO CONCRETO AUTO ADENSÁVEL

COMPORTAMENTO MECÂNICO DE FIBRAS DE POLIPROPILENO E DE AÇO NO CONCRETO AUTO ADENSÁVEL COMPORTAMENTO MECÂNICO DE FIBRAS DE POLIPROPILENO E DE AÇO NO CONCRETO AUTO ADENSÁVEL Aluno: Raphael Palmier Manfredi Orientador: Flávio de Andrade Silva Introdução O concreto, um dos materiais estruturais

Leia mais

Vigotas em T Invertido e I Aplicações

Vigotas em T Invertido e I Aplicações N O R D I M P I A N T I P R O D U C T S A P P L I C A T I O N S T U R N K E Y S E R V I C E G L O B A L Vigotas em T Invertido e I Aplicações Vigotas em T Invertido Vigotas em I Invertido Tecnologia para

Leia mais

ESTUDO DAS CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS E DE DURABILIDADE DO CONCRETO COM BORRACHA

ESTUDO DAS CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS E DE DURABILIDADE DO CONCRETO COM BORRACHA ESTUDO DAS CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS E DE DURABILIDADE DO CONCRETO COM BORRACHA Ruy José Aun Faculdade de Engenharia Civil CEATEC ruylius_erving@hotmail.com Ana Elisabete Paganelli Guimarães de Ávila Jacintho

Leia mais

4 Estabilidade estática do aterro reforçado

4 Estabilidade estática do aterro reforçado 4 Estabilidade estática do aterro reforçado 4.1. Introdução Neste capítulo apresenta-se a avaliação da estabilidade estática de um aterro de rejeitos de mineração reforçado com geossintéticos. A obra está

Leia mais

Especificação LNEC E465

Especificação LNEC E465 Especificação LNEC E465 Metodologia para estimar as propriedades de desempenho que permitem satisfazer a vida útil de projecto de estruturas de betão armado ou préesforçado sob as exposições ambientais

Leia mais

Figura 2 Elemento e modelo estrutural

Figura 2 Elemento e modelo estrutural DESCRIÇÃO DO SISTEMA As concepções arquitectónicas de edifícios exigem cada vez mais soluções para pavimentos de grandes vãos evitando a utilização estrutural de vigas e capitéis aparentes. O recurso a

Leia mais

ESTUDO EXPERIMENTAL DE VIGAS MISTAS AÇO-BETÃO LEVE

ESTUDO EXPERIMENTAL DE VIGAS MISTAS AÇO-BETÃO LEVE ESTUDO EXPERIMENTAL DE VIGAS MISTAS AÇO-BETÃO LEVE ISABEL VALENTE Assistente Universidade do Minho Guimarães isabelv@civil.uminho.pt PAULO J. S. CRUZ Prof. Associado Universidade do Minho Guimarães pcruz@civil.uminho.pt

Leia mais

AVALIAÇÃO ESTATÍSTICA DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS AÇOS DE VARÕES PARA BETÃO ARMADO

AVALIAÇÃO ESTATÍSTICA DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS AÇOS DE VARÕES PARA BETÃO ARMADO AVALIAÇÃO ESTATÍSTICA DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS AÇOS DE VARÕES PARA BETÃO ARMADO António Manuel Baptista Doutorado, LNEC, ambaptista@lnec.pt Maria João Correia Doutorada, LNEC, mjmcorreia@lnec.pt Elsa

Leia mais

PRÉMIO RICARDO TEIXEIRA DUARTE ª Circular Informação sobre o modelo físico e sobre os ensaios em plataforma sísmica

PRÉMIO RICARDO TEIXEIRA DUARTE ª Circular Informação sobre o modelo físico e sobre os ensaios em plataforma sísmica PRÉMIO RICARDO TEIXEIRA DUARTE 214 1ª Circular Informação sobre o modelo físico e sobre os ensaios em plataforma sísmica 1 Introdução O concurso Prémio Ricardo Teixeira Duarte (Concurso RTD) é uma iniciativa

Leia mais

ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO Lista para a primeira prova. 2m 3m. Carga de serviço sobre todas as vigas: 15kN/m (uniformemente distribuída)

ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO Lista para a primeira prova. 2m 3m. Carga de serviço sobre todas as vigas: 15kN/m (uniformemente distribuída) ESTRUTURS DE CONCRETO RMDO Lista para a primeira prova Questão 1) P1 V1 P2 V4 P3 V2 V3 4m 2m 3m V5 P4 h ' s s b d Seção das vigas: b=20cm ; h=40cm ; d=36cm Carga de serviço sobre todas as vigas: 15kN/m

Leia mais

CONGRESSO NACIONAL DA

CONGRESSO NACIONAL DA ESTUDO SOBRE O PUNÇOAMENTO EM LIGAÇÕES PILAR-FUNDAÇÃO POR MEIO DE CÁLICE EM ESTRUTURAS DE BETÃO PRÉ-FABRICADO Eimair B. Ebeling Mestre - Bolseiro FCT UNL Mounir K. El Debs Prof. Titular EESC -USP Válter

Leia mais

Avaliação da compatibilidade de fixação de elementos cerâmicos com o sistema ETICS

Avaliação da compatibilidade de fixação de elementos cerâmicos com o sistema ETICS Avaliação da compatibilidade de fixação de elementos cerâmicos com o sistema ETICS 3º Congresso Português de Argamassas de Construção Março 2010 Luís Silva, Vasco Pereira, Pedro Sequeira, António Sousa

Leia mais

REFORÇO DE ESTRUTURAS POR ENCAMISAMENTO DE SECÇÕES

REFORÇO DE ESTRUTURAS POR ENCAMISAMENTO DE SECÇÕES REFORÇO DE ESTRUTURAS POR ENCAMISAMENTO DE SECÇÕES Aumento da secção transversal através da adição de armaduras suplementares e betão Campos de aplicação Aumentar a resistência de zonas comprimidas Necessidade

Leia mais

Construção. e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes. Tipos de pavimentos. IST - DECivil. Sumário. da aula. Total de páginas: 11 1

Construção. e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes. Tipos de pavimentos. IST - DECivil. Sumário. da aula. Total de páginas: 11 1 1/32 Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes Aula T9 Pavimentos Sumário da aula Construção e manutenção de pavimentos rodoviários: Pavimentos rígidos Construção de camadas em betão de

Leia mais

Dia do Betão 2018 Vila Franca de Xira 24 de Maio 2018

Dia do Betão 2018 Vila Franca de Xira 24 de Maio 2018 Dia do Betão 2018 Vila Franca de Xira 24 de Maio 2018 Introdução Conceitos básicos Apresentação de um conjunto de obras para ilustrar Anomalias Técnicas de reparação Evolução do estado das obras após reabilitação

Leia mais

6.2 MELHORAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DE GRANULOMETRIA E PLASTICIDADE

6.2 MELHORAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DE GRANULOMETRIA E PLASTICIDADE Melhoramento dos Solos com a Adição de Cal Análise dos Resultados Obtidos 6.1 INTRODUÇÃO Neste capítulo são apresentados e analisados os resultados obtidos nos ensaios destinados a avaliar os efeitos da

Leia mais

José Luís Miranda Dias. Investigador Auxiliar do LNEC-DED/NTC. 1º Congresso Nacional de Argamassas de Construção 24/25 Nov. 2005

José Luís Miranda Dias. Investigador Auxiliar do LNEC-DED/NTC. 1º Congresso Nacional de Argamassas de Construção 24/25 Nov. 2005 1º Congresso Nacional de Argamassas de Construção 24/25 Nov. 2005 Avaliação das deformações da zona em redor de juntas de argamassa de paredes de alvenaria sujeitas a fendilhação devida a acções de compressão

Leia mais

4 Desenvolvimento Experimental

4 Desenvolvimento Experimental 4 Desenvolvimento Experimental 4.1.Materiais Cimento O cimento utilizado na fabricação dos Cps (Corpos de Prova) para os ensaios de compressão, foi o CPII 32F (Cimento Portland Composto com adição de Filler).

Leia mais

Análise da Influência da Metodologia de Medição da Retração Face aos Valores Estimados Através do EC2

Análise da Influência da Metodologia de Medição da Retração Face aos Valores Estimados Através do EC2 Encontro Nacional BETÃO ESTRUTURAL - BE212 FEUP, 24-26 de outubro de 212 Análise da Influência da Metodologia de Medição da Retração Face aos Valores Estimados Através do EC2 António Ribeiro 1 Vasco Medina

Leia mais

AVALIAÇÃO DA INTRODUÇÃO DE RESÍDUOS DA INDÚSTRIA TÊXTIL EM ARGAMASSAS

AVALIAÇÃO DA INTRODUÇÃO DE RESÍDUOS DA INDÚSTRIA TÊXTIL EM ARGAMASSAS AVALIAÇÃO DA INTRODUÇÃO DE RESÍDUOS DA INDÚSTRIA TÊXTIL EM ARGAMASSAS Cristiana Pereira (ESTBarreiro/IPS), Ana Martins (ESTBarreiro/IPS), Paulina Faria (FCT/UNL) e Raul Fangueiro (UMinho) A utilização

Leia mais

Sistemas de Ancoragem para Laminados CFRP em elementos de Betão Armado

Sistemas de Ancoragem para Laminados CFRP em elementos de Betão Armado BE2010 Encontro Nacional Betão Estrutural Lisboa 10, 11 e 12 de Novembro de 2010 Sistemas de Ancoragem para Laminados CFRP em elementos de Betão Armado Rui Veloso Mendes 1 António da SilvaCosta 2 RESUMO

Leia mais

José Santos * Marques Pinho ** DMTP - Departamento Materiais

José Santos * Marques Pinho ** DMTP - Departamento Materiais ** José Santos * Marques Pinho ** * DMTP - Departamento Materiais Apresentação em 3 partes I - Considerações teóricas sobre o módulo de elasticidade II - Descrição de ensaios laboratoriais III - Novas

Leia mais

Módulo de elasticidade em betões com agregados basálticos

Módulo de elasticidade em betões com agregados basálticos Encontro Nacional BETÃO ESTRUTURAL - BE2012 FEUP, 24-26 de outubro de 2012 Módulo de elasticidade em betões com agregados basálticos Cátia Caetano 1 Lino Maia 2,3 Luís Hilário 4 Miguel Correia 5 RESUMO

Leia mais

ESTUDO EXPERIMENTAL DO PUNÇOAMENTO EM LAJES FUNGIFORMES PRÉ-ESFORÇADAS

ESTUDO EXPERIMENTAL DO PUNÇOAMENTO EM LAJES FUNGIFORMES PRÉ-ESFORÇADAS ESTUDO EXPERIMENTAL DO PUNÇOAMENTO EM LAJES FUNGIFORMES PRÉ-ESFORÇADAS A. Pinho Ramos Prof. Auxiliar Investigador do UNIC FCT / UNL Monte de Caparica V. J. G. Lúcio Prof. Associado Investigador do UNIC

Leia mais

Concreto Protendido. MATERIAIS Prof. Letícia R. Batista Rosas

Concreto Protendido. MATERIAIS Prof. Letícia R. Batista Rosas Concreto Protendido MATERIAIS Prof. Letícia R. Batista Rosas Concreto Obtido pela mistura de cimento, agregado graúdo, agregado miúdo e água. Em algumas situações podem ser adicionados aditivos para o

Leia mais

Influência da junta vertical no comportamento mecânico da alvenaria de blocos de concreto

Influência da junta vertical no comportamento mecânico da alvenaria de blocos de concreto BE00 Encontro Nacional Betão Estrutural 00 Guimarães 5,, 7 de Novembro de 00 Influência da junta vertical no comportamento mecânico da alvenaria de blocos de concreto Gihad Mohamad 1 Paulo Brandão Lourenço

Leia mais

ELABORAÇÃO DE CONCRETO PERMEÁVEL PARA CONSTRUÇÃO CIVIL

ELABORAÇÃO DE CONCRETO PERMEÁVEL PARA CONSTRUÇÃO CIVIL ELABORAÇÃO DE CONCRETO PERMEÁVEL PARA CONSTRUÇÃO CIVIL Alexandre Camargo Pansera 1 Henrique Sesana Pimenta 1 Lucas Temponi Andrade 1 INTRODUÇÃO O concreto permeável ou poroso é a última etapa de um sistema

Leia mais

1. Apresentação do docente 2. Programa da unidade curricular 3. Material de apoio 4. Avaliação

1. Apresentação do docente 2. Programa da unidade curricular 3. Material de apoio 4. Avaliação Sumário 2. Programa da unidade curricular 1/9 Sumário 2. Programa da unidade curricular 2/9 Eduardo Nuno Brito Santos Júlio é licenciado em Engenharia Civil (curso de 5 anos), mestre em Estruturas (curso

Leia mais

LUÍS CALRETAS ANTUNES Director Técnico / Internacional Product Manager MC-Bauchemie Portugal

LUÍS CALRETAS ANTUNES Director Técnico / Internacional Product Manager MC-Bauchemie Portugal 1 as Jornadas de MATERIAIS NA CONSTRUÇÃO 229 NOVAS TECNOLOGIAS NA REPARAÇÃO E PROTECÇÃO DE ESTRUTURAS INOVAÇÃO TECNOLOGICA EM RESINAS DE INJECÇÃO. NANO SECÇÃO, NANO CRISTALIZAÇÃO E CRIPTO-CRISTALIZAÇÃO

Leia mais

Módulo 1: Conceitos e fundamentos para conservação de estruturas Aula 4 Fundamentos da tecnologia do concreto aplicados à conservação das estruturas

Módulo 1: Conceitos e fundamentos para conservação de estruturas Aula 4 Fundamentos da tecnologia do concreto aplicados à conservação das estruturas Módulo 1: Conceitos e fundamentos para conservação de estruturas Aula 4 Fundamentos da tecnologia do concreto aplicados à conservação das estruturas Coordenação Prof. Dr. Bernardo Tutikian btutikian@terra.com.br

Leia mais

Ponto de Encontro de Novembro de Reabilitação e Reforço de Estruturas de Edifícios

Ponto de Encontro de Novembro de Reabilitação e Reforço de Estruturas de Edifícios Ponto de Encontro 2011 3 de Novembro de 2011 Reabilitação e Reforço de Estruturas de Edifícios Professor Catedrático do IST (aposentado em 2011) a2p Consult, Lda Reabilitação e Reforço de Estruturas de

Leia mais

Concreto Protendido. MATERIAIS Prof. MSc. Letícia R. Batista Rosas

Concreto Protendido. MATERIAIS Prof. MSc. Letícia R. Batista Rosas Concreto Protendido MATERIAIS Prof. MSc. Letícia R. Batista Rosas Concreto Obtido pela mistura de cimento, agregado graúdo, agregado miúdo e água. Em algumas situações podem ser adicionados aditivos para

Leia mais

Desempenho relativo das argamassas de argila expandida na execução de camadas de forma

Desempenho relativo das argamassas de argila expandida na execução de camadas de forma Desempenho relativo das argamassas de argila expandida na execução de camadas de forma Ana Sofia Ferreira (IST) Jorge de Brito (IST) Fernando Branco (IST) º Congresso Nacional de Argamassas de Construção

Leia mais

f xm - Resistência média das amostras f xk ALVENARIA ESTRUTURAL Blocos: Propriedades desejáveis : Resistência à compressão: MATERIAIS

f xm - Resistência média das amostras f xk ALVENARIA ESTRUTURAL Blocos: Propriedades desejáveis : Resistência à compressão: MATERIAIS Alvenaria Ministério Estruturalda Educação Universidade Federal do Paraná Setor de Tecnologia Construção Civil II ( TC-025) Blocos: Propriedades desejáveis : Resistência à compressão: Função da relação

Leia mais

5 Resultados Experimentais

5 Resultados Experimentais 5 Resultados Experimentais 5.1. Introdução Neste capítulo são apresentados os resultados medidos dos dois testes experimentais em escala real realizados para a comparação dos resultados teóricos. 5.2.

Leia mais

ANÁLISE DA VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL DO CONCRETO EM DUAS CONDIÇÕES DE CONTORNO

ANÁLISE DA VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL DO CONCRETO EM DUAS CONDIÇÕES DE CONTORNO / ANÁLISE DA VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL DO CONCRETO EM DUAS CONDIÇÕES DE CONTORNO 1. INTRODUÇÃO O esforço de compressão está presente nos mais diversos sistemas construtivos, sendo sua

Leia mais

7 Considerações finais 7.1. Introdução

7 Considerações finais 7.1. Introdução 7 Considerações finais 7.1. Introdução Este trabalho teve como objetivo geral desenvolver uma investigação teórica e experimental sobre os conectores de cisalhamento Perfobond e propor uma nova geometria

Leia mais

Deformabilidade do betão armado em elementos executados com cofragens deslizantes

Deformabilidade do betão armado em elementos executados com cofragens deslizantes Encontro Nacional BETÃO ESTRUTURAL - BE212 FEUP, 24-26 de outubro de 212 Deformabilidade do betão armado em elementos executados com cofragens deslizantes Manuel Vieira 1 António Bettencourt 2 Armando

Leia mais

DESEMPENHO DE MISTURAS BETUMINOSAS RECICLADAS A QUENTE

DESEMPENHO DE MISTURAS BETUMINOSAS RECICLADAS A QUENTE DESEMPENHO DE MISTURAS BETUMINOSAS RECICLADAS A QUENTE ANTÓNIO MIGUEL COSTA BAPTISTA PROFESSOR ADJUNTO, DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU

Leia mais

Projeto e Consultoria Estrutural

Projeto e Consultoria Estrutural reduzida, principalmente nas que apresentam fissuração elevada, permitindo que os agentes agressivos penetrem para o interior do concreto, provocando uma série de danos, sendo o mais notável a corrosão

Leia mais

Betão com comportamento especificado PEQ 098. Procedimento Especifico da Qualidade Página: 1/6

Betão com comportamento especificado PEQ 098. Procedimento Especifico da Qualidade Página: 1/6 Procedimento Especifico da Qualidade Página: 1/6 1. OBJECTIVO E ÂMBITO Este procedimento define o modo de proceder na recepção do betão pronto, na elaboração do plano de amostragem e a avaliação de conformidade

Leia mais

Comportamento de vigas de betão armado reforçadas à flexão com laminados de CFRP inseridos

Comportamento de vigas de betão armado reforçadas à flexão com laminados de CFRP inseridos Encontro Nacional BETÃO ESTRUTURAL - BE2012 FEUP, 24-26 de outubro de 2012 Comportamento de vigas de betão armado reforçadas à flexão com laminados de CFRP inseridos Salvador Dias 1 Joaquim Barros 2 Cristiana

Leia mais

Materiais de Construção II

Materiais de Construção II Pontifícia Universidade Católica de Goiás Engenharia Civil Materiais de Construção II Propriedades Mecânicas do Concreto em seu estado ENDURECIDO Professora: Mayara Moraes Propriedades no estado endurecido

Leia mais

ESTUDO NUMÉRICO SOBRE O REFORÇO DE PILARES DE BETÃO ARMADO COM CANTONEIRAS E PRESILHAS METÁLICAS. ANÁLISE PARAMÉTRICA.

ESTUDO NUMÉRICO SOBRE O REFORÇO DE PILARES DE BETÃO ARMADO COM CANTONEIRAS E PRESILHAS METÁLICAS. ANÁLISE PARAMÉTRICA. ESTUDO NUMÉRICO SOBRE O REFORÇO DE PILARES DE BETÃO ARMADO COM CANTONEIRAS E PRESILHAS METÁLICAS. ANÁLISE PARAMÉTRICA. Mariana C. Andrade a, Julio G. Roca b e Isabel B. Valente a a ISISE, Departamento

Leia mais

Professor do curso de Engenharia Civil da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões em Santo Ângelo/RS

Professor do curso de Engenharia Civil da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões em Santo Ângelo/RS ANÁLISE COMPARATIVA DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DO CONCRETO CONVENCIONAL COM ADIÇÃO DE FIBRAS DE AÇO E DE POLIPROPILENO 1 COMPARATIVE ANALYSIS OF THE MECHANICAL PROPERTIES OF CONVENTIONAL CONCRETE WITH

Leia mais