Sumário Executivo do Programa Mensal de Operação

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1 Sumário Executivo do Programa Mensal de Operação Revisão 2 do 1. APRESENTAÇÃO O ONS vem implementando uma política de operação energética que prioriza a preservação dos estoques armazenados nos reservatórios das usinas localizadas nas cabeceiras dos rios Grande, Paranaíba e São Francisco. Para tal, vem explorando, prioritariamente, os recursos energéticos existentes nas regiões Norte e Sul, além daqueles disponíveis na UHE Itaipu. Estes recursos energéticos vêm sendo complementados pelo despacho pleno do parque gerador térmico existente no SIN. Esta política de operação energética vem sendo implementada na Etapa de Programação Diária da Operação, onde se observa a plena representação da malha de transmissão e das questões associadas ao uso múltiplo da água e ambientais. Nesse contexto, têm-se observado ajustes, em base diária, na política de operação definida pelos modelos de planejamento energético de curto prazo. Assim sendo, a partir desse relatório, iremos apresentar também os armazenamentos esperados para as regiões SE/CO e NE, obtidos com a aplicação dos ajustes nas políticas de operação, os quais caracterizaremos como níveis de armazenamento operativos. Outrossim, ressaltamos que os níveis de armazenamento operativos, constituem-se em informações adicionais àquelas já existentes no processo formal de elaboração dos Programas Mensais de Operação e suas Revisões. Na semana de 03 a 09/05/2014 ocorreu chuva fraca isolada nas bacias dos rios Uruguai, Jacuí e Iguaçu. A bacia do rio Tocantins apresentou chuva fraca em pontos isolados. Na semana de 10 a 16/05/2014 deverá ocorrer chuva fraca nas bacias hidrográficas da região Sul. A bacia do rio Tocantins apresentará chuva fraca em pontos isolados. Na elaboração desta Revisão, a previsão de vazões foi o parâmetro cuja atualização causou maior impacto na variação dos Custos Marginais de Operação CMO nas regiões SE/CO, Sul e Nordeste. Para a região Norte, a alteração no cronograma de manutenção da UHE Tucuruí, que conferiu maior disponibilidade a esta usina nas próximas semanas, foi o parâmetro mais relevante na redução do CMO. O CMO médio semanal passou de R$ 793,05/MWh para R$ 904,57/MWh nas regiões SE/CO e Sul, de R$ 747,09/MWh para R$ 801,84/MWh na região Nordeste e de R$ 226,71/MWh para R$ /MWh na região Norte. 2. NOTÍCIAS Em 26 e 27/05/2014: Workshop EletroMET, Inovações no Monitoramento e na Previsão do Tempo e Clima aplicados ao Setor Elétrico, em Curitiba PR; Em 29 e 30/05/2014: reunião de elaboração do PMO Junho de 2014 no auditório do Escritório Central do ONS, situado na Rua Julio do Carmo, nº 251 Cidade Nova. 3. ANÁLISE DAS CONDIÇÕES HIDROMETEOROLÓGICAS 3.1. PREVISÃO PARA A PRÓXIMA SEMANA Para a semana de 10 a 16 de maio, a previsão é de que a passagem de uma frente fria ocasione chuva fraca nas bacias hidrográficas da região Sul. A bacia do rio Tocantins apresentará chuva fraca em pontos isolados (Figura 1). Cabe ressaltar que nas bacias dos rios Grande, Paranaíba, Paranapanema, São Francisco, Iguaçu e Uruguai e parte da bacia do rio Paraná, esta previsão é utilizada como insumo nos modelos do tipo chuva-vazão, para a previsão de afluências para a próxima semana. 1

2 de Manaus. Retirando o efeito dessa interligação, a carga prevista para maio apresenta um decréscimo de 0,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior, comportamento influenciado pela redução de carga de um consumidor livre da rede básica do ramo de metalurgia. No subsistema Sul, a taxa de crescimento prevista, de 3,3%, está associada à continuidade do bom desempenho da atividade agroindustrial. No subsistema SE/CO, a taxa prevista de 1,0%, acompanha o comportamento da atividade econômica influenciada pelo desempenho recente da indústria que não apresenta dinâmica de crescimento bem definida. Tabela 2 - Evolução da carga para a Revisão 2 do PMO de Maio/2014 Figura 1 - Precipitação acumulada prevista pelo modelo ETA (CPTEC/INPE) para o período de 10 a 16/05/2014 Em comparação com as afluências da semana anterior, prevê-se para a semana operativa de 10/05/2014 a 16/05/2014, diminuição nas afluências a todos os subsistemas. A revisão da previsão das afluências para o mês de Maio, indica afluências inferiores às previstas, tanto no PMO quanto em sua revisão 1, exceto para o subsistema Sul. A Tabela 1 apresenta os resultados da previsão de ENAs para a próxima semana e para a média do mês de Maio. Tabela 1 Previsão de ENA da Revisão 2 do PMO de Maio/2014 Revisão 2 do PMO de Maio/ ENAs previstas 10/5 a 16/5/2014 Mês de Maio MWmed %MLT MWmed %MLT SE/CO S NE N PREVISÕES DE CARGA A carga prevista para o mês de maio, no subsistema NE, mantém a expectativa de crescimento com base no comportamento do consumo das classes residencial e comercial. Relativamente ao mesmo mês do ano anterior, a taxa de crescimento é de 4,3%. No subsistema Norte, a elevada taxa de crescimento prevista de 23,0% decorre, principalmente, da interligação CARGA SEMANAL (MWmed) CARGA MENSAL (MWmed) Var. (%) 1ª Sem 2ª Sem 3ª Sem 4ª Sem 5ª Sem 6ª Sem mai/14 mai/14->mai/13 SE/ CO ,0% SUL ,3% NE ,3% NORTE ,0% SIN ,4% 5. PRINCIPAIS RESULTADOS 5.1. CUSTO MARGINAL DE OPERAÇÃO (CMO) A tabela a seguir apresenta o CMO, por subsistema e patamar de carga, na semana operativa de 10/05 a 16/05/2014. Tabela 3 CMO por patamar de carga para a próxima semana Patamares de Carga SE/CO S NE N Pesada 917,78 917,78 915,17 160,61 Média 917,78 917,78 915,17 160,61 Leve 881,39 881,39 603, Média Semanal 904,57 904,57 801,84 A diferença entre esses custos marginais foi devido aos limites máximos de intercâmbio entre estas regiões terem sido atingidos neste período de planejamento. 2

3 MWmed 5.2. POLÍTICA DE INTERCÂMBIO Para a semana operativa de 10/05/2014 a 16/05/2014, está prevista a seguinte política de intercâmbio de energia entre regiões: Região Sul Exportadora de energia em função da melhoria nas condições hidroenergéticas da região; Região NE Importadora dos excedentes energéticos da região Norte; Região Norte Exportadora dos excedentes energéticos para as regiões SE/CO e Nordeste; Região SE/CO Importadora de energia das regiões Sul e Norte em função das condições hidroenergéticas desfavoráveis na região. 6. ANÁLISE DA VARIAÇÃO SEMANAL DOS CUSTOS MARGINAIS DE OPERAÇÃO A análise da variação semanal dos custos marginais de operação, em função da atualização dos dados de planejamento desta revisão do PMO de Maio de 2014, foi realizada a partir de cinco estudos. O caso inicial foi construído com base nos dados da Revisão 1 do PMO, excluindo a semana operativa de 03/05 a 09/05/2014. Nos estudos seguintes foram atualizados, sucessivamente, os seguintes blocos de dados: previsão de carga, nível de partida dos reservatórios, previsão de vazões e limites nos fluxos de intercâmbios de energia entre os subsistemas. Os valores dos CMOs publicados nos resultados de cada estudo estão reproduzidos, graficamente, a seguir. SE/CO e Sul - 793,05 799,07 799,73 774,15 886,06 885,49 896,25 904,57 6,02 0,66-25,58 111,91-0,57 10,76 8,32 Figura 2 - Análise da variação do CMO nos subsistemas SE/CO e Sul Nordeste - 747,09 799,07 799,73 774,15 880,60 836,49 798,75 801,84 51,98 0,66-25,58 106,45-44,11-37,74 3,09 Figura 3 - Análise da variação do CMO no subsistema Nordeste 632,84 226,71 406,13 632,84 654,41 Figura 4 - Análise da variação do CMO no subsistema Norte Ressalta-se que os valores dos CMOs obtidos nos resultados destes casos são consequência da atualização parcial dos seus dados conforme detalhamento anterior. 7. GERAÇÃO TÉRMICA Norte - 838,32 740, ,57 183,91-97,86-590,94 0 O gráfico a seguir apresenta, para cada subsistema do SIN, o despacho térmico por modalidade, para a semana operativa de 10 a 16/05/ SE/CO SUL NE NORTE SIN GARANTIA ENERGÉTICA RESTRIÇÃO ELÉTRICA INFLEXIBILIDADE ORDEM DE MÉRITO Figura 5 - Geração térmica para a do mês Maio/2014 3

4 Ressalta-se que o montante de despacho térmico indicado para o subsistema Norte considera a geração de 816 MW de UTEs do Sistema Manaus. Despacho Térmico por ordem de mérito de custo: Região Sudeste/C.Oeste: Atlântico CSA, Sol¹, Angra 2, Angra 1, Norte Fluminense 1, 2 e 3, Baixada Fluminense, Sta. Cruz Nova², Atlântico, L. C. Prestes L1, G. L. Brizola L1, Cocal, Pie-Rp¹, Juiz de Fora, W. Arjona, Luiz O. R. Melo ², B. L. Sobrinho L1, Euzébio Rocha L1, A. Chaves, Santa Cruz 34¹, F. Gasparian, B. L. Sobrinho L13, G. L. Brizola L13, L. C. Prestes L13, Euzébio Rocha L13, M. Lago, Cuiabá¹, Pirat.12 O¹, Norte Fluminense 4, R. Silveira¹, Termonorte 2, Viana, Igarapé, Palmeiras de Goiás, Daia¹ e Goiânia 2; Região Sul: Candiota 3, P. Médici A¹, P. Médici B¹, J. Lacerda C, B e A2, Charqueada, Madeira, J. Lacerda A1, S. Jerônimo¹, Figueira, S. Tiaraju, Araucária, Uruguaiana e Nutepa¹; Região Nordeste: Termopernambuco, P. Pecém 1, Fortaleza, P. Pecém 2, C. Furtado, Termoceará, R. Almeida, J. S. Pereira, Pernambuco 3, Maracanaú, Termocabo, Termonordeste, Termoparaiba, Campina Grande, Suape II, Global I³, Global II³, Altos³, Aracati³, Batutiré³, C. Maior³, Caucaia³, Crato³, Iguatu³, J. Norte³, Marambaia³, Nazaria³, Pecém³, Camaçari G 1,3, Bahia 1³, Camaçari MI³, Camaçari PI³ e Camaçari O³; Região Norte: Suzano Maranhão, Parnaíba IV, P. Itaqui, Maranhão V, Maranhão IV e N. Venécia 2³; o Sistema Manaus: C. Rocha, Jaraqui, Manauara, Ponta Negra, Tambaqui, Aparecida e Mauá B3. ¹ Consideradas indisponíveis conforme legislação vigente ou informação do Agente. ² Despacho comandado antecipadamente conforme metodologia vigente de despacho GNL. ³ Despacho somente nos patamares de carga pesada e média. 4 Despacho somente no patamar de carga pesada. Foi indicado o despacho antecipado por ordem de mérito de custo, em todos os patamares de carga, das UTEs St. Cruz Nova e Luiz O. R. Melo para a semana operativa de 12/07/2014 a 18/07/ RESUMO DOS RESULTADOS DO PMO As figuras a seguir mostram o resumo dos resultados da revisão 2 do PMO de Maio/2014, relacionando, Energia Natural Afluente (ENA), Energia Armazenada (EAR) e Custo Marginal de Operação (CMO) nos quatro subsistemas do Sistema Interligado Nacional (SIN). São apresentados os valores semanais observados e previstos e o valor esperado dos cenários gerados para o mês de Junho. REVISÃO 2 DO PMO - SE/CO - Maio/ Figura 6 Sudeste Figura 7 - Sul Figura 8 Nordeste Figura 9 - Norte VE[JUN ] 915,54 793,05 904, ,14 892,27 EAR(%EARmax) 38,0 38,8 38,0 37,9 37,6 37,3 34,5 ENA(%mlt) 79,0 70,9 68,5 73,4 71,1 REVISÃO 2 DO PMO - S - Maio/ VE[JUN] 915,54 793,05 904, ,14 891,76 EAR(%EARmax) 44,1 49,5 5 52,7 56,0 59,2 72,1 ENA(%mlt) 169,0 133,0 107,9 124,6 106,7 109,0 REVISÃO 2 DO PMO - NE - Maio/ VE[JU N] 628,19 747,09 801,84 816,50 905,42 861,50 EAR(%EARmax) 43,6 43,6 43,0 42,8 42,3 41,7 38,0 ENA(%mlt) 38,0 48,0 44,6 40,8 39,0 53,6 REVISÃO 2 DO PMO - N - Maio/ VE[JUN ] 217,66 226,71 548,05 905,42 861,50 EAR(%EARmax) 9 90,6 91,0 92,1 92,9 93,5 92,3 ENA(%mlt) 106,0 126,0 112,1 94,6 76,6 108,

5 9. NÍVEIS DE ARMAZENAMENTO OPERATIVOS Na tabela a seguir são apresentados os armazenamentos esperados, para o fim do mês de maio, para as regiões SE/CO e NE. Tabela 4 Níveis de armazenamento operativos 10. SENSIBILIDADE %EARmáx (31/mai) SE/CO 37,9 NE 41,7 A partir da consideração da ocorrência do valor esperado da previsão de vazões para a de maio, foram feitos estudos de sensibilidade para os CMO, considerando os cenários de limite inferior, valor esperado e limite superior da previsão de vazões para as demais semanas operativas do mês de maio. A tabela a seguir mostra a ENA média mensal de maio com a consideração da ocorrência dos cenários de sensibilidade a partir da próxima semana operativa. Tabela 5 ENAs consideradas nos cenários de sensibilidade ENA MENSAL SE/CO S MWmed %MLT MWmed %MLT MWmed %MLT MWmed %MLT LS % % % % VE % % % % LI % % % % NE N 5 A seguir estão esquematizados os valores de CMO obtidos nos resultados dos estudos Regiões SE/CO e Sul 904, ,85 908, Região NE 801,84 824,91 816, ,58 CASOS DE SENSIBILIDADE ,14 CASOS DE SENSIBILIDADE Região Norte 607,99 548,05 548, CASOS DE SENSIBILIDADE Figura 10 dos cenários de sensibilidade Observação: As contribuições referentes ao Sumário Executivo do Programa Mensal de Operação poderão ser encaminhadas para o pmo-ouv@ons.org.br