MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA OU COMISSÃO CLN

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1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO INTERESSADO/MANTENEDORA Universidade Estadual Paulista (UNESP).. UF SP ASSUNTO Consulta sobre aplicação da Resolução CFE nº 2/92. RELATOR: SR.ªCONS.ª DALVA ASSUMPÇÃO SOUTTO MAYOR. I - RELATÓRIO CÂMARA OU COMISSÃO CLN APROVADO EM 14/09/94 PROCESSO Nº / O Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Estadual Paulista (UNESP) dirige-se, diretamente, ao Presidente deste Conselho para expor e indagar o seguinte: "1-0 artigo 27 da Lei nº 5.540/68 e o artigo 2º da Porta ria DAU nº 71/77, delegaram competência às Universidades Estaduais no sentido de efetuarem o registro de seus próprios diplomas e os por elas revalidados. "2 - conforme inciso II, do artigo 3º da Portaria supracitada\ serão registrados, somente diplomas referentes a cursos de graduação reconhecidos. "3 - O parágrafo lº, do artigo 5º, da Resolução CFE nº 5/83- (que fixa normas para funcionamento e credenciamento de cursos de pós-graduação stricto sensu), dispõe que a validade nacional dos diplomas de/interessados que concluíram cursos de pós-graduação no Brasil, estará condicionada ao credenciamento dos cursos pelo Conselho Federal de Educação. "Portanto, para que os diplomas possam ser registrados, e con-

2 sequentemente venham produzir validade nacional, é exigido o reconhecimento e credenciamento dos cursos, tanto os de graduação, como aqueles de pós-graduação. "Já a Resolução CFE nº 2, de 29 de junho de 1992, dá nova redação ao artigo 3º da Resolução nº 3/85, garantindo a competência para processar e conceder revalidação de diplomas de pós-graduação, às uni versidades reconhecidas, bem como as instituições isoladas federais que na última avaliação da CAPES tenham obtido avaliação de nível "A" ou "B". Portanto, não fica expressa a exigência de que os mesmos estejam credenciados pelo Conselho Federal de Educação. "Assim sendo, acreditamos, s.m.j., que estaria havendo uma discriminação entre brasileiros e estrangeiros, pois enquanto para os primeiros são exigidos o reconhecimento e o credenciamento dos cursos, para os últimos, estão sendo exigidos apenas o reconhecimento e a última avaliação da CAPES. "Isto posto, indagamos se nestes casos, não seria possível se respeitar um tratamento equânime". II - PARECER E VOTO DA RELATORA A consulta do ilustre Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da UNESP parte da comparação entre duas resoluções, emanadas deste CFE com finalidades diversas. A Resolução CFE nº 5/83, fixa normas para funcionamento e credenciamento de cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrado ou doutorado), que podem ser frequentados por alunos brasileiros ou estrangeiros. A Resolução CFE nº 3/85, alterada, em parte (art. 3º)pela Resolução CFE nº 2/92, - dispõe sobre a revalidação de diplomas e certificados de cursos de graduação e pós-graduação expedidos por estabelecimentos estrangeiros de ensino superior, cujos titulares podem ser brasileiros ou estrangeiros. Não há, portanto, tratamento desigual entre brasileiros e estrangeiros.

3 A abertura proporcionada pela Resolução CFE nº 2/92, que permitiu que os diplomas e certificados de pós-graduação (e somente estes), expedidos por universidades estrangeiras, cujos titulares podem ser brasileiros ou estrangeiros, sejam revalidados por universidades reconhecidas ou por instituições isoladas federais de ensino superior, que mantenham cursos de pós-graduação em área de conhecimento idêntica ou afim, no nível igual ou superior ao do título estrangeiro, que, na ultima avaliação da CAPES tenham obtido nível "A" ou "B", teve por escopo atender a inúmeros titulares desses diplomas ou certificados, a maioria brasileiros, que não encontravam cursos credenciados, no Brasil, para a revalidação necessária. Isto porque, no exterior, a variedade de cursos de pós-graduação é, em muito,superior aos ministrados no Brasil, credenciados. A comunidade científica e universitária brasileira sabe, contudo, que o conceito "A" ou "B", conferido,pela CAPES, a curso de mestrado ou doutorado, demonstra o nivel de excelência do programa de pós-graduação desenvolvido por qualquer instituição, seja u niversidade ou estabelecimento isolado de ensino superior. Esta Relatora entende, s.m.j., que não há discriminação, entre brasileiros e estrangeiros, nos atos previstos nas Resoluções CFE Nºs. 5/83, 3/85 e 2/92. É nesse sentido que deve ser respondida a consulta formulada pelo ilustre Pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa da Universidade Estadual Paulista (UNESP). III - CONCLUSÃO DA CÂMARA

4 Processo nº /93-41 Pedido de Vista Examinando o Parecer, considero válida a permanência do disposto na Resolução nº 02, de 02/06/52 (art. 3º) Concordando com a conclusão da Relatora de que não há discriminação entre brasileiros e estrangeiros nos atos previstos nas Resoluções CEF 05/33, 03/35 e 02/92, permito-me registrar que, entendo,,foi intenção do legislador fixar o para metro conceituai da CAPES em virtude de na Pós-Graduação não haver reconhecimento e apenas o credenciamento e recredenciamento sucessivo, como recomendação do nível do curso. Brasília, 12 de setembro de 1994.

5 IV - DECISÃO DO PLENÁRIO O Plenário do Conselho Federal de Educação aprovou a Conclusão da Câmara,com voto em separado do Conselheiro Ib Gatto Falcão. Sala Barretto Filho, em 14 de setembro de 1994.

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