ESTADO DO PARANÁ PODER JUDICIÁRIO Comarca da Região Metropolitana de Maringá

Transcrição

1 Processo de autos n.: Classe Processual: Recuperação Judicial Assunto Principal: Recuperação judicial e Falência Valor da Causa: R$ ,58 Autor(s): PUGLIESI INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CONFECÇÕES EIRELI. (CPF/CNPJ: / ) Av. Guedner nº 621, salão 01, zona 08, na cidade de Maringá, Estado do Paraná Réu(s): Este Juízo decididas. Decisão interlocutória 1. Algumas questões no presente feito devem ser analisadas e 2. Quanto ao plano de recuperação plano de recuperação judicial de evento a , houveram impugnações, como as apresentadas pelo Banco do Brasil (ev ), Banco Bradesco (ev ), INK Etiquetas Ltda (ev ), Banco Itaú (ev ), Banco Safra (ev ), Caixa Econômica Federal (ev ). A consequência para referidas objeções foi o reconhecimento da obrigatoriedade da convocação de assembleia geral de credores para deliberarem sobre a matéria prevista na Lei /2005, art. 35, I, alíneas a a f, conforme prevê a lei n /2005, art. 56 (Havendo objeção de qualquer credor ao plano de recuperação judicial, o juiz convocará a assembléia-geral de credores para deliberar sobre o plano de recuperação). A decisão de ev convocou assembleia geral de credores, seguindo datas sugeridas pelo Administrador judicial no ev Assim, respectiva assembleia foi convocada para os dias 20/03/2017 às 14:00 horas (1ª convocação) e 03/04/2017 (2ª convocação) às 14:00 horas Na primeira convocação não houve quórum suficiente, conforme ata de ev. Já em segunda convocação, não só houve quórum suficiente, como em assembleia foi aprovado o plano de recuperação judicial de evs a , nos termos da ata de ev Consequentemente, deve a pessoa jurídica recuperanda apresentar, segundo o que determina o art. 57 da lei n /2005, certidões negativas de débitos tributários nos termos dos arts. 151, 205, 206 da Lei n o 5.172, de 25 de outubro de Código Tributário Nacional. 1

2 Intime a pessoa jurídica recuperanda para o atendimento no prazo de até 15 (quinze) dias. Saliento que poderão ser admitidas, para o preenchimento deste requisito, ao invés de certidões negativas, certidões positivas com efeito de negativa (em razão da assunção de algum parcelamento, por exemplo). Neste sentido são as palavras de Waldo Fazzio Júnior: Após a juntada aos autos do plano aprovado pela assembleia, o devedor deverá apresentar, sob pena de falência, certidões negativas de débitos tributários. Embora a lei mencione certidão negativa, nada obsta que seja positiva. É que a recuperação judicial, nessa hipótese, pode ser obtida mediante parcelamento do débito tributário, por força do art. 155-A, 3º, do CTN. Assim, o parcelamento tributário confere o mesmo efeito que teria a certidão negativa de encargos tributários, permitindo-se, dessarte, a recuperação judicial. Ao decidir, o juiz determinará a intimação do Ministério Público e a comunicação às Fazendas Públicas. Como a lei legitima o Ministério Público a recorrer da decisão judicial, a falta dessa intimação constitui nulidade. 1 No mesmo sentido, ou seja, de que é imprescindível a juntada das certidões, bem como que, após a edição da lei /2014 passou a haver disciplinamento a respeito dos parcelamentos de tributos em favor das pessoas jurídicas recuperandas e por isso não há mais justificativa para a dispensa da exigência das certidões, desde que possível a juntada de positivas com efeito de negativas, são os ensinamentos de Tarcisio Teixeira: Com a inclusão pela Lei n /2014 do art. 10-A à Lei n / 2002 (Lei do Cadastro Informativo dos créditos não quitados de órgãos e entidades federais), o devedor (empresário individual ou sociedade empresária) que pleitear ou tiver deferido o processamento da recuperação judicial poderá parcelar seus débitos com a Fazenda Nacional em até oitenta e quatro parcelas mensais e consecutivas. Vale destacar que a não concessão da recuperação judicial (prevista no art. 58 da Lei n / 2005) ou a decretação da falência da pessoa jurídica é causa de rescisão do parcelamento do débito tributário (Lei n /2002, art. 10-A, 4º). O devedor poderá obter apenas um parcelamento, incluindo o total dos débitos constituídos ou não, inscritos ou não em Dívida Ativa da União, mesmo que discutidos judicialmente em ação proposta pelo sujeito passivo 1 FAZZIO JÚNIOR, Waldo. Manual de direito comercial. 17. ed. São Paulo: Atlas, 2016, p JUNIOR, Francisco Satiro de; PITOMBO, Antônio Sérgio A. de Moraes (coord.). Comentários à Lei de recuperação de empresas e falência: Lei /2005, São Paulo : Revista dos Tribunais, 2007, p

3 ou em fase de execução fiscal já ajuizada (Lei n /2002, art. 10-A, 1º e 5º). 2 Após a juntada de referidas certidões retornem os autos para a concessão prevista no art. 58 da referida lei, bem como demais determinações pertinentes ao cumprimento do plano de recuperação judicial aprovado. Primeiro, saliento que para referida concessão, há a necessidade de juntada das mencionadas certidões negativas (ou positivas com efeito de negativas). Segundo, registro que a concessão prevista no art. 58 não outorga ao juiz qualquer discricionariedade para a concessão ou não da recuperação judicial tendo sido o plano aprovado em assembleia geral de credores. Ou seja, o juiz apenas fiscaliza a juntada das certidões. Juntando-as deve conceder o previsto no art. 58. Nestes termos, Francisco Satiro de Souza Junior: Segundo o caput do art. 58, o juiz concederá a recuperação judicial se, cumpridas as demais exigências previstas na lei (v.g., apresentação de certidões negativas de débitos tributários art. 57), o plano de recuperação tiver sido aprovado pelos credores, seja por não ter sofrido objeção (art. 55), seja pela deliberação positiva da assembleia geral, observado o quórum previsto no art. 45. Não cabe ao juiz, portanto, nenhuma margem de discricionariedade a respeito da matéria ou, em palavras mais precisas, não há na lei, quanto a esse aspecto, conceitos abertos (chamados conceitos indeterminados) que confiram ao juiz margem ampla de interpretação para a emissão dos respectivos juízos de legalidade. Assim, uma vez preenchidos os requisitos da Lei, que nesse aspecto não adota nenhuma cláusula aberta ou conceito indeterminado, e aprovado o plano pelos credores, cumpre ao juiz conceder a recuperação; se, por outro lado, não se configurar tal hipótese, cabe ao juiz decretar a falência. 3 A presente decisão se manifesta expressamente quanto à exigência das certidões negativas, flexibilizando com a possibilidade de positivas com efeito de negativa, para que possa haver o deferimento (homologação) do plano de recuperação aprovado em assembleia. 2 TEIXEIRA, Tarcisio. Direito empresarial sistematizado: doutrina, jurisprudência e prática. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2016, p. 600/601. JUNIOR, Francisco Satiro de; PITOMBO, Antônio Sérgio A. de Moraes (coord.). Comentários à Lei de recuperação de empresas e falência: Lei /2005, São Paulo : Revista dos Tribunais, 2007, p SOUZA JUNIOR, Francisco Satiro de; PITOMBO, Antônio Sérgio A. de Moraes (coord.). Comentários à Lei de recuperação de empresas e falência: Lei /2005, São Paulo : Revista dos Tribunais, 2007, p

4 3. Quanto à venda de um veículo Fiat Uno: o Administrador Judicial veio aos autos no ev dando notícia da venda de um veículo pela pessoa jurídica recuperanda, o que foi comunicado a ele pela própria pessoa jurídica. No ev novamente o administrador noticiou este fato. A pessoa jurídica recuperanda, em contraditório, manifestou-se no ev , momento em que disse que a venda não foi feita com o intuito de trazer qualquer prejuízo à recuperação judicial, requerendo fosse aceita a autorização por parte do juiz posterirormente ao negócio ou, alternativamente, determinada a devolução em 06 (seis) parcelas. Diante de tal fato, não identifico sequer a descrição dos dados de referido veículo nos autos. Procurando tal bem no balanço patrimonial de ev. 1.9, p. 3, também não identifico tal bem, ao contrário, há apenas a rubrica veículos. Em consulta ao sistema RENAJUD identifiquei os seguintes veículos em nome da pessoa jurídica recuperanda: Dentre os veículos há um Fiat Uno, porém não dá para se ter certeza se se trata dele ou não, pois se tivesse já alienado não estaria neste rol. Além do que consta alienação fiduciária. Por tais razões, intime-se a pessoa jurídica recuperanda para que, nos mesmos 15 (quinze) dias acima traga aos autos em petição a descrição do referido veículo, bem como seu CLRV ou recibo (cópia) e o termo de acordo para pagamento das verbas trabalhistas (segundo o que alegou) e após conclusos. Caso o administrador judicial traga aos autos informações a respeito de referida alienação, voltem os autos em conclusão para decisão específica quanto à este ponto independente da manifestação da pessoa jurídica recuperanda. 4

5 4. Quanto à remuneração do administrador judicial: no ev o Administrador judicial requereu a fixação de sua remuneração, o que passo a decidir. Prevê a Lei n /2005 em seu art. 24, in verbis: Art. 24. O juiz fixará o valor e a forma de pagamento da remuneração do administrador judicial, observados a capacidade de pagamento do devedor, o grau de complexidade do trabalho e os valores praticados no mercado para o desempenho de atividades semelhantes. 1º Em qualquer hipótese, o total pago ao administrador judicial não excederá 5% (cinco por cento) do valor devido aos credores submetidos à recuperação judicial ou do valor de venda dos bens na falência. 2º Será reservado 40% (quarenta por cento) do montante devido ao administrador judicial para pagamento após atendimento do previsto nos arts. 154 e 155 desta Lei. 3º O administrador judicial substituído será remunerado proporcionalmente ao trabalho realizado, salvo se renunciar sem relevante razão ou for destituído de suas funções por desídia, culpa, dolo ou descumprimento das obrigações fixadas nesta Lei, hipóteses em que não terá direito à remuneração. 4º Também não terá direito a remuneração o administrador que tiver suas contas desaprovadas. 5º A remuneração do administrador judicial fica reduzida ao limite de 2% (dois por cento), no caso de microempresas e empresas de pequeno porte. Na decisão interlocutória de ev. 17.1, item 13, já havia sido registrado: A remuneração da administradora judicial será fixada assim que formalizada e aceita por este juiz a indicação precisa do valor total devido aos credores submetidos à recuperação judicial, pois tal remuneração, conforme prevê o art. 24 da mesma lei, em especial o 1º, é limitada a 5% (cinco por cento) do referido montante. Conforme ev tal critério, ou seja, o valor total devido aos credores submetidos à recuperação judicial é de R$ ,83 (seis milhões quatrocentos e sessenta e quatro mil, trezentos e sessenta e oito reais e oitenta e três centavos). Nos termos de jurisprudência consolidada, a fixação da remuneração do administrador judicial, como auxiliar do juiz, deve ser fixada exclusivamente pelo magistrado 4. 4 Ementa: RECUPERAÇÃO JUDICIAL. REMUNERAÇÃO. ADMINISTRADOR JUDICIAL. Agravo de instrumento contra a decisão que rejeitou os embargos de declaração para afastar o acordo celebrado entre a recuperanda e o Administrador sobre honorários. Como auxiliar do Juiz, a remuneração do 5

6 A jurisprudência orienta quanto à fixação: Ementa: PROCESSO CIVIL E COMERCIAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRELIMINARES DE ILEGITIMIDADE E AUSÊNCIA DE INTERESSE PROCESSUAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO. REJEIÇÃO. RECUPERAÇÃO JUDICIAL. CRITÉRIOS PARA FIXAR A REMUNERAÇÃO DO ADMINISTRADOR JUDICIAL. REDUÇÃO DO VALOR. (...). 2. A doutrina é pacífica em afirmar que o administrador judicial trata-se de um colaborador ou auxiliar do juiz. No que diz respeito aos aspectos subjetivos, conforme orientação da Lei nº /05, o administrador judicial apresenta-se como profissional idôneo, de alta especialização, que deve ser escolhido pelo magistrado no âmbito desse tipo mercado. 3. A definição do valor da remuneração do administrador judicial fica confiada ao prudente arbítrio do juiz, que levará em consideração fatores como a capacidade de pagamento do devedor, o grau de complexidade dos trabalhos e os valores praticados no mercado para o exercício de atividades semelhantes. 4. A função do administrador judicial exige consideráveis conhecimentos da ciência jurídica, sobretudo na área especializada de atuação: direito empresarial, de sorte que a remuneração deve atender também a essa qualificação. Entretanto, na recuperação judicial, o referido profissional não administra a empresa (atos de gestão), de modo a não se equiparar ao administrador de empresas, pois diferentemente do que ocorre com o síndico, no processo falimentar, na recuperação judicial, o empresário e/ou administradores continuam gerenciando a empresa. 5. Rejeitou-se a preliminar e deu-se parcial provimento ao recurso, para reduzir o valor da remuneração do administrador judicial. (TJ-DF - AGI: , Relator: FLAVIO ROSTIROLA, Data de Julgamento: 13/05/2015, 3ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 18/05/2015. Pág.: 228). Sem grifos no original Administrador deve ser fixada exclusivamente pelo Magistrado. Assim, não há dúvida de que não ocorreu preclusão da decisão que primeiramente homologou o acordo das partes a respeito da remuneração. O Douto Magistrado reviu este decisão, pois se encontrava em dissonância ao quanto determina o art. 24, da Lei nº /2005. Recurso não provido, com determinação de ofício de nova apreciação pelo Magistrado da questão relativa à fixação dos honorários do Administrador. (TJ-SP - AI: SP , Relator: Carlos Alberto Garbi, Data de Julgamento: 25/05/2016, 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial, Data de Publicação: 30/05/2016). Sem grifos no original 6

7 Assim, interpretando-se conjuntamente o 1º e o 5º do art. 24 da lei n /2005 vê-se que, tratando a pessoa jurídica recuperanda de microempresa, a remuneração da Administradora Judicial deve ser fixada em até 2% (dois por cento) do valor devido aos credores submetidos à recuperação judicial. Os critérios a orientar a fixação são a capacidade de pagamento do devedor, o grau de complexidade do trabalho e os valores praticados no mercado para o desempenho de atividades semelhantes. (ev ): Nestes termos, conforme identificado pelo senhor administrador judicial Conforme Seq a referidos créditos estão divididos entre as Classes: a) Trabalhista (9 credores); b) Quirografários(78); c) Quirografários ME e EPP (38), totalizando nominalmente 125 (cento e vinte e cinco) credores. O Administrador mensalmente têm apresentado relatórios mensais (Seq. 221, 254, 266 e 271). Por todas estas considerações, fixo a remuneração total do Administrador judicial em 1,5% (um e meio por cento) do valor devido aos credores submetidos à recuperação judicial. O Administradora Judicial faz jus ao recebimento mensal de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), a se vencer todo dia 05 (cinco), a ser pago pela pessoa jurídica recuperanda. O primeiro pagamento deverá ser realizado pela pessoa jurídica recuperanda até dia 05/08/2017. O valor acima fixado deverá ser descontado da quantia total acima fixada (1,5% do valor devido aos credores submetidos à recuperação judicial). As despesas realizadas pelo administrador relacionadas a recuperação judicial deverão ser custeadas pela recuperanda, sem prejuízo de sua remuneração. Conforme 2º do art. 24 da lei n /2005, deverá ser reservado 40% (quarenta por cento) do montante devido ao Administrador Judicial para pagamento após atendimento do previsto nos arts. 154 e 155 da lei n / Quanto à da suspensão prevista no art. 6º, 4º da lei n /2005: foi apresentado pedido para prorrogação da suspensão no ev

8 A decisão de ev , não só convocou assembleia geral de credores, como também deferiu o pedido e autorizou a suspensão até a assembleia de credores. Conforme reconhece o art. 59, caput, da referida lei, com a aprovação do plano de recuperação judicial as dívidas anteriores ao pedido são novadas, razão pela qual torna-se sem efeito a suspensão, pois o que deverá ser cumprido não mais serão os títulos de crédito, por exemplo, mas sim os exatos termos do plano de recuperação judicial. Portanto e por tais motivos, com o deferimento previsto no art. 58 já acima mencionado será reconhecida a novação das mencionadas dívidas. 6. Quanto ao pedido de liberação de ev : a pessoa jurídica recuperanda requereu a liberação em seu favor dos valores depositados nos autos derivados da transferência advinda da 5ª Vara Federal de Maringá. O administrador judicial, por sua vez, no ev , manifestou-se pela liberação dos valores em favor da pessoa jurídica recuperanda e, após, no ev , requereu que os valores a serem liberados sejam destinados ao pagamento de sua remuneração. Quanto a esta questão a decisão de ev acolheu pedido da parte recuperanda e solicitou a transferência dos valores bloqueados nos autos de execução fiscal de autos n em trâmite na 5ª Vara Federal de Maringá para conta vinculada a estes autos. O comprovante da transferência bancária foi juntado no ev Como salientado na decisão de ev , a liberação ou não dos valores bloqueados deve ser analisada sob o critério da essencialidade dos referidos valores para a continuidade da atividade empresarial da pessoa jurídica recuperanda. Sendo essenciais libera-se em favor da parte autora, não o sendo em favor da União (Fazenda Pública). No presente caso identifico que referidos valores são realmente essenciais à atividade empresarial, em especial para pagamento de salários e FGTS, como indicado nos evs a Por tal motivo reconheço que os valores devem ser liberados me favor da pessoa jurídica recuperanda por meio de expedição de alvará. Porém, antes de se cumprir a expedição de alvará deve ser comprovado nos autos o que foi determinado no item 3 acima quanto à venda de um veículo sem autorização judicial. Embora a primeira parcela da remuneração mensal do Administrador vá vencer apenas em 05/08/2017, possibilito que do montante depositado nos autos se 8

9 retenha o valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) referente à remuneração de um mês em seu favor referente aos trabalhos já realizados. Assim, expeça-se o referido alvará em favor do Administrador. Após a comprovação do item 3 deliberarei sobre os valores remanescentes depositados nos autos. 7. Quanto ao pedido de ev : a pessoa jurídica recuperanda requereu no ev para que a Fazenda Estadual do Paraná exclua e se abstenha de a inserir novamente no regime especial. O administrador se manifestou favoravelmente no ev Ocorre que, ao que parece, referido tema foi tratado em mandado de segurança, porém não há nos autos qualquer informação sobre isso. Assim, deve a parte autora, no mesmo prazo de 15 (quinze) dias trazer aos autos referidas informações. 8. Quanto ao pedido de ev : o credor Itaú Unibanco veio aos autos no ev para informar que a devedora solidária, Célia Pugliesi Costa, ora representante da pessoa jurídica recuperanda, adimpliu completamente o valor remanescente, requerendo a aplicação da Súmula 581-STJ e, consequentemente seja concedida a substituição processual, com a consequente intimação do sr. administrador judicial para proceder a correção do quadro geral de credores pela devedora solidária, Sra. Célia Pugliesi Costa. Há nos autos juntada do referido acordo R$ ,00 no ev , bem como do boleto de pagamento no ev Sobre esta questão, ao administrador judicial para manifestação (5 dias). Após ao Ministério Público e, por fim, conclusos para verificação da regularidade de tal pagamento. 9. Cartório: o Ministério Público atua nos feitos de recuperação judicial e em seus incidentes, razão pela qual, sempre, antes de fazer conclusão dos autos deve-se abrir vista ao Ministério Público, sob pena de nulidade. O que deve ser observado em todos os feitos de recuperação e seus incidentes em apenso. 10. Intimem-se. Diligências necessárias. 9

10 Maringá/PR, data da assinatura digital. (assinado digitalmente) 10