UNIVERSIDADE DE DIREITO VALE DO RIO DOCE FACULDADE DE DIREITO, CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E ECONÔMICAS CURSO DE DIREITO. Robert Silva Nogueira Júnior

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1 UNIVERSIDADE DE DIREITO VALE DO RIO DOCE FACULDADE DE DIREITO, CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E ECONÔMICAS CURSO DE DIREITO Robert Silva Nogueira Júnior A (IN)CONSTITUCIONALIDADE DA REFORMA DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO GOVERNADOR VALADARES 2012

2 ROBERT SILVA NOGUEIRA JÚNIOR A (IN)CONSTITUCIONALIDADE DA REFORMA DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO Monografia apresentada ao curso de graduação em Direito do Centro de Ciências Humanas da Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE), como requisito indispensável á obtenção do titulo de bacharel em Direito. Orientador(a): Lissandra Lopes Coelho. GOVERNADOR VALADARES 2012

3 ROBERT SILVA NOGUEIRA JÚNIOR A (IN)CONSTITUCIONALIDADE DA REFORMA DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO Monografia apresentada ao curso de graduação em Direito do Centro de Ciências Humanas da Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE), como requisito indispensável á obtenção do titulo de bacharel em Direito. Governador Valadares, de de. Banca Examinadora: Profª. Dra.Lissandra Lopes Coelho Orientador(a) Universidade Vale do Rio Doce

4 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, que me deu forças, me iluminou e abençoou nesta caminhada. Aos meus pais, que me deram a vida, os ensinamentos e quem admiro bastante. A minha irmã Rayssa, pelo amor e carinho. A minha orientadora, Profª Lissandra Lopes Coelho, que com muita gentileza, mostrou-se prestativa e acolhedora. A minha namorada, Lorena Dias Faroni, que sempre esteve ao meu lado, que contribuiu bastante para que eu pudesse chegar aqui. A Dra. Flávia Cristina Rossi Dutra, que com muito carinho e atenção nos ensina os caminhos a seguir e motiva a estudar todos os dias. Ao Dr. Marcelo Alves Rocha que me ajudou a escolher o tema e que me ajudou muito. As pessoas onde fiz estágio, que muito contribuíram para minha formação. Enfim, a todos que torceram por mim e fizeram parte dessa conquista.

5 LISTA DE ABREVIATURAS CF - Constituição Federal. CNH - Carteira Nacional de Habilitação. CTB - Código de Trânsito Brasileiro. CPB - Código Penal Brasileiro. CPP - Código de Processo Penal Brasileiro. CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito. DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito. DETRAN - Departamento Estadual de Trânsito. SNT - Sistema Nacional de Trânsito. STF - Supremo Tribunal Federal. STJ - Superior Tribunal de Justiça. TJ Tribunal de Justiça. PRF Policia Rodoviaria Federal

6 RESUMO O presente trabalho trata do problema da ingestão de bebidas alcoólicas combinada com a condução de veículos automotores, analisando seus aspectos legais, a legislação em vigor sobre o tema, os posicionamentos doutrinários e jurisprudencias, os aspectos relevantes e estatísticas e números. Tem por objetivo o estudo e a análise das discussões sobre as seguintes questões: o crime de embriaguez ao volante; a infração adminstrativa de embriaguez ao volante; a não obrigatoriedade do teste do bafômetro e a (in)constitucionalidade das penalidades e medidas administrativas aplicadas aos que se negam a realizar o teste. Palavras-chave: Código de Trânsito Brasileiro, Reforma, Obrigatoriedade, Bafômetro, (In)constitucionalidade.

7 ABTRACT This work deals with the problem of the intake of alcoholic beverages combined with the driving of automotive vehicles, analyzing the legal aspects, the legislation in force on the topic, the doctrinal positions and jurisprudence, the relevant aspects and statistics and numbers. Has for objective the study and analysis of discussions on the following issues: the crime of drunk at the wheel; the administrative infraction drunkenness to the steering wheel; no requirement to test the breathalyser and the (in)constitutionality of penalties and administrative measures applied to those who refuse to perform the test. Keywords: Brazilian Traffic Code, Reform, mandatory, breathalyser, (In)constitutionality

8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 2 O CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO BREVE HISTÓRICO PRINCÍPIOS... 3 DA REFORMA DIFERENÇA ENTRE CRIME DE EMBRIAGUEZ AO VOLANTE E INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA DE EMBRIAGUEZ AO VOLANTE NOS TERMOS DO CÓDIGO DETRÂNSITO BRASILEIRO PROCEDIMENTOS E OBRIGATORIEDADE DO TESTE DO BAFÔMETRO. 3.3SEMELHANÇA ENTRE OS 6 DECIGRAMAS EXIGIDO NA LEI E OS 0,3 EXIGIDO NO RESULTADO DO TESTE DE ALCOOLEMIA... 4 A (IN)CONSTITUCIONALIDADE DA REFORMA DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO... 5 ASPECTOS RELEVANTES APÓS A REFORMA DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO ESTATÍSTICAS E NÚMEROS... 6 CONCLUSÃO... REFERÊNCIAS

9 1 INTRODUÇÃO O desrespeito no trânsito brasileiro vem crescendo com o decorrer dos anos, os altos índices de acidentes e as tristes estatísticas colocaram o Brasil entre os campeões mundiais de mortes no trânsito. As estatísticas apontam que ocorrem entre trinta e quarenta e cinco mil mortes por ano, e entre elas aproximadamente setenta por cento estariam ligadas ao consumo de álcool. Para tentar diminuir essas tristes estatísticas foi sancionada a Lei /08 (Lei Seca), que alterou significativos dispositivos do Código de Trânsito Brasileiro, que cuidam da embriaguez ao volante, na esfera criminal e administrativa. Com certeza, dentre as modificações, as mais comentadas e discutidas são as do art. 306 e do art. 277, que tratam do crime de embriaguez ao volante, do teste do bafômetro e das penalidades previstas para o condutor que se recusar á submissão ao teste. Portanto, o condutor pode se valer dos principios Constitucionais e de direitos individuais para não submeter-se aos testes de alcoolemia? Ou ele deve ser obrigado a prestar o teste em favor do interesse público, da ordem pública e da segurança no trânsito? Diante disso, inicialmente abordar-se-á um breve histórico da legislação de trânsito brasileira, sua formação historica, suas modificações e alterações sofridas durante os anos. Em seguida, será tratada a reforma sofrida pelo Código de Trânsito Brasileiro, o que foi inserido na Lei, bem como os princípios e aspectos legais, da legislação vigente, Posteriormente, será diferenciado o crime de embriaguez ao volante da infração administrativa, os procedimentos adotados pelo agente fiscalizador e pelo condutor na abordagem. Aspectos como a obrigatoriedade do teste, e a semelhança entre o valor taxativo da Lei e o valor exigido no etilômetro também serão abordados no trabalho. O ponto central do trabalho trata da (in)constitucionalidade da reforma do CTB, os posicionamentos doutrinários e jurisprudenciais, os pensamentos majoritários e minoritários. De um lado a favor da inconstitucionalidade e não obrigatoriedade ao teste do bafômetro, fundados nos princípios constitucionais e Direitos Humanos, como a presunção de inocência e de outra parte, pensamentos

10 contrários, a favor da constitucionalidade e imposição do teste do bafômetro, por entenderem que a imposição do teste, visa preservar bens maiores, como a vida humana, a coletividade, a ordem pública, a paz social. A monografia abordará também, curiosidades que com certeza são dúvidas de muitas pessoas, explicações interessantes, sobre o objetivo da Lei Seca, quais os sinais de um condutor embriagado, quanto se pode beber antes de dirigir, depois de beber deve-se esperar quanto tempo, bombom de licor pode dar resultado positivo no teste, entre outras. Demonstrar-se-á a situação do trânsito no Brasil, o número de acidentes aproximado registrados, dentre estes acidentes quantos tiveram mortes, quantos tiveram feridos e em quantos deles o condutor estava embriagado. Por fim, serão abordadas as divergências do tema, o posicionamento adotado no trabalho, e ao final apresenta-se sugestões de melhorias e idéias ao legislador, na busca de um trânsito mais seguro e viável para todos. Para a elaboração do trabalho, serão utilizadas as jurisprudências, as doutrinas, os códigos, a internet, os artigos jurídicos, vídeos aulas, livros e revistas que tratem do assunto e que possam de alguma forma acrescentar aos pontos abordados.

11 2 O CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO 2.1 BREVE HISTÓRICO A todo tempo as leis brasileiras sofrem alterações e reformas com o objetivo de melhoria, de adequação com os acontecimentos no país. O Código de Trânsito Brasileiro não é diferente, para tentar diminuir a triste realidade do trânsito brasileiro, devido á irresponsabilidade e imprudência de alguns motoristas, faz-se necessário modificações na lei para tentar diminuir as tristes estatísticas e buscar um trânsito mais seguro para todos. A primeira legislação de trânsito brasileira, era chamada de Código Nacional de Trânsito, instituído pelo Decreto-lei n , de 28 de janeiro de No dia 25 de Setembro de 1941, foi aprovado o Decreto-lei n que deu nova redação ao Código Nacional de Trânsito, sendo criados o Conselho Nacional de Trânsito CONTRAN e os Conselhos Regionais de Trânsito CRT e só em 23 de fevereiro de 1967, o Decreto-lei n.º 237 promoveu alterações no código e criou o Departamento Nacional de Trânsito DENATRAN. O Código Nacional de Trânsito sofreu várias alterações durante sua vigência, mas mesmo com essas alterações foi necessário sua revogação, pois poucos conheciam suas normas e não havia mais compatibilidade com a realidade do trânsito brasileiro. Tudo isso, aliado a fatores como a imprudência, o excesso de velocidade, a ingestão de bebidas alcoólicas e a condução de veículos automotores e o crescimento das tragédias no trânsito, se fez necessário a construção de uma nova legislação mais moderna e atual, que atendesse a realidade do trânsito brasileiro. Visando consertar as falhas do Código Nacional de Trânsito, foi instituído o Código de Trânsito Brasileiro, publicado em 23 de Setembro de 1997 pela Lei n.º O atual Código de Trânsito Brasileiro foi sancionado com o objetivo de melhorar e solucionar os problemas que ocorriam no trânsito brasileiro. Ao contrário do Código anterior, o CTB impôe sanções aos motoristas que queiram conduzir seus veículos de forma imprudente e irresponsável, colocando em risco a vida das outras

12 pessoas. O legislador foi rigoroso e adotou medidas mais drásticas com o objetivo de diminuir o alto índice de mortes ocorridas no trânsito brasileiro. Antes da reforma sofrida pela Lei /2008, o art. 306 do CTB, ao descrever o crime de embriaguez ao volante, não inseria como elemento normativo do tipo o nível de tolerância na ingestão de substância alcoólica ou de efeito análogo, como se vê na descrição do artigo: conduzir veículo automotor, na via publica sob a influência de álcool ou substancia de efeitos análogos, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem (BRASIL, 2011, 910). Através deste dispositivo, surgiam algumas lacunas, pois, se o condutor dirigisse seu veículo sob a influência de álcool, mas não colocasse em perigo outras pessoas, ou seja, dirigisse corretamente, não cometeria o delito. Esse fato fez surgir, a necessidade de uma alteração na lei, para agir de forma mais eficaz no combate ao desrespeito ás normas de trânsito e evitar impunidades. 2.2 PRINCÍPIOS Os princípios são a base do direito, são as idéias que norteiam o caminho jurídico. Dentro da esfera criminal não é diferente, diante disso a Constituição Federal assegura aos cidadãos alguns direitos que devem ser observados, que são os princípios da não auto-incriminação e princípio da presunção de inocência. Primeiramente vejamos o conceito do princípio da presunção de inocência nos ensinamentos de Fernando Capez: Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória (art.5º, LVII). O principio da presunção de inocência desdobra-se em três aspectos: a) no momento da instrução processual, como presunção relativa de não-culpabilidade, invertendo o ônus da prova: b) no momento da avaliação da prova, valorando-se em favor do acusado quando houver dúvida: c) no curso do processo penal, como paradigma de tratamento do imputado, especialmente no que concerne à análise da necessidade de prisão processual. (CAPEZ, 2009, p.39).

13 Atrelado ao princípio da presunção de inocência ou estado de inocência como define CAPEZ, está o princípio da não auto-incriminação, que assegura ao cidadão a não produção de provas em seu desfavor, o cidadão não está obrigado a colaborar quando a prova a ser produzida seja em seu prejuízo. Com isso, não se pode deixar de citar a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (1969, p.02), que também define e assegura esses dois princípios acima tratados e que assim dispõe em seu art. 8º: Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas: g) direito de não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada. Portanto, deve-se salientar a importância desses princípios elencados em nossa Constituição Federal, pois são princípios que asseguram ao cidadão algumas garantias, que são o direito de ser considerado inocente até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, que visa a tutela da liberdade pessoal e princípio da inexigibilidade de auto-incriminação, que nada mais é que uma limitação ao poder do Estado de punir, onde o indivíduo não pode ser obrigado a contribuir para prova que o prejudique, deixando a encargo do Estado o dever de encontrar meios próprios para comprovar a culpa do indivíduo. A jurisprudência dispõe nesse sentido: RECURSO EM SENTIDO ESTRITO - HABEAS CORPUS PREVENTIVO - CONCESSÃO - INCONFORMISMO MINISTERIAL - LEI / LEI SECA - IMPOSSIBILIDADE DE DISCUSSÃO DE LEI EM TESE EM SEDE DE HABEAS CORPUS - INOCORRÊNCIA - QUESTÃO DE DIREITO E NÃO DE PROVA - POSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO - RECUSA DO CONDUTOR A ASSOPRAR O BAFÔMETRO - RISCO DE DETENÇÃO E INDICIAMENTO PELA RECUSA - IMPOSSIBILIDADE - NÃO- COMPROVAÇÃO DAS ALEGAÇÕES FEITAS NA MISSIVA - PEDIDO MAL INSTRUÍDO - PROVIMENTO DO RECURSO - DENEGAÇÃO DA ORDEM. É perfeitamente cabível a discussão de lei em tese em sede de habeas corpus, uma vez que se trata de exame de questão de direito, e não de prova. No que diz respeito à

14 embriaguez decorrente de álcool, somente será levado preso aquele condutor que for flagrado cometendo a infração penal e simultaneamente colocando em risco a segurança viária, e nunca no caso de infração administrativa. Na ação de habeas corpus o ônus da prova, não só incumbe ao impetrante, como mister se faz que seja preconstituída, devendo o mesmo instruir a inicial com todos os documentos comprobatórios das assertivas constantes da missiva. Não restando comprovada qualquer ameaça ao direito de ir e vir do então paciente, ora recorrido, não há que se falar em salvo-conduto, o qual somente poderia ser concedido se trazidos aos autos indícios sérios e fundados de perigo atual ou iminente à sua liberdade de locomoção. Recurso ministerial provido para se denegar a ordem impetrada. V.V. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO - CONCESSÃO DA ORDEM DE HABEAS CORPUS - LEI / EXAME DE ALCOOLEMIA - RECUSA DO CONDUTOR - OFENSA AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA NÃO-INCRIMINAÇÃO - CONDUÇÃO COERCITIVA - AMEAÇA A DIREITO DE LOCOMOÇÃO - DECISÃO MANTIDA. I - Em observância ao princípio constitucional da não auto-incriminação, o direito à prova não pode ser absoluto a ponto de constranger o acusado ao fornecimento de provas sem a sua autorização, ou seja, é pleno o direito que o acusado tem de não produzir provas que irão prejudicá-lo. II - O agente suspeito de conduzir veículo automotor sob influência de álcool, não deverá ser obrigado a se submeter a qualquer procedimento que implique em intervenção corporal que possa incriminá-lo. III - O ato atentatório ao direito de locomoção figurado como objeto da impetração se traduz na hipótese de, no livre exercício do direito de não auto-incriminação, o condutor ser constrangido discricionariamente a realizar os testes em repartição policial ou médico-legal. (MINAS GERAIS, 2010, p.01). Por outro lado, existem princípios que confrontam os princípios da presunção de inocência e da não auto-incriminação, que são: o princípio da verdade real dos fatos, o princípio da ordem pública, da segurança no trânsito, da preservação da vida e da supremacia do interesse público sobre o privado, que visam o interesse geral, coletivo, onde é necessário privar alguns direitos individuais para atender o interesse da coletividade. Diante desses princípios de oposição Nucci (2008, p. 104/105) conceitua o princípio da verdade real como: Verdade é a possibilidade de se extrair o fiel retrato da realidade do crime. Estando em jogo direitos fundamentais do homem, tais como liberdade, a vida, integridade física e psicológica e ate mesmo a honra, que podem ser afetados seriamente por uma condenação criminal, deve o juiz sair em busca da verdade material, aquela que mais se aproxima do que realmente aconteceu.

15 O princípio da verdade real deve prevalecer a todo tempo no processo, pois é o único meio de chegar aos acontecimentos de forma clara e precisa. Outro principio é o da ordem pública, que em outras palavras, existirá onde estiver ausente a desordem, onde tudo correr de forma equilibrada e harmônica. Do mesmo modo a Constituição Federal garante aos cidadãos em seu art. 5º que todos são iguais nos termos da lei, tendo direito à vida, à segurança, dentre outros. O Código de Trânsito Brasileiro, por sua vez, de pronto estabeleceu o direito à segurança no trânsito: Art. 1º, 2º - O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito. art. 28 "O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito (BRASIL, 2011, p.879). Como se pode notar, o princípio da segurança no trânsito impõe ao condutor uma direção segura, com todos os cuidados e domínio do veículo, onde podemos perceber que o condutor que ingeriu bebida alcoólica certamente não conseguirá guiar seu veículo com os devidos cuidados e domínio impostos, colocando em risco a coletividade. Princípio bastante importante, que não se pode deixar de comentar é o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, segundo o qual, em determinados casos é necessário ao Estado interferir em direitos individuais para satisfazer a coletividade, ou seja, o Estado abre mão do interesse do particular para assegurar direitos públicos, da coletividade. Marcelo Alexandrino e Vicente de Paulo, conceituam esse princípio como: Existindo conflito entre o interesse público e o interesse particular, deverá prevalecer o primeiro, tutelado pelo Estado, respeitados, entretanto, os direitos e garantias individuais expressos na CF, ou dela decorrentes (ALEXANDRINO; PAULO, 2011, p.184).

16 Há posicionamentos jurisprudenciais nesse sentido: APELAÇÃO CRIMINAL - CRIME PREVISTO NO ART. 306 DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO - CASSAÇÃO DA SENTENÇA QUE DECLAROU A INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 306 DA LEI Nº 9.503/97 - POSSIBILIDADE - RECURSO PROVIDO. -Para a caracterização do tipo penal previsto no art. 306 da Lei nº 9.503/97, basta a comprovação da concentração de teor alcoólico no sangue, vez que o perigo, ou seja, a probabilidade jurídica de dano, é presumida (presunção juris et de jure). Não se trata de violação aos princípios da adequação, proporcionalidade e ofensividade. Na verdade, essa foi a solução encontrada pelo legislador para proteger a coletividade. Privilegiou-se, no caso, o princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado, não havendo falar, portanto, em inconstitucionalidade do art. 306 do CTB. (MINAS GERAIS, 2010a, p.01).

17 3 DA REFORMA Devido à conduta de vários motoristas, misturando álcool e direção, causando graves acidentes, alavancando tristes estatísticas a cada ano, o legislador sentiu-se na obrigação de alterar a lei, tornando-a mais rígida e tentando conscientizar os motoristas, tendo como objetivo um trânsito mais seguro para todos. A irresponsabilidade do motorista está atingindo níveis intoleráveis. O condutor embriagado não só coloca sua vida em risco, como também a de todas as pessoas ao seu redor. Embriagado, o condutor perde as noções mais elementares e deixa de controlar os movimentos do próprio corpo. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) o conceito de embriaguez é: Toda forma de ingestão de álcool que excede ao consumo tradicional, aos hábitos sociais da comunidade considerada, quaisquer que sejam os fatores etiológicos responsáveis e qualquer que seja a origem desses fatores, como a hereditariedade, a constituição física ou as alterações fisiopatológicas adquiridas. Dessa forma, a embriaguez é um estado de intoxicação aguda, produzida por causas de origem diversa, em que o indivíduo está de tal forma influenciado pela substância psicoativa, que perdeu o governo de suas faculdades ao ponto de tornar-se incapaz de executar com prudência a função a que se consagra no momento (MATOS, et al, 2009, p.02). Diante das falhas deixadas pela lei e pelas condutas insensatas dos motoristas foi necessária a complementação do art.306 do CTB que antes assim esboçava: conduzir veículo automotor, na via publica sob a influência de álcool ou substancia de efeitos análogos, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem. Agora diante da nova redação, assim expõe: Conduzir veiculo automotor, na via publica, estando com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância

18 psicoativa que determine dependência (BRASIL, 2011, p.911, grifo do autor). Nota-se que agora o legislador inseriu uma limitação ao elemento normativo, ou seja, para a configuração do delito do crime de embriaguez ao volante, se faz necessário que o condutor esteja com concentração igual ou acima de 6 decigramas de alcool por litro de sangue. Quanto à tipificação, Guilherme de Souza Nucci define: Perigo concreto e perigo abstrato: Trata-se de ensinamento fundamental da doutrina majoritária a distinção entre o perigo concreto e o perigo abstrato, considerando-se o primeiro como a probabilidade de ocorrência de um dano que necessita ser devidamente provado pelo órgão acusador, enquanto o segundo significa uma probabilidade de dano presumida pela lei, que independe de prova no caso concreto. O legislador, nesse último caso, baseado em fatos reais, extrai a conclusão de que a prática de determinada conduta leva ao perigo, por isso tipifica a ação ou omissão, presumindo o perigo (NUCCI, 2008, p.219). No mesmo sentido, temos a ementa: CRIME DE TRÂNSITO - EMBRIAGUEZ AO VOLANTE - CRIME DE PERIGO ABSTRATO - INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 306 DO CTB - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE EXAME CLÍNICO DE COMPROVAÇÃO DO NÍVEL DE ÁLCOOL NO SANGUE - DESNECESSIDADE EM FACE DA EXISTÊNCIA DO TESTE DO BAFÔMETRO - REPRIMENDAS BEM DOSADAS. 1 - O simples conduzir de um veículo automotor em via pública, nas condições descritas no art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro, mostra-se uma conduta que, por si só, independentemente de qualquer outro acontecimento, gera perigo suficiente à coletividade e, assim, a bens jurídicos tutelados, justificando a incisiva atuação do direito criminal. 2 - Em que pese à divergência doutrinária e jurisprudencial, atento às peculiaridades que levaram o legislador a tutelar determinados bens jurídicos com a simples probabilidade de dano presumido, deve prevalecer o entendimento em relação à constitucionalidade dos delitos de perigo abstrato, por tratar-se de simples opção legislativa visando assegurar maior proteção à coletividade contra condutas perniciosas ao convívio social. 3 - Com o advento da Lei /2008, alterando a redação do art. 306 do CTB, o crime de embriaguez ao volante somente se caracteriza quando restar comprovado através do teste de alcoolemia que o condutor do veículo estava com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 06 (seis) decigramas. Essa prova pode ser feita tanto pelo exame pericial

19 específico de sangue quanto pelo bafômetro. 4 - Recurso desprovido. (MINAS GERAIS, 2010b, p.02). Para existência da infração meramente administrativa não é mais necessário que o motorista apresente mais de 6 decigramas de substância etílica ou de efeito análogo por litro de sangue, bastando que dirija o veiculo automotor sob a influência de álcool ou qualquer substância que determine dependência física ou psíquica. Assim expõe o artigo 165, após a reforma sofrida: Dirigir sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência : Penalidade: multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses. Medida administrativa: retenção do veiculo ate a apresentação de condutor habilitado e recolhimento da CNH. único. A embriaguez também poderá ser apurada na forma do art. 277 do CTB (BRASIL, 2011, p.898) Hoje para que o condutor responda pela infração administrativa é suficiente que dirija sob a influência de substância alcoólica ou de entorpecente, ainda que não supere o limite legal de alcoolemia. Agora superando o limite estipulado de 6 decigramas por litro de sangue, aí estará configurado o crime de embriaguez ao volante. Artigo que gerou maior discussão é sem dúvida o art. 277, onde foi inserido o 3º, que se refere ao teste de alcoolemia, vulgarmente conhecido como bafômetro, que aduz: Todo condutor de veículo automotor, envolvido em acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito, sob suspeita de dirigir sob a influência de álcool será submetido a testes de alcoolemia, exames clínicos, pericia ou outro exame que, por meios técnicos ou científicos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN, permitam certificar seu estado. 1º medida correspondente aplica-se no caso de suspeita de uso de substância entorpecente, tóxica ou de efeitos análogos. 2º a infração prevista no artigo 165 deste código poderá ser caracterizada pelo agente de trânsito mediante a obtenção de outras provas em direito admitidos, acerca dos notórios sinais

20 de embriaguez, excitação ou torpor apresentados pelo condutor. 3º serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas estabelecidas no artigo 165 deste código ao condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos procedimentos previstos no caput deste artigo (BRASIL, 2011, p. 909, grifo nosso). Note-se que o 3º, objeto de maior repercussão e polêmica entre estudiosos e aplicadores da lei, refere-se a infração administrativa, diz que ao condutor que se recusar a submeter aos testes de alcoolemia, serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas previstas no art. 165, ou seja, o condutor foi parado em uma fiscalização policial, recusou a submeter-se ao teste, sofrerá de imediato, as sanções previstas no art. 165 do CTB. Pode-se perceber que o artigo está em desacordo com princípios constitucionais, sendo portanto uma norma inconstitucional, o condutor não pode ser obrigado a submeter ao teste, e caso recuse, a ele não pode ser imposto nenhuma penalidade. 3.1 DIFERENÇA ENTRE CRIME DE EMBRIAGUEZ AO VOLANTE E INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA DE EMBRIAGUEZ AO VOLANTE NOS TERMOS DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO Necessário se faz a distinção entre os dois conceitos: O crime de embriaguez na condução de veículo automotor, é previsto no art. 306 do CTB: "Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência" (BRASIL, 2011, p.911). A pena prevista para esse crime é de detenção de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Para a caracterização da infração administrativa de embriaguez ao volante, prevista no art. 165, que é assim descrito: "Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência" (BRASIL, 2011, p.899).

21 Para essa infração de trânsito, considerada gravíssima, são cabíveis as penalidades de multa (cinco vezes), ou seja, R$ 957,70 (novecentos e cinquenta e sete reais e setenta centavos), suspensão do direito de dirigir por 12 meses, perda de 7 (sete) pontos na Carteira, além das medidas administrativas de retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado e recolhimento do documento de habilitação. Uma mesma conduta pode caracterizar tanto uma infração de trânsito quanto um crime de trânsito, basta que o motorista esteja embriagado com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 decigramas ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência. Nesse caso, responderá tanto perante os órgãos de trânsito quanto perante a justiça criminal. Caso a concentração seja inferior a 6 decigramas, o motorista responde apenas pela infração administrativa. 3.2 PROCEDIMENTOS E OBRIGATORIEDADE DO TESTE DO BAFÔMETRO Fonte: Google imagens

22 Assumindo posição de intolerância quanto à embriaguez ao volante, pode-se notar com uma rápida leitura do art. 277 do CTB a preocupação do legislador com relação aos testes de alcoolemia. O condutor que se envolver em acidente automobilístico ou for alvo de fiscalização de trânsito, havendo suspeita de estar dirigindo sob a influência de álcool, será submetido a testes de alcoolemia, exames clínicos ou perícia, em aparelhos homologados pelo CONTRAN, que permitam certificar seu estado real (BRASIL, 2011, p.909). São Inúmeras as críticas atribuídas ao art. 277 do CTB, que defendem o pensamento de que o referido artigo é inconstitucional, pois confronta os princípios constitucionais da presunção de inocência e da não auto-incriminação, elencados no art. 5º da CF, que garantem aos cidadãos o direito de serem considerados inocentes até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória e de não produzirem prova contra si mesmo, mas também existem os defensores da sua prática devido ao elevado índice de mortes ocorridas no trânsito envolvendo condutores embriagados, fundados nos princípios da supremacia do interesse público sobre o privado, da garantia da ordem pública e da segurança no trânsito, sob o argumento de que estão garantindo proteção a bens de maior importância, que são: a preservação da vida, a paz social e a tranquilidade coletiva. O professor Luiz Flávio Gomes repudia a obrigatoriedade dos testes de alcoolemia: Em matéria de prova da embriaguez há, de qualquer modo, uma premissa básica a ser observada: ninguém está obrigado a fazer prova contra si mesmo (direito de não-autoincriminação) (GOMES, 2010, p.01). Com base nesse pensamento, o doutrinador acredita que ninguém deverá ser forçado a produzir prova em seu desfavor, ou seja, ninguém está obrigado a ceder sangue ou soprar o bafômetro contra sua própria vontade.

23 Notar-se-á que o princípio da não auto-incriminação, como os outros, não são absolutos, imputar as eles condição de absolutos estimularia a prática de crimes e a violação de bens jurídicos, pois não haveria prova contrária. Em oposição existem alguns princípios como da verdade real dos fatos, princípio da ordem pública, da segurança no trânsito, princípio da supremacia do interesse público e da legalidade, que estão previstos no inciso II do art. 5º da CF, firmando que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei (BRASIL, 2011b, p.12). Segundo os ensinamentos de Alexandre de Moraes: Tal princípio visa combater o poder arbitrário do Estado. Só por meio das espécies normativas devidamente elaboradas conforme as regras de processo legislativo constitucional podem-se criar obrigações para o indivíduo, pois são expressão da vontade geral (MORAES, 2008, p. 78). Pode-se dizer que ao indivíduo é garantido o poder de auto-motivação, ou seja, em regra ele tem a liberdade para se guiar, ressalvadas as restrições da lei, visto que deverá obedecer e respeitar a lei, na esfera de atuação estabelecida pelo legislador. Diante disso, o condutor tem duas opções: Submeter-se ao exame e arriscar as conseqüências mais gravosas, caso seja encontrada concentração superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou não submeter-se ao exame e sofrer as sanções administrativas do art. 165 de imediato. Obviamente que todas essas considerações não valem para o motorista que não tem dúvidas quanto ao seu estado, pois não ingeriu nenhuma bebida alcoólica e com certeza não terá nenhuma objeção quanto a fazer o exame. E se o condutor recusar a se submeter ao teste de alcoolemia bafômetro? Para responder esta indagação é preciso recorrer ao 2º do art. 277 que diz que a infração poderá ser caracterizada mediante a obtenção de outras provas admitidas em direito, pelo agente de trânsito, acerca dos notórios sinais de embriaguez, excitação ou torpor, resultantes do consumo de álcool ou entorpecentes, apresentados pelo condutor (BRASIL, 2011).

24 Significa dizer, que o motorista, conforme jurisprudência majoritária, não está obrigado a deixar-se submeter a testes de alcoolemia, exames e perícias, produzindo prova contra si mesmo, cabendo à autoridade a demonstração do fato por outros meios admitidos por lei. Portanto, o testemunho dos agentes ou relato de um médico que esteja no ato da fiscalização de trânsito pode ser suficiente, sendo apreciadas no curso do processo administrativo. É preciso deixar bem claro, que o agente de trânsito ou qualquer outra autoridade não podem forçar ninguém a fazer o teste de alcoolemia nem a nenhum outro procedimento que possa resultar em prova contrária aos seus interesses. Caso o motorista se recuse ao teste, não poderá ser conduzido coercitivamente a outro local para realizar o exame, a única hipótese de ser conduzido forçosamente é se preso em flagrante pelo crime de embriaguez ao volante, e o condutor só poderá ser preso em flagrante caso esteja claramente caracterizada a embriaguez do condutor, que resulta de um teste ou exame com o resultado positivo. Vejamos a seguinte ementa: HABEAS CORPUS PREVENTIVO - LEI / ""LEI SECA"" - RECUSA DO CONDUTOR A ASSOPRAR O BAFÔMETRO - DIREITO CONSTITUCIONALMENTE ASSEGURADO DE NÃO AUTO-INCRIMINAÇÃO - RISCO DE DETENÇÃO E INDICIAMENTO PELA RECUSA - NÃO COMPROVAÇÃO - WRIT MAL INSTRUÍDO - DENEGAÇÃO E RECOLHIMENTO DO SALVO-CONDUTO. No que diz respeito à embriaguez decorrente de álcool, somente será levado preso aquele condutor que for flagrado cometendo a infração penal - e nunca no caso de infração administrativa - e simultaneamente colocando em risco a segurança viária. O condutor de veículo automotor não poderá ser obrigado a proceder a testes de alcoolemia ou de sangue, em homenagem ao princípio constitucionalmente consagrado da não auto-incriminação. Na ação de habeas corpus o ônus da prova, não só incumbe ao impetrante, como mister se faz que seja preconstituída, devendo o mesmo instruir a inicial com todos os documentos comprobatórios das assertivas constantes da missiva. Ordem denegada, determinado o recolhimento do salvo-conduto anteriormente concedido. (MINAS GERAIS, 2011, p.01). Se não se tratar de sinais evidentes de embriaguez, comete abuso de autoridade o agente que prende ou conduz coercitivamente o motorista para fazer exame a qual se recuse.

25 O que não se deve admitir, é que o cidadão fundado em direitos individuais, impeça ou retarde a aplicação da lei no interesse de todos. Os interesses coletivos devem prevalecer sobre os interesses individuais, em nome do princípio da supremacia do interesse público sobre o privado. Diante da negativa ao exame por parte do condutor, deverá haver substituição da prova técnica por outra. Está na Lei Processual Penal, quem alega tem que provar, cabendo ao Estado o dever de provar a concentração de álcool por litro de sangue do condutor. Considerando a exigência numérica de 6 decigramas de álcool por litro de sangue para a configuração do crime de embriaguez ao volante, torna-se portanto mais difícil a comprovação por parte Estado. Portanto torna-se inviável pensar na possibilidade de transferir ao Estado o ônus absoluto de provar a culpa do condutor, pois dessa maneira estaremos dificultando e criando barreiras ao combate à criminalidade e à impunidade. 3.3SEMELHANÇA ENTRE OS 6 DECIGRAMAS EXIGIDO NA LEI E OS 0,3 EXIGIDO NO RESULTADO DO TESTE DE ALCOOLEMIA Outra coisa bastante importante que se deve esclarecer é: Porque a letra da lei fala em 6 decigramas e quando o condutor vai fazer o teste do bafômetro se o resultado der acima de 0,3 está configurado o crime de embriaguez ao volante? É porque, existe a resolução nº206 do CONTRAN, que diz que: o que no CTB equivale a 6 decigramas de álcool por litro de sangue, se o meio de aferição for expulsão de ar pelos alvéolos, ou seja, for feito pelo etilómetro, conhecido vulgarmente como bafômetro, se o resultado der acima de 0,3 equivale aos 6 taxados pela lei. Você está conduzindo seu veículo, foi parado em uma blitz, soprou o bafômetro, o resultado deu abaixo de 0,14, você não cometeu nem crime nem infração administrativa. Agora se o resultado der entre 0,14 e 0,32 você praticou infração administrativa de embriaguez ao volantede, descrita no art. 165 do CTB, mas ainda não praticou crime. Agora se o resultado der acima de 0,33, você praticou crime de embriaguez ao volante, previsto no art. 306 CTB.

26 4 A (IN)CONSTITUCIONALIDADE DA REFORMA DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO Como dito anteriormente, o legislador assumiu posição de intolerância quanto a embriaguez ao volante, inserindo punições mais rígidas, com o objetivo de proteger a segurança de todos no trânsito, como se vê na nova edição do art. 277 do CTB: [...] todo condutor de veículo automotor, envolvido em acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito, sob suspeita de dirigir sob a influência de álcool será submetido a testes de alcoolemia, exames clínicos, perícia ou outro exame que, por meios técnicos ou científicos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN, permitam certificar seu estado. 1º medida correspondente aplica-se no caso de suspeita de uso de substância entorpecente, tóxica ou de efeitos análogos. 2º a infração prevista no artigo 165 deste código poderá ser caracterizada pelo agente de trânsito mediante a obtenção de outras provas em direito admitidos, acerca dos notórios sinais de embriaguez, excitação ou torpor apresentados pelo condutor. 3º serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas estabelecidas no artigo 165 deste código ao condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos procedimentos previstos no caput deste artigo (BRASIL, 2011, p.909). O que se pode notar é uma ofensa ao princípios garantidos pela CF, que em seu art. 5º da Constituição Federal enumera os direitos e garantias fundamentais, dentre eles, em seu inciso LVII, aduz que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória (BRASIL, 2011b, p. 15), sendo este princípio conhecido como presunção de inocência, que nada mais é do que a proibição de se imputar pena a alguém sem que este tenha sido condenado por sentença penal transitada em julgado. Nesse sentido, ensina Damásio Evangelista de Jesus: o motorista não é obrigado a submeter-se a esse exame. Negando-se não responde por crime de desobediência (JESUS, 2006, p. 150). A culpa de alguém pela prática de determinado fato não se presume, sendo sua inocência regra. Enquanto não estiver totalmente comprovado, através de provas admitidas em direito, que o condutor dirigia o veiculo sob a influência de

27 álcool ou outra substância análoga, a este, não pode ser imputado qualquer penalidade, mesmo que se recuse a se submeter a qualquer tipo de exame. Acaba-se por perceber, que a imposição automática de penalidades, ainda que administrativas, em caso de recusa do condutor a prestar exames de alcoolemia, é uma afronta ao princípio constitucional da presunção de inocência. A recusa constitui exercício regular de direito, não podendo este simples fato ser punido em qualquer esfera. Cabe à autoridade competente produzir as provas da embriaguez não podendo ser o condutor obrigado a produzí-las em seu prejuízo. Estamos diante de um Estado democrático de direito, que pressupõe liberdade individual, e para sua garantia, é necessário que os cidadãos não sejam compelidos compulsoriamente a se auto-incriminarem, caso contrário, estaríamos diante de um Estado autoritário, em que as autoridades poderiam usar de meios ilegítimos para obter provas, que por si só não conseguiriam. Ao dispor que o cidadão que legitimamente exercer o seu direito de não produzir provas contra si mesmo será automaticamente punido, sem qualquer prova contundente a seu desfavor, o CTB simplesmente desconsidera a existência e supremacia da Constituição Federal, sendo este o posicionamento majoritário. Com entendimento contrário, minoritário, mas para alguns o mais coerente com a realidade do trânsito brasileiro, sustentando que o motorista suspeito é obrigado a submeter-se ao bafômetro, Fernando Y. Fukassawa: [...]cremos que em face do disposto nos arts. 277 e 269, IX do CTB, o condutor suspeito não poderá recusar à extração do sangue e ao emprego do bafômetro ou qualquer outro exame legalmente autorizado (FUKASSAWA, 1997 apud NOGUEIRA, 1999, p.120). No mesmo sentido, pode-se observar o voto proferido pelo em. Desembargador Hélcio Valentim, 2º Vogal do Habeas Corpus nº /000: Oportunamente, ouso ainda divergir do e. Relator, Desembargador Alexandre Victor Carvalho, no que tange à constitucionalidade do crime de perigo abstrato, em que se converteu a hipótese típica do art. 306, do CTB, com a nova redação introduzida pela Lei /08.

28 Nenhuma INCONSTITUCIONALIDADE existe, a meu modesto sentir, na opção legislativa pela incriminação de condutas presumidamente perigosas. Como já pude manifestar em ocasião anterior, a opção legislativa de presumir a existência de perigo, longe de ser considerada inadequada, aproxima a dogmática penal de outra ciência penal da mesma magnitude: a política criminal. Esta, na medida em que busca a melhor forma de tutelar bens jurídicos fundamentais, pode trilhar um caminho preventivo, no sentido mesmo de prevenção geral. E quando assim o faz, é na figura dos crimes de perigo abstrato que encontra ponto de contato com a dogmática. Ademais, o bem jurídico protegido imediatamente pelo tipo penal em tela, a meu modesto sentir, não é a vida, nem mesmo a incolumidade física dos membros da coletividade, mas a segurança pública, como bem supra-individual e que se encontra constantemente afetado com condução de veículo automotor por indivíduo sob o efeito de álcool ou substância análoga, que sabidamente alteram sua capacidade motora. A partir de tal constatação fática, estabeleceu-se a presunção legal. Não há, portanto, violação ao chamado princípio da lesividade (ou da ofensividade, como prefere o professor Luiz Flávio Gomes), pois, repita-se, a segurança pública está sendo agredida (constantemente) pela condução de veículos por indivíduos em estado de embriaguez (MINAS GERAIS, 2008, p. 01). Seguindo o posicionamento do ilustre desembargador, tem-se que é lícito e constitucional o teste do bafômetro, pois o policial está cumprindo com seu dever legal, está desempenhando suas funções, não está julgando ou condenando ninguém, está simplismente na função de colher as provas exsitentes para uma melhor solução e aproximação da realidade dos fatos, para assim, chegar a uma correta punição ou absolvição. Pode-se ver o choque que há nesse contexto, por um lado, temos os direitos individuais do condutor do veículo, por outro lado os direitos da coletividade. Isso significa que os direitos individuais em certos casos haverá de se ponderar entre interesses publicos e particulares, onde a coletividade deverá prevalecer. Não é possível imaginar que o interesse particular possa sobresair sobre o dever do Estado de aplicar e cumprir as leis. Uma vontade individual não pode prevalecer sobre o interesse coletivo da aplicação das leis e da garantia do ordenamento jurídico. Pois senão, estaríamos impedindo a efetividade da autoridade pública em defesa da sociedade. A proteção de seus indivíduos por parte do Estado está acima de qualquer direito particular, e por isso, não se pode restringir a liberdade do indivíduo. Cabe ao indivíduo colaborar com a verdade dos fatos, as provas não são das partes, e sim, da justiça, que com isso chegará à melhor solução do processo.

29 5 ASPECTOS RELEVANTES APÓS A REFORMA DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO a. Por que a lei está mais rígida? A violência do trânsito no Brasil pode ser demonstrada em números. Por ano, pelo menos 35 mil pessoas morrem em decorrência de acidentes. Só em rodovias federais, essa quantidade se aproxima a 7 mil. Numa lista de causas de desastres, a ingestão de álcool aparece entre os sete vilões das estradas. Não se pode negar que motoristas alcoolizados potencializam a gravidade dos acidentes. O álcool é um forte depressor do Sistema Nervoso Central. Por isso, quem bebe e pega o volante tem os reflexos prejudicados. Fica mais corajoso, mas reage de forma lenta e perde a noção de distância. Quando é vítima de desastre de trânsito, resiste menos tempo aos ferimentos, já que as hemorragias quase sempre são fatais. b. Há leis semelhantes em outros países? Lista elaborada pelo Centro Internacional para Políticas sobre o Álcool (Icap), sediado em Washington (EUA), posiciona o Brasil entre os 20 países que possuem a legislação mais rígida sobre o tema. Das 82 nações pesquisadas, Noruega, Suécia, Polônia, Estônia e Mongólia têm o mesmo nível de rigor do Brasil. Na América do Sul, a tolerância brasileira só fica atrás da Colômbia, onde o limite é zero. Assim como no Brasil, países da Europa e das Américas vêm mudando suas legislações de trânsito. Em alguns estados norte-americanos, se o condutor recusa o teste do bafômetro, há presunção de embriaguez e apreensão imediata do veículo e da carteira de habilitação. O motorista também é preso em flagrante e tem penas equivalentes a um condutor reprovado pelo teste. O conjunto de medidas fez com que o número de motoristas alcoolizados envolvidos em acidentes nos Estados Unidos caísse de 50% nos anos 1970 para 20% atualmente. Na França, o motorista que se recusa a soprar o etilômetro fica obrigado a realizar exame de sangue para verificar a quantidade de álcool ingerido. A meta francesa, inclusive, prevê submeter ao bafômetro um terço dos motoristas

30 habilitados por ano. No Reino Unido, além do etilômetro, as autoridades podem exigir teste de sangue ou urina dos condutores suspeitos. Se ele não cooperar, é preso por até seis meses, perde o direito de dirigir por um ano e paga multa de 5 mil libras (quase R$ ,00) (dezesseis mil reais). c. Quanto se pode beber antes de dirigir? Não há, atualmente, limite considerado seguro para dirigir após ingerir bebida alcoólica. A absorção e metabolização do álcool dependem de diversos fatores, como sexo, peso corporal e ingestão de alimentos. Mas, de modo geral, conforme pode ser visto no quadro abaixo, consumir o equivalente a 1 lata de cerveja, ou 1 taça de vinho, ou 1 dose de cachaça, vodca ou uísque é o bastante para ser multado. Já beber o equivalente a duas ou três doses e dirigir não é apenas infração: é crime de trânsito. Quantidade de bebida Concentração de álcool (em mg por litro de ar) Homem de 60Kg Homem de 70Kg Homem de 80Kg 40 ml de pinga, uísque ou vodca (1 dose) 85ml de vinho do Porto, vermutes ou licores (1 cálice) 140ml de vinho (1 taça) 0,14 0,11 0,09 340ml de cerveja (1 lata) ou chope Fonte: Polícia Rodoviária Federal, 2009 d. Depois de beber, em quanto tempo o condutor está novamente apto a dirigir?

31 A metabolização de álcool pelo organismo varia de indivíduo para indivíduo, de forma que não existem parâmetros confiáveis. Também depende do tipo de bebida ingerida. Em geral, as bebidas destiladas, por possuírem maior concentração de álcool, aceleram o processo de embriaguez e, consequentemente, dos seus sintomas. O fato é que toda e qualquer quantidade de álcool ingerida será detectada em exame legal. Café forte, apesar de estimulante, não altera o estado de embriaguez. Banho frio provoca sensação de despertar apenas no instante da ducha. Pessoas embriagadas não devem ingerir remédios estimulantes. É uma mistura perigosa, que pode matar. O recomendável é que se espere, pelo menos, 12 horas, antes de retornar ao volante. e. Quais os sinais indicativos de um condutor embriagado? Nos termos definidos pela Polícia Rodoviária Federal, existem diversas atitudes e comportamentos que caracterizam um motorista sob efeito de álcool: Inconstância no modo de dirigir Desrespeito às faixas de sinalização no asfalto Dirigir fazendo ziguezague na pista ou acelerando e freando bruscamente Mostrar insegurança sobre decisões a tomar no trânsito Dirigir com lentidão injustificada Parar na pista sem nenhuma razão aparente Andar muito próximo ao veículo da frente Mudar de faixa bruscamente e sem sinalizar Sinalizar erradamente as ações que vai executar Responder vagarosamente aos sinais de trânsito Avançar em sinais fechados Dirigir à noite com os faróis desligados (POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL, 2009) No entanto, existe um protocolo padrão do Conselho Nacional de Trânsito para a identificação dos sinais visíveis do motorista embriagado. A caracterização da embriaguez só se configura com a percepção de diversos itens conjuntamente.

32 f. Quem come um bombom com licor ou usa antisséptico bucal que contenha álcool, por exemplo, pode ser pego no teste do bafômetro? No caso específico do etilômetro, se o teste for realizado imediatamente após o consumo de alimentos ou medicamentos com álcool, ou após o bochecho com antisséptico bucal que contenha a substância, o resultado pode dar positivo. Nestes casos, o motorista deve informar à autoridade de trânsito no momento da abordagem, para que se possa fazer bochechos com água, no intuito de retirar resíduos de álcool da mucosa, e promover novo teste. 5.1 ESTATÍSTICAS E NÚMEROS Fonte: Google Imagens As estatísticas brasileiras envolvendo condutores embriagados demonstram nossa triste realidade. A mistura volante e álcool é responsável pela maioria dos acidentes. Para entender o objetivo e benefícios da Lei Seca, é preciso observar os seguintes números: Antes da alteração do Código de Trânsito Brasileiro, os números dos acidentes ultrapassavam a marca de 1 milhão de acidentes por ano, sendo estes com 45 mil mortes e feridos, sem contar que 60% dos casos sofriam lesões permanentes, em 70% dos acidentes que resultavam em mortes, o fator álcool estava presente. (POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL, 2009). Com esse trânsito assassino, o Brasil está como quinto país que mais mata no trânsito, sendo o segundo maior problema de saúde pública do país, que perde apenas para a desnutrição, gerando aos cofres públicos, prejuízos de cerca de 2 bilhões de dólares por ano, o governo gasta em média com as vítimas não fatais, cerca de 14 mil reais, ocupando cerca de 55% dos leitos hospitalares, demonstrando a extrema necessidade de alterar as leis de trânsito.

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