PRATICAS PROCESSUAIS ADMINISTRATIVAS. Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados Outubro de 2011

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1 PRATICAS PROCESSUAIS ADMINISTRATIVAS Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados Outubro de

2 PROGRAMA Contencioso Administrativo antes da Reforma Organização Judiciária Administrativa: tribunais, respectivas competências e sua repartição; Meios Contenciosos: sua tramitação; Recursos Jurisdicionais; Processo Executivo; Regime de Custas Judiciais 2

3 Contencioso Administrativo decorrente da Reforma Organização judiciária Administrativa: tribunais, respectivas competências e sua repartição; Pressupostos processuais, em especial a legitimidade passiva dos entes públicos; A Acção Administrativa Comum: objecto e tramitação; A Acção Administrativa Especial: objecto e tramitação; O Pedido na acção Administrativa Especial; 3

4 Diplomas que regulavam, em termos adjectivos, o Contencioso Administrativo, antes da Reforma operada pelas Leis n.ºs 13/02, de 19/02, n.º 15/02, de 22/02, alteradas pela Lei n.º 4 A/03 de 19/02 e pela Lei n.º 107 D/03, de Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais (DL n.º 129/84, de 27/04, alterado pelo DL n.º 229/96, de 29.11) Lei de Processo nos Tribunais Administrativos (DL n.º 267/85, de 16.07) Lei Orgânica do Supremo Tribunal Administrativo (DL 40768, de ) Regulamento do Supremo Tribunal Administrativo (DL n.º , de ) Código Administrativo Parte IV do Contencioso Administrativo Regime de Execução das Sentenças dos Tribunais Administrativos (DL n.º 256 A/77, de 17.06) Contencioso dos Contratos de Obras, de Prestação de Serviços e de Fornecimento de Bens ( DL n.º 134/98, de 15.05) 4

5 ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA ADMINISTRATIVA ORGÃOS da JURISDIÇÃO (art. 2º do ETAF) São Tribunais Administrativos : a. Os Tribunais Administrativos de Círculo (TAC) b. O Tribunal Central Administrativo (TCA) c. O Supremo Tribunal Administrativo (STA) FUNÇÃO JURISDICIONAL (art. 3º do ETAF) Incumbe aos tribunais administrativos, na administração da justiça, assegurar a defesa dos direitos e interesses legalmente protegidos, reprimir a violação da legalidade e dirimir os conflitos de interesses públicos e privados no âmbito das relações jurídicas administrativas 5

6 LIMITES DA JURISDIÇÃO (art. 4º do ETAF) Estão excluídos da jurisdição administrativa os recursos e as acções que tenham por objecto: a. Actos praticados no exercício da função política e responsabilidade pelos danos decorrentes desse exercício; b. Normas legislativas e responsabilidade pelos danos decorrentes do exercício da função legislativa; c. Actos em matéria administrativa dos tribunais judiciais; d. Actos relativos ao inquérito e instrução criminais e ao exercício da acção penal; 6

7 e. Qualificação de bens como pertencentes ao domínio público e actos de delimitação destes como bens de outra natureza; f. Questões de direito privado, ainda que qualquer das partes seja pessoa de direito público; g. Actos cuja apreciação pertença por lei à competência de outros tribunais; Ausência de Alçada (art.10º do ETAF) Os tribunais administrativos não têm alçada. 7

8 SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO SEDE e ÂMBITO de JURISDIÇÃO (art. 14º do ETAF) O Supremo Tribunal Administrativo tem sede em Lisboa e jurisdição em todo o território nacional. FUNCIONAMENTO (art. 20º do ETAF) O Supremo Tribunal Administrativo funciona em plenário, por secções e por subsecções. PODERES de COGNIÇÃO (art. 21º do ETAF) 1. O Supremo Tribunal Administrativo conhece de matéria de facto e de direito, salvo o disposto nos números seguintes. 2. O Plenário apenas conhece de matéria de direito, salvo nos processos de conflito. 3. O Pleno de cada secção apenas conhece de matéria de direito, salvo nos processos de conflito. 8

9 PLENÁRIO COMPETÊNCIA (art.22º do ETAF) Compete ao Plenário do STA conhecer, nomeadamente: I. Dos recursos de acórdãos das secções ou dos respectivos plenos proferidos ao abrigo das alíneas a) dos artigos 24º e 30º, que, relativamente ao mesmo fundamento de direito e na ausência de alteração substancial da regulamentação jurídica, perfilhem solução oposta à de acórdão de diferente secção, ou do respectivo pleno ou do plenário. II. Dos recursos de acórdãos dos plenos proferidos ao abrigo das alíneas a) dos artigos 24º e 30º que, na hipótese prevista na alínea anterior, perfilhem solução oposta àde acórdão do mesmo pleno ou da respectiva secção; III. Dos recursos de acórdãos das secções do TCA proferidos em último grau de jurisdição que na hipótese prevista em I. perfilhem solução oposta à de acórdão de diferente secção do mesmo Tribunal ou de diferente secção, ou do respectivo pleno, ou do plenário do STA. 9

10 SECÇÃO de CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO Competência da Secção em Pleno (art. 24º do ETAF) Compete ao Pleno da Secção de Contencioso Administrativo conhecer, nomeadamente : a) Dos recursos de acórdãos proferidos em recurso directamente interposto para a Secção que não sejam da competência do plenário; b) Dos recursos de acórdãos da Secção de Contencioso Administrativo do TCA proferidos em último grau de jurisdição que na hipótese prevista na alínea anterior, perfilhem solução oposta à de Acórdão da mesma secção ou da secção de Contencioso Administrativo do STA ou do respectivo pleno; c) Dos conflitos de competência entre as secções de contencioso administrativo do TCA e do STA; 10

11 Competência da Secção pelas subsecções (art.26º do ETAF) Compete à secção de Contencioso Administrativo, pelas suas subsecções, conhecer: a) Dos recursos de acórdãos da Secção de Contencioso Administrativo do Tribunal Central Administrativo proferidos em 1º grau de jurisdição; b) Dos recursos de decisões dos TAC para cujo conhecimento não seja competente o TCA; c) Dos recursos de actos administrativos ou em matéria administrativa praticados pelo Presidente da República, pela Assembleia da República e seu Presidente, pelo Governo, seus membros; Ministros da República e Provedor de Justiça, todos com excepção dos relativos ao funcionalismo público, pelos Presidentes do Tribunal Constitucional, Supremo Tribunal Administrativo e Tribunal de Contas, pelo Conselho Superior de Defesa Nacional, pelo Concelho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais e seu Presidente, pelo Procurador Geral da República, pelo Conselho Superior do Ministério Público e pela Comissão de Eleições prevista na lei ogânica do Ministério Público. 11

12 d) Dos processos de contencioso relativo a eleições previstas no ETAF; e) Dos conflitos de competência entre TAC e a secção de contencioso administrativo do TCA; f) Dos conflitos de jurisdição entre a secção de contencioso administrativo do TCA e autoridades administrativas; g) Dos pedidos de suspensão de eficácia dos actos a que se refere a al. c); h) Dos pedidos relativos à execução dos julgados; i) Dos pedidos de produção antecipada de prova formulados em processo nela pendente; j) Das matérias que lhe forem confiadas por lei. 12

13 TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO Sede, âmbito de jurisdição e organização (art.36º do ETAF) O TCA tem sede em Lisboa e jurisdição em todo o território nacional; A secção de contencioso administrativo pode funcionar por subsecções, de competência genérica ou especializada em função do meio processual utilizado ou da natureza da questão a conhecer. Poderes de Cognição (art. 39º do ETAF) O TCA conhece de matéria de facto e de direito. 13

14 Competência em Contencioso Administrativo (art.40º do ETAF) Compete à Secção de Contencioso Administrativo conhecer, nomeadamente: a) Dos recursos de decisões dos TAC que versem sobre matéria relativa ao funcionalismo público ou que tenham sido proferidas em meios processuais acessórios; b) Dos recursos de actos administrativos ou em matéria administrativa praticados pelo Governo, seus membros, Ministros da República e Provedor de Justiça, todos quando relativos ao funcionalismo público, pelos órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas e seus membros, pelo Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, pelos órgãos colegiais de que algum faça parte, com excepção do Conselho Superior de Defesa Nacional, bem como por outros órgãos centrais independentes ou superiores do Estado de categoria mais elevada que a de director geral; 14

15 c) Dos pedidos de declaração de ilegalidade, com força obrigatória geral, de normas regulamentares, desde que tais normas tenham sido julgadas ilegais por qualquer tribunal em três casos concretos, ou desde que os seus efeitos se produzam imediatamente, sem dependência de um acto administrativo ou jurisdicional de aplicação, salvo o disposto na al. e) do n.º1 do art. 51º do ETAF. d) Dos conflitos de competência entre os TAC; e) Dos conflitos de jurisdição entre TAC e autoridades administrativas; f) Dos pedidos de suspensão de eficácia dos actos a que se refere a al. b); g) Dos pedidos relativos à execução de julgados. h) Dos pedidos de produção antecipada de prova formulados em processo nela pendente; i) Das matérias que lhe forem confiadas por lei. 15

16 TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS DE CÍRCULO Sede e área de jurisdição (art.45º do ETAF) Os TAC tinham sede em Lisboa, Porto, Coimbra, Ponta Delgada e Funchal. A área de jurisdição de cada tribunal foi fixada no DL n.º 374/84, de 29.11, alterado pelo DL n.º 114/97, de Mapa VII. Competência dos Tribunais (art. 51º do ETAF) Compete aos TAC conhecer, nomeadamente: a) Dos recursos de actos administrativos dos directores gerais e de outras autoridades da Administração Central, ainda que praticados por delegação de membros do Governo; 16

17 b) Dos recursos de actos administrativos de órgãos das Forças Armadas para cujo conhecimento não sejam competentes o STA e o TCA; c) Dos recursos de actos administrativos de Governadores Civis e de Assembleias Distritais; d) Dos recursos de actos administrativos dos órgãos de serviços públicos dotados de personalidade jurídica e autonomia administrativa; e) Dos recursos de actos administrativos dos órgãos da administração pública regional ou local e das pessoas colectivas de utilidade pública Administrativa; f) Dos recursos de actos administrativos dos concessionários; g) Dos recursos de actos administrativos dos órgãos de associações públicas; h) Dos recursos de actos de que resultem conflitos de atribuições que envolvam órgãos de pessoas colectivas diferentes; 17

18 i) Dos recursos de normas regulamentares ou de outras normas emitidas no desempenho da função administrativa pelas entidades referidas nas alíneas c) e d) deste artigo, bem como dos pedidos de declaração de ilegalidade dessas normas, desde que, tenham sido julgadas ilegais por qualquer tribunal em três casos concretos ou desde que os seus efeitos se produzam imediatamente, sem dependência de um acto administrativo ou jurisdicional de aplicação ; j) Das acções para obter o reconhecimento de um direito ou interesse legalmente protegido; K) Das acções sobre contratos administrativos e sobre responsabilidade das partes pelo seu incumprimento; l) Das acções sobre responsabilidade civil do Estado, dos demais entes públicos e dos titulares dos seus órgãos e agentes por prejuízos decorrentes de actos de gestão pública, incluindo acções de regresso; 18

19 m) Do contencioso eleitoral relativo a órgãos de pessoas colectivas públicas para que não seja competente outro tribunal; n) Dos recursos e das acções pertencentes ao contencioso administrativo para que não seja competente outro tribunal; o) Dos pedidos de suspensão de eficácia doa actos administrativos recorridos; p) Dos pedidos de intimação de autoridade administrativa para facultar a consulta de documentos ou processos e passar certidões, a fim de permitir aos requerentes o uso de meios administrativos ou contenciosos; q) Dos pedidos relativos à execução dos seus julgados; r) Dos pedidos de intimação de particular ou de concessionário para adoptar ou se abster de certo comportamento, com o fim de assegurar o cumprimento de normas de direito administrativo; s) Dos pedidos de produção antecipada de prova formulados em processo neles pendente ou a instaurar em qualquer tribunal administrativo; 19

20 Competência Territorial Regra Geral (art. 52º do ETAF) Os recursos são interpostos na residência habitual ou da sede do recorrente ou da maioria dos Recorrentes. Competência para recursos relativos a imóveis art. 53º do ETAF) Os recursos que tenham por objecto mediato bens imóveis ou direitos a eles referentes são interpostos no tribunal da situação dos bens. Outras regras de competência (art.54º do ETAF) Os recursos de actos administrativos de governadores civis e assembleias distritais, dos órgãos da administração pública regional ou local e das pessoas colectivas de utilidade pública administrativa, bem de normas regulamentares ou de outras normas emitidas no desempenho da função administrativa pelos órgãos da administração pública regional ou local, pelas pessoas colectivas de utilidade pública administrativa e pelos concessionários são interpostos no tribunal da sede da autoridade recorrida. 20

21 O contencioso eleitoral éda competência do tribunal da área da sede do órgão cuja eleição se impugna. Os pedidos de intimação de autoridade administrativa para facultar a consulta de documentos ou processos e passar certidões são instaurados no tribunal da área da sede da autoridade requerida. Os pedidos de intimação de particular ou de concessionário para adoptar ou se abster de certo comportamento são instaurados no tribunal da área onde teve lugar o comportamento ou a sua omissão. 21

22 Competência para acções (art. 55º do ETAF) As acções relativas a responsabilidade civil extracontratual são propostas: 1. No tribunal do lugar em que ocorreu o acto, se tiverem por fundamento a prática de acto material; 2. No tribunal determinado pela aplicação da regra geral de competência territorial, da regra da situação dos bens ou das outras regras de competências já aqui referidas se tiverem por fundamento a prática de acto jurídico. As acções relativas a contratos administrativos são propostas no tribunal convencionado ou, na falta de convenção, no tribunal do lugar de cumprimento do contrato. As acções para obter o reconhecimento de um direito ou interesse legalmente protegido são propostas no tribunal determinado pela aplicação da regra geral de competência territorial, da regra da situação dos bens ou das outras regras de competências já aqui referidas. 22

23 O CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO Lei reguladora do processo (art. 1º da LPTA) O processo nos tribunais administrativos rege se pela LPTA, pela legislação para que ela remete e, supletivamente, pelo disposto na lei de processo civil, com as necessárias adaptações. Petição a tribunal incompetente (art. 4º da LPTA) Quando a petição seja dirigida a tribunal incompetente, pode o demandante, no prazo de 14 dias, a contar do trânsito em julgado da decisão que declare a incompetência, requerer ao remessa a tribunal competente. Constituição de Advogado (art. 5º da LPTA) É obrigatória a constituição de advogado nos processos da competência dos tribunais administrativos. Provas (art.12º da LPTA) Nos processo da competência do STA e do TCA e nos recursos contenciosos de anulação só é admissível prova documental, salvo nos casos especialmente previstos e naqueles em que o tribunal considere necessária a prova pericial. 23

24 ESPÉCIES DE PROCESSOS Recurso contencioso de anulação (art.24º da LPTA) Os recursos contenciosos de actos administrativos e de actos em matéria administrativa são regulados pelo ETAF, pela LPTA pelo Código Administrativo, pelo estabelecido na Lei Orgânica e no Regulamento do STA. Actos Recorríveis (art.25º da LPTA) Só é admissível recurso dos actos definitivos e executórios. 24

25 Natureza e Objecto do Recurso Contencioso Os recursos contenciosos são de mera legalidade e têm por objecto a declaração da invalidade ou anulação dos actos recorridos. Competência em razão do Autor do Acto A competência para o conhecimento dos recursos contenciosos é determinada pela categoria da autoridade que tiver praticado o acto recorrido, ainda que no uso de delegação de poderes. 25

26 Prazos de Recurso (art.28º da LPTA) Os recursos contenciosos de actos anuláveis são interpostos nos seguintes prazos: 1. 2 meses, se o recorrente residir no continente ou nas regiões autónomas; 2. 4 meses, se o recorrente residir no território no estrangeiro; 3. 1 ano, se o recorrente for o Ministério Público; 4. 1 ano, se respeitarem a indeferimento tácito. Estes prazos contam se, nos termos do artigo 279.º do Código Civil, sem prejuízo do disposto na lei quanto à notificação ou publicação insuficiente de actos administrativos. 26

27 Recurso de acto expresso (art.29º) O prazo para a interposição de recurso de acto expresso conta se da respectiva notificação ou publicação, quando esta seja imposta por lei. Este facto não prejudica a faculdade de o interessado interpor recurso antes da notificação ou publicação do acto, se tiver sido iniciada a execução deste. O prazo para a interposição de recurso de acto não sujeito a publicação obrigatória conta se, para os interessados que não tenham de ser notificados, a partir do conhecimento do início da respectiva execução. O prazo para a interposição de recurso pelo Ministério Público conta se da data da prática do acto ou da sua publicação, quando esta seja imposta por lei. 27

28 Notificação ou publicação insuficiente (art.31º da LPTA) Se a notificação ou a publicação não contiver a fundamentação integral da decisão e as demais indicações a que se refere o artigo anterior, pode o interessado, dentro de um mês, requerer a notificação das que tenham sido omitidas ou a passagem de certidão que as contenha. Se o interessado usar desta faculdade, o prazo para o recurso conta se a partir da notificação ou da entrega da certidão que tenha sido requerida. A apresentação do requerimento supra mencionado pode ser provada por duplicado do mesmo, com o registo de entrada no serviço que promoveu a publicação ou a notificação, ou por outro documento autêntico. 28

29 Impugnação de acto tácito (art. 33ºda LPTA) O deferimento ou indeferimento tácito de petição ou requerimento dirigido a delegante ou sub delegante é, imputável, para efeitos de recurso contencioso, ao delegado ou subdelegado, mesmo que a este não seja remetido o requerimento ou petição, atendendo se àdata da respectiva entrada. 29

30 Apresentação da Petição (art.35º da LPTA) Os recursos contenciosos são interpostos pela apresentação da respectiva petição na secretaria do tribunal a que é dirigida. Quando o signatário da petição não tiver escritório na comarca da sede daquele tribunal, pode a mesma ser apresentada: a) Tratando se de recurso dirigido ao Supremo Tribunal Administrativo ou ao Tribunal Central Administrativo, na secretaria administrativo de círculo com sede fora de Lisboa; de um tribunal b) Tratando se de recurso dirigido a um tribunal administrativo de círculo, na secretaria de outro destes tribunais. Quando o signatário da petição tiver escritório numa das regiões autónomas, pode a mesma ser apresentada na secretaria de qualquer tribunal tributário dessa região. A petição pode ser enviada, sob registo postal, àsecretaria do tribunal a que é dirigida, quando o respectivo signatário não tiver escritório na comarca da sede desse tribunal. 30

31 Arguição subsidiária de vícios (art.37º da LPTA) O recorrente pode arguir vícios do acto impugnado, segundo uma relação de subsidiariedade. Cumulação e coligação (art.38º da LPTA) O recorrente pode cumular a impugnação de actos que estejam entre si numa relação de dependência ou de conexão. Podem coligar se vários recorrentes quando impugnem o mesmo acto ou, com os mesmos fundamentos jurídicos, actos contidos num único despacho ou outra forma de decisão. A cumulação e a coligação não são admissíveis: a) Quando a competência para conhecer das impugnações pertença a tribunais de diferente categoria; b) Quando a impugnação dos actos não esteja sujeita àmesma forma de processo. Em caso de ilegal cumulação ou coligação, os recorrentes têm a faculdade de interpor novos recursos, no prazo de um mês, a contar do trânsito em julgado da decisão, considerando se as petições apresentadas na data de entrada da primeira. 31

32 Preparo (art.41º da LPTA) Autuada a petição de recurso, se o seu signatário não tiver escritório na comarca da sede do tribunal, énotificado para efectuar o preparo devido. Prazos da Resposta e Contestação (art.45º da LPTA) O prazo para resposta ou contestação da autoridade recorrida é de 40 dias e o prazo para a contestação dos demais interessados éde 30 dias. 32

33 Revogação do acto Recorrido (art.47º da LPTA) O acto recorrido pode ser total ou parcialmente revogado, nos termos do disposto no CPA, até ao termo do prazo para a resposta ou contestação da autoridade recorrida. Falta de Impugnação (art.50º da LPTA) A falta de resposta ou a falta nela de impugnação especificada não importa confissão dos factos articulados pelo recorrente, mas o tribunal aprecia livremente essa conduta para efeitos probatórios. Envio do processo administrativo (art.46º da LPTA) Com a resposta ou contestação ou dentro do respectivo prazo, a autoridade recorrida é obrigada a remeter ao tribunal o original do processo administrativo em que foi praticado o acto recorrido e os demais documentos relativos àmatéria do recurso. O envio do original do processo só pode ser substituído pelo de fotocópias autenticadas e devidamente ordenadas, mediante justificação fundamentada da autoridade recorrida, com base em prejuízo considerável para o interesse público. 33

34 Alegações (art. 848º do Código Administrativo) Concluída a produção de prova, será o processo continuado com vista aos advogados do recorrente e do recorrido para alegarem por escrito, num prazo que poderá ser fixado entre 10 a 30 dias, consoante a complexidade do recurso. Nos recurso interpostos junto do STA o prazo para alegações também é de 30 dias. No entanto, com as alegações poderão juntar se novos documentos, tendo, porém, o recorrente o direito de, no prazo de 10 dias a contar da notificação que para esse efeito lhe for feita, responder sobre aqueles que lhe forem oferecidos pelo recorrido (art. 34º do Regulamento do STA). 34

35 Ordem de conhecimento dos vícios (art. 57º da LPTA) Se nada obstar ao julgamento do objecto do recurso, o tribunal conhece, prioritariamente, dos vícios que conduzam à declaração de invalidade do acto recorrido e, depois, dos vícios arguidos que conduzam à anulação deste. Nos referidos grupos, a apreciação dos vícios éfeita pela ordem seguinte: a) No primeiro grupo, o dos vícios cuja procedência determine, segundo o prudente critério do julgador, mais estável ou eficaz tutela dos interesses ofendidos; b) No segundo grupo, a indicada pelo recorrente, quando estabeleça entre eles uma relação de subsidiariedade e não sejam arguidos outros vícios pelo Ministério Público, ou, nos demais casos, a fixada na alínea anterior. 35

36 O exercício de poderes discricionários só pode ser atacado contenciosamente com fundamento em desvio de poder. A anulação por desvio de poder terá lugar sempre que da prova exibida resultar para o Tribunal a convicção de que o motivo principalmente determinante da prática do acto recorrido não condizia com o fim visado pela lei na concessão de poder discricionário. Nos processos que correm junto do STA os advogados constituídos pelas partes podem requerer que os processos sejam confiados para exame, nos termos e com as sanções estabelecidas na lei do processo civil. 36

37 Impugnação de normas Recursos Pressupostos (art. 63º da LPTA) Os recursos de normas regulamentares ou de outras normas emitidas no desempenho da função administrativa pelos órgãos da administração pública regional ou local e das pessoas colectivas de utilidade pública administrativa e pelos concessionários podem ser interpostos, a todo o tempo pelo MP e por quem seja prejudicado pela aplicação da norma ou venha a sê lo, previsivelmente, em momento próximo. 37

38 Tramitação (art. 64º da LPTA) Os recursos de normas seguem os termos dos recursos de actos administrativos dos órgãos da administração local. Decisão (art. 65º da LPTA) O juiz pode decidir com fundamento na violação de disposições ou princípios diversos daqueles cuja violação foi invocada. A decisão de provimento produz os efeitos previstos no artigo 11º do ETAF e está sujeita a publicação nos termos do artigo 58º. 38

39 Declaração de Ilegalidade Pressupostos (art.66º da LPTA) A declaração de ilegalidade com força obrigatória geral, de qualquer norma emitida no desempenho da função administrativa pode ser pedida por quem seja prejudicado pela aplicação da norma ou venha a sê lo, previsivelmente, em momento próximo e sê lo á obrigatoriamente pelo MP, quando tenha conhecimento de três decisões de quaisquer tribunais, transitadas em julgado, que recusem a aplicação da norma com fundamento na sua ilegalidade. Tramitação (art. 67º da LPTA) Os processos de declaração de ilegalidade seguem os termos dos recursos de actos administrativos do autor da norma. Tal como nos recursos, o juiz pode decidir com fundamento na violação de disposições ou princípios diversos daqueles cuja violação foi invocada. 39

40 ACÇÕES Acções para reconhecimento de direito ou interesse legítimo Pressupostos (art. 69º da LPTA) As acções para obter o reconhecimento de um direito ou interesse legalmente protegido podem ser propostas a todo o tempo, salvo o disposto em lei especial, por quem invoque a titularidade do direito ou interesse a reconhecer. As acções só podem ser propostas quando os restantes meios contenciosos, incluindo os relativos à execução de sentença, não assegurem a efectiva tutela jurisdicional do direito ou interesse em causa. Tramitação (art. 70º da LPTA) As acções seguem os termos dos recursos de actos administrativos dos órgãos da administração local, intervindo na posição de autoridade recorrida aquela contra quem foi formulado o pedido. 40

41 Acções sobre contratos e responsabilidade Prazos (art. 71º da LPTA) As acções sobre contratos administrativos e sobre a responsabilidade das partes pelo seu incumprimento podem ser propostas a todo o tempo, salvo o disposto em lei especial. O direito de indemnização por responsabilidade civil extra contratual dos entes públicos e dos titulares dos seus órgãos e agentes por prejuízos decorrentes de actos de gestão pública, incluindo o direito de regresso, prescreve nos termos do art. 498º do Código Civil (três anos). Tramitação (art. 72º da LPTA) As acções seguem os termos do processo civil de declaração na sua forma ordinária. 41

42 MEIOS PROCESSUAIS ACESSÓRIOS Suspensão da eficácia dos Actos Requisitos (art. 76º da LPTA) A suspensão da eficácia do acto recorrido éconcedida pelo tribunal quando se verifiquem os seguintes requisitos: a) A execução do acto cause provavelmente prejuízo de difícil reparação para o requerente ou para os interesses que este defenda ou venha a defender no recurso; b) A suspensão não determine grave lesão do interesse público; c) Do processo não resultem fortes indícios da ilegalidade da interposição do recurso. Estando em causa o pagamento de uma quantia, a suspensão éconcedida quando não determine grave lesão do interesse público e tenha sido prestada caução. 42

43 Requerimento (art. 77º da LPTA) A suspensão épedida ao tribunal competente para o recurso em requerimento próprio apresentado: a) Juntamente com a petição do recurso; b) Previamente àinterposição do recurso. No requerimento deve o requerente indicar a sua identidade e residência, bem como a dos interessados a quem a pretendida suspensão da eficácia do acto possa directamente prejudicar, identificar o acto e o seu autor e especificar os fundamentos do pedido, juntando os documentos que entenda necessários e, no caso da alínea b) referida anteriormente, fazendo prova do acto e da sua notificação ou publicação. O requerimento deve ser acompanhado de tantos duplicados quantos os interessados mais um e ainda de uma certidão extraída do processo instrutor donde conste a residência de todos os interessados, que será passada em 24h. 43

44 Tramitação (art. 78º da LPTA) A secretaria logo que registe a entrada do requerimento expede por via postal notificações simultaneamente à autoridade requerida e aos interessados, a todos remetendo duplicado, para responderem no prazo de 14 dias. Este prazo conta se a partir da data da expedição das notificações. A decisão que, em qualquer grau de jurisdição, suspenda a eficácia é urgentemente notificada às autoridade recorrida para cumprimento imediato. Efeitos da Decisão (art. 79º da LPTA) A decisão pode ser sujeita a termo ou condição. Na falta de determinação em contrário, a suspensão subsiste até ao trânsito em julgado da decisão do recurso contencioso. No caso de o requerimento de suspensão ter sido apresentado previamente à interposição do recurso, a suspensão caduca com o termo do prazo concedido ao interessado para o recurso de actos anuláveis, sem a respectiva interposição. 44

45 Suspensão Provisória (art. 80º da LPTA) A autoridade administrativa, recebido o duplicado do requerimento de suspensão, só pode iniciar ou prosseguir a execução do acto, antes do trânsito em julgado da decisão do pedido, quando, em resolução fundamentada, reconheça grave urgência para o interesse público na imediata execução. Fora deste caso, cumpre à autoridade que receba o duplicado do requerimento impedir, com urgência, que os serviços competentes ou os interessados procedam à execução. No caso de execução indevida, o tribunal, a requerimento do interessado e ouvindo a autoridade requerida, e o Ministério Público, pode declarar ineficazes, para efeitos da suspensão, os actos de execução praticados, sem prejuízo da responsabilidade que couber. 45

46 Acto já executado (art. 81º da LPTA) A execução do acto não impede a suspensão quando desta possa advir para o requerente ou para os interesses que este defenda ou venha a defender no recurso utilidade relevante no que toca aos efeitos que o acto ainda produza ou venha a produzir. Quando o acto tenha sido já executado, a suspensão não será concedida se o interessado tiver feito prova de que dela lhe resultaria prejuízo de mais difícil reparação do que o que resulta da execução do acto para o requerente. Quando tenha sido concedida a suspensão ou haja sido recusada com fundamento do disposto no número anterior, pode qualquer das partes requerer o julgamento urgente do recurso. 46

47 Intimação para consulta de documentos ou passagem de certidões Pressupostos (art. 82º da LPTA) A fim de permitir o uso de meios administrativos ou contenciosos, devem as autoridades públicas facultar a consulta de documentos ou processos e passar certidões, a requerimento do interessado ou do Ministério Público, no prazo de 10 dias, salvo em matérias secretas ou confidenciais. Decorrido esse prazo sem que os documentos ou processos sejam facultados ou as certidões passadas, pode o requerente, dentro de um mês, pedir ao tribunal administrativo de círculo a intimação da autoridade para satisfazer o seu pedido. Só podem considerar se matérias secretas ou confidenciais aquelas em que a reserva se imponha para a prossecução de interesse público especialmente relevante, designadamente em questões de defesa nacional, segurança interna e política externa, ou para a tutela de direitos fundamentais dos cidadãos, em especial o respeito da intimidade da sua vida privada e familiar. 47

48 Tramitação (art. 83º da LPTA) Apresentado o requerimento, com duplicado, o juiz ordena a notificação da autoridade requerida, com remessa do duplicado, para responder no prazo de 14 dias. Ouvido, seguidamente, o Ministério Público, quando não for o requerente, e concluídas as diligências que se mostrem necessárias, o juiz decide o pedido. 48

49 Decisão (art. 84º da LPTA) Na decisão o juiz determina o prazo em que a intimação deve ser cumprida. O não cumprimento da intimação importa responsabilidade civil, disciplinar e criminal, nos termos do artigo 11º do Decreto Lei nº 256 A/77, de 17 de Junho. Suspensão de prazos (art. 85º da LPTA) Os prazos para os meios administrativos ou contenciosos que o requerente pretenda usar suspendem se desde a data de apresentação do requerimento de intimação até ao trânsito em julgado da decisão que indefira o pedido ou ao cumprimento da que o defira, salvo se este constituir expediente manifestamente dilatório. 49

50 Intimação para um comportamento Pressupostos (art. 86º da LPTA) Quando particulares ou concessionários violarem normas de direito administrativo, ou houver fundado receio de as violarem, pode o Ministério Público ou qualquer pessoa a cujos interesses a violação cause ofensa digna de tutela jurisdicional, pedir ao tribunal administrativo de círculo que intime os mesmos a adoptarem ou a absterem se de certo comportamento, com o fim de assegurar o cumprimento das normas em causa. O pedido pode ser formulado antes do uso dos meios administrativos ou contenciosos adequados àtutela dos interesses a que a intimação se destina, ou na pendência de processo correspondente a esses meios, constituindo incidente; no caso de processo contencioso. O pedido de intimação não pode ser formulado quando os interesses que com ele se pretendam tutelar sejam susceptíveis de defesa pelo incidente de suspensão da eficácia do acto. 50

51 Decisão (art. 88º da LPTA) Na decisão o juiz determina concretamente o comportamento a impor na intimação e, sendo caso disso, o prazo para o respectivo cumprimento e o responsável por este. Quando a tutela dos interesses a que a intimação se destina seja assegurada por meios administrativos ou contenciosos não sujeitos a prazo, deve o requerente, sob pena de caducidade da intimação, usar o meio adequado no prazo de um mês, se outro não for fixado pelo juiz, em atenção às circunstâncias do caso. O não cumprimento da intimação sujeita, pessoalmente, ao pagamento de quantia entre 1.000$00 e $00, por cada dia de atraso e por cada responsável, a fixar pelo juiz na decisão de intimação ou em despacho posterior, sem prejuízo da responsabilidade que possa caber. 51

52 RECURSOS DE DECISÕES JURISDICIONAIS Regime aplicável (art. 102º da LPTA) Os recursos ordinários de decisões jurisdicionais regem se pela lei do processo civil, com as necessárias adaptações e, com excepção dos fundados em oposição de acórdãos, são processados como os recursos de agravo. Inadmissibilidade de Recursos (art. 103º da LPTA) Salvo por oposição de julgados, não é admissível recurso dos acórdãos do STA e do TCA que decidam: 1. Em segundo grau de jurisdição; 2. Sobre conflitos de jurisdição ou de competência. Salvo por oposição de julgados, não é também admissível recurso dos acórdãos do STA que decidam sobre a suspensão de eficácia de actos contenciosamente impugnados. 52

53 Efeitos e Regime de Subida (art. 105º da LPTA) Os recursos que subam imediatamente têm efeito suspensivo. Os recursos de decisões que suspendam a eficácia de actos impugnados contenciosamente têm efeito meramente devolutivo. Nos meios processuais urgentes, os recursos sobem imediatamente, no processo principal ou no apenso em que a decisão tenha sido proferida, se estiver findo no tribunal recorrido, ou sobem em separado, no caso contrário. Alegações (art. 106º da LPTA) Éde 3O dias o prazo para apresentação das alegações, a contar, para o recorrente, da notificação do despacho de admissão do recurso e, para o recorrido, do termo do prazo do recorrente, salvo o disposto para os recursos urgentes. 53

54 Âmbito do recurso para os tribunais superiores (art. 110º da LPTA) Nos recursos de decisões dos TAC que conheçam do objecto de recurso contencioso, podem o STA e o TCA, conforme os casos: a) conhecer de nulidades da sentença arguidas pelo Ministério Público ou alegadas como fundamento do recurso; b) julgar excepções ou questões prévias de conhecimento oficioso e não decididas com trânsito em julgado. c) conhecer de toda a matéria da impugnação do acto administrativo, embora o julgamento tenha sido em parte favorável a quem recorra. Recurso sobre suspensão da eficácia (art. 113º da LPTA) O recurso de decisão sobre pedido de suspensão da eficácia de acto contenciosamente impugnado é interposto mediante requerimento que inclua ou junte a respectiva alegação e alegado pelo recorrido, em prazo igual ao do recorrente, a contar da notificação da admissão do recusa. 54

55 Da revisão dos acórdãos definitivos do STA Fundamentos (art. 100º do Regulamento do STA) Os acórdãos definitivos só podem ser revistos pelo órgão jurisdicional que os houver proferido nos seguintes casos: Demonstrando se, por sentença transitada em julgado, a falsidade de documento que tenha sido fundamento essencial da decisão; Apresentando se documento novo que o interessado não pudesse ter, nem dele tivesse conhecimento ao tempo em que foi tomada a decisão e por si só seja suficiente para destruir a prova em que ela se fundou; Mostrando se que no processo respectivo deixou indevidamente de ser citado, ou o foi nulamente, o requerente da revisão, tendo por isso o mesmo processo corrido à revelia. 55

56 Prazo para interposição. Instrução do Requerimento. Trâmites Processuais (art. 101º do Regulamento do STA) Os requerimentos de revisão serão apresentados na secretaria no prazo fixado no artigo 772º do Código de Processo Civil, com todas as indicações e os duplicados exigidos para a interposição do recurso, e virão instruídos com certidão de teor do acórdão a rever e com os demais documentos necessários para a justificação do pedido. Têm legitimidade para requerer a revisão todos aqueles contra quem foi ou esteja em vias de ser executado o acórdão a rever, assim como os que legitimamente recorreram ou poderiam ter recorrido do acto sobre qual o acórdão recaiu, e o requerimento será sempre assinado por advogado com procuração bastante, salvo se provier do MP ou de funcionário no exercício de atribuições. Revogação dos acórdãos (art. 102º do Regulamento do STA) A revogação dos acórdãos em processos de revisão só pode ser deliberada na secção, por unanimidade de votos, e no tribunal pleno, por maioria de dois terços. 56

57 Execução de julgados Execuções judiciais A instauração, no tribunal judicial, de execução, por quantia certa, de decisão condenatória de pessoa colectiva de direito público só pode ter lugar no caso de impossibilidade de cobrança através da requisição prevista no n.º 2 do art. 12º do DL n.º 256 A/77, de 17 de Novembro. Lei aplicável As decisões dos tribunais administrativos transitadas em julgado são obrigatórias, nos termos da Constituição da República Portuguesa, e à sua execução pelas autoridades competentes é aplicável o disposto nos artigos 5.º e seguintes do Decreto Lei n.º 256 A/77, de 17 de Junho. 57

58 Prazos Na falta de execução espontânea, pela Administração, de sentença que anule acto administrativo, o requerimento de execução, nos termos do artigo 5º do Decreto Lei n.º 256 A/77, pode ser apresentado pelo interessado no prazo de 3 anos, a contar do trânsito em julgado da sentença, salvo se prazo diferente resultar do disposto em lei especial. O pedido de declaração de inexistência de causa legítima de inexecução ou de fixação de indemnização pelos prejuízos resultantes do acto anulado na sentença e da inexecução desta, nós termos dos n.s I e 2 do artigo 7.º daquele decreto lei, pode ser formulado ao tribunal: 58

59 No prazo de dois meses, a contar da notificação que a Administração tenha feito ao interessado de não ser dada execução àsentença por causa legítima; No prazo de um ano, a contar do termo do prazo fixado no n.º 1 do artigo 6.º do mesmo diploma, se a Administração não invocar causa legítima de inexecução, nem der execução integral àsentença. A execução de sentença proferida em contencioso administrativo, quando não seja efectuada espontaneamente pela Administração, no prazo de trinta dias, a contar do trânsito em julgado, pode ser requerida pelo interessado ao órgão que tiver praticado o acto recorrido, ou, tratando se de acção, ao competente órgão da pessoa colectiva nela demandada art. 5º n.º 1 do DL n.º 256 A/77, de

60 A sentença deve ser integralmente executada dentro do prazo de sessenta dias, a contar da apresentação do requerimento do interessado, salvo ocorrência de causa legítima de inexecução. Só constituem causa legítima de inexecução a impossibilidade e o grave prejuízo para o interesse público do cumprimento da sentença. A causa legítima de inexecução pode respeitar a toda ou parte da sentença. A invocação de causa legítima de inexecução deve ser fundamentada e notificada ao interessado, com os respectivos fundamentos. Quando a execução da sentença consistir no pagamento de quantia certa, não éinvocável causa legítima de inexecução. 60

61 Se a Administração invocar causa legítima de inexecução, ou não der, no prazo de 60 dias, execução integral à sentença, pode o interessado requerer ao tribunal quem em primeiro grau de jurisdição tiver proferido sentença, ou declaração de inexistência de causa legítima de execução, ou no caso de concordar com a Administração acerca da existência de causa dessa natureza, a fixação de indemnização dos prejuízos resultantes do acto anulado pela sentença e da inexecução desta. A declaração de existência de causa legítima de inexecução poderá ser solicitada ao tribunal pela própria Administração, em exposição fundamentada, desde que o interessado não tenha ainda apresentado pedido de fixação de indemnização. 61

62 Se o tribunal se decidir pela inexistência de causa legítima de inexecução, ouvirá a Administração e o interessado, que deverão responder no prazo de 10 dias, sobre os actos e operações em que a execução deverá consistir e o prazo necessário para a sua prática. O tribunal, especificará os actos e operações em que a execução deverá consistir e o prazo em que deverão ter lugar, declarando nulos os actos praticados em desconformidade com a sentença e anulando aqueles que tenham sido praticados com invocação ou ao abrigo de causa legítima de inexecução não reconhecida. 62

63 Se o interessado requerer a fixação de indemnização pelos prejuízos resultantes do acto anulado pela sentença e da inexecução desta por causa legítima, o tribunal ordenará a notificação da Administração e do interessado para, no prazo de quinze dias, acordarem no montante da indemnização devida. Na falta de acordo proceder se áa julgamento nos termos gerais. A inexecução de sentença proferida em contencioso administrativo, e transitada em julgado, fora dos casos em que, por acordo do interessado ou declaração judicial, for considerada justificada por causa legítima, envolve responsabilidade civil, nos termos gerais, quer da administração, quer das pessoas que nela desempenhem funções, além de responsabilidade disciplinar, também nos termos gerais, dessas mesma pessoas. 63

64 Importa a pena de desobediência, sem prejuízo de outro procedimento especialmente fixado na lei, a inexecução de sentença proferida em contencioso administrativo transitada em julgado desde que, tendo a execução sido requerida pelo interessado, ela se não verifique, nos termos estabelecidos pelo tribunal, ou o órgão a quem caiba a execução revele inequivocamente a intenção de não dar cumprimento à sentença, sem invocação de causa legítima de inexecução. 64

65 No orçamento das pessoas colectivas de direito público será inscrita obrigatoriamente dotação destinada ao pagamento de encargos resultantes de sentenças de quaisquer tribunais. Essas dotações ficam à ordem do Conselho Superior da Magistratura, que emitirá a favor dos respectivos credores as ordens de pagamento que lhe forem requisitadas pelos tribunais, observando, no caso de insuficiência de verba, e enquanto não for devidamente reforçada a ordem do trânsito em julgado das sentenças. 65

66 Contencioso dos contratos de obras, de prestação de serviços e de fornecimento de bens Âmbito do recurso (art. 2º da Lei n.º 134/98, de 15.05) Todos os actos administrativos relativos à formação do contrato que lesem direitos ou interesses legalmente protegidos são susceptíveis de recurso contencioso, independentemente da sua forma. Com o pedido de anulação ou declaração de nulidade ou inexistência jurídica de actos administrativos relativos à formação do contrato, ou previamente à dedução do pedido, poderão ser requeridas medidas provisórias destinadas a corrigir a ilegalidade ou a impedir que sejam causados outros danos aos interesses em causa, incluindo medidas destinadas a suspender o procedimento de formação do contrato. 66

67 Legitimidade e prazo (art. 3º da Lei n.º 134/98, de 15.05) Os recursos contenciosos de actos administrativos relativos à formação do contrato podem ser interpostos por quem se considerar titular de direito subjectivo ou interesse legalmente ofendido pelo acto recorrido ou alegar interesse directo, pessoal e legítimo no provimento do recurso. O prazo para a interposição de recurso éde 15 dias a contar da notificação dos interessados ou, não havendo lugar à notificação, a partir da data do conhecimento do acto. 67

68 Tramitação (art. 4º da Lei n.º 134/98, de 15.05) Nestes recursos contenciosos é apenas admissível prova documental. Só haverá alegações no caso de ser produzida ou requerida prova com a resposta ou contestação. Têm carácter urgente. Medidas provisórias (art. 5º da Lei n.º 134/98, de 15.05) O requerimento das medidas provisórias deve ser instruído com todos os elementos de prova. As medidas devem ser pedidas, em requerimento próprio, ao tribunal competente para o recurso e não serão decretadas se o tribunal, em juízo de probabilidade, ponderados os direitos ou interesses susceptíveis de serem lesados, concluir que as consequências negativas para o interesse público excedem o proveito a obter pelo requerente. As medidas provisórias têm carácter urgente. 68

69 CUSTAS JUDICIAIS Recurso Contencioso de Anulação e acções Aos recursos contenciosos de anulação é aplicável quanto ao regime de custas o estabelecido no DL n.º 42150, de Às acções que corram termos nos tribunais administrativos e aos respectivos incidentes e recursos é aplicável, quanto a custas e preparos, o regime estabelecido no C.C.J..Neste conspecto, na P.I. é obrigatória a indicação do valor da causa. Às acções para obter o reconhecimento de um direito ou interesse legalmente protegido é aplicável o regime de custas e preparos estabelecido para os recursos de actos administrativos. 69

70 Extensão da tributação dos recursos O regime de custas e preparos estabelecido para os recursos de actos administrativos é aplicável aos processos de contencioso eleitoral, de impugnação de normas e de conflitos. Recursos para o Pleno e Plenário O actual regime de custas e preparos dos recursos para o tribunal pleno é aplicável aos recursos para o plenário do S.T.A. e para o pleno das respectivas secções. Regime de custas no Tribunal Central Administrativo O regime de custas e preparos na Secção de Contencioso Administrativo do T.C.A. é idêntico ao previsto para a 1.ª Secção do S.T.A. 70

71 REFORMA do CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO A Reforma do Contencioso Administrativo foi protagonizada pela Lei n.º 13/2002, de 19 de Fevereiro, alterada pela Lei n.º 107 D/2003, de 31 de Dezembro que aprovou o novo Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais (posteriormente alterado pela Lei n.º 1/2008, de 14.01, pela Lei n.º 2/2008, de 14.01, pela Lei n.º 26/2008, de 27.06, pela Lei n.º52/2008, de 28.08, pela Lei n.º 59/2008, de e pelo DL n.º 166/2009, de 31.07) e pela Lei n.º 15/2002, que aprovou o Código de Processo nos Tribunais Administrativos, posteriormente alterada pela Lei 4 A/2003 de e pela Lei 59/2008, de

72 Regime da Organização e Funcionamento dos Tribunais Administrativos Jurisdição Administrativa e Fiscal (art. 1º n.º1 do ETAF e art. 212º n.º 3 da CRP) Os tribunais da jurisdição administrativa e fiscal são os órgãos de soberania com competências para administrar a justiça em nome do povo nos litígios emergentes de relações jurídicas administrativas e fiscais. Âmbito da Jurisdição (art. 4º do ETAF) Compete aos tribunais da jurisdição administrativa e fiscal a apreciação de litígios que tenham nomeadamente por objecto: 72

73 Tutela de direitos fundamentais, bem como dos direitos e interesses legalmente protegidos dos particulares directamente fundados em normas de direito administrativo ou fiscal ou decorrentes de actos jurídicos praticados ao abrigo de disposições de direito administrativo ou fiscal; Fiscalização da legalidade de actos jurídicos emanados pela administração no exercício da função administrativa, assim como de actos materialmente administrativos praticados por órgãos públicos não pertencentes à Administração pública ou por particulares. 73

74 Fiscalização da legalidade de actos materialmente administrativos praticados por quaisquer órgãos do Estado ou das Regiões Autónomas, ainda que não pertençam à Administração Pública; Fiscalização da legalidade das normas e demais actos jurídicos praticados por sujeitos privados, designadamente concessionários, no exercício de poderes administrativos; Questões relativas à validade de actos pré contratuais e à interpretação, validade e execução de contratos a respeito dos quais haja lei específica que admita que sejam submetidos, a um procedimento pré contratual regulado por normas de direito público; 74

75 Questões relativas à interpretação, validade e execução de contratos de objecto passível de acto administrativo, de contratos especificamente a respeito dos quais existam normas de direito público que regulem aspectos específicos do respectivo regime substantivo, ou de contratos em que pelo menos uma das partes seja uma entidade pública ou um concessionário que actue no âmbito da concessão e que as partes tenham expressamente submetido a um regime substantivo de direito público; Questões em que, nos termos da lei, haja lugar a responsabilidade civil extra contratual das pessoas colectivas de direito público, incluindo a resultante do exercício da função jurisdicional e da função legislativa; 75

76 Responsabilidade civil extracontratual dos titulares de órgãos, funcionários, agentes e demais servidores públicos. Responsabilidade civil extracontratual dos sujeitos privados aos quais seja aplicável o regime específico da responsabilidade do Estado e demais pessoas colectivas de direito público; Relações jurídicas entre pessoas colectivas de direito público ou entre órgãos públicos, no âmbito dos interesses que lhes cumpre prosseguir; Promover a prevenção, cessação e reparação de violações a valores e bens constitucionalmente protegidos, em matéria de saúde pública, ambiente, urbanismo, ordenamento do território, qualidade de vida, património cultural e bens do Estado, quando cometidas por entidades públicas, e desde que não constituam ilícito penal ou contra ordenacional; 76

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