Declaração do Governo da República do Equador sobre o pedido de asilo de Julian Assange

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1 Pelo Socialismo Questões político-ideológicas com atualidade Publicado em: Tradução do castelhano de MF Colocado em linha em: 2012/09/09 Declaração do Governo da República do Equador sobre o pedido de asilo de Julian Assange Comunicado do Ministério de Relações Externas, Comércio e Integração A 19 de Junho de 2012, o cidadão de nacionalidade australiana Julian Assange apresentou-se na Embaixada do Equador em Londres, a fim de solicitar a proteção diplomática do Estado equatoriano, ao abrigo das normas vigentes sobre asilo diplomático. O requerente baseou o seu pedido no receio que lhe causa a eventual perseguição política que poderia sofrer num terceiro Estado, que se poderia valer da sua extradição para a Suécia para, por sua vez, conseguir a posterior extradição para aquele país. O Governo do Equador, fiel às normas de asilo e atribuindo a máxima seriedade a este caso, examinou e avaliou todos os aspetos nele implicados, particularmente os argumentos apresentados pelo senhor Assange, para fundamentar o temor que sente perante uma situação que esta pessoa considera um perigo para a sua vida, a sua segurança pessoal e a sua liberdade. Importa assinalar que o senhor Assange tomou a decisão de solicitar o asilo e proteção do Equador devido às acusações que, segundo manifesta, lhe foram feitas por suposta «espionagem e traição»; por isso, este cidadão expõe o medo que lhe infunde a possibilidade de ser entregue às autoridades dos Estados Unidos da América pelas autoridades britânicas, suecas ou australianas, pois aquele é um país, sublinha o senhor Assange, que o persegue devido à desclassificação de informações comprometedoras para o Governo norte-americano. O requerente diz mesmo que «é vítima de uma perseguição em diferentes países, que resulta não apenas das suas ideias e das suas acções, mas também do seu trabalho, ao publicar informação que compromete os poderosos, ao publicar a verdade e, com isso, desmascarar a corrupção e graves abusos aos direitos humanos de cidadãos em todo o mundo». Portanto, para o requerente, é a imputação de delitos de carácter político que fundamenta o seu pedido de asilo, pois, em sua opinião, encontra-se numa situação que pressupõe para si um perigo iminente a que não pode resistir. A fim de explicar o receio que lhe infunde uma possível perseguição política, e que esta possibilidade 1

2 acabe convertendo-se numa situação de menosprezo e violação dos seus direitos, com risco para a sua integridade e segurança pessoal e a sua liberdade, o Governo do Equador considerou o seguinte: 1. Que Julian Assange é um profissional da comunicação galardoado internacionalmente pela sua luta a favor da liberdade de expressão, da liberdade de imprensa e dos direitos humanos em geral; 2. Que o senhor Assange partilhou com o público global informação documental privilegiada, gerada por diversas fontes, e que afectou funcionários, países e organizações; 3. Que existem indícios de retaliação por parte do país ou dos países que produziram a informação divulgada pelo senhor Assange, represália que pode pôr em risco a sua segurança, integridade e, inclusive, a sua vida; 4. Que apesar das diligências diplomáticas realizadas pelo Estado equatoriano, os países dos quais se requereram garantias suficientes para proteger a segurança e a vida do senhor Assange se negaram a facilitá-las; 5. Que existe a certeza das autoridades equatorianas de que é viável a extradição do senhor Assange para um terceiro país, fora da União Europeia, sem as devidas garantias para a sua segurança e integridade pessoal; 6. Que a evidência jurídica mostra claramente que, a dar-se uma extradição para os Estados Unidos da América, o senhor Assange não teria um julgamento justo, poderia ser julgado por tribunais especiais ou militares, e não é inverosímil que lhe aplicassem um tratamento cruel e degradante e fosse condenado a prisão perpétua ou à pena capital, com o que os seus direitos humanos não seriam respeitados; 7. Que, ainda que o senhor Assange deva responder à investigação aberta na Suécia, o Equador está consciente que a promotoria sueca teve uma atitude contraditória que impediu ao senhor Assange o total exercício do legítimo direito à defesa; 8. Que o Equador está convencido de que foram menosprezados os direitos processuais do senhor Assange durante a referida investigação; 9. Que o Equador constatou que o senhor Assange se encontra sem a necessária protecção e auxílio que devia receber por parte do Estado do qual é cidadão; 10. Que, do teor de várias declarações públicas e comunicações diplomáticas realizadas por funcionários da Grã-Bretanha, Suécia e Estados Unidos da América se infere que os referidos governos não respeitariam as convenções e tratados internacionais e dariam prioridade a leis internas de hierarquia secundária, contrariando normas expressas de aplicação universal; e 11. Que, se o senhor Assange for sujeito a prisão preventiva na Suécia (como é costume neste país), iniciar-se-ia uma sucessão de acontecimentos que impediria 2

3 a ulterior tomada de medidas de proteção, para evitar a possível extradição para um terceiro país. Assim sendo, o Governo do Equador considera que estes argumentos sustentam os temores de Julian Assange, podendo este ser vítima de uma perseguição política em consequência da sua defesa assumida a favor da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa, assim como da sua posição de repúdio pelos abusos em que o poder em determinados países costuma incorrer, aspectos que levam o senhor Assange a pensar que, a qualquer momento, pode colocar-se uma situação suscetível de pôr em perigo a sua vida, segurança e integridade pessoal. Este receio obrigou-o a exercer o seu direito humano de procurar e receber asilo na Embaixada do Equador no Reino Unido. O artigo 41.º da Constituição da República do Equador define claramente o direito de asilar. Em virtude desta disposição, no Equador estão plenamente reconhecidos os direitos de asilo e refúgio, de acordo com a lei e os instrumentos internacionais de direitos humanos. Segundo a referida norma constitucional: «as pessoas que se encontram em situação de asilo e refúgio gozarão de proteção especial, que garanta o pleno exercício dos seus direitos. O Estado respeitará e garantirá o princípio de não devolução, além da assistência humanitária e jurídica de emergência». O direito de asilo também se encontra reconhecido no artigo 4.7 da Lei Orgânica do Serviço Externo de 2006, que atribui capacidade ao Ministério de Relações Externas, Comércio e Integração do Equador para conhecer dos casos de asilo diplomático, de acordo com as leis, os tratados, o direito e a prática internacional. É preciso sublinhar que o nosso país se destacou, nos últimos anos, por acolher um grande número de pessoas que pediram asilo territorial ou refúgio, tendo respeitado integralmente o princípio de não devolução e de não discriminação, ao mesmo tempo que adotou medidas no sentido de outorgar o estatuto de refugiado de maneira expedita, tendo em conta as circunstâncias dos requerentes, na sua grande maioria colombianos que fogem do conflito armado no seu país. O Alto Comissariado das Nações Unidos para os Refugiados elogiou a política de refúgio do Equador e realçou o facto significativo de o país não se ter confinado a remeter estas pessoas para acampamentos, mas tê-las também integrado na sociedade com pleno gozo dos seus direitos humanos e garantias. O Equador coloca o direito de asilo no catálogo universal dos direitos humanos e crê, portanto, que a aplicação efetiva deste direito exige a cooperação internacional que os nossos países possam prestar, sem a qual o seu enunciado resultaria infrutífero e a instituição seria de todo ineficaz. Por estes motivos, e recordando a obrigação que todos os Estados assumiram de colaborar na proteção e promoção dos Direitos Humanos, tal como a Carta das Nações Unidas dispõe, convida o Governo britânico a dar a sua contribuição para alcançar este propósito. Para este efeito, o Equador constatou, no decurso da análise das instituições jurídicas vinculadas ao asilo, que para a concretização deste direito concorrem princípios fundamentais do direito internacional geral, os mesmos que pela sua importância 3

4 têm valor e alcance universal, na medida em que estão conformes com o interesse geral da comunidade internacional no seu conjunto, e contam com o pleno reconhecimento de todos os Estados. Os referidos princípios, que se encontram contemplados em diversos instrumentos internacionais, são os seguintes: a) O asilo, em todas as suas modalidades, é um direito humano fundamental que cria obrigações erga omnes, ou seja, «para todos» os Estados. b) O asilo diplomático, o refúgio (asilo territorial) e os direitos a não ser extraditado, expulso, entregue ou transferido, são direitos humanos equiparáveis, já que se baseiam nos mesmos princípios de protecção humana: não devolução e não discriminação sem qualquer distinção de carácter desfavorável por motivos de raça, cor, sexo, idioma, religião ou crença, opiniões políticas ou de outra índole, origem nacional ou social, fortuna, nascimento ou outra condição, ou qualquer outro critério análogo. c) Todas estas formas de proteção estão regidas pelos princípios pro homine (ou seja, mais favorável à pessoa humana): igualdade, universalidade, indivisibilidade, complementaridade e interdependência. d) A protecção produz-se quando o Estado asilante, de refúgio ou requerido, ou a potência protetora consideram que existe o risco ou o temor de que a pessoa protegida possa ser vítima de perseguição política ou se lhe imputem delitos políticos. e) Corresponde ao Estado que asila qualificar as causas de asilo e, em caso de extradição, avaliar as provas. f) Sejam quais forem as modalidades ou formas em que se apresente, o asilo tem sempre a mesma causa e o mesmo objeto lícitos, isto é: a perseguição política, que é a sua causa lícita; e salvaguardar a vida, segurança pessoal e liberdade da pessoa protegida, que é o objeto lícito. g) O direito de asilo é um direito humano fundamental, pertencendo, portanto, ao ius cogens, ou seja, ao sistema de normas imperativas de direitos reconhecidos pela comunidade internacional no seu conjunto, que não admitem acordo em contrário, sendo nulos os tratados e disposições do direito internacional que se lhes oponham. h) Nos casos não previstos no direito vigente, a pessoa humana fica sob a salvaguarda dos princípios de humanidade e das exigências da consciência pública, ou está sob a proteção e domínio dos princípios do direito das gentes resultantes dos usos estabelecidos, dos princípios de humanidade e dos ditames da consciência pública. i) A falta de convenção internacional ou de legislação interna dos Estados não pode ser alegada legitimamente para limitar, menosprezar ou denegar o direito ao asilo. 4

5 j) As normas e princípios que regem os direitos de asilo, não extradição, não entrega, não expulsão e não transferência são convergentes, na medida do necessário, para aperfeiçoar a proteção e dotá-la da máxima eficiência. Neste sentido, o direito internacional dos direitos humanos, o direito de asilo e dos refugiados e o direito humanitário são complementares. k) Os direitos de protecção da pessoa humana baseiam-se em princípios e valores éticos universalmente admitidos e, portanto, têm um carácter humanístico, social, solidário, assistencial, pacífico e humanitário. l) Todos os Estados têm o dever de promover o desenvolvimento progressivo do direito internacional dos direitos humanos, através de ações nacionais e internacionais efetivas. O Equador considera que o direito aplicável ao caso do asilo do senhor Julian Assange está integrado por todo o conjunto de princípios, normas, mecanismos e procedimentos previstos nos instrumentos internacionais de direitos humanos (sejam de carácter regional ou universal), que contemplam entre as suas disposições o direito de procurar, receber e desfrutar de asilo por motivos políticos; as Convenções que regulam o direito de asilo e o direito dos refugiados, e que reconhecem o direito a não ser entregue, devolvido ou expulso quando há fundados receios de perseguição política; as Convenções que regulam o direito de extradição e que reconhecem o direito a não ser extraditado quando esta medida possa encobrir perseguição política; e as Convenções que regulam o direito humanitário, e que reconhecem o direito a não ser transferido quando exista risco de perseguição política. Todas estas modalidades de asilo e de proteção internacional estão justificadas pela necessidade de proteger esta pessoa de uma eventual perseguição política ou de uma possível imputação de delitos políticos e/ou delitos relacionados com estes, o que, no entendimento do Equador, não só poria em perigo o senhor Assange, como, além disso, representaria uma grave injustiça contra ele. É inegável que os Estados, ao assumirem em tão numerosos e substantivos instrumentos internacionais muitos deles juridicamente vinculativos a obrigação de dar proteção ou asilo às pessoas perseguidas por motivos políticos, expressaram a sua vontade de estabelecer uma instituição jurídica de proteção dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, assente numa prática geralmente aceite como direito, o que atribui às referidas obrigações um carácter imperativo, erga omnes, que, por estarem vinculadas ao respeito, proteção e desenvolvimento progressivo dos direitos humanos e liberdades fundamentais, formam parte do ius cogens. Menciona-se a seguir alguns destes instrumentos: a) Carta das Nações Unidas de 1945, Objectivos e Princípios das Nações Unidas: obrigação de todos os membros de cooperar na promoção e protecção dos direitos humanos; b) Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948: direito de procurar e desfrutar do asilo em qualquer país por motivos políticos (artigo 14); c) Declaração Americana de Direitos e Deveres do Homem de 1948: direito de procurar e receber asilo por motivos políticos (artigo 27); 5

6 d) Convenção de Genebra de 12 de Agosto de 1949, relativo à Proteção devida às Pessoas Civis em Tempo de Guerra: em caso algum se pode transferir a pessoa protegida para um país onde possa temer perseguições devidas às suas opiniões políticas (artigo 45); e) Convenção sobre o Estatuto dos Refugiados de 1951, e o seu Protocolo de Nova Iorque de 1967: proíbe a devolução ou expulsão de refugiados para países onde a sua vida e liberdade estejam em perigo (artigo 33.1); f) Convenção sobre Asilo Diplomático de 1954: o Estado tem o direito de conceder asilo e qualificar a natureza do delito ou dos motivos da perseguição (artigo 4); g) Convenção sobre Asilo Territorial de 1954: o Estado tem o direito de admitir no seu território as pessoas que julgue conveniente (artigo 1), quando sejam perseguidas pelas suas crenças, opiniões ou filiação política, ou por atos que possam ser considerados delitos políticos (artigo 2), não podendo o Estado asilante devolver ou expulsar o asilado que é perseguido por motivos ou delitos políticos (artigo 3); a extradição não se aplica também quando se trata de pessoas que, segundo o Estado requerido, sejam perseguidas por delitos políticos ou por delitos comuns cometidos com fins políticos, nem quando a extradição se requer em obediência a móbil político (artigo 4); h) Convénio Europeu de Extradição de 1957: proíbe a extradição se a Parte requerida considera que o delito imputado é de caráter político (artigo 3.1); i) Declaração 2312 sobre Asilo Territorial de 1967: estabelece a concessão de asilo às pessoas que tenham esse direito em virtude do artigo 14 da Declaração Universal de Direitos Humanos, incluídas as pessoas que lutam contra o colonialismo (artigo 1.1). Proíbe-se a negação de admissão, a expulsão e devolução a qualquer Estado onde possa ser objeto de perseguição (artigo 3.1); j) Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969: estabelece que as normas e princípios imperativos de direito internacional geral não admitem acordo em contrário, sendo nulo o tratado que no momento da sua conclusão entra em conflito com uma destas normas (artigo 53), e se surge uma nova norma perentória deste mesmo caráter, qualquer tratado existente que entre em conflito com a referida norma é nulo e dá-se por terminado (artigo 64). Quanto à aplicação destes artigos, a Convenção autoriza os Estados a exigir o seu cumprimento perante o Tribunal Internacional de Justiça, sem que se peça a conformidade do Estado requerido, aceitando a jurisdição do tribunal (artigo 66.b). Os direitos humanos são normas do ius cogens. k) Convenção Americana sobre Direitos do Homem de 1969: direito de procurar e receber asilo por motivos políticos (artigo 22.7). 6

7 l) Convénio Europeu para a Repressão do Terrorismo de 1977: o Estado requerido tem a faculdade de negar a extradição quando existe o perigo de a pessoa ser perseguida ou castigada pelas suas opiniões políticas (artigo 5); m) Convenção Interamericana sobre Extradição de 1981: a extradição não é procedente quando o reclamado tenha sido julgado ou condenado, ou vá ser julgado perante um tribunal de excepção ou ad hoc no Estado requerente (artigo 4.3); quando, conforme a qualificação do Estado requerido, se trate de delitos políticos ou conexos, ou de delitos comuns perpetrados com uma finalidade política; quando das circunstâncias do caso se possa inferir que existe propósito persecutório por considerações de raça, religião ou nacionalidade, ou que a situação da pessoa corra o risco de se ver agravada por alguns daqueles motivos (artigo 4.5). O artigo 6 dispõe, relativamente ao Direito de Asilo, que «nada do disposto na presente Convenção poderá ser interpretado como limitação do direito de asilo, quando este proceda»; n) Carta Africana de Direitos do Homem e dos Povos de 1981: direito do indivíduo perseguido procurar e obter asilo noutros países (artigo 12.3); o) Declaração de Cartagena de 1984: reconhece o direito a refugiar-se, a não ser recusado na fronteira e a não ser devolvido; p) Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia de 2000: estabelece o direito de proteção diplomática e consular. Qualquer cidadão da União poderá acolher-se, no território de um terceiro país em que não esteja representado o Estado membro de que seja nacional, à proteção das autoridades diplomáticas e consulares de qualquer Estado membro, nas mesmas condições dos nacionais deste Estado (artigo 46). O Governo do Equador considera importante destacar que as normas e princípios reconhecidos nos instrumentos internacionais citados e noutros acordos multilaterais têm supremacia sobre o direito interno dos Estados, já que os referidos tratados assentam numa normativa universal orientada por princípios intangíveis, de onde resulta um maior respeito, garantia e protecção dos direitos humanos contra atitudes unilaterais dos mesmos Estados. Outro entendimento retiraria eficácia ao direito internacional, o qual, pelo contrário, deve ser reforçado de maneira a que o respeito dos direitos fundamentais se consolide em função da sua integração e caráter ecuménico. Por outro lado, desde que Julian Assange solicitou asilo político ao Equador, têm-se mantido diálogos de alto nível diplomático com o Reino Unidos, a Suécia e os Estados Unidos. No decurso destas conversações, o nosso país pediu ao Reino Unido garantias mais estritas para que Julian Assange enfrente, sem obstáculos, o processo jurídico aberto na Suécia. As referidas garantias incluem que, uma vez resolvidas as suas responsabilidades legais na Suécia, não seja extraditado para um terceiro país; ou seja, a garantia de que não se aplique a figura da especialidade. Lamentavelmente, e apesar das repetidas trocas de textos, o Reino Unido nunca deu provas de querer alcançar compromissos políticos, limitando-se a repetir o conteúdo dos textos legais. 7

8 Os advogados de Julian Assange solicitaram à justiça sueca que recolhesse as declarações de Julian Assange na sede da Embaixada do Equador em Londres. O Equador transmitiu oficialmente às autoridades suecas a sua vontade de facilitar esta entrevista, com a intenção de não interferir ou obstaculizar o processo jurídico que prossegue na Suécia. Esta medida é perfeita e legalmente possível. A Suécia não aceitou. Por outro lado, o Equador auscultou a possibilidade de o Governo sueco estabelecer garantias para que, na sequência, Assange não fosse extraditado para os Estados Unidos. Novamente o Governo sueco recusou qualquer compromisso neste sentido. Finalmente, o Equador dirigiu uma comunicação ao Governo dos Estados Unidos para conhecer oficialmente a sua posição sobre o caso Assange. As consultas diziam respeito ao seguinte: 1. Se existe um processo legal em curso ou a intenção de levar a cabo tal processo contra Julian Assange e/ou os fundadores da organização Wikileaks; 2. Em caso afirmativo, que tipo de legislação, em que condições e a que penas máximas estariam sujeitas tais pessoas; 3. Se existe a intenção de pedir a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos. A resposta dos Estados Unidos consistiu em que não pode fornecer informação referente ao caso Assange, alegando tratar-se de um assunto bilateral entre o Equador e o Reino Unido. Com estes antecedentes, o Governo do Equador, fiel à sua tradição de proteger quem procure proteção no seu território ou em locais das suas missões diplomáticas, decidiu conceder asilo diplomático ao cidadão Julian Assange, com base na petição apresentada ao senhor Presidente da República, através de comunicação escrita, datada de Londres, no dia 19 de Junho de 2012, e complementada pela comunicação datada de Londres, no dia 25 de Junho de 2012, pelo que o Governo equatoriano, depois de proceder a uma justa e objetiva avaliação da situação exposta pelo senhor Assange, atendendo às suas próprias declarações e argumentos, faz seus os receios do requerente e assume que existem indícios que permitem presumir que pode haver perseguição política ou poderia existir tal perseguição se não se tomassem as medidas oportunas e necessárias para a evitar. O Governo do Equador tem a certeza de que o Governo britânico saberá avaliar a justiça e retidão da posição equatoriana e, em consonância com estes argumentos, confia em que o Reino Unido facultará o mais cedo possível as garantias ou o salvoconduto necessários e pertinentes à situação do asilado, de maneira a que os seus Governos possam honrar com os seus atos a fidelidade que lhes merecem o direito e as instituições internacionais, que ambas as nações contribuíram para formar, ao longo da sua história comum. Também confia em que se irão manter inalteráveis os excelentes laços de amizade e respeito mútuo que unem o Equador e o Reino Unido e os seus respetivos povos, 8

9 empenhados como estão na promoção e defesa dos mesmos princípios e valores e dado partilharem idênticas preocupações sobre a democracia, a paz e o bem-estar, só possíveis se se respeitarem os direitos fundamentais de todos. 9

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