PREFEITURA MUNICIPAL DE ITABUNA
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- Tânia Almada di Azevedo
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1 DE C R E T O Nº , de 25 de setembro de 2015 EMENTA:Cria o PROGRAMA MUNICIPAL DOS AGENTES AMBIENTAIS, no âmbito Administração Pública Municipal de Itabuna, e dá outras providencias. O PREFEITO MUNICIPAL DE ITABUNA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 66, incisos, VII e XII, da Lei Orgânica do Município de Itabuna LOMI e, em conformidadecom o que dispõem as LeisFederais n.ºs: /2007 e /2010; Portaria Ministerial n.º 397/2002 e os Decretos Federais n.ºs: 7.053/1959, 5.940/2006 e 7.405/10. DECRETA: Art. 1º-Fica criado no âmbito da Administração Pública Municipal de Itabuna, O PROGRAMA MUNICIPAL DOS AGENTES AMBIENTAIS,vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social,quetem por objetivo a promoção da inclusão sócio produtiva das pessoas em vulnerabilidade social, através do recolhimento e beneficiamento dos resíduos sólidos gerados no município de Itabuna. Art. 2º -Os resíduos de que trata o art. 1º deste Decreto, são aqueles gerados dentro ou fora das residências e unidades comerciais do Município de Itabuna e deverão ser direcionados a entidades não governamentais que trabalham com manejo de resíduos sólidos, regularmente selecionada e cadastrada junto à Prefeitura Municipal de Itabuna, através da Secretaria Municipal de Assistência Social, a fim de se proporcionar a correta destinação dos seguintes materiais recicláveis: I papel, papelão e cartonados; II plásticos; III metais; IV vidros; V outros resíduos pós-consumo. Art. 3º -O Programa Municipal dos Agentes Ambientais criado nos termos deste Decreto, integra ações nas áreas de capacitação, assessoria técnica, incubação de cooperativas, empreendimentos sociais solidários e responsabilidade compartilhada, aquisição de
2 equipamentos, máquinas e veículos, implantação e adaptação de infraestrutura física e a organização de redes de comercialização e cadeias produtivas integradas por cooperativas e associações de trabalhadores em materiais recicláveis e reutilizáveis. Parágrafo único -Além das ações descritas no caput deste artigo, o programa inclui a concessão de incentivo financeiro, concedido prioritariamente às pessoas em situação de vulnerabilidade social, viabilizando a inserção destes cidadãos no contexto social urbano, em sede de organizações solidárias. Art. 4º - O incentivo financeiro de que trata o art. 3º será concedido pela Administração Municipal, na forma de Bolsa Ambiental, concedida às pessoas em situação de vulnerabilidade social cadastrada conforme expresso no art. 1º deste Decreto, preenchidos os requisitos constantes do art. 9º, sendo beneficiada também a população em situação de rua. Art.5º - As bolsas serão concedidas em número mínimo inicial de 100 (cem), podendo aumentar o número de beneficiários a depender da disponibilidade financeira e da expansão ou aperfeiçoamento do programa. Parágrafo único -O valor da bolsa será de R$ 400 (quatrocentos reais) e será creditado mensalmente aos beneficiários selecionados, através de depósito bancário em conta previamente cadastrada junto à Secretaria de Assistência Social, em nome do beneficiário, enquanto este estiver participando do Programa instituído por este Decreto. Art. 6º -Não havendo cooperativas de recolhimento e/ou beneficiamento de resíduos sólidos no município, os beneficiários do programa serão auxiliados na criação e incubação desses empreendimentos, devendo o poder público arcar com todos os custos da sua formalização e instalação. Art. 7º -Os agentes ambientais serão credenciados através deste programa e atuarão em suas comunidades como agentes multiplicadores na educação ambiental e gestão adequada dos resíduos sólidos. Art. 8º - O programa instituído por este Decreto obedecerá as seguintes etapas prévias: I realização de diagnostico sócio-territorial que permita identificar as pessoas em situação de vulnerabilidade social; II identificação dos moradores de rua que já realizam atividades de reciclagem; III reserva de vagas aos moradores de rua identificados;
3 IV seleção dos catadores de material reciclável, em situação de vulnerabilidade social; V levantamento e cadastramento das Cooperativas de Reciclagem existentes no Município de Itabuna; VI - realização de curso de capacitação para os beneficiados selecionados. Art. 9 - São condições mínimas cumulativas para a seleção dos beneficiados pela Bolsa Reciclagem: I - Não Morador de rua: a) ser maior de 18 anos; b) residir no Município de Itabuna; c) vir realizando atividades de reciclagem; d) estar em situação de vulnerabilidade social devidamente atestada por profissionais vinculados à Secretaria de Assistência Social. II Morador de rua: a) ser maior de 18 anos; b) residir no Município de Itabuna, em situação de rua; c) vir realizando atividades de reciclagem; d) ser cadastrado no Centro POP; e) participar do curso de capacitação descrito no inciso VI, do art. 8º, deste Decreto; 1º - Todos os candidatos no ato do cadastramento junto à Secretaria de Assistência Social deverão apresentar os seguintes documentos pessoais: I Certidão de Nascimento; II Cédula de Identidade; III Cadastro de Pessoas Físicas CPF; IV Titulo de Eleitor; e V Número de Inscrição Social NIS; 2º - Só poderá ser inscrito no Programa criado nos termos deste Decreto um beneficiário por núcleo familiar. 3º - Todos os candidatos selecionados para participarem do Programa Municipal de Agentes Ambientais, deverão participar do curso de capacitação conforme descrito no inciso VI do art. 8º deste Decreto.
4 Art. 10 As bolsas reciclagens concedidas deverão ser revistas a cada 02 (dois) anos, para a avaliação da continuidade das condições que lhe deram origem. 1º - O pagamento do benefício financeiro nomeado Bolsa Ambiental, cessará no momento em que forem superadas as condições referidas no artigo anterior ou em caso de morte do beneficiário. 2º - A Bolsa Ambiental será cancelada quando se constatar irregularidade na sua concessão ou utilização. Art. 11 -A gestão e acompanhamento do Programa Municipal dos Agentes Ambientais, será realizada por um Comitê Gestor, constituído por representantes do Poder Público Municipal e da sociedade civil organizada, a serem eleitos conforme regulamentação própria. 1º - O Comitê Gestor referido no caput deste artigo terá a seguinte composição: I 01 (um) representante da Secretaria Municipal da Fazenda; II 02 (dois) representante da Secretaria Municipal de Assistência Social; III 01 (um) representante da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano; IV 02 (dois) representantes de entidades da sociedade civil organizada, que comprovadamente atuem com políticas sociais explicitas na inclusão social. 2 A coordenação do Comitê Gestor a que se refere este artigo será exercida por um dos representantes da Secretaria de Assistência Social. 3º - A seleção dos representantes da sociedade civil organizada dar-se-á mediante a publicação do competente Edital de Convocação pelo Chefe do Poder Executivo Municipal, o qual deverá conter as regras de inscrição, critérios de avaliação e seleção, com obediência imperiosa do disposto neste Decreto. 4º - A atuação no âmbito do Comitê Gestor não enseja qualquer remuneração para seus membros e os trabalhos nele desenvolvidos são considerados prestação de relevante serviço público. 5º - O Comitê Gestor se reunirá: a) com a presença da maioria absoluta de seus membros, sendo considerada aprovada a matéria que obtiver maioria simples dos votos dos presentes.
5 b) ordinariamente conforme o estabelecido em regimento internoe, extraordinariamente, quando convocado pelo seu Coordenador ou por solicitação de pelo menos metade de seus membros. 6 São competências docomitê Gestor: I estabelecer diretrizes e prioridades para a gestão dos recursos anuais do Programa Municipal dos Agentes Ambientais ; II definir instrumentos e meios de controle social para fins de planejamento, execução, monitoramento e avaliação da gestão do Programa; III contribuir para a construção de rede de gestão integrada intergovernamental, com vistas a estimular o compartilhamento de informações e a implantação, a ampliação e o fortalecimento da gestão integrada de resíduos sólidos no município, com a inclusão sócio produtiva dos Agentes Ambientais; IV fomentar a criação, manutenção e ampliação das Cooperativas de Reciclagem. 7º - As demais disposições relativas ao funcionamento do Comitê Gestor serão fixadas em seu Regimento Interno. Art. 12 -Serão selecionadas, mediante procedimento de chamamento público, previsto na Lei 8.666/93, empresas ou entidades da sociedade civil organizada aptas a realização de diagnósticos, cursos de capacitação e assessoria no âmbito da criação e incubação de cooperativas e redes de solidariedade. Art As dotações para o custeio e manutenção do programa criado por este Decreto serão consignadas no Orçamento Anual Municipal, suplementadas se necessário. Art As demais questões relativas à gestão do Programa Municipal dos Agentes Ambientais não abrangidas por este Decreto serão dirimidas por ato do Comitê Gestor, constituídona forma do disposto no art. 11 deste Decreto. Art. 15 Este decreto entra em vigor nesta data. Art. 16 Ficam revogadas as disposições em contrário, em especial o Decreto nº , de 19 de agosto de 2013.
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