PROJETO DE LEI QUE PROPÕE A PROIBIÇÃO DA DERRUBADA DO UMBUZEIRO EM TODO O PAÍS

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1 ESTUDO ESTUDO PROJETO DE LEI QUE PROPÕE A PROIBIÇÃO DA DERRUBADA DO UMBUZEIRO EM TODO O PAÍS ESTUDO SETEMBRO/2004 Ana Cristina Fraga Castellani Consultora Legislativa da Área XI Meio Ambiente e Direito Ambiental, Organização Territorial, Desenvolvimento Urbano e Regional Câmara dos Deputados Praça 3 Poderes Consultoria Legislativa Anexo III - Térreo Brasília - DF

2 SUMÁRIO 1 Introdução O Umbuzeiro A Caatinga Descrição Ameaças à região Contra-sensos Iniciativa recente As possibilidades de ação do Poder Legislativo Projeto de Lei Outras ações Análise do Projeto de Lei nº 3.548, de Conclusão Câmara dos Deputados. Todos os direitos reservados. Este trabalho poderá ser reproduzido ou transmitido na íntegra, desde que citadas a autora e a Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados. São vedadas a venda, a reprodução parcial e a tradução, sem autorização prévia por escrito da Câmara dos Deputados. Este trabalho é de inteira responsabilidade de sua autora, não representando necessariamente a opinião da Câmara dos Deputados. 2

3 PROJETO DE LEI QUE PROPÕE A PROIBIÇÃO DA DERRUBADA DO UMBUZEIRO EM TODO O PAÍS Ana Cristina Fraga Castellani 1 INTRODUÇÃO Trata, o presente estudo técnico, de avaliar a importância e o alcance da medida de proteção proposta pelo Projeto de Lei nº 3.548, de 2004, para a árvore denominada Umbuzeiro (Spondias Tuberosa), qual seja, a proibição de sua derrubada em todo o território nacional. A mencionada espécie é uma das principais representantes da fisionomia vegetal da Caatinga, razão pela qual sua preservação também implica, de certa forma, na preservação do próprio bioma. O estudo apresenta, inicialmente, as principais características do umbuzeiro e da Caatinga para, em seguida, tecer considerações sobre o alcance do papel do Poder Legislativo relativo ao tratamento da matéria e, por fim, analisar o conteúdo propriamente dito do Projeto de Lei proposto pelo Deputado Edson Duarte. 2 O UMBUZEIRO O umbuzeiro é uma árvore de pequeno porte, medindo cerca de 6 metros de altura, de tronco curto e copa em forma de guarda-chuva, com diâmetro variando de 10 a 15 metros. É uma planta xerófila (que vive em lugares secos), com raízes superficiais que atingem até 1 metro de profundidade, e que pode viver até 100 anos. 1 A árvore é da espécie Spondias tuberosa, pertencente a família Anacardiaceae. É encontrada nos chapadões semi-áridos do Nordeste brasileiro, nas regiões do Agreste (Piauí), Cariris (Paraíba) e Caatinga (Pernambuco e Bahia), chegando até o norte de Minas Gerais. 1 Site da Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Governo da Bahia 3

4 No Brasil colonial era chamado de ambu, imbu, ombu, corruptelas do Tupi-guarani "y-mb-u", que significa "árvore que dá de beber". 2 Curiosa é a localização do umbuzeiro. Muitas vezes o encontramos em ambiente pedregoso, com solos pouco profundos e sem água subterrânea. Se, no entanto, examinarmos a terra debaixo da copa, notaremos pequenas fissuras por toda parte. Escavando um pouco, logo aparecem tubérculos (xilopódios) de diversos tamanhos, todos cheios de água. Água refrescante, com um leve sabor da fruta, armazenada no tecido da raiz. Até hoje, vaqueiros, nas longas jornadas pela Caatinga, utilizam a "batata do umbuzeiro" para matar a sede. 3 O fruto - umbu ou imbu - tem diâmetro médio de 3,0 cm, pesando entre 10 e 20 gramas e sua polpa é quase aquosa quando madura. Cada 100 gramas de polpa contém 44 calorias, 0,6 gramas de proteína, 20 mg de cálcio, 14 mg de fósforo, 2 mg de ferro, além de vitamina A, vitamina C e vitamina B 1. O umbuzeiro produz frutos, seguramente, a cada ano e, para isso, não precisa de qualquer irrigação. No fim da estação chuvosa, a árvore perde as folhas, como estratégia, para que estas não percam água por transpiração. No auge do calor e da seca, em setembro, começam a brotar pequenas flores brancas, que darão origem aos frutos e, somente algumas semanas mais tarde, as primeiras folhas aparecem novamente. Os frutos continuam crescendo, mesmo durante a seca e, quando as chuvas chegam à Caatinga, geralmente só em novembro, a árvore recupera, em poucos dias, todo o seu verde e, logo em seguida, começam a cair os primeiros frutos. No tempo do umbu, de novembro a março, o Umbuzeiro é o centro da atenção dos moradores do Semi-árido. Em pequenos grupos, crianças e adultos vagam pela Caatinga, de Umbuzeiro em umbuzeiro, para colher as frutas em baldes, cestos e sacos, enquanto cabras e ovelhas se alimentam dos umbus caídos durante a noite. O pé de umbuzeiro inicia sua produção a partir do 8º ano de vida. Cada planta pode produzir 300 kg de frutos por safra ( frutos). Um hectare com 100 plantas pode produzir até 30 toneladas. 4 Os frutos são destinados ao consumo "in natura" ou ao fornecimento de matéria-prima para outros 48 produtos, que vão desde sucos a sorvetes e geléias. O negócio agrícola com o umbu, desde a coleta, processamento e comercialização, gira em torno de 6 milhões de reais por ano e começa a chamar a atenção dos 2 Site da Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Governo da Bahia 3 Herald Schistek, A água no Semi-árido brasileiro, Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada IRPAA, Convivência com o Semi-árido. 4 Luiz Epstein, A riqueza do umbuzeiro, Revista Bahia Agrícola, V.2, n.3, novembro de

5 agricultores. O umbu chega a representar uma fonte de renda importante no período da entresafra, contribuindo com a metade da renda média anual dos agricultores nas áreas de coleta. Por estas e outras razões, o umbuzeiro deveria ser reconhecido como o verdadeiro representante da Caatinga nordestina, como a planta sagrada do sertão, segundo sugeriu Euclides da Cunha em "Os Sertões". 5 Atento a este mercado e à vantagem comparativa do umbuzeiro, quando comparado às outras frutíferas do Nordeste, e tendo em vista a implantação de uma fruticultura voltada para as áreas secas da região, onde não há irrigação, o programa de pesquisa da Embrapa Semi-Árido está experimentando, com bons resultados, uma utilização ainda mais ampla desta espécie. Como vimos anteriormente, a resistência do umbuzeiro à seca é assegurada pelos xilopódios (tubérculos ou batatas), que armazenam água e substâncias nutritivas, o que faz a espécie se desenvolver e produzir muito bem no Semi-árido brasileiro. As outras espécies frutíferas, que não possuem xilopódios, são mais vulneráveis às secas periódicas e não se desenvolvem e nem produzem bem na região semi-árida. A principal linha de pesquisa do Embrapa Semi-Árido consiste em enxertar ceriguela, umbu-cajá, cajá-manga, cajá e umbuguela, dentre outras frutas, utilizando o umbuzeiro como cavalo. As plantas enxertadas no umbuzeiro vêm sendo cultivadas há três anos e apresentam bom desenvolvimento e sobrevivência em condições de sequeiro absolutas. Dessas espécies, a ceriguela e o cajá-manga já começam a produzir os primeiros frutos, apesar de a produção ser ainda incipiente. Essas plantas, que são da mesma família do umbuzeiro (Anacardiacea), em condições absolutas de sequeiro, muito dificilmente conseguiriam sobreviver. Com essa técnica, é possível também antecipar a produção do umbuzeiro a partir dos quatro anos. Dentro da mesma linha de pesquisa, o Embrapa Semi-árido vem avaliando o índice de pegamento de enxerto destas espécies em plantas adultas de umbuzeiro que possuem o tronco já formado há mais de 30 anos. No momento, tal índice, em condições naturais de campo aberto, tem-se apresentado bastante promissor, variando de 41% a 100%. Esta técnica dá a opção ao agricultor de fazer a troca da espécie pela substituição de copa, ou seja, enxertar um outro tipo de Spondias que tenha características desejáveis. Cabe lembrar que a 5 Francisco Pinheiro de Araujo e Carlos Antonio Fernandes Santos, Umbuzeiro dá vida a outras plantas e amplia alternativas para o Semi-Árido, Embrapa acelera pesquisas para explorar novos potenciais desta fruteira. Embrapa Semi-Árido Petrolina-PE 5

6 substituição de copa ou a troca de cultivares é um dos benefícios que a técnica da enxertia pode oferecer e esta prática já vem sendo realizada com sucesso em caju e cacau. 6 As pesquisas desenvolvidas com o umbuzeiro no Embrapa Semi-árido, nesses últimos dez anos, estão bastante avançadas. Esse centro de pesquisa possui, hoje, o maior banco de germoplasma de umbuzeiro: são mais de 72 tipos (acessos), a partir dos quais se encontram frutos com enorme variação de peso (de 4 a 100 gramas) e, até mesmo, umbu de cacho (penca com até 25 frutos). O estudo de cada tipo, por sua vez, já levantou muitas informações acerca do potencial produtivo de cada um deles. É um trabalho dinâmico: a identificação de novos tipos conduz a novos estudos. 3 A CAATINGA Descrição 7 No idioma tupi, Caatinga quer dizer mata branca, referência à vegetação sem folhas que predomina durante a época de seca. Ocupando quase 10% do território nacional, com km², a Caatinga está presente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, sul e leste do Piauí e norte de Minas Gerais. Região de clima semi-árido e solo raso e pedregoso, embora relativamente fértil, o bioma é rico em recursos genéticos, dada a sua alta biodiversidade. O índice pluviométrico varia entre 300 e 800 milímetros anualmente e, na estação seca, a temperatura do solo pode chegar a 60ºC. A vegetação adaptou-se ao clima seco para se proteger. As folhas, por exemplo, são finas ou inexistentes. A perda das folhas é estratégica, pois, sem elas, as plantas reduzem a superfície de evaporação quando falta água. Algumas plantas armazenam água, como os cactos, outras se caracterizam por terem raízes praticamente na superfície do solo para absorverem o máximo da chuva. Algumas das espécies mais comuns da região são a amburana, aroeira, umbu, baraúna, maniçoba, macambira, mandacaru e juazeiro. No meio de tanta aridez, a Caatinga surpreende com suas "ilhas de umidade" e solos férteis. São os chamados brejos, que quebram a monotonia das condições físicas e geológicas dos sertões. Nessas ilhas é possível produzir quase todos os alimentos e frutas peculiares aos trópicos do mundo. Essas áreas normalmente localizam-se próximas às serras, onde a abundância de chuvas é maior. 6 Francisco Pinheiro de Araujo e Carlos Antonio Fernandes Santos, Umbuzeiro dá vida a outras plantas e amplia alternativas para o Semi-Árido, Embrapa acelera pesquisas para explorar novos potenciais desta fruteira. Embrapa Semi-Árido Petrolina-PE 7 6

7 Através de caminhos diversos, os rios regionais saem das bordas das chapadas, percorrem extensas depressões entre os planaltos quentes e secos e acabam chegando ao mar, ou engrossando as águas do São Francisco e do Parnaíba (rios que cruzam a Caatinga). Das cabeceiras até as proximidades do mar, os rios com nascente na região permanecem secos por cinco a sete meses do ano. Apenas o canal principal do São Francisco mantém seu fluxo através dos sertões, com águas trazidas de outras regiões climáticas e hídricas. Quando chove, no início do ano, a paisagem muda muito rapidamente. As árvores cobrem-se de folhas e o solo fica forrado de pequenas plantas. A fauna volta a engordar. Na Caatinga vive a ararinha-azul (Anodorhynchus spix), a ave com maior risco de extinção no Brasil. O último exemplar da espécie na natureza não foi mais visto desde o final de Também vive ali a segunda mais ameaçada do país, a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari). Habitam os arredores de Canudos (BA), e há menos de 150 exemplares, um décimo da população ideal no caso de aves, que demoram a se reproduzir. Outros animais da região são o sapo-cururu, asa-branca, cotia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatu-peba e o sagüido-nordeste, entre outros. Estudos recentes mostram que cerca de 327 espécies animais são endêmicas (exclusivas) da Caatinga. São típicos da área 13 espécies de mamíferos, 23 de lagartos, 20 de peixes e 15 de aves. Entre as plantas há 323 espécies endêmicas. Uma área de Caatinga mais conservada pode abrigar cerca de 200 espécies de formigas, enquanto nas mais degradadas há de 30 a 40. Cerca de 20 milhões de brasileiros vivem na região coberta pela Caatinga, em quase 800 mil km 2 de área. Quando não chove, o homem do sertão e sua família precisam caminhar quilômetros em busca da água dos açudes. A irregularidade climática é um dos fatores que mais interferem na vida do sertanejo. Mesmo quando chove, o solo pedregoso não consegue armazenar a água que cai e a temperatura elevada (médias entre 25 o C e 29 o C) provoca intensa evaporação. Na longa estiagem os sertões são, muitas vezes, semi-desertos que, apesar do tempo nublado, não costumam receber chuva. 3.2 Ameaças à região 8 Cerca de metade da paisagem de Caatinga já foi deteriorada pela ação do homem. De 15% a 20% do bioma estão em alto grau de degradação e com risco de desertificação. O homem complicou ainda mais a dura vida no sertão. Fazendas de criação de gado começaram a ocupar o cenário já na época do Brasil Colônia. Os primeiros habitantes não entendiam muito sobre a fragilidade da Caatinga, cuja aparência árida denuncia 8 7

8 uma falsa solidez. No combate à seca, foram construídos açudes para abastecer de água os homens, seus animais e suas lavouras. Desde o Império, quando essas obras tiveram início, o governo prossegue com o trabalho. Os grandes açudes atraíram ainda mais colonos, que estabeleceram novas fazendas de criação de gado. Em regiões como o Vale do São Francisco, a irrigação foi incentivada sem o uso de técnica apropriada. O resultado foi a salinização do solo. O problema acaba agravado pelas características da região, com solos rasos e intensa evaporação de água provocada pelo forte calor. A agricultura nessas áreas tornou-se impraticável. Outro problema é a contaminação das águas por agrotóxicos. Depois de aplicado nas lavouras, o agrotóxico escorre das folhas para o solo, levado pela irrigação, e daí para as represas, matando os peixes. Nos últimos 15 anos do século XX, aproximadamente 40 mil km 2 de Caatinga transformaram-se em deserto devido à interferência do homem sobre o meio ambiente da região. As siderúrgicas e olarias também são responsáveis por este processo, devido ao corte da vegetação nativa para a produção de lenha e carvão vegetal. 3.3 Contra-sensos O sertão nordestino é uma das regiões semi-áridas mais povoadas do mundo. A diferença entre a Caatinga e áreas com as mesmas características em outros países é que, nessas outras regiões, as populações costumam concentrar-se onde existe água. No Brasil, entretanto, o homem está presente em toda a parte, tentando garantir a sua sobrevivência na luta contra o clima. A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro. Isso significa que o patrimônio biológico desse bioma não é encontrado em nenhum outro lugar do mundo além do Nordeste do Brasil. No entanto, essa posição singular não foi suficiente para garantir à Caatinga o destaque merecido. Ao contrário, o bioma tem sido sempre colocado em segundo plano quando se discutem políticas para o estudo e a conservação da biodiversidade brasileira. 9 Pode-se dizer, com segurança, que a Caatinga é o bioma menos estudado do Brasil, com grande parte do esforço científico concentrado em alguns poucos pontos em torno dos principais pólos urbanos. Também é a região menos protegida, com apenas 2% do seu território coberto por unidades de conservação. Há séculos acompanhamos seu extenso processo de alteração e deterioração ambiental, provocado pelo uso insustentável de seus recursos naturais. Tudo isso leva à rápida perda de espécies únicas, à eliminação de processos ecológicos chave e à formação de extensos núcleos de desertificação em vários setores da região Ecologia e Conservação da Caatinga, Livro editado por Inara R. Leal, José Maria Cardoso da Silva e Marcelo Tabarelli - EDUFPE,

9 3.4 Iniciativa recente 11 O Ministério do Meio Ambiente apresentou, em 05 de agosto de 2004, durante a 1ª Conferência Sul-Americana sobre o Combate à Desertificação, o Projeto de Manejo Integrado de Ecossistemas e de Bacias Hidrográficas na Caatinga (GEF Caatinga), que integra as ações de seu Programa Nacional de Florestas. O Projeto contará, até 2007, com US$ 4,1 milhões (cerca de R$ 12,5 milhões) do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, do inglês Global Environment Facility) para estimular o desenvolvimento sustentável e pesquisas em 160 municípios de nove estados do Semi-árido (tabela abaixo). "O combate à desertificação será reforçado com o reflorestamento em pontos críticos e com o manejo adequado dos recursos naturais do Semi-árido", segundo a coordenação do Projeto. MUNICÍPIOS POR ESTADO Bahia 19 Minas Gerais 8 Alagoas 11 Sergipe 4 Pernambuco 19 Ceará 38 Paraíba 18 Rio Grande do Norte 16 Piauí 27 Total e 9

10 Em todo o Semi-árido, a população e grande parte das atividades produtivas ainda são muito dependentes de madeira extraída da vegetação da Caatinga, geralmente para a produção de carvão. A geração de energia em residências e indústrias, a alimentação animal, a construção de habitações, de escoras e de mourões, por exemplo, ainda são mantidas com a exploração predatória dos recursos naturais. Na região, o consumo industrial de madeira é de 29 milhões de metros esteres de madeira por ano (metro cúbico de madeira retorcida, típica do Semi-árido), enquanto o consumo, nas residências, chega a 39 milhões de metros esteres a cada ano. Para o Ministério, uma solução seria aumentar o número de unidades de conservação e de áreas de florestas manejadas e incentivar o plantio de espécies nativas e exóticas. Apesar de aproximadamente 50% da Caatinga ainda possuir cobertura vegetal, o Ministério reconhece que as áreas protegidas ocupam apenas 2% do Semi-árido, chamando a atenção para o fato de a maioria delas não estar exatamente no bioma Caatinga. As ações previstas no Projeto GEF Caatinga estão voltadas justamente para o manejo equilibrado e integrado dos recursos naturais, para a recuperação de áreas degradadas e ainda para a criação de três corredores ecológicos e de uma unidade de conservação. Os corredores serão implementados nas regiões de Peruaçú e Jaíba, em Minas Gerais, nas serras da Capivara e das Confusões, no Piauí, e no sertão de Alagoas e Sergipe. A implementação dos corredores terá uma característica funcional, ultrapassando a ação de simples plantio para unir fragmentos de florestas. As populações dessas áreas receberão apoio e assistência técnica e serão estimuladas a práticas de recuperação de florestas e de áreas degradadas. O manejo adequado da Caatinga pode auxiliar no desenvolvimento sustentável do Semi-árido, gerando empregos e renda a partir da exploração dos recursos nativos de cada localidade. Na região do município de Tianguá, por exemplo, a 300 quilômetros da capital cearense, 56% da renda das famílias vem do manejo do sabiá, árvore típica da Caatinga. Além disso, novos produtos estão sendo desenvolvidos a partir do jatobá e do imbú, para alimentação, e da aroeira, da quixaba, da janaguba e da fava danta, para uso medicinal e industrial, como para a fabricação de anti-inflamatórios e outros fármacos para o tratamento de glaucomas. Outro aspecto a ser tratado pelo Projeto diz respeito ao consumo de madeira para a fabricação de tijolos, atividade comum no Semi-árido, que pode ser muito reduzido com melhorias nos fornos. Atualmente, são usados quatro metros esteres de lenha para se fabricar mil tijolos, mas esse número pode cair para até meio metro estere, com uso de novas tecnologias, aumentando a eficiência dos fornos, que em muitas localidades são abertos, desperdiçando calor. 10

11 4 AS POSSIBILIDADES DE AÇÃO DO PODER LEGISLATIVO 4.1 Projeto de Lei Quanto à proteção de uma espécie vegetal, em particular, reza o Código Florestal (Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965), em seu art. 7º, que qualquer árvore poderá ser declarada imune de corte, mediante ato do Poder Público, por motivo de sua localização, raridade, beleza ou condição de porta-sementes. Tal diretiva abre também ao Poder Legislativo, por meio de projeto de Lei, a iniciativa de declarar uma espécie imune ao corte, embora, na prática, vem sendo esta uma atividade conduzida, na maioria das vezes, pelo Poder Executivo, assim como a criação de áreas protegidas, pelo simples motivo de estar, o Executivo, diretamente relacionado à condução dos estudos que justificam tal proteção e dos procedimentos para efetuá-la. Um exemplo de declaração de imunidade ao corte estabelecida pelo Poder Legislativo é a Lei nº 6.576, de 30 de setembro de 1978, que o proíbe o abate do Açaizeiro em todo o território nacional. 4.2 Outras ações A fiscalização e o controle dos atos do Poder Executivo são prerrogativas do Poder Legislativo ditadas pela Constituição Federal. Dentro desse âmbito, a Câmara dos Deputados, por meio de uma de suas comissões temáticas, poderia convidar o Ministério do Meio Ambiente, as secretarias de meio ambiente dos estados que abrangem a Caatinga e os representantes das entidades civis organizadas para reunirem-se em audiência pública, tendo em vista esclarecerem ao Parlamento as ações do Poder Executivo em andamento para a defesa do bioma. Requerimentos de informação também teriam seu lugar, no sentido de buscar esclarecimentos, quanto às ações levadas a cabo pelo Poder Executivo para a proteção da Caatinga. Tramita também na Casa a Proposta de Emenda à Constituição nº 150, de 1995, que define a Caatinga e o Cerrado como patrimônios nacionais, a exemplo da Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal e Zona Costeira. A referida PEC encontra-se apensada à de número 115, de 1995, que tem já sua Comissão Especial definida, aguardando o início dos trabalhos. 11

12 5 ANÁLISE DO PROJETO DE LEI Nº 3.548, DE 2004 Todo o arrazoado acima aponta para a legitimidade da proposta da proteção ao Umbuzeiro estabelecida pelo Projeto de Lei em estudo. Algumas observações, no entanto, poderiam ser consideradas, com o intuito de aperfeiçoamento do texto. O art. 2º do Projeto de Lei determina que: Nas propriedades em que se desenvolvem atividades agropecuárias, o desbaste do umbuzeiro poderá ser autorizado, mediante apresentação e aprovação de plano de manejo, obedecida as seguintes condições: I sacrifício prioritariamente dos umbuzeiros improdutivos; II manutenção de espaçamento de 15 metros entre as árvores de umbu; III- proteção contra as queimadas das árvores de umbuzeiro remanescentes; e IV- proibição do uso de herbicidas no processo. Seu parágrafo único ainda determina que A aprovação do Plano de Manejo pelo órgão federal ficará condicionado a uma consulta prévia à comunidade que pratica o extrativismo do umbuzeiro na área em questão. Tal dispositivo, o parágrafo único, nos parece inadequado, uma vez que cabe unicamente ao proprietário da área propor ao órgão ambiental a aprovação de plano de manejo para o desbaste do umbuzeiro em sua propriedade, estando ele já proibido de fazer o corte desta espécie. Nos parece descabido que, para aprovar ou não plano de manejo de uma propriedade, se este atender aos requisitos exigidos na lei e em sua regulamentação, o órgão ambiental faça consulta à comunidade que também explore a área. Ainda não é conhecido um regime parcial de propriedade, em que a comunidade que a cerca tenha voz ativa na decisão da atividade produtiva a ser nela desenvolvida por seu proprietário. Neste caso, o Poder Público deveria optar pela desapropriação da área para nela instituir reserva extrativista ou outro tipo de unidade de conservação de uso sustentável. Assim, seria a própria comunidade, representada por seu conselho, a proponente do pedido de autorização para desbaste, acompanhado de plano de manejo, segundo exige o dispositivo em análise. O art. 3º apresenta, em nosso entender, flagrante inconstitucionalidade por designar atribuição ao Ministério do Meio Ambiente. Segundo estabelece o art. 84 da Constituição Federal, dispor sobre organização e funcionamento da administração federal é competência privativa do Presidente da República, mediante simples decreto, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos. 12

13 Além disso, o parágrafo único do art. 3º, ao determinar que Nas denúncias de derrubadas e desbastes de umbuzeiros, os órgãos responsáveis deverão procurar prioritariamente os denunciantes, a comunidade ou as organizações envolvidas, nos parece também inadequado. Em primeiro lugar, não fica esclarecido porque ou para quê tais entidades deveriam ser procuradas antes que se faça cumprir a lei. Em segundo lugar, sem que haja um propósito que a justifique, tal iniciativa, por parte do órgão fiscalizador, poderia mesmo comprometer a lisura do processo. As partes envolvidas na infração têm seu espaço de defesa sempre garantido pelo contraditório. O art. 4º, por sua vez, que estabelece penalidade à infração aos dispositivos da futura lei, deveria acrescentar artigo à Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, conhecida como a Lei de Crimes Ambientais, uma vez que, de fato, não está prevista em sua Seção II - Dos Crimes contra a Flora, qualquer penalidade para quem derrubar ou desbastar espécie declarada, pelo Poder Público, como imune ao corte. Já a enorme especificidade para a aplicação da multa proposta pelo Projeto tornaria, no nosso entender, a autuação e a vistoria por demais complexas, resultando na inaplicabilidade da própria lei. Por fim, parece-nos um pouco exagerada a determinação, constante no art. 7º, de desapropriar, por interesse social, as propriedades que infringirem a proibição do corte do umbuzeiro estabelecida pela futura lei. 6 - CONCLUSÃO Feitas as considerações, entendemos justa e oportuna a iniciativa de proteger especialmente o umbuzeiro, como espécie representativa da Caatinga. Tal iniciativa, no entanto, deveria vir associada a outras ações do Poder Legislativo para que a preservação da própria Caatinga tenha maior espaço na agenda ambiental brasileira. Audiências públicas, requerimentos de informação, acompanhamento especial das PECs 150 e 115, de 1995, entre outras ações, poderiam acompanhar a própria tramitação deste Projeto de Lei para que este bioma tão especial, pela sua fragilidade, pela sua raridade e por abrigar parcela já tão desprivilegiada da população brasileira, receba maior atenção da Câmara dos Deputados, ganhando mais projeção nas preocupações da sociedade brasileira e, por conseqüência, maior cuidado por parte do governo brasileiro. 2004_

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