VI-044 - INTRUMENTOS DE PESQUISAS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL; SENSIBILIZAÇÃO, EDUCAÇÃO, PESQUISA, AÇÃO, TRANSFORMAÇÃO Monica Maria Pereira da Silva (1) Bióloga pela Universidade Estadual da Paraíba; Especialista em Educação Ambiental/UEPB; Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pelo PRODEMA/UFPB/UEPB; Professora da UEPB/CCBS/DFB-NEEA. Endereço (1): Rua Maria Barbosa de Albuquerque, 690 Bodocongó II Campina Grande - PB - CEP: 58.108-320 - Brasil - Tel: (083) 333-1436 email: monicaea@terra.com.br RESUMO A nova ordem mundial implica em mudanças de percepção, pensamentos, atitudes e valores, uma vez que o modelo de desenvolvimento econômico vigente, responsável pela formação de uma sociedade onde o Ter sobrepõe o Ser tem provocado crise de paradigma, crise nos sistemas político e educacional, rupturas ecológicas, distanciando o ser humano de si mesmo, da natureza e de Deus. Em consequência, a continuidade de vida na Terra encontra-se ameaçada. A Educação Ambiental surge como um dos importantes instrumentos de mudança. Mas, exige metodologia inovadora, dinâmica, criativa, crítica, contextualizada e prazerosa. Onde possa ocorrer simultaneamente sensibilização, pesquisa, aprendizagem, ação e transformação. Este trabalho teve por objetivos identificar e elaborar instrumentos de pesquisa em Educação Ambiental, que promovesse simultaneamente sensibilização, educação, pesquisa, ação e transformação, compreendendo uma pesquisa participante executada de 1995 a 2001 através da realização de cursos de formação para professores e técnicos dos vários níveis de ensino, projetos em Educação Ambiental formal e não formal para o Ensino Fundamental, Médio e Superior no Estado da Paraíba. Como resultados, foram identificados e/ou construídos os seguintes instrumentos: análise da percepção ambiental através de texto verbal, não verbal, palavra chave, matriz cromática, matriz de problemas e soluções, dinâmica do sol, dinâmica da relação ser humano meio ambiente, técnica se eu fosse uma autoridade que problema resolveria em primeiro lugar, mutirão de idéias, questionário em forma de trilha, entrevista semidiagrama de causa e efeitos, dinâmica da caixa vermelha, entre outras. No processo de sensibilização, ensino e aprendizagem, além dos instrumentos citados foram utilizados: leitura dinâmica, leitura individual, trabalho em grupo, fantoches, teatro, músicas variadas, cantigas de rodas, brinquedos, ginástica, relaxamento, poesias, teatro, texto verbal e não verbal, construção de maquetes, frases de otimismo, leitura da realidade, aula de campo, vídeo, oficina de material de sucata, quebra-cabeça, jogo da velha, bingo, dominó, caça-palavra, e várias dinâmicas: chapéu, uma flor, júri simulado, uma caixa-uma surpresa, um pingo d água, a árvore, figuras geométricas, passe a caixa, complete o cartaz, a corda, tornozelos amarrados, pintura solidária, construção solidária, eu sou assim, e várias outras. Portanto, o processo educativo voltado para o meio ambiente realizado de maneira criativa, construtiva, dinâmica e prazerosa, possibilita pesquisa, ensino, aprendizagem, ação e transformação, tendo como alicerce a sensibilização a partir da realidade dos atores e das atrizes. É possível fomentar mudanças. Vale tentar! PALAVRAS-CHAVE: pesquisa, instrumentos, Educação Ambiental, sensibilização, transformação 1.0. INTRODUÇÃO: A nova ordem mundial implica em mudanças de percepção, pensamentos, atitudes e valores, uma vez que o modelo de desenvolvimento econômico vigente, responsável pela formação de uma sociedade onde o Ter sobrepõe o Ser tem provocado crise de paradigma, crise nos sistemas político e educacional, rupturas ecológicas, distanciando o ser humano de si mesmo, da natureza e de Deus. Em consequência, a continuidade de vida na Terra encontra-se ameaçada. Fundamentalmente, os grandes males que ameaçam o meio ambiente e comprometem a qualidade de vida em nosso planeta são frutos de desrespeito e ignorância. O desconhecimento sobre como usar nossas reservas naturais, sem causar prejuízos, e a desobediência às normas que tentam garantir a preservação dos ecossistemas continuam sendo os principais agentes de degradação ambiental. O que indica que a problemática ambiental é uma questão de consciência por parte dos governantes, empresários e cidadãos. Só uma nova mentalidade comprometida com a ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 1
sustentabilidade ambiental poderá evitar maiores danos ecológicos e permitir uma prática social mais solidária. E ainda segundo SILVA (2000) a chave é a educação. Na visão de SILVA (2000) "a Educação Ambiental surge como um dos importantes instrumentos de mudança", pois se refere a uma dimensão do processo educativo que demanda mudanças na prática pedagógica e nas atitudes e posturas do ser humano em relação ao meio ambiente, permitindo que os indivíduos compreendam as leis que regem a natureza e reconheçam as causas e conseqüências dos principais problemas ambientais, motivando a participação na busca de soluções. Muitos dos problemas que ameaçam o naufrágio do Planeta Azul decorrem do comportamento e da percepção inadequada do ser humano em relação ao meio ambiente. Principalmente porque o ser humano se imagina superior aos demais elementos do ambiente e age como se não fizesse parte dele. Os trabalhos realizados por SILVA (2002; 2001; 2000), SILVA & ANDRADE (2000), SILVA & LEITE (2001; 2000), QUINTAS (1995) reforçam a afirmativa. O consumismo exagerado, a despreocupação com os recursos naturais - desperdício, o acondicionamento, o destino dos resíduos sólidos, a guerra e a injustiça social, são exemplos claros deste tipo de pensamento e de ação do ser humano. O contexto, tem fomentado a realização de vários projetos em Educação Ambiental no Brasil e no mundo. Entretanto, muitos trabalhos são pontuais, descontextualizado, não interferindo na dinâmica da comunidade trabalhada, e às vezes a interferência acontece apenas durante a execução do projeto. Em relação as pesquisas em Educação Ambiental a situação ainda é mais agravante, haja vista que na maioria dos projetos os dados são coletados a partir de um simples questionário. Nossos trabalhos revelam que a Pesquisa em Educação Ambiental deve ser realizada de maneira participante ou através de pesquisa- ação, onde os pesquisadores em conjunto com a comunidade pesquisada passam a ser atores do próprio processo, não podendo se restringir apenas a aplicação de questionário. No sentido de elaborar e identificar instrumentos de pesquisa em Educação Ambiental, que promovesse simultaneamente sensibilização, educação, pesquisa, ação e transformação montamos o referido trabalho. 2.0. METODOLOGIA Este trabalho compreendeu de acordo com THIOLLENT (1998) e PEDRINI (1997) uma pesquisa participante executada de 1995 a 2001 através da realização de cursos de formação para professores e técnicos dos vários níveis de ensino, aulas em várias disciplinas, projetos em Educação Ambiental Não formal e formal para o Ensino Fundamental, Médio e Superior no Estado da Paraíba. Ou seja, os instrumentos foram identificados e elaborados a partir da necessidade surgida em salas de aula, em palestras e conferências de mudanças nas práticas pedagógicas tradicionais, porque ao longo do desenvolvimento dos projetos, percebemos que os cursos, palestras e conferências ministradas com metodologia puramente expositiva não sensibilizava, nem possibilitava o processo ensinopesquisa-aprendizagem-ação- transformação. O público envolvido já corresponde atualmente a mais de mil professores da rede pública municipal e estadual do estado da Paraíba e 500 graduandos dos vários cursos da Universidade Estadual da Paraíba, Universidade Federal da Paraíba e Universidade do Vale do Acaraí. 3.0. RESULTADOS E DISCUSSÃO De acordo com SILVA(2000) uma das estratégias para realização de Educação Ambiental é a identificação da percepção ambiental da comunidade envolvida, pois se desejamos intervir, essa interferência deve acontecer a partir desta percepção. Para análise da percepção ambiental temos como instrumentos questionário em forma de trilha, produção de desenhos, construção de frases de matrizes, palavra-chave, entrevista semi-estruturada, observação dos vários trabalhos produzidos, análise de cartazes (SILVA, 2002). Quando vamos iniciar um curso o primeiro passo é a trilha. Através da trilha é possível conhecer as várias percepções de meio ambiente do grupo, além de observar o grau de conhecimento em relação aos problemas e ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 2
documentos ambientais. A trilha quebra o gelo, pois leva o aluno a caminhar, enquanto responde as questões. A caminhada facilita a circulação sangüínea e reduz a ansiedade comum do primeiro contato. É uma dinâmica de fácil execução, todavia requer uma preparação prévia cuidadosa. Como fazer? Primeiro é preciso preparar algumas perguntas dentro do objetivo que se espera alcançar. A quantidade de perguntas deve ser reduzida. Elas podem ser objetivas ou subjetivas. Quando subjetivas deve ser organizada de forma que não seja necessário resposta longas. Em seguida, confeccionamos caixinhas que possam ser fixadas na parede. A quantidade dessas caixinhas deve estar de acordo com a quantidade de perguntas. Em cada caixinha colocamos uma pergunta e frases de incentivo para continuar na trilha. Na última caixinha colocamos um prêmio surpresa. Podendo ser inclusive, bombons, pipocas... Observamos então, o destino que será dado para as embalagens. Exemplos de perguntas: o que é Educação Ambiental? Quem deve realizar Educação Ambiental? Por que trabalhar Educação Ambiental? Cite três problemas que mais lhe preocupa. Você conhece algum documento relacionado ao meio ambiente? No início do curso, à medida que cada componente vai entrando na sala já começa a participar da trilha. Na porta da sala pode ser colocado um cartaz: SEJA BEM VINDO!! VOCÊ ESTÁ CONVIDADO A PARTICIPAR DA NOSSA TRILHA!! OU AINDA VAMOS TRILHAR O CAMINHO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL? Os dados coletados com a execução deste instrumento, permite-nos identificar a percepção ambiental sem a nossa interferência. Quando o participante conclui a trilha entregamos um papel com a seguinte frase: represente meio ambiente através de desenho. Para produção dos desenhos são necessários lápis coloridos, de preferência giz de cera. Finalizado a segunda técnica devemos fazer exposição, para que todos os participantes possam observar a produção dos colegas. O conceito de meio ambiente é trabalhado baseado nos desenhos criados. Alguns aspectos merecem destaques: os vários ambientes e elementos percebidos, a relação com a realidade local e a presença do ser humano. Enquanto os desenhos são produzidos utilizamos a música Aquarela (Toquinho). Seguindo o encontro, entregamos duas fitas de cartolinas: uma amarela, outra rósea. Na fita amarela os participantes colocam o conceito de meio ambiente e para a róseo o de ser humano. Essa dinâmica denominada de SOL 2, permite verificar o conceito da relação ser humano meio ambiente. No final da dinâmica é formado um sol amarelo outro róseo (nascer e por do- sol). Aqui o sol é ressaltado como elemento fundamental para a existência de vida na Terra, energia. Sugerimos leitura intercalada e dinâmica para os dois conceitos, acompanhado de debate. A técnica pode ser com uma leitura dinâmica de texto sobre a relação ser humano meio ambiente e/ou música, como por exemplo E Deus por Nós (cantada por Zezé de Camargo e Luciano), Xote Ecológico (Luiz Gonzaga). Destacamos que nenhuma música pode ser trabalhada sem a leitura da letra. Todos devem Ter acesso a letra da música, em qualquer circunstância (em cartaz, transparência, ou xerox) Outra técnica é a Dinâmica do sol, a qual objetiva realizar um mutirão de idéias sobre determinado tema: Educação, problemas ambientais, água, lixo, família, drogas... No decurso da mesma é possível reconhecer a percepção dos participantes em relação ao tema proposto e envolver todos, ajudando-os a superar a timidez. Ninguém pode ficar de fora e todos têm vez e voz. É uma dinâmica de fácil preparação: preparamos com antecedência várias fitas pretas e amarelas de igual quantidade ( o número de fitas deve superar a quantidade esperada de participantes, para não ocorrer imprevisto). Em seguida, desenhamos e recortamos um grande círculo, dividido ao meio. Um lado é pintado de amarelo, o outro de preto. O procedimento da mesma é bastante simples: Expomos o círculo amarelo e preto no centro da sala e distribuímos duas fitas a cada participante, uma preta e a outra amarela. Logo após, cada participante deverá pensar em um problema ambiental (se este for o tema proposto) e uma possível solução. É determinado um tempo limite para que eles possam pensar. Esgotado o tempo, cada participante coloca do lado preto do círculo a fita preta e diz o problema ambiental que mais lhe preocupa, do lado amarelo põe a fita amarela e cita a possível solução (não deve escrever na fita, apenas expõe o problema e a solução correspondente). No final o sol fica formado. Realizamos em seguida um debate, questionando se é possível o sol brilhar para todos e o resultado é exposto em cartaz. Quando o tema é problema ambiental temos também como resultado um diagnóstico preliminar de acordo com a visão do grupo envolvido. De posse do diagnóstico, devemos mobilizar o grupo, no sentido de tentar buscar a curto e a médio prazo soluções para os problemas identificados. A conclusão da dinâmica pode acontecer com música ou poesias: Planeta Azul (Xitãozinho e Xororó), O progresso (Roberto Carlos), versos da carta do Chefe Seatle. E ainda com um quebra-cabeça com a frase: O meio ambiente começa em nós, faça a sua parte. A palavras são colocadas em papéis dentro de bolas amarelas. Se todos são responsáveis, ninguém pode deixar a bola cair. Com o diagnóstico preliminar, resultante da dinâmica do Sol podemos construir a matriz cromática. Os participantes são divididos em grupo. Cada grupo escolhe do diagnóstico preliminar cinco problemas e faz uma ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 3
análise qualitativa. Para cada problema apontado é aplicada uma cor de acordo com a sua gravidade e segundo visão dos envolvidos, conforme mostra o Quadro 1. QUADRO 1: Legenda da matriz cromática Gravidade do problema Cor Gravíssimo Grave Suave Está melhorando Melhorou Vermelho Laranja Amarelo Azul Verde A matriz cromática revela os problemas prioritários do grupo e quando aplicada no início e no final de um trabalho de pesquisa e de extensão em Educação Ambiental possibilita a avaliação do projeto. Destacamos que todo os resultados obtidos com a utilização dos instrumentos comentados devem ser repassado para a comunidade envolvida, no sentido de provocar debate e mobilização. A técnica da palavra chave. Entregamos aos participantes folhas de tamanhos e cores iguais, tesoura e lápis coloridos, pedimos que eles construam um objeto que tenha relação com o tema que está sendo trabalhado: lixo, água, desmatamento, entre outros. Depois cada um coloca uma palavra-chave no objeto construído. De posse das palavras chave são elaborados conceitos individuais e coletivo sobre o tema estudado. Todo material é exposto, em sequência acontece o debate. Através desta técnica podemos analisar os conceitos sobre determinados temas. Por exemplo: lixo- muitos associam à palavra sujeira; água abundância. A dinâmica da Caixa vermelha tem por finalidade iniciar um questionamento, problematização e debater sobre os vários elementos que compõem o meio ambiente, suas relações e interações. Começamos com uma pergunta: o que temos no interior dessa caixa? Colocamos dentro da caixa pequena vermelha em forma de presente vários símbolos que expressam elementos do meio ambiente (em miniatura):animais, vegetais, carro, casa, sol, lua, solo, água- recipiente que lembre bomba de gasolina, dois bonecos representando os seres humanos, um bebê e um robô. Dois bonecos lembrando que o ser humano é ser biológico e social, o bebê representando nossos descendentes e o robô ao avanço tecnológico. A cor vermelha simbolizando o amor, sentimento em processo de extinção nos dias atuais. O presente lembrando que ganhamos de Deus a Terra, sendo um presente devemos cuidar com carinho e amor. Podemos encerrar com a música Sal da Terra (cantada por Sandra de Sá ). No processo de sensibilização, ensino e aprendizagem, além dos instrumentos apresentados foram utilizados: leitura dinâmica, leitura individual, trabalho em grupo, fantoches, teatro, músicas variadas, cantigas de rodas, brinquedos, ginástica, relaxamento, poesias, teatro, texto verbal e não verbal, construção de maquetes, frases de otimismo, leitura da realidade, aula de campo, vídeo, oficina de material de sucata, quebra-cabeça, jogo da velha, bingo, dominó, caça-palavra, e várias dinâmicas: chapéu, uma flor, júri simulado, uma caixa-uma surpresa, um pingo d água, a árvore, figuras geométricas, passe a caixa, complete o cartaz, a corda, tornozelos amarrados, pintura solidária, construção solidária, eu sou assim e vários outros instrumentos são construídos, nos nossos cursos e palestras, eles nascem da necessidade de penetrar nos corações desatentos ao meio ambiente. Estes instrumentos possibilitaram a construção do modelo de formação para educadores ambiente, MEDICC- Modelo Dinâmico da Construção e Reconstrução do Conhecimento voltado para o meio ambiente (SILVA & LEITE, 2000) permeando a compreensão adequada da realidade, essa compreensão permite ação coerente e ecologicamente viável, isto é proporciona a formação de uma sociedade mais justa, solidária e sustentável. Portanto, o processo educativo voltado para o meio ambiente realizado de maneira criativa, crítica, afetiva construtiva, dinâmica e prazerosa, possibilita pesquisa, ensino, aprendizagem, ação e transformação, tendo como alicerce a sensibilização a partir da realidade dos atores e das atrizes. Através do processo de sensibilização é ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 4
enfatizada a necessidade de modificar as atitudes e comportamentos que degradam o meio ambiente. É possível fomentar mudanças. É possível educar e sensibilizar através da pesquisa! Vale tentar! 4.0. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O Desenvolvimento dos nossos projetos de pesquisa e extensão em Educação Ambiental mostrou que é imprescindível mudanças na prática pedagógica. Encontros puramente expositivos, onde não há a interação entre educador e educando não provoca transformações. Além do mais, a coleta de dados a partir de um questionário não revela a situação real do grupo envolvido, principalmente quando o questionário é entregue ao pesquisado e depois recolhido. Pesquisa em Educação Ambiental deve possibilitar a relação pesquisador-pesquisado e fomentar sensibilização, sendo os dois atores do processo. Neste sentido, a pesquisa participante e/ou pesquisa ação são os tipos de pesquisa apropriadas em Educação Ambiental. Concluímos que a pesquisa em Educação Ambiental deve acontecer de forma simultânea com a sensibilização, possibilitando pesquisa-ensino-aprendizagem-ação-transformação. O que requer a utilização de instrumentos de pesquisa diferenciados das demais áreas: dinâmicas, músicas, matriz cromática, desenhos, frases, poesias, textos, observação participante e entrevista semi-estruturada. Não é aconselhável a entrevista estruturada, uma vez que Educação Ambiental é um processo educativo dinâmico e que deve acontecer a partir da realidade dos atores e das atrizes. Portanto, é possível e viável educar através da pesquisa e provocar transformações. 5.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL, Constituição (1988). Constituição 1988: texto constitucional de 05 de outubro de 1988 BRASIL, Política Nacional de Educação Ambiental. Brasília, 1999 BRASIL, Parâmetros em ação meio ambiente na escola. Brasília, 2001 CONFERÊNCIA INTERGOVERNAMENTAL SOBRE MEIO AMBIENTE. TBILISI: 1977 CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE MEIO AMBIENTE E Janeiro, 1992 DESENVOLVIMENTO. Rio de FLOR, Aida Maria Abrantes & SILVA, Monica Maria Pereira da. Caracterização dos Resíduos Sólidos do grupo Escolar Lafayete; uma contribuição para implantação da coleta seletiva. In Anais do 21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. João Pessoa, 2001 GENUÍNO, Alcicleide Porto & SILVA, Monica Maria Pereira da & LEÔNCIO, Iara Amorim. Trabalhando Saúde em Educação Ambiental. In Anais do 21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. João Pessoa, 2001 LEÔNCIO, Iara Amorim & SILVA, Monica Maria Pereira da & GENUÍNO, Alcicleide Porto. Brincando e aprendendo em Educação Ambiental. In Anais do 21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. João Pessoa, 2001 PEDRINI, Alexandre de Gusmão.et al. Educação ambiental; reflexões e práticas contemporâneas. Petropólis: Vozes, 1997 ROSA, Luciene Gonçalves & SILVA, Monica Maria Pereira da. Educação Ambiental proporciona mudanças. In Anais do 21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. João Pessoa, 2001 SILVA, Monica Maria Pereira da. Educação ambiental integrada a coleta seletiva de lixo. 1995. Monografia. (Especialização em Educação Ambiental). UEPB. Campina Grande ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 5
SIILVA, Monica Maria Pereira da, et al. Educação Ambiental na Universidade Estadual da Paraíba. In Anais do 50ª Reunião anual da SBPC. Natal, 1998 SILVA, Monica Maria Pereira da & LEITE, Valderi Duarte. Estratégias em Educação Ambiental. In Anais do IX SILUBESA. Porto Seguro, 2000 SILVA, Monica Maria Pereira da. Educação ambiental integrada a coleta seletiva de lixo. 1995. Monografia. (Especialização em Educação Ambiental). UEPB. Campina Grande SILVA, Monica Maria Pereira da & LEITE, Valderi Duarte. Estratégias metodológicas para formação de educadores ambientais do ensino fundamental. In Anais XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental. Porto Alegre, 2000 SILVA, Monica Maria Pereira da. Percepção ambiental dos educadores de biologia. In Anais XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental. Porto Alegre, 2000 SILVA, Monica Maria Pereira da. Percepção da relação ser humano meio ambiente de educadores do ensino fundamental da cidade de campina grande/pb. In Anais do 21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. João Pessoa, 2001 SILVA, Monica Maria Pereira da. Diagnóstico ambiental realizado segundo a percepção de educadoras do ensino fundamental de duas escolas do ensino fundamental da rede pública municipal de campina grande/pb. In Anais do 21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. João Pessoa, 2001 THIOLLENT, Michael. Metodologia da pesquisa ação. 8ªed. São Paulo: Cortez,1998 ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 6