Organização do Tratado de Cooperação Amazônica Fundo Para o Meio Ambiente Mundial Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A VARIABILIDADE E MUNDANÇA CLIMÁTICA Janeiro/2014 1
Organização do Tratado de Cooperação Amazônica Fundo Para o Meio Ambiente Mundial Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A VARIABILIDADE E MUDANÇA CLIMÁTICA OTCA/GEF/PNUMA Atividade III.2.2 Adaptação às Mudanças Climáticas na Região Transfronteiriça do MAP Plano de Trabalho para elaboração de um Sistema de comunicação em emergência na fronteira MAP (Produto 1) Coordenação da Atividade Elsa Reneé Huamán Mendoza Consultor André Bracciali Janeiro/2014 2
RESUMO A atividade III.2.2 Adaptação às Mudanças Climáticas na Região Transfronteiriça do MAP, desenvolvida na parte alta da bacia do Rio Acre, na fronteira do Estado Acre e Amazonas-Brasil, Departamento de Pando-Bolívia e Departamento de Madre de Dios- Peru, vem através deste trabalho, propor o desenvolvimento de um sistema de comunicação em emergência na fronteira, mais especificamente, na região MAP, para facilitar a comunicação entre os três países, principalmente, em períodos de acontecimentos de desastres naturais ou provocados pelo homem, que objetivará a redução, minimização e a mitigação dos efeitos, danos e prejuízos aos sistemas sociais e humanos. Este trabalho mostrará o diagnóstico atual da estrutura de comunicação existente na região, sugerindo atualização, modificação e modernização da estrutura com a finalidade de criar um sistema de comunicação em emergência em condições de superar óbices como falta de energia, sabotagens cibernéticas, dentre outras e com capacidade de alcançar localidades e comunidades remotas nesta região de fronteira, com tecnologia apropriada e accessível. Serão utilizados as redes existentes para potencializar o sistema a ser implementado. A metodologia que será utilizada para a elaboração do plano será mencionada no corpo deste trabalho. 3
SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 6 2. METODOLOGIA... 8 3. METAS... 8 4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 11 4
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS CEDEC/AC COED COER FETACRE FUNAI FUNASA GEF GIRH MAP OTCA PNUMA SCO SP Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Acre Centro de Operações de Emergências Departamental Pando Centro de Operações de Emergências Regional Madre de Dios Federação dos Agricultores do Estado do Acre Fundação Nacional do Índio Fundação Nacional de Saúde Global Environment Facility (Fundo para o Meio Ambiente Mundial) Gestão Integrada de Recursos Hídricos Madre de Dios-Peru, Acre-Brasil, Pando-Bolívia Organização do Tratado de Cooperação Amazônica Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente Sistema de Comando em Operações Secretaria Permanente 5
1. INTRODUÇÃO O projeto "Gestão Integrada e Sustentável dos Recursos Hídricos Transfronteiriços na Bacia do Rio Amazonas Considerando a Variabilidade e a Mudança Climática", financiado pelo GEF, implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e executado pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), através de sua Secretaria Permanente (SP/OTCA), tem como objetivo fortalecer o marco institucional para planejar e executar, de maneira coordenada e coerente, as atividades para a proteção e gestão sustentável dos recursos hídricos da Bacia do Rio Amazonas. O projeto utilizará mecanismos inovadores de participação como base para a compreensão dos desafios e perspectivas atuais e futuras de Gestão Integrada de Recursos Hídricos (GIRH). Tal entendimento servirá de base para o desenvolvimento de um programa sustentável e responsável de capacitação, de fortalecimento institucional, da aplicação de instrumentos econômicos viáveis e importantes avanços nos campos social e econômico. A partir desta base, o projeto proposto irá cumprir os objetivos estratégicos do GEF em relação à resolução de possíveis conflitos transfronteiriços pelo uso dos recursos em tempos de mudanças climáticas e estimular a ação dos países da bacia para uma gestão sustentável dos seus recursos. Pensando neste propósito é que este trabalho vem apresentar a elaboração de um Sistema de comunicação em emergências na região MAP, que visa estabelecer uma Rede de comunicação para simplificar os efeitos de possíveis desastres ou incidentes que possam afetar a população da região, além de fortalecer as informações para solução dos problemas, através da administração dos desastres. A Comunicação em situações de crise ou emergência é um processo interativo de troca de informação e opinião entre pessoas, grupos e instituições; geralmente incluindo múltiplas mensagens sobre a natureza do risco ou expressa preocupações, opiniões ou reações a cerca das mensagens sobre o risco ou dos arranjos legais e institucionais para a gestão do risco. (National Research Council, Improving Risk Comunication 1989). Uma comunicação eficaz pode ajudar as pessoas a tomarem decisões informadas, reduzir reações de ansiedade, apatia ou indignação, e minimizar o impacto negativo sobre a economia, sobre o bom funcionamento da sociedade e, em última análise, aliviar sofrimentos e salvar vidas. Para a elaboração de um sistema de comunicação em emergência, é interessante sabermos que uma emergência é um evento que ocorre de forma repentina, e muitas vezes inesperadamente, e que exige ação imediata. Uma emergência interfere na rotina normal e gera incerteza e estresse. Pode ser um evento natural, como um terremoto ou um furacão, ou pode ser causado pelo homem, como uma explosão, um escândalo ou um conflito. Basicamente, pode ameaçar a reputação de uma pessoa e/ou de uma organização. Uma situação de emergência bem administrada, no entanto, pode não só preservar reputações e credibilidade, como pode também melhorá-las. A chave para a comunicação eficiente durante uma situação de emergência é estar preparado antes que ela aconteça. No momento em que uma emergência ocorre, não há 6
tempo para pensar e menos ainda para planejar. Sem um plano para enfrentar situações de emergência, você pode ficar dominado pelos acontecimentos. "Um bom plano de comunicação para situações de emergência baseia-se em um sistema que já esteja em vigor", diz o ex-secretário de imprensa da Casa Branca Marlin Fitzwater. "Em casos de emergência, só é preciso fazer os ajustes e aperfeiçoá-lo. Se a sua rotina já incluísse um informe diário à imprensa, você só teria de ajustá-lo para poder realizá-lo três vezes ao dia. Uma situação de emergência não é o momento de desenvolver um sistema novo." De acordo com a filosofia do Sistema de Comando em Operações SCO, as comunicações devem garantir que todos possam comunicar-se durante a operação de acordo com suas necessidades, mesmo que isso ocorra entre pessoas de diferentes organizações. A capacidade de comunicação entre os diferentes atores do SCO é fundamental para o sucesso de qualquer operação. Para tal, faz-se necessário o desenvolvimento de um plano de comunicações (que diz quem conversa com quem e como) que estabelecerá diferentes redes de comunicação, de acordo com as necessidades da cada caso. O plano de comunicações pode incluir: uma rede de comando (que integra as comunicações entre o comando e sua assessoria (staff) de comando e o staff principal (operações, planejamento, logística e administração); uma rede tática (que integra as comunicações entre as pessoas e equipes subordinadas ao coordenador de operações); uma rede administrativa (que integra as comunicações não operacionais entre o comando e sua assessoria com órgãos externos que estão cooperando com o SCO); uma rede logística (que integra as comunicações da logística para tratar de assuntos referentes a suprimentos, serviços e instalações) e uma rede de operações aéreas (que integra as comunicações do pessoal de operações aéreas). Portanto, visando beneficiar a população da fronteira Brasil-Bolívia-Peru, região MAP, através de um sistema de comunicação efetivo, atuaremos na área geográfica da subbacia do Alto do Rio Acre, conforme figura 01. Figura 01: Parte alta da bacia do Rio Acre, na fronteira Brasil, Bolívia e Peru 7
Este plano apresenta a metodologia a ser utilizada, o diagnóstico atual do sistema existente, a forma de coleta das informações que constarão no trabalho e as recomendações para o aprimoramento do sistema de comunicação em emergência. 2. METODOLOGIA A metodologia a ser utilizada para a realização deste trabalho será a seguinte: 1. Diagnóstico da estrutura de comunicação existente na região transfronteiriça do MAP. 1.1. Reuniões com integrantes da Defesa Civil Estadual do Acre, Centro de Operações de Emergência-COE da Bolívia e o Centro de Operações de Emergência Regional-COER do Peru. Nesta ação levantaremos a forma de comunicação utilizada pelas instituições de resposta na região e definiremos a forma de apoio e participação das mesmas no levantamento de dados regionais, além da coleta de informações das comunidades e associações. 1.2. Mapeamento das comunidades e associações da região da sub-bacia do Alto Rio Acre. Nesta ação faremos o georreferenciamento das associações e lista das instituições da região,, identificando a estrutura de comunicação existente e pessoas chaves para comunicação; 1.3. Checagem de campo, com ribeirinhos, indígenas, produtores rurais, associações rurais, escolas, sindicatos e federações de produtores rurais, Fundação Nacional de Saúde FUNASA, Fundação Nacional do Índio FUNAI, dentre outras, para identificar e caracterizar a estrutura de comunicação existente. 2. Proposição de um Sistema de Comunicação em Emergência para a região transfronteiriça do MAP. 2.1. Elaboração do Plano de Comunicação em Emergência: fazer o tratamento das informações e tabulação dos dados para elaboração do Plano de Comunicação contendo um Sistema de Comunicação em Emergência para a realidade local. 2.2. Com base na realidade local do diagnóstico será indicada a infraestrutura necessária para funcionamento do sistema. 3. METAS a. Fazer o diagnóstico da estrutura de comunicação existente na região transfronteiriça do MAP; b. Elaborar o Plano de Comunicação em Emergência, contendo o Sistema de Comunicação em Emergência; c. Elaborar o relatório final consolidado contendo a definição da infraestrutura necessária para o funcionamento e disseminação dos alertas como apoio a implementação do Sistema de alerta precoce (TerraMA2). 8