Página 1 de 18. CANTO PRA VIVER WWW.CANTOPRAVIVER.COM 2568-6544 cantopraviver@cantopraviver.com



Documentos relacionados
NOTAÇÃO MUSICAL TRADICIONAL: Como se escrever música?

PROVA ESCRITA. 2. Tendo como referencia as escalas maiores abaixo,

NOTAÇÃO MUSICAL: Como se escreve música?

Prova Prática: Curso de Música

Dó Dó# - Ré Ré# - Mi Fá Fá# - Sol Sol# - Lá Lá# - Si Dó

24 Acorde Maior X Acorde Menor - Conteúdo

Acordes, sua estrutura e cifragem

AMOSTRA ATENÇÃO: SUMÁRIO. Introdução...1. Notação musical...3. Teoria musical Harmonia Escalas Dicionário de acordes...

A ordem do nome das notas

FORMAÇÃO E ESTRUTURAS DOS ACORDES; ESCALAS:

A RELAÇÃO MATEMÁTICA E MÚSICA. Resumo: Este trabalho procura estudar a relação entre a matemática e a música.

APRENDA MÚSICA Vol I 1. As notas musicais no endecagrama

Apostila de Iniciação Musical. Baseado no Livro Teoria da Música de Ricci Adams Compilação de: Elsaby Antunes 1ª Edição.

TEORIA ELEMENTAR DA MÚSICA

Apostila - Estruturação e Linguagem Musical I (2011) PARTE II TEORIA MUSICAL

TONALIDADE X FREQUÊNICA

A Notação Musical no Ocidente: uma História

Noções Básicas de Teoria Musical. por Alessandro Penezzi

Intervalo é a distância sonora existente entre duas notas musicais. É impossível obtermos um intervalo tendo somente uma nota como referência.

1ª situação: Quando a nota mais alta (aguda) do intervalo pertence à escala de referência:

VIOLÃO POPULAR EXPLICANDO TUDO PELAS CIFRAS. Autor: MR. DIRSOM

PROVA DE HABILIDADES ESPECÍFICAS MÚSICA ETAPA TEÓRICA

INICIAÇÃO À MÚSICA E AO VIOLÃO

Início em Arranjos Musicais

ÍNDICE... 1 APRESENTAÇÃO... 3 CONHECENDO O SEU INSTRUMENTO...


APOSTILA VIOLÃO BÁSICO A OFICINA DE VIOLÃO SERÁ TRABALHADA EM TRÊS NÍVEIS (MÓDULOS): MÓDULO A

46 Dona Nobis Pacem: alturas Conteúdo

CAPOTRASTE ou BRAÇADEIRA VOCÊ SABE COMO USAR?

27 Acordes Substitutos Diatônicos - Conteúdo

APOSTILA CAVAQUINHO BÁSICO A OFICINA DE CAVAQUINHO SERÁ TRABALHADA EM TRÊS NÍVEIS (MÓDULOS): MÓDULO A

C 7b. Formação de acordes. Acrescentando novos graus. 5 3 Tônica ou 1 C D E F G A B T II III IV V VI VII. Repetições. 7 menor (B )

TIPO A TEORIA MUSICAL. As questões 01 a 03 referem-se ao trecho musical a seguir, de Lulli:

Violão Popular. Prof. Juarez Barcellos. Violonistas, músicos, alunos, amigos e companhia, bem vindos!

Modos Gregos II. Preencha a tabela, analise, escreva o nome do modo e adicione TODAS as tensões que o modo permitir: ( )

FÓRMULA VIOLÃO EXPRESS

Índice. Curso Prático de Guitarra

IGREJA CRISTÃ MARANATA. Apostila De Teclado. Comissão de ensino Vale do Aço

Apostila Básica de Violão

COMISSÃO PERMANENTE DE SELEÇÃO COPESE PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO PROGRAD VESTIBULAR 2011 E PISM III PROVA DE HABILIDADE ESPECÍFICA - MÚSICA

ACORDES CIFRADOS. Zé Galía

CONCURSO VESTIBULAR 2013 PROVA DE HABILIDADE ESPECÍFICA CURSO DE MÚSICA. Assinatura: PROVA COLETIVA

I- Música É a arte dos sons. É constituída de melodia, ritmo e harmonia. II- Representação violão ou guitarra Gráfica do braço do

GUITARRA 1. da afinação ao improviso, escalas maiores, menores, pentatônicas e de blues, formação de acordes e bicordes. CD com solos e acompanhamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MÚSICA Vestibular 2011 Prova escrita - Teoria e Ditado. Nome do candidato: Curso: 1 - TEORIA

Acordes para Teclado e Piano by Ernandes

Primeiros conceitos de harmonia tonal/funcional

Harmonia Tonal I. Apostila organizada por prof. Norton Dudeque

Apostila de Teoria Musical Básica

INFORMAÇÃO PROVAS GLOBAIS DE FORMAÇÃO MUSICAL 2014/ º ANO / 8.º GRAU

Escala Maior Natural

Fábio Gonçalves Cavalcante Doristi Teoria

COMO LER E ESCREVER PARTITURAS - I

Escala Pentatônica - Desenho 3

O básico da Guitarra - Aula 6 J. Junior. Acordes Básicos

TAM I - aula 5 UFJF - IAD. Prof. Luiz E. Castelões luiz.casteloes@ufjf.edu.br

CLASSIFICAÇÃO DOS INTERVALOS MUSICAIS. Ex.

- 1 - RealCursos.Net RealCursos.Net

APOSTILAS DAS ESPECIALIDADES DO CLUBE TERRAS

Considerações finais...45

As Notas Musicais. O processo moderno utiliza códigos quando se refere a cada uma das notas. Este código é chamado de CIFRA.

04 Armadura de Clave Como identificar o Tom a partir dos acidentes da Armadura de Clave. 06 Relação Tom x Acidentes. 12 Círculo das Quintas

HARMONIA. A à Z. Por: Fábio Leão

MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ESCOLA DE SARGENTOS DAS ARMAS ESCOLA SARGENTO MAX WOLF FILHO

Conteúdos Específicos Professor Ensino Superior - Licenciatura Plena ou Bacharelado - Habilidades Artístico Culturais - Música

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

Violão Clássico. Prof. Juarez Barcellos. Violonistas, músicos, alunos, amigos e companhia, bem vindos!

música. Exemplo de instrumentos de ritmo: Instrumentos de Percussão (bateria, pandeiro, tamborim, etc.)

Provas de Habilidades Específicas em Música Composição e Licenciatura

Título: Partitura Total

NOTA FUNDAMENTAL Desse conjunto de sons simultâneos, o que é mais bem identificado é o som da nota principal ou também chamada de nota fundamental.

Projeção ortográfica da figura plana

Matemática Financeira II

Escalas I. Escalas - I. Escala Pentatônica Menor e Escala Penta-blues. Assista a aula completa em:

INTERVALO MUSICAL. Nota.: Os intervalos são contados em semitom, que é o menor intervalo entre duas notas, no sistema musical ocidental.

QUESTÃO 1 ALTERNATIVA B

PROCESSO SELETIVO EDITAL 12/2013

CONHECIMENTOS ESPECIALIZADOS

Sistemas de Organização Sonora

EXAME INTELECTUAL AOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS SOLUÇÃO DAS QUESTÕES DE TEORIA MUSICAL

MuseCode. (1) Uma abordagem aritmé5ca à música tonal (2) À procura da linearidade na música tonal

Canguru Matemático sem Fronteiras 2014

Teoria Musical. O trecho musical abaixo foi extraído do Adagio da TRIO SONATA Op. 3 nº 2, de Arcangelo Corelli.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

TESTE ESPECÍFICO - PROVA ESCRITA Processo Seletivo UFAL Curso INSTRUÇÕES GERAIS

Ondas Estacionárias Apostila 2

Guia de Consulta (Guitarra e Violão) Fórmulas, Tabelas e Diagramas

APOSTILA DE EXEMPLO. (Esta é só uma reprodução parcial do conteúdo)

Alfabetização na musicalização infantil

Como Tocar Cavaquinho

VIOLÃO 1. escalas, formação de acordes, tonalidade e um sistema inédito de visualização de trechos para improvisar.

Exercício 8 Busca de Músicas

VERSÃO DEMO DO MÉTODO DE GUITARRA: CURE SEU IMPROVISO: MODOS GREGOS POR ROBERTO TORAO

SUB12 Campeonato de Resolução de Problemas de Matemática Edição 2009/2010

Três características diferem os sinais sonoros: a altura do som, a intensidade e o timbre.

A Música na Antiguidade

-~~ PROVA DE FÍSICA - 2º TRIMESTRE DE 2014 PROF. VIRGÍLIO

FACULDADE ANCHIETA DE ENSINO SUPERIOR DO PARANÁ FAESP BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO INFOMASTER MUSIC

TESTE DE HABILIDADE ESPECÍFICA

Escalas III Escalas - III Escala Menor Natural Assista a aula completa em:

Transcrição:

Página 1 de 18

Página 2 de 18 APOSTILA PERCEPÇÃO HARMÔNICA BÁSICO A OFICINA DE PERCEPÇÃO HARMÔNICA SERÁ TRABALHADA EM DOIS NÍVEIS (MÓDULOS): MÓDULO A ==> Serão passadas noções de teoria musical, intervalos, escala tom maior, construção de acordes, harmonização de escala, funções, sensível tonal / sensível modal / trítono / dominantes, escalas tom menor (natural, harmônica e melódica) e acordes de 5ª diminuta (duraçao: 12 semanas) ÍNDICE: 1. NOTA MUSICAL CONCEITO E PERCEPÇÃO 2. INTERVALOS 3. ESCALA TOM MAIOR 4. CONSTRUÇÃO DE ACORDES 5. HARMONIZAÇÃO DE ESCALA 6. SENSÍVEL TONAL E MODAL, TRÍTONO, DOMINANTES 7. FUNÇÕES E CADÊNCIAS 8. ESCALAS TOM MENOR (NATURAL, HARMÔNICA E MELÓDICA) 9. ACORDES DE 5ª DIMINUTA

Página 3 de 18 1. NOTA MUSICAL (CONCEITO E PERCEPÇÃO) INTRODUÇÃO Possivelmente, mesmo quem não toca, conhece uma seqüência de notas musicais: DÓ, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI. É a partir destas sete notas, e outras cinco que veremos adiante (os bemóis e sustenidos) que as melodias da música ocidental são compostas. Entre os antigos gregos, havia um homem chamado Pitágoras. Ele notou que, quando uma corda esticada é posta em vibração, ela produz certo som (nota). Se o comprimento da corda vibrante for reduzido à metade, um som mais agudo é produzido, que guarda uma relação muito interessante com o primeiro (uma oitava). Para entender melhor o que Pitágoras fez, vamos pensar na corda de um violão ou cavaquinho. Quando submetida a certa tensão, se a corda vibra em toda a sua extensão, ela produz um som (nota musical) de uma certa freqüência (que para efeito de exemplo, vamos convencionar DÓ). O instrumentista varia o comprimento da corda vibrante, pondo o dedo em certas posições na corda. O que Pitágoras fez foi dividir a corda segundo a seqüência de frações. Assim foram obtidas outras notas que hoje nós chamamos dó, sol, fá, mi, respectivamente. A primeira nomenclatura, das notas musicais, que apareceu, baseava-se no alfabeto: as sete primeiras letras representavam os sete sons da escala, começando pela nota LÁ. Depois, o monge Guido d'arezzo (995-1050), adotou uma pauta de cinco linhas. Além disso, Guido d'arezzo deu nome às notas, tirando as sílabas iniciais de um hino à São João Batista; o qual era aplicado no canto eclesiástico: HINO A SÃO JOÃO BATISTA Ut queant laxis REsonaris fibris MIra gestorum FAmuli tuorum SOLve polluti LAbii reatum Sancte Ioannes Para que possam ressoar as maravilhas De teus feitos com largos cantos Apaga os erros Dos lábios manchados Ó São João C = dó D = ré E = mi F = fá G = sol A = lá B = si

Página 4 de 18 EXERCÍCIO PERCEPÇÃO - PRATICAR JUNTO COM OS ARQUIVOS MID (MID- TOM MAIOR e MID TOM MENOR). QUE SE ENCONTRAM NO LINK DO SITE ESPECIFICO PARA ESTE MÓDULO. ESCRITA MUSICAL - PAUTA, CLAVE E LINHAS SUPLEMENTARES A Pauta Musical, ou Pentagrama, é a base sobre a qual, as notas são escritas. A Pauta é composta de cinco linhas e quatro espaços. Cada linha ou espaço, representa uma nota musical. As Claves determinam qual linha e qual espaço, corresponde a tal nota. A Clave de Sol, é a Clave usada para violão, cavaquinho, bandolim, flauta etc. A linha da pauta em torno da qual começa o desenho do símbolo da Clave de Sol (mostrada na figura abaixo) representa a nota Sol. Qualquer nota colocada nesta linha torna-se um Sol. A nota no espaço acima do Sol é o Lá. A nota sobre a linha acima do Lá é o Si. Ascendentemente, este processo continua até esgotarmos as linhas e espaços. Daí para diante, usamos as Linhas Suplementares. O mesmo funciona descendentemente. Uma linha suplementar é uma pequena linha que amplia a pauta quando quando esta chega ao fim.

Página 5 de 18 2. INTERVALOS (CONCEITO) Chama-se intervalo, a relação (distância) sonora (altura) entre uma nota (som)e outra (o). INTERVALO GENÉRICO : SEGUNDAS, TERÇAS, QUARTAS, QUINTAS, SEXTAS, SÉTIMAS, OITAVAS, NONAS, ETC EXEMPLO: intervalos ascendentes NOTAS DÓ RÉ SOL SI FÁ DÓ SI RÉ LÁ SOL MI FÁ INTERVALO SEGUNDA TERCA QUINTA TERÇA SETIMA SEGUNDA Obs: o semitom, é o menor intervalo que se adotou grafar na musica da nossa cultura. Um semitom equivale ao intervalo entre a nota de uma casa no braço do instrumento temperado e a casa adjacente, Um tom equivale a dois semitons CLASSIFICAÇÃO Os intervalos são classificados quanto à ocorrência de simultâneidade em sua execução. Assim, o intervalo será melódico quando os sons aparecerem em sucessão um ao outro, ou harmônico, caso sejam executados no mesmo instante. Intervalo melódico Pode ser classificado quanto: A posição do segundo som em relação ao primeiro. Assim, o intervalo será ascendente se o segundo som for de maior frequência (mais agudo) que o primeiro e será descendente caso o segundo som seja de menor frequência (mais grave) que o primeiro. A distância entre os dois sons, e podem ser: conjunto ( intervalo de segunda que dista de um ou dois semitons entre as notas) e disjuntos (todos os outros).

Página 6 de 18 Intervalo harmônico O intervalo harmônico pode ser classificado somente quanto à distância entre os dois sons. Nomes Os nomes dos intervalos da escala diatônica são dados pela distancia entre as notas, isto é, distância de segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sétima, oitava, nona, etc., mais o designativo que indica se a frequência entre os intervalos são mais ou menos consonantes - intervalo justo, menor, maior, aumentado, diminuto, superaumentado ou superdiminuto. Assim, temos os seguintes intervalos: Primeira justa ou uníssono: sem intervalos entre os dois sons. Segunda menor: distância de um semitom entre os sons. (*) maior: distância de dois semitons entre os sons. Terça menor: distância de três semitons entre os sons. (*) maior: distância de quatro semitons entre os sons. Quarta justa ou quarta: distância de cinco semitons entre os sons. (*) Quarta aumentada ou quinta diminuta ou trítono: distância de seis semitons entre os sons. Quinta justa ou quinta: distância de sete semitons entre os sons. (*) Sexta menor: distância de oito semitons entre os sons. (*) maior: distância de nove semitons entre os sons. (**) Sétima menor: distância de dez semitons entre os sons. (*) maior: distância de onze semitons entre os sons. (**) Oitava justa ou oitava: distância de doze semitons entre os sons. (**) (*) (MI ==> FÁ ou SI ==> DÓ) (**) (MI ==> FÁ e SI ==> DÓ)

Página 7 de 18 Outros aspectos dos intervalos: Um intervalo menor, quando decrescido de um semitom, se transforma em um intervalo diminuto. Um intervalo maior, quando acrescido de um semitom, se transforma em um intervalo aumentado. Um intervalo diminuto, quando decrescido de um semitom, se transforma em um intervalo superdiminuto. Um intervalo aumentado, quando acrescido de um semitom, se transforma em um intervalo superaumentado. No caso de dois intervalos com a mesma distância em semitons mas com nomes diferentes, como, por exemplo, a quarta aumentada e a quinta diminuta, ou a terça diminuta e a segunda maior, dá se o nome de intervalos enarmônicos. RÉGUA DOS INTERVALOS Nos retângulos estão mostradas as principais enarmonias Imagine esta régua como a corda de um violão, cavaquinho ou bandolim.

Página 8 de 18 VISUALIZAÇÃO DOS INTERVALOS NO BRAÇO DO VIOLÃO VISUALIZAÇÃO DOS INTERVALOS NO BRAÇO DO CAVAQUINHO Modo prático de classificar intervalos Sem acidentes Segundas ou terças são menores quando contiverem um semitom diatônico Sextas ou sétimas - são menores quando contiverem dois semitons diatônicos Quartas e quintas são justas á exceção do trítono (fa-si quarta aumentada e si-fa quinta diminuta) Com acidentes Retiramos os acidentes e classificamos o intervalo. A cada acidente introduzido, reclassificamos o intervalo. Ex: sib fa#

Página 9 de 18 Retirando os aciddentes teremos o intervalo si-fa Classificamos o intervalo : si-fa é quinta diminuta (trítono) Colocamos um dos acidentes : Sib fa O intervalo teve seu extremo inferior abaixado, causando o aumento de sua grandeza. ==> Passamos a ter uma quinta justa Colocamos o último acidente : Sib fa# O intervalo teve seu extremo superior aumentado, causando novo aumento em sua grandeza. ==> Passamos a ter uma quinta aumentada Conclusão : sib fa# é uma quinta aumentada. E assim procederemos com quaisquer outros intervalos dados. 3. ESCALA TOM MAIOR (DÓ) DEFINIÇÃO A conhecida seqüência das notas musicais ==> DÓ, RÉ, MI, FÁ, SOL,LÁ, SI, equivale a escala de DO MAIOR. TODA ESCALA DE TOM MAIOR DEVE TER A SEGUINTE RELAÇÃO INTERVALAR: T T s T T T s ESCALAS TOM MAIOR CONSTRUÇÃO A PARTIR DE INTERVALOS Uma escala é uma seleção de certas notas dentro de uma oitava. A primeira escala que discutiremos é a escala maior. A escala maior é construída com a fórmula acima. Cada "T" representa um tom, e cada "s", um semitom. Vamos construir a escala maior de Dó, mais conhecida como Escala de Dó Maior. Nossa nota inicial será o Dó.

Página 10 de 18 A partir do Dó, subiremos o intervalo de um tom (duas casas) até o Ré. Do Ré, subiremos outro tom (duas casas) até o Mi. Agora, subiremos um semitom (uma casa) até o Fá. Do Fá, um tom (duas casas) nos levará ao Sol. A seguir, um outro tom (duas casas) nos leva ao Lá. O último tom (duas casas) inteiro nos leva ao Si. E, por fim, um semitom (uma casa) nos devolve ao Dó. ARMADURA DE CLAVE Armadura de clave é uma coleção de todos os acidentes encontrados numa escala. As notas de uma escala também são identificadas em graus. Exemplo: Escala de DÓ MAIOR. (nenhum sustenido) DÓ = 1º GRAU RE = 2º GRAU MI = 3º GRAU FA = 4º GRAU SOL = 5º GRAU LA = 6º GRAU SI = 7º GRAU Escala de RÉ MAIOR. (dois sustenidos FA e DÓ) RÉ = 1º GRAU MI = 2º GRAU FA# =3º GRAU SOL = 4º GRAU LA = 5º GRAU SI = 6º GRAU DÓ# = 7º GRAU EXERCÍCIO : CONSTRUIR AS ESCALAS DE TODOS OS TONS MAIORES:

Página 11 de 18 CICLO DAS QUINTAS JUSTAS 4. ACORDES CONSTRUÇÃO - (BÁSICO) / CIFRAS (LEGENDA) Um acorde é uma combinação de três ou mais notas. Os acordes são construídos a partir de uma nota única, chamada fundamental. Nesta lição, estaremos discutindo tríades. Elas são criadas com uma fundamental, uma terça e uma quinta. Vamos começar com uma tríade maior (também chamada de acorde maior) de Dó. Ela é feita com uma terça maior e uma quinta justa a partir da fundamental. Primeiro, escreva a fundamental (neste caso, Dó), a terça genérica, e a quinta genérica na pauta. A próxima tríade que discutiremos é a tríade menor. Ela é criada com uma terça menor e uma quinta justa a partir da fundamental. Vamos fazer uma tríade menor de Dó. Escreva a fundamental e os intervalos genéricos de terça maior e quinta justa. A seguir, cuide para que a terça transforme-se numa terça menor, transcrevendo o acidente necessario. Como pode ver, o acorde de Dó menor é composto de Dó, Mi bemol e Sol.

Página 12 de 18 EXERCÍCIOS CONSTRUÇÃO DE ACORDES MAIORES E MENORES VISUALIZAÇÃO DOS INTERVALOS DE QUARTAS JUSTAS NO BRAÇO DO VIOLÃO O VIOLÃO é afinado em quartas justas, exceto o intervalo entre a segunda e terceira corda, que é afinado em terça maior. O gráfico acima demonstra onde encontrar um intervalo de quarta justas entre uma corda do instrumento, e a seguinte Conhecendo está relação entre as cordas do instrumento, você poderá encontra as quintas, sextas, sétimas, etc. OUTRAS INFORMAÇÕES: V + IV = VIII IIIM + IIIM = Vaum IIIM + IIIM + IIIM = VIII SE A ==> B = IV ENTÃO B ==> A = V EXERCÍCIO: CONSTRUIR OS SEGUINTES ACORDES (DIREITA E ESQUERDA): C# (#5) (5ª CORDA) Ab7 (6ªCORDA) Ebm 7M ( 4ªCORDA) F#m7/(b5) (6ª CORDA) Db7/9 (5ªCORDA) C6/9 ( 5ªCORDA)

Página 13 de 18 5. HARMONIZAÇÃO DE ESCALA (campo harmônico) Utilizando nosso conhecimento de triades (fundamental, terça e quinta), vamos harmonizar a escala de DÓ MAIOR e classificar os acordes encontrados. EXERCICIO : CONSTRUA O CAMPO HARMÔNICO DE: DÓ, RÉb, RÉ, MIb, MI, FÁ, FÁ#, SOL, LÁ b, LÁ, SIb, SI. 6. SENSÍVEL TONAL E MODAL, TRÍTONO E DOMINANTES TOM MAIOR: a escala de tom maior apresenta uma SENSÍVEL TONAL (7º GRAU) e uma SENSÍVEL MODAL(4º GRAU). Por alguma razão, essas mesmas notas, tem duas outras caracteristicas interessantes: I- são as únicas duas notas diatônicas que distam 3 tons. São conhecidas como trítono. II- o som produzido por este intervalo, nos leva a uma sensação de suspensão que resolve na TÔNICA. (ai nasce a DOMINANTE)

Página 14 de 18 7. FUNÇÕES E CADÊNCIAS (BÁSICO) HARMONIA TONAL ENTRA NA ESTETICA DA HARMONIA FUNCIONAL. QUE TEM UMA ESTETICA ONDE OS ACORDES TEM UM PAPEL (FUNCAO) ESPECÍFICO. FUNÇÕES: TÔNICAS DOMINANTES SUBDOMINANTES REPOUSAR TENSIONAR NAO TENSIONA NEM REPOUSA COMPLETAMENTE ANALOGIA: SENTIMENTOS PARA CADA FUNÇAO: TONICAS: T - REPOUSO / ESTABILIDADE / CONCLUSAO / FINALIZAÇAO / CHEGAR / CONFORTO / RESOLUÇAO / FICAR DOMINANTES: D - TENSAO / INSTABILIDADE / SUSPENSAO / PREPARAÇAO / DESCONFORTO / SEGUIR / SUBDOMINANTES: SD - MEIO TERMO / SEMI ESTAVEL / SEMI FINALIZAÇAO / NAO TENSIONA MAS NAO REPOUSA DE FORMA PLENA / AGUARDAR PARA SEGUIR / REPOUSO EM ALERTA.

Página 15 de 18 CADÊNCIAS CADÊNCIA (CAIR) ==> Cadência, é o caminho (sentimentos / funçôes harmônicas) que a harmonia percorre para chegar em uma TÔNICA, uma TÔNICA PASSAGEIRA, ou em uma expectativa de uma TÔNICA que não acontece. Funcionalmente, as cadências podem ser: I- D ==> T II- SD ==> T III- D ==> D ==>T IV- SD ==> D ==> T V- D ==> D ==> D ==> T (etc) Estudando cadências: V7 ==> I (D ==> T) II ==> V7 ==> I (SD ==> D ==> T) V7 ==> I (D ==> T) dominante secundária II ==> V7 ==> I (SD ==> D ==> T) II cadencial e dominante secundária EXERCÍCIO: construa os campos harmônicos com as respectivas cadencias : II V - I e V - V - I DÓ, RÉb, RÉ, MIb, MI, FÁ, FÁ#, SOL, LÁ b, LÁ, SIb, SI.

Página 16 de 18 8. ESCALAS TOM MENOR A escala de TOM MENOR NATURAL, é um MODO da escala de TOM MAIOR. A escala de tom maior tem 7 modos (Iônico, Dórico, lídio, frígio, mixolídio, eóleo e lócrio). Cada modo, equivale a respectiva escala de tom maior, mudando apenas o ponto de partida. A escala de TOM MENOR NATURAL, é o MODO EÕLEO da escala de TOM MAIOR. CONSTRUÇAO DA ESCALA DE TOM MENOR A PARTIR DA ESCALA DE TOM MAIOR, E RESPECTIVO CAMPO HARMÔNICO. Assim, temos os acordes que compõem o campo harmônico de Am natural. Porém, essa escala não contém sensível tonal, e consequentemente, trítono, e consequentemente, dominante.

Página 17 de 18 Dessa forma, com a inclusão da sensível tonal, criou-se a escala de tom menor harmônico Com a inclusão da sensível tonal, que originou a escala de tom menor harmônico, apareceu um intervalo de 1 ½ tom entre o sexto e o sétimo grau. Entao criou-se a escala de tom menor melódica elevando o sexto grau em ½ tom.

Página 18 de 18 9. DIMINUTAS CICLO DAS DIMINUTAS: Só existem 3 acordes com quinta e sétima diminuta. O restante é inversão de um dos três acordes. No desenho acima temos (cor azul): 1) Cº contém C D# F# A D#º contém D# F# A C F#º contém F# A C D# Aº contém A C D# F# LOGO: Cº = D#º = F#º = Aº Ídem para as cores vermelhas e verdes. Portanto, só existem 3 possibilidades. I DIMINUTOS - (VIIº) DOMINANTE, resolve ½ tom acima, contém o trítono da tonalidade. II - Diminutos de passagem descentende caminha ½ tom abaixo (só ocorre do IIIm para o IIm) III- Diminutos de aproximação