UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA ESPECIALIZAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS PARA WEB



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Transcrição:

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA ESPECIALIZAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS PARA WEB UMA PROPOSTA DE GUIA DE APRESENTAÇÃO DE CONTEÚDO PARA SITES EM VERSÃO MOBILE MARCELO MORALES GRAZIANO MARINGÁ 2012

MARCELO MORALES GRAZIANO UMA PROPOSTA DE GUIA DE APRESENTAÇÃO DE CONTEÚDO PARA SITES EM VERSÃO MOBILE Trabalho apresentado como requisito para a aprovação, do curso de pós-graduação Especialização em Desenvolvimento de Sistemas para Web, da Universidade Estadual de Maringá, tendo como orientadora pedagógica Professora Dra. Tânia Fátima Calvi Tait MARINGÁ 2012

2 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus pais, Hilda e Marcelo, ao meu irmão Vitor Hugo e aos meus amigos que sempre acreditaram e me apoiaram nos mais variados momentos da minha vida, não me deixando desistir de nenhum objetivo diante das dificuldades e obstáculos. Se o ambiente permitir, pode-se aprender qualquer coisa, e se o indvíduo permitir, o ambiente lhe ensinará tudo o que ele tem para ensinar. (Trecho do livro: Improvisação para o teatro, Viola Spolin)

3 AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer a todos que tornaram este trabalho possível para a conclusão de mais uma etapa pessoal e profissional da minha vida com o término deste curso de especialização. Agradeço primeiramente aos meus pais que sempre me apoiaram e me indicaram o caminho correto para a vida. Sem a ajuda deles desde o início de todo a minha formação de caráter jamais teria chegado até aqui, amo vocês. Aos meus amigos mais próximos, Fernando Eduardo, Keith Karla, Renata, Érica e Jaque, que nunca colocaram e dúvida minha capacidade e que sempre que penso em desistir de meu objetivo, me levantam e me lembram, assim como meus pais, quanto a minha capacidade de aprender é infinita. Meu agradecimento especial a minha amiga Mônica Anacleto, que sempre me serve como fonte de inspiração profissional, garra e superação. Agradeço também aos professores do curso que guiaram o meu caminho através das aulas, explicações e esclarecimento de dúvidas de forma sempre solícita. Especialmente agradeço a minha professora orientadora Tânia Tait, pelo esforço dedicado a me ajudar a construir este trabalho, me orientando pouco mais de dez anos depois da primeira aula que tive ainda na graduação em Informática nesta mesma Universidade. A todos meu muito obrigado!

4 RESUMO O aumento do número de usuários da tecnologia de dispositivos móveis e do acesso à Internet via conexão banda larga 3G, faz necessário um estudo sobre os sites e suas versões mobile. Versões estas que, em sua maioria, contém pouco conteúdo ou não existem, fazendo com o que o usuário acesse através de seu celular sites em versões completas, o que pode tonar o carregamento do mesmo lento através da tecnologia 3G. O presente trabalho tem como objetivo propor um guia para apresentação de conteúdo de sites de notícias em versão mobile. Para tanto, buscou-se fazer uma comparação dos sites em versão web e mobile, desta forma foi possível encontrar as diferenças de apresentação de conteúdo entre as duas, e verificou-se que a versão mobile, não atende ao mesmo conteúdo e/ou funcionalidades da web. A organização do guia baseia-se na norma NBR ISO/IEC 9216, que trata, dentro da Engenharia de Software, a Qualidade de produto. As características e subcaracterísticas desta norma foram estudadas e adequadas para as versões de sites de notícias em versão mobile. Todos os itens da comparação de sites feita no decorrer do trabalho foram utilizados para a elaboração da proposta do guia. Realizou-se também uma aplicação do guia proposto em um site de notícia para verificar as modificações necessárias. Palavras-chave: Versão Mobile. Qualidade de software. Site. Conteúdo. 3G. NBR ISO/IEC 9216-1. Dispositivos Móveis.

5 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Classificação metodológica do trabalho... 25 Quadro 2 Quadro 02 Análise dos itens web nas versões mobile... 30

6 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Qualidade no ciclo de vida do software... 14 Figura 2 Modelo de qualidade para qualidade externa e interna... 17 Figura 3 Guia proposto de conteúdo para as versões de sites mobile... 39 Figura 4 Aplicação do guia proposto no conteúdo da página inicial do site www.g1.com.br em versão mobile... 44 Figura 5 Aplicação do guia proposto no conteúdo de uma notícia do site www.g1.com.br em versão mobile... 45

7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 8 1.1 JUSTIFICATIVA... 8 1.2 OBJETIVOS... 9 1.2.1 Objetivo Geral... 9 1.2.2 Objetivos Específicos... 9 1.3 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO... 10 1.4 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO... 10 2 REVISÃO DE LITERATURA... 11 2.1 E O MERCADO MOBILE E A INTERNET 3G NO BRASIL... 11 2.1.1 Dados históricos e atuais sobre o mercado mobile... 11 2.1.2 Dados sobre a Internet 3G... 11 2.2 FAMÍLIA ISO/IEC 9000... 12 2.3 A NORMA NBR ISO/IEC 9126-1:2003 - ENGENHARIA DE SOFTWARE - QUALIDADE DE PRODUTO - PARTE 1: MODELO DE QUALIDADE... 13 2.3.1 Modelo de Qualidade para Qualidade Externa e Interna... 16 3 METODOLOGIA DE PESQUISA... 21 3.1 DEFINIÇÃO DO TIPO DE PESQUISA... 21 3.2 DEFINIÇÃO DAS PERGUNTAS DA PESQUISA... 25 3.3 MÉTODO DE COLETA DE DADOS... 26 3.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS... 26 3.5 LIMITAÇÕES DA PESQUISA... 26 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS SITES EM VERSÃO WEB E MOBILE... 28 4.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DOS SITES VERSÃO MOBILE... 28 4.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DA NORMA NBR ISO/IEC 9126-1 PARA UTILIZAÇÃO EM SITES VERSÃO MOBILE... 36 4.3 GUIA PROPOSTO PARA SITES DE NOTÍCIAS VERSÃO MOBILE... 39 4.4 APLICAÇÃO DO GUIA EM UM SITE MOBILE... 43 5 CONCLUSÃO... 46 REFERÊNCIAS... 48

8 1 INTRODUÇÃO 1.1 JUSTIFICATIVA Segundo dados da Anatel, em 2011, o Brasil fechou com mais de 242,2 milhões de linhas de celulares e, recorde no número de habilitações, sendo que 39,3 milhões destas foram instaladas somente no ano passado. Ainda de acordo com a Anatel, quanto ao acesso à Internet via Serviço Móvel Pessoal de Terceira Geração (3G), os Termos de Autorização para a exploração do serviço, foram assinados em 29 de abril de 2008. A partir desta data os serviços 3G começavam a ser explorados e disponibilizados para a população brasileira. Desde que foi consolidado o serviço no Brasil, a utilização do mesmo vem aumentando mês a mês, os terminais 3G totalizaram, em 2011, mais de 41,1 milhões de acessos, o que representa um crescimento de 99,31% no ano (eram 20,6 milhões em 2010). Em janeiro de 2012, totalizaram mais de 50,8 milhões de acessos, o que representa um crescimento de 23,45% em relação ao mês anterior (eram 41,1 milhões em dezembro de 2011). Com esse aumento significativo, as organizações começam a se preocupar com o conteúdo que é acessado via conexão 3G, em sua maior parte através de aparelhos celulares e tablets. Por se tratar de uma conexão com velocidade relativamente baixa em relação à banda larga e que a necessidade do acesso à informação se torna cada vez maior e de maneira rápida, a preocupação das organizações em oferecer seu conteúdo de maneira adequada para os usuários dessa tecnologia se torna cada vez maior. Todavia, ao acessar os sites das organizações através destes dispositivos, constataremos que, grande parte, não possui versão mobile, apresentando, assim, a mesma versão da web. Veremos também que os sites que possuem esta versão, nem sempre trazem o conteúdo completo, de fácil navegação ou de maneira adequada. Devido a constatação da falta de um guia de conteúdo e/ou funcionalidades básicas

9 para a navegação nessas versões, propomos um guia de apresentação de conteúdo de sites mobile. Para auxiliar neste processo, fez-se necessário o estudo das normas de qualidade de software, especificamente, para este trabalho, a norma NBR ISO/IEC 9216-1, que dentro da Engenharia de Software, trata da Qualidade de produto e nesta primeira, das quatro etapas da norma, traz um Modelo de Qualidade. Desta forma, a realização deste trabalho se justifica, na medida em que se propõe trazer qualidade de conteúdo para essas versões, o que é extremamente importante se analisados os dados de crescimento do uso das tecnologias ligadas a esse mercado nos últimos 10 anos e, para tanto, elegeu-se como questão de pesquisa: é possível sugerir um guia de conteúdo para estas versões? Na UEM, no Departamento de Informática, encontra-se em desenvolvimento um projeto de pesquisa com apoio da Fundação Araucária, com o objetivo de elaborar uma abordagem para gerenciar projetos de dispositivos móveis. O presente trabalho está incluso nas atividades desse projeto. 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo Geral Apresentar um guia para apresentação de conteúdo de versões mobile de sites de notícias. 1.2.2 Objetivos Específicos Com fins de realizar o objetivo geral, estabeleceram-se os seguintes objetivos específicos: Estudo da norma de qualidade de software NBR ISO/IEC 9126-1; Comparar os conteúdos e funcionalidades disponibilizados nos sites em versão web e mobile. Distribuir os conteúdos e funcionalidades da comparação dos sites nas características e subcaracterísticas da norma NBR ISO/IEC 9126-1 Apresentar um guia para apresentação de conteúdos de sites de notícias em versão com base na norma NBR ISO/IEC 9126-1.

10 1.3 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO A pesquisa em questão possui algumas limitações. Não serão abordas as demais partes da norma NBR ISO/IEC 9216, bem como as análises dos sites em versão mobile serão realizadas, apenas, através do Sistema Operacional Android 4.0.4. Além disso, levando-se em consideração a variedade de categorias de sites em versão web, limitamos a pesquisa em sites de notícias em suas versões web e mobile, para que pudesse ser avaliado um contexto mais específico. Adicionalmente, o guia proposto não abrange questões como segurança, integridade e/ou estrutura do banco de dados dos sites e outros fatores que não podem ser avaliados sem um estudo mais profundo ou acesso à informações como FTP, painel de controle da hospedagem e, principalmente, ao código fonte dos sites em questão. 1.4 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO Para este trabalho, cinco capítulos formaram este estudo, para melhor organização e compreensão, sendo estes: O primeiro capítulo traz a introdução, na qual é justificada a importância deste estudo e os objetivos propostos por ele, bem como sua delimitação, que limitou sua abordagem e a forma em que o estudo foi organizado. No segundo capítulo é feita a revisão de literatura, que apresenta um referencial bibliográfico que demonstra os dados da telefonia celular e Internet 3G no Brasil, através de dados históricos e atuais, além da abordagem da norma de qualidade de software NBR ISO/IEC 9126-1. No terceiro capítulo, é abordada a metodologia do trabalho, deixando clara a forma de realização da pesquisa, as perguntas que foram respondidas no decorrer do trabalho ligadas aos objetivos propostos, o método da coleta de dados, a forma de análise destes dados e a limitação da pesquisa. Já o quarto capítulo é utilizado para a apresentação e análise dos estudos realizados, onde são apresentadas as características analisadas em cada site em versão mobile, a adequação da norma NBR ISO/IEC 9126-1 a essas características, além da apresentação do guia de qualidade em conteúdo de versões mobile de sites de notícias, de forma a auxiliar nas conclusões do quinto capítulo.

11 2 REVISÃO DE LITERATURA A Revisão da Literatura trará dados históricos sobre a tecnologia mobile e a Internet 3G no Brasil e, ainda definições sobre a família ISO/IEC 9000, sobre a Norma NBR ISO/IEC 9126-1 da Engenharia de Software que trata da Qualidade de Produto. 2.1 O MERCADO MOBILE E A INTERNET 3G NO BRASIL O mercado de telefonia mobile cresce a cada ano no país, batendo recorde no número de habilitações em 2011, de acordo com a ANATEL. Processo parecido vem ocorrendo com o serviço de Internet 3G desde que a exploração do serviço foi autorizada em 2008. 2.1.1 Dados históricos e atuais sobre o mercado mobile Há mais de 10 anos o mercado de telefonia móvel vem crescendo de forma exponencial no país. Em 2011, o Brasil fechou com mais de 242,2 milhões de linhas de celulares e recorde no número de habilitações, sendo 39,3 milhões destas foram instaladas somente no ano passado (ANATEL, janeiro 2012). De acordo com notícia divulgada no Portal Brasil (www.brasil.gov.br), em janeiro 17 de janeiro de 2012, baseados em dados fornecidos pela Anatel: O número de habilitações é o maior desde o início do levantamento, em 2000. Em relação a 2010, a instalação de novas linhas registrou crescimento de 19,36%. Apenas em dezembro, foram mais de 6,1 milhões de habilitações, maior volume registrado para o mês. Em dezembro de 2010, 5,4 milhões de linhas haviam sido ativadas. A penetração da telefonia móvel voltou a bater recorde. Em dezembro de 2011, havia 123,87 linhas em operação para cada 100 brasileiros. Em comparação a 2010, quando a proporção era de 104,68 linhas, o crescimento foi 18,33%. (ANATEL, 2012).

12 Dessa forma podemos verificar que tal crescimento implica em um maior número de usuários que podem buscar não somente pelo serviço de ligações entre aparelhos, mas também diversos outros disponíveis nas variadas tecnologias encontradas nos aparelhos disponíveis no mercado. 2.1.2 Dados sobre a Internet 3G Segundo a Anatel (2012), os Termos de Autorização para a exploração do Serviço Móvel Pessoal de Terceira Geração (3G), foram assinados em 29 de abril de 2008. A partir desta data os serviços 3G começavam a ser explorados e disponibilizados para a população brasileira. São considerados dispositivos 3G modens de banda larga móvel e aparelhos celulares com a tecnologia. Este trabalho está restrito apenas aos aparelhos celulares, uma vez que será tratada a versão mobile de conteúdos de sites. Desde que foi consolidado o serviço no Brasil, a utilização do mesmo vem aumentando mês a mês, os terminais 3G totalizaram, em 2011, mais de 41,1 milhões de acessos, o que representa um crescimento de 99,31% no ano (eram 20,6 milhões em 2010). Em janeiro de 2012, totalizaram mais de 50,8 milhões de acessos, o que representa um crescimento de 23,45% em relação ao mês anterior (eram 41,1 milhões em dezembro de 2011). A diferença é resultado da adequação na forma de identificação dos terminais com capacidade 3G habilitados nas redes das operadoras (ANATEL, 2012). A agência considera o número indicado como banda larga móvel o somatório das tecnologias WCDMA e terminais de dados. Sendo assim considera-se o aumento substancial de usuários da tecnologia 3G e desta maneira o acesso a sites em versão mobile. 2.2 FAMÍLIA ISO/IEC 9000 Durante a década de 1980, as empresas utilizaram Tecnologia da Informação (TI) em seus processos internos somente para ter controle de qualidade dos produtos. A partir da década de 1990, as organizações passaram a utilizar TI em seus processos de negócios, com o objetivo de garantir a qualidade de processos. Sendo assim, foram lançadas as normas ISO 9001, 9002 e 9003 em 1987 com o

13 objetivo de garantia de qualidade como requisitos entre clientes e fornecedores. A ISO 9001 é a norma que abrange o ciclo de vida completo de um produto ou serviço, sendo que na mesma constam os requisitos para garantia de qualidade de produtos e serviços. A ISO 9000-3 publicada em 1994 contém orientações para a aplicação da ISO 9001 em projeto, desenvolvimento, fornecimento, instalação e manutenção de softwares. É dividida em três partes: Estrutura, Atividades do Ciclo de Vida e Atividade de Suporte. A Estrutura apresenta os aspectos organizacionais em relação ao sistema de qualidade. Sendo estes: responsabilidade gerencial, sistema de qualidade, auditoria interna de sistema de qualidade e ação corretiva. As Atividades do Ciclo de Vida são as próprias atividades relativas ao desenvolvimento que são: revisão do contrato, especificação dos requisitos do cliente, planejamento de desenvolvimento, planejamento da qualidade, projeto e implementação, testes e validação, aceitação, reprodução, entrega, instalação e manutenção. A Atividade de Suporte dão apoio às atividades de desenvolvimento, sendo elas: gerência da configuração, controle da documentação, registros da qualidade, medições, regras, práticas e convenções, ferramentas e técnicas, compras, software produto incluso e treinamento. Um dos pontos fortes dessas normas é a flexibilidade, pois elas podem ser adaptadas ou complementadas para atender os requisitos específicos de cada setor produtivo. 2.3 A NORMA NBR ISO/IEC 9126-1:2003 - ENGENHARIA DE SOFTWARE - QUALIDADE DE PRODUTO - PARTE 1: MODELO DE QUALIDADE De acordo com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), esta Norma é equivalente à ISO/IEC 9126-1:2001. O órgão define que a Norma NBR ISO/IEC 9126 (NBR ISO/IEC 9126-1, 2003, p.1), consiste em quatro partes: Parte 1: Modelo de qualidade; Parte 2: Métricas externas; Parte 3: Métricas internas;. Parte 4: Métricas de qualidade em uso. Para o estudo utilizou-se a primeira parte da Norma que trata o Modelo de qualidade. Quanto aos objetivos a Norma define (NBR ISO/IEC 9126-1, 2003, p.2-3):

14 Esta parte da NBR ISO/IEC 9126 descreve um modelo de qualidade do produto de software, composto de duas partes: a) qualidade interna e qualidade externa e b) qualidade em uso. A primeira parte do modelo especifica seis características para qualidade interna e externa, as quais são por sua vez subdivididas em subcaracterísticas. Estas subcaracterísticas são manifestadas externamente, quando o software é utilizado como parte de um sistema computacional, e são resultantes de atributos internos do software. A segunda parte do modelo especifica quatro características de qualidade em uso, mas não apresenta o modelo de qualidade em uso além do nível de característica. Qualidade em uso é, para o usuário, o efeito combinado das seis características de qualidade do produto de software. Segundo a Norma existem diferentes visões da qualidade do produto e de suas métricas em diferentes estágios do ciclo de vida de software. Figura 1 Qualidade no ciclo de vida do software Fonte: NBR ISO/IEC 9126-1, 2003, p.5 De acordo com a Norma (NBR ISO/IEC 9126-1, 2003): As necessidades de qualidade do usuário podem ser especificadas como requisitos de qualidade pelas métricas de qualidade em uso, pelas métricas externas e algumas vezes por métricas internas. Convém que estes requisitos especificados por meio das métricas sejam utilizados como critérios quando um produto for validado. Obter um produto que satisfaça as necessidades do usuário normalmente requer uma abordagem iterativa para o desenvolvimento de software com feedback contínuo sob a perspectiva do usuário. Os requisitos de qualidade externa especificam o nível de qualidade requerido sob o ponto de vista externo. Eles incluem requisitos derivados das

15 necessidades de qualidade dos usuários, incluindo os requisitos de qualidade em uso. Os requisitos de qualidade externa são usados como meta para validação em vários estágios de desenvolvimento. Convém que os requisitos de qualidade externa, abrangidos pelas características de qualidade definidas nesta parte da NBR ISO/IEC 9126, sejam declarados na especificação de requisitos de qualidade usando métricas externas, bem como convém que sejam traduzidos em requisitos de qualidade interna e que também sejam usados como critérios quando da avaliação do produto. Os requisitos de qualidade interna especificam o nível de qualidade requerido sob o ponto de vista interno do produto. Os requisitos de qualidade interna são usados para especificar as propriedades dos produtos intermediários. Estes podem incluir modelos estáticos e dinâmicos, outros documentos e código-fonte. Requisitos de qualidade interna podem ser usados como metas para validação em vários estágios de desenvolvimento. Eles também podem ser usados para definir estratégias de desenvolvimento e critérios de avaliação e de verificação durante o desenvolvimento. Isto pode incluir o uso de métricas adicionais (por exemplo, reusabilidade), as quais estão fora do escopo da NBR ISO/IEC 9126. Convém que requisitos de qualidade interna sejam definidos quantitativamente usando métricas internas. Qualidade interna é a totalidade das características do produto de software do ponto de vista interno. A qualidade interna é medida e avaliada com relação aos requisitos de qualidade interna. Detalhes da qualidade do produto de software podem ser melhorados durante a implementação do código, revisão e teste, mas a natureza fundamental da qualidade do produto de software representada pela qualidade interna mantém-se inalterada, a menos que seja reprojetada. Qualidade externa estimada (ou prevista) é a qualidade estimada ou prevista para o produto final de software, em cada estágio de desenvolvimento e para cada característica de qualidade, baseada no conhecimento da qualidade interna. Qualidade externa é a totalidade das características do produto de software do ponto de vista externo. É a qualidade quando o software é executado, o qual é tipicamente medido e avaliado enquanto está sendo testado num ambiente simulado, com dados simulados e usando métricas externas. Durante os testes, convém que a maioria dos defeitos seja descoberta e eliminada. Entretanto, alguns defeitos podem permanecer após o teste. Como é difícil corrigir a arquitetura do software ou outro aspecto básico do projeto do software, a base do projeto usualmente permanece inalterada ao longo do teste. Qualidade em uso estimada (ou prevista) é a qualidade estimada ou prevista para o produto final de software, em cada estágio de desenvolvimento e para cada característica de qualidade em uso, baseada no conhecimento da qualidade interna e externa. Qualidade em uso é a visão da qualidade do produto de software do ponto de vista do usuário, quando este produto é usado em um ambiente e um contexto de uso especificados. Ela mede o quanto usuários podem atingir seus objetivos num determinado ambiente e não as propriedades do software em si. Recomenda-se que para avaliar a qualidade de um produto de software, seja definido

16 um modelo de qualidade, sendo que este deve ser usado quando forem definidas as metas de qualidade para os produtos de software final e intermediários. A Norma sugere um modelo hierárquico para tratar o modelo de qualidade para qualidade interna e externa, conforme definição (NBR ISO/IEC 9126-1, 2003, p.7): Convém que a qualidade do produto de software seja decomposta hierarquicamente em um modelo composto de características e subcaracterísticas, as quais podem ser usadas como uma lista de verificação de tópicos relacionados com a qualidade. As seções 6 e 7 definem um modelo de qualidade hierárquico (embora outras formas de categorizar qualidade possam ser mais adequadas em determinadas circunstâncias). 2.3.1 Modelo de Qualidade para Qualidade Externa e Interna Qualidade interna é a totalidade de características do produto de software na visão interna (MACHADO, M. P.; SOUZA, S. F.). É utilizada para especificar as propriedades do produto de software intermediário. A qualidade externa é o total de características do produto de software do ponto de vista externo. É ela que normalmente é avaliada quando o produto de software final está sendo testado. O modelo divide os atributos de qualidade de software em seis características, conforme segue: Funcionalidade; Confiabilidade; Usabilidade; Eficiência; Manutenibilidade; Portabilidade. abaixo: Essas seis características são subdividas em subcaracterísticas conforme a Figura 2,

17 Figura 2 Modelo de qualidade para qualidade externa e interna Fonte: NBR ISO/IEC 9126-1, 2003, p.7 Convém que a qualidade do produto de software seja decomposta hierarquicamente em um modelo composto de características e subcaracterísticas, as quais podem ser usadas como uma lista de verificação de tópicos relacionados com a qualidade. As seções 6 e 7 definem um modelo de qualidade hierárquico. Para cada característica e subcaracterística que influencia na qualidade do software, é atribuída uma definição de acordo com a Norma 9126-1, a seguir segue cada uma das características e subcaracterísticas e suas respectivas definições: 1. Funcionalidade Capacidade do produto de software de prover funções que atendam às necessidades explícitas e implícitas, quando o software estiver sendo utilizado sob condições especificadas. a. Adequação: capacidade do produto de software de prover um conjunto apropriado de funções para tarefas e objetivos do usuário especificados. b. Acurácia: capacidade do produto de software de prover, com o grau de precisão necessário, resultados ou efeitos corretos ou conforme acordados. c. Interoperabilidade: capacidade do produto de software de interagir com um ou mais sistemas especificados. d. Segurança de acesso: capacidade do produto de software de proteger informações e dados, de forma que pessoas ou sistemas não autorizados não possam lê-los nem modificá-los e que não seja negado o acesso às pessoas ou sistemas autorizados. e. Conformidade relacionada à funcionalidade: capacidade do produto de

18 software de estar de acordo com normas, convenções ou regulamentações previstas em leis e prescrições similares relacionadas à funcionalidade. 2. Confiabilidade Capacidade do produto de software de manter um nível de desempenho especificado, quando usado em condições especificadas. a. Maturidade: capacidade do produto de software de evitar falhas decorrentes de defeitos no software. b. Tolerância a falhas: capacidade do produto de software de manter um nível de desempenho especificado em casos de defeitos no software ou de violação de sua interface especificada. c. Recuperabilidade: capacidade do produto de software de restabelecer seu nível de desempenho especificado e recuperar os dados diretamente afetados no caso de uma falha. d. Conformidade relacionada à confiabilidade: capacidade do produto de software de estar de acordo com normas, convenções ou regulamentações relacionadas à confiabilidade. 3. Usabilidade Capacidade do produto de software de ser compreendido, aprendido, operado e atraente ao usuário, quando usado sob condições especificadas. a. Inteligibilidade: capacidade do produto de software de possibilitar ao usuário compreender se o software é apropriado e como ele pode ser usado para tarefas e condições de uso específicas. b. Apreensibilidade: capacidade do produto de software de possibilitar ao usuário aprender sua aplicação. c. Operacionalidade: capacidade do produto de software de possibilitar ao usuário operá-lo e controlá-lo. d. Atratividade: capacidade do produto de software de ser atraente ao usuário. e. Conformidade relacionada à usabilidade: capacidade do produto de software de estar de acordo com normas, convenções, guias de estilo ou regulamentações relacionadas à usabilidade. 4. Eficiência Capacidade do produto de software de apresentar desempenho apropriado, relativo à quantidade de recursos usados, sob condições especificadas. a. Comportamento em relação ao tempo: capacidade do produto de software

19 de fornecer tempos de resposta e de processamento, além de taxas de transferência, apropriados, quando o software executa suas funções, sob condições estabelecidas. b. Utilização de recursos: capacidade do produto de software de usar tipos e quantidades apropriados de recursos, quando o software executa suas funções sob condições estabelecidas. c. Conformidade relacionada à eficiência: capacidade do produto de software de estar de acordo com normas e convenções relacionadas à eficiência. 5. Manutenibilidade Capacidade do produto de software de ser modificado. As modificações podem incluir correções, melhorias ou adaptações do software devido a mudanças no ambiente e nos seus requisitos ou especificações funcionais. a. Analisabilidade: capacidade do produto de software de permitir o diagnóstico de deficiências ou causas de falhas no software, ou a identificação de partes a serem modificadas. b. Modificabilidade: capacidade do produto de software de permitir que uma modificação especificada seja implementada. c. Estabilidade: capacidade do produto de software de evitar efeitos inesperados decorrentes de modificações no software. d. Testabilidade: capacidade do produto de software de permitir que o software, quando modificado, seja validado. e. Conformidade relacionada à manutenibilidade: capacidade do produto de software de estar de acordo com normas ou convenções relacionadas à manutenibilidade. 6. Portabilidade Capacidade do produto de software de ser transferido de um ambiente para outro. a. Adaptabilidade: capacidade do produto de software de ser adaptado para diferentes ambientes especificados, sem necessidade de aplicação de outras ações ou meios além daqueles fornecidos para essa finalidade pelo software considerado. b. Capacidade para ser instalado: capacidade do produto de software para ser instalado em um ambiente especificado. c. Coexistência: capacidade do produto de software de coexistir com outros produtos de software independentes, em um ambiente comum,

20 compartilhando recursos comuns. d. Capacidade para substituir: capacidade do produto de software de ser usado em substituição a outro produto de software especificado, com o mesmo propósito e no mesmo ambiente. e. Conformidade relacionada à portabilidade: capacidade do produto de software de estar de acordo com normas ou convenções relacionadas à portabilidade. Com base nas definições da Norma pode-se criar um vínculo com os conteúdos e estruturas utilizados em versões mobiles de sites web, principalmente no que se refere à etapa de necessidades de qualidade do usuário através do feedback contínuo sob a perspectiva do mesmo.

21 3 METODOLOGIA DE PESQUISA Na Metodologia de Pesquisa trataremos o tipo de pesquisa. As definições das perguntas para esta pesquisa, os métodos de coletas de dados, a análise dos resultados e as limitações da pesquisa. 3.1 DEFINIÇÃO DO TIPO DE PESQUISA Pesquisar é ir em busca de conhecimentos e informações acerca de determinado assunto, com intuito de compreendê-lo em sua essência. Bagno (2000, p. 18), define a pesquisa como sendo a investigação feita com o objetivo expresso de obter conhecimento específico e estruturado sobre um assunto preciso. De acordo com a finalidade, Marconi e Lakatos (2006a, p. 17) classificam a pesquisa científica como pura e aplicada, sendo que a pesquisa pura é aquela que melhora o conhecimento, pois permite o desenvolvimento da metodologia, na obtenção de diagnósticos e estudos cada vez mais aprimorados dos problemas ou fenômenos. Já Andrade (2007, p. 112) salienta que esse tipo de pesquisa é de ordem intelectual e é realizada por cientistas, focando o progresso da Ciência, enquanto a pesquisa aplicada visa às aplicações práticas, com o objetivo de atender as exigências da vida moderna, através da busca de soluções para problemas concretos. Com base os conceitos definidos pelos autores, conclui-se este trabalho é tratado como uma pesquisa aplicada, pois analisou e comparou sites em suas versões web e mobile. Segundo Silva e Menezes (2001), quanto à abordagem do problema, a pesquisa pode ser classificada em: Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas. Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o

22 sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Assim, esta pesquisa se desenvolveu seguindo, principalmente, a abordagem qualitativa do problema, visto que teve como focos principais a pesquisa e análise das características dos sites em suas versões mobile, sugerindo-se um guia para a resolução da falta de características em alguns dos sites avaliados. Todavia, não se exclui a utilização da abordagem quantitativa, que foi utilizada para exemplificação e detalhamento do assunto, com vista a cumprir o objetivo definido, através de análises de dados do mercado mobile e Internet 3G. Quanto aos objetivos da pesquisa, Andrade (2007, p. 114) mostra de forma resumida, três classificações: a) exploratória, que consiste no primeiro passo de todo trabalho cientifico, pois se constitui um trabalho preliminar para outro tipo de pesquisa; b) descritiva, em que os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem a interferência do pesquisador; e c) explicativa, que complementa a pesquisa descritiva, ao procurar identificar suas causas, aprofundando o conhecimento da realidade. Mais autores também tratam essa classificação, conforme a seguir: a) Pesquisa exploratória Conforme Vergara (2006, p. 47), a pesquisa exploratória é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Por sua natureza de sondagem, não comporta hipóteses que, contudo, poderão surgir durante ou ao final da pesquisa. Severino (2007, p. 123) destaca que esse tipo de pesquisa busca apenas levantar informações sobre um determinado objeto, delimitando um campo de trabalho, mapeando as condições de manifestações desse objeto. b) Pesquisa descritiva Para Gil (2002, p. 42) as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição, através de observação, registro, análise e correlação, das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. Cervo e Bervian (1983, p. 56) complementam afirmando que esse tipo de pesquisa se desenvolve, principalmente, nas ciências humanas e sociais, abordando aqueles dados e problemas que merecem ser estudados e cujo registro não consta de documentos. c) Pesquisa explicativa Segundo Magalhães e Orquiza (2002, p. 13), a pesquisa explicativa visa identificar os

23 fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o porquê das coisas. Justamente por isso, Gil (2002, p. 42) evidencia que se trata do tipo mais complexo e delicado de pesquisa, já que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente. Conforme as classificações dos autores para cada tipo de pesquisa de acordo com o objetivo da mesma, temos que este trabalho se configura como pesquisa descritiva, tendo em vista que analisou sites em versões web e mobile coletando e documentando suas características. Já quanto aos procedimentos técnicos existem vários tipos de classificações para a pesquisa. De acordo com Magalhães e Orquiza (2002), podem ser assim definidas: Bibliográfica, que é elaborada a partir de livros, artigos, teses e outros materiais publicados. Documental, onde a busca por informações ocorre através de referências que ainda não tiveram tratamento científico, e geralmente são coletadas nos arquivos de instituições. Experimental, que parte da formulação de hipóteses, estudando-se os resultados entre uma ou mais variáveis. Levantamento, que é um tipo de pesquisa onde existe a interrogação direta do universo que é objeto de análise. Estudos de casos, que são métodos de pesquisa onde há uma análise intensiva de uma situação particular, observada pessoalmente pelo pesquisador. Expost-facto, onde o investigador não tem controle sobre as variáveis em questão, visto que elas já ocorreram e não podem ser manipuladas, apenas estudadas e interpretadas. Pesquisa-ação, que ocorre quando pesquisador e pesquisado interagem para solução de algum problema. Participante, que é basicamente como a anterior, só que neste tipo de pesquisa não existe um problema a ser solucionado, apenas há interação para que o objeto de estudo seja melhor analisado. Neste trabalho encontramos três tipos de pesquisas predominantes: a bibliográfica, a documental e o estudo de caso. A primeira, pelo uso de livros, artigos, teses, dentre outros referenciais também necessários. A segunda, pelo fato de trabalhar com dados coletados através dos sites em suas duas versões: web e mobile. Já a terceira por se tratar de estudo

24 particular dos sites em questão. Para o melhor entendimento de cada uma delas, segue a definição de Magalhães e Orquiza (2002, p. 14): Pesquisa bibliográfica: quando elaborada a partir de materiais já publicados, constituídos principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet. Pesquisa documental: quando elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico. Em relação ao método de abordagem, a pesquisa pode ser indutiva ou dedutiva, conforme Ciribelli (2003, p. 41-42): Na indução partimos do particular para o geral. A indução, como a dedução, são formas de raciocínio ou de argumentação e, como tais, são formas de reflexão e não simplesmente de pensamento. [...] Na indução, a conclusão está para as premissas como o todo está para as partes. Com isto queremos dizer que das verdades particulares concluímos verdades gerais. [...] Na dedução partimos do geral para o particular. A dedução pode ser definida como a argumentação que torna explícitas verdades particulares contidas em verdades universais. A dedução consiste em construir estruturas lógicas partindo da relação entre antecedentes e conseqüentes, entre hipótese e tese, entre premissas e conclusões. Diante das definições expostas, tem-se a utilização do método dedutivo no trabalho apresentado. No que se refere ao ambiente de pesquisa, pode ser um experimento de campo, laboratorial ou ainda experimental. Na pesquisa de campo existe a coleta de dados diretamente no local onde acontecem os casos que serão estudados, sem intervenção do pesquisador. Já a pesquisa laboratorial, os acontecimentos são manipulados para se chegar a alguma conclusão acerca do assunto abordado. A experimental, como dito anteriormente, parte da formulação de hipóteses onde serão analisadas uma ou mais variáveis. Verifica-se aqui, que o que mais se aproxima das classificações acima é a pesquisa de campo, pois os dados objetos de análise e interpretação serão buscados diretamente nos sites alvo deste. Para melhor entendimento da classificação da pesquisa científica, segue um quadro resumo com os vários critérios definidos por autores e também aqueles que podem ser encontrados no presente trabalho.

25 Quadro 1 Classificação metodológica do trabalho. Classificação da Pesquisa Critérios definidos por autores Critérios presentes no trabalho Quanto à natureza Pesquisa pura Pesquisa aplicada Pesquisa aplicada Quanto à abordagem do problema Pesquisa quantitativa Pesquisa qualitativa Pesquisa qualitativa Quanto aos objetivos Pesquisa descritiva Pesquisa explicativa Pesquisa exploratória Pesquisa descritiva Quanto aos procedimentos técnicos Pesquisa bibliográfica Pesquisa documental Pesquisa experimental Levantamento Estudo de caso Pesquisa expost-facto Pesquisa ação Pesquisa participante Pesquisa bibliográfica Pesquisa documental Estudo de caso Quanto ao método de abordagem Pesquisa dedutiva Pesquisa indutiva Quanto ao ambiente de pesquisa Experimento no campo Experimento laboratorial Simulações experimentais Fonte: Autor Pesquisa dedutiva Experimento no campo 3.2 DEFINIÇÃO DAS PERGUNTAS DA PESQUISA Considerando o estudo realizado sobre o uso da tecnologia mobile e 3G, chegamos às seguintes perguntas: Sites de notícias possuem versão mobile? O conteúdo destas versões é igual à versão web? É possível apresentar um guia de conteúdo para estas versões?

26 3.3 MÉTODO DE COLETA DE DADOS Para a elaboração deste trabalho, a coleta de dados foi feita através de pesquisas em livros, artigos, teses e sítios eletrônicos. Para a coleta dos dados dos sites em versão web utilizou-se um computador pessoal HP HDX 16, com processador Intel Core 2 Duo, 2.26 GHz, com 4 GB de memória RAM, Sistema Operacional Windows 7 e com o software Google Chrome. Os dados dos sites em versão mobile foram analisados através do aparelho celular Samsung Galaxy SIII GT-I9300 com Sistema Operacional Android 4.0.4. O browser de Internet utilizado para navegação nos sites será o fornecido pela versão do Sistema Operacional instalado no aparelho celular. 3.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS Analisou-se sites e portais de notícias no âmbito Nacional e regional em suas versões mobile. Foram coletados dados dos sites em suas versões web e mobile. As diferenças entre as versões foram documentadas. A partir da análise dos dados coletados houve estudo da Norma NBR ISO/IEC 9126-1, para que fosse realizada uma proposta de guia de qualidade para essas versões. 3.5 LIMITAÇÕES DA PESQUISA Levando-se em consideração a variedade de categorias de sites em versão web, limitamos a pesquisa em sites de notícias em suas versões web e mobile, para que pudesse ser avaliado um contexto mais específico e que o guia proposto servisse de base para outras categorias de sites que pudessem tornar as versões de seus sites web em mobile. Apesar da grande variedade de categorias, poucas delas possuem versão mobile, porém, sites de notícias, em sua maioria, possuem estas versões, tanto que dos onze sites presentes na pesquisa desse trabalho, todos contém versão mobile. A proposta do guia não abrange questões como segurança, integridade e/ou estrutura do banco de dados dos sites e outros fatores que não podem ser avaliados sem um estudo mais profundo ou acesso à essas informações como FTP, painel de controle da hospedagem e, principalmente, ao código fonte dos sites em questão. Logo, a proposta do guia limita-se à

27 questões visuais e de funcionalidades básicas encontradas nas versões web e que seriam, de modo geral, essenciais para uma experiência satisfatória do uso da sua versão mobile.

28 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS SITES EM VERSÃO WEB E MOBILE Na Apresentação e Análise dos Sites em Versão Web e Mobile será tratada a análise das características dos sites em versão mobile, será analisada as características da Norma ISO/IEC 9126-1 para a utilização da mesma em sites versão mobile. É proposto o guia de conteúdo para sites de notícias em versão mobile e também uma aplicação do guia em um site mobile. 4.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DOS SITES VERSÃO MOBILE Foram analisados onze sites e portais de notícias no âmbito Nacional e regional em suas versões mobile. Para iniciar um guia de conteúdo para a versão mobile destes sites, primeiramente foi necessário um estudo das funcionalidades básicas de cada um dos sites em sua versão web. Dentre os sites analisados, grande parte têm funcionalidades em comum, como busca geral, por categoria, por data, links relacionados, ferramenta para portadores de deficiência visual, entre outros. Pontos em comum ou considerados importantes para a navegação no mesmo foram separados em 24 itens isolados. Estes itens, bem como os sites, foram dispostos em uma tabela de comparação, conforme quadro 02. Para a análise das versões mobiles, verificou-se em alguns pontos usouse como critério se a versão continha, não continha ou se continha às vezes. Para avaliar os itens como péssima, regular, boa ou ótima, conforme descrição a seguir: a) Item: Layout para leitura de notícias Descrição: foi analisado se a versão mobile dispõe de fácil leitura dos conteúdos, como: legibilidade das fontes, cores que facilitem a leitura e visualização de imagens. Classificação do item:

29 - Péssima: caso não atenda a descrição da característica - Regular: caso atenda parcialmente a descrição da característica, ao menos um dos pontos da descrição - Boa: caso atenda parcialmente a descrição da característica, ao menos dois pontos da descrição - Ótima: caso atenda totalmente a descrição da característica. b) Item: Tempo de carregamento Descrição: avaliou-se o tempo de carregamento das páginas em dispositivos móveis utilizando a tecnologia 3G. Classificação do item: - Péssima: tempo de carregamento entre 15 e 12 segundos - Regular: tempo de carregamento entre 8 e 11 segundos - Boa: tempo de carregamento entre 4 e 7 segundos - Ótima: tempo de carregamento entre 1 e 3 segundos. c) Item: Navegação Descrição: verificou-se se a navegação, entre os conteúdos, como: links, páginas, notícias, acesso a links externos e outros, poderiam ser feito de forma intuitiva, sendo de fácil compreensão para o usuário. Classificação do item: - Péssima: caso não ocorresse de forma intuitiva, deixando o usuário confuso - Regular: caso ocorresse de forma intuitiva em poucas partes do site - Boa: caso ocorresse de forma intuitiva em boa parte do site - Ótima: caso ocorresse de forma intuitiva em todo site d) Item: Diferenciação das seções na página inicial Descrição: foi analisado como as versões mobile diferenciavam as categorias de notícias na página inicial, através de cores, tamanho de fonte, layout diferenciado, entre outros. Classificação do item: - Péssima: caso não ocorresse diferenciação das categorias - Regular: caso ocorresse diferenciação de algumas categorias - Boa: caso ocorresse diferenciação das categorias principais - Ótima: caso ocorresse diferenciação de todas as categorias O resultado dessa análise pode ser conferido no quadro a seguir:

Quadro 02 Análise dos itens web nas versões mobile. Legenda Sim Não Ás vezes Péssimo Regular Bom Ótimo 30 Folha UOL IG Terra G1 R7 Yahoo BR MSN Estadão Gazeta do Povo O Diário de Maringá Possui versão mobile Todas as categorias da versão web Busca Geral Busca seção notícias por de Continua

31 Continuação Quadro 02 Análise dos itens web nas versões mobile. Folha UOL IG Terra G1 R7 Yahoo BR MSN Estadão Gazeta do Povo O Diário de Maringá Busca por categorias gerais (web, imagens, notícias, etc.) Busca período por Ferramentas para portadores de deficiência visual Informações de contato Layout leitura notícias para de Continua

32 Continuação Quadro 02 Análise dos itens web nas versões mobile. Folha UOL IG Terra G1 R7 Yahoo BR MSN Estadão Gazeta do Povo O Diário de Maringá Tempo de carregamento Navegação Diferenciação das seções na página inicial Compartilhar ou enviar conteúdos Links relacionados à notícia Continua

33 Continuação Quadro 02 Análise dos itens web nas versões mobile. Folha UOL IG Terra G1 R7 Yahoo BR MSN Estadão Gazeta do Povo O Diário de Maringá Publicidade Galeria imagens notícia de na Link para versão completa do site Link para voltar ao topo Continua

34 Continuação Quadro 02 Análise dos itens web nas versões mobile. Folha UOL IG Terra G1 R7 Yahoo BR MSN Estadão Gazeta do Povo O Diário de Maringá Link para voltar à lista de notícias Link mais notícias na lista principal Link para mais notícias nas seções Links externos (serviços de e-mail, outros sites, etc.) Comentários de usuários nas notícias Continua

35 Continuação Quadro 02 Análise dos itens web nas versões mobile. Folha UOL IG Terra G1 R7 Yahoo BR MSN Estadão Gazeta do Povo O Diário de Maringá Foto principal na notícia Quadro 02 Análise dos itens web nas versões mobile.

36 Observando o quadro podemos perceber que todos os sites analisados possuem versão mobile, porém, nenhum deles possui todas as funcionalidades que a versão web, em requisitos básicos como busca por categorias de notícias, categorias gerais e filtro por data. Nenhum dos sites analisados possui ferramenta para portadores de deficiência visual. Após essa análise tornou-se mais óbvia a necessidade de um guia de conteúdo para esse tipo de site, devido o crescente uso da Internet via celular, conforme abordado anteriormente. 4.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DA NORMA NBR ISO/IEC 9126-1 PARA UTILIZAÇÃO EM SITES VERSÃO MOBILE A partir da análise dos dados coletados realizaram-se estudos na Norma NBR ISO/IEC 9126-1, para que fossem feita a apresentação do guia de qualidade para essas versões. Levando em consideração a norma NBR ISO/IEC 9126-1, podemos dividir as características sugeridas e analisadas nos sites em versão mobile nas seguintes categorias e características definido pelo modelo de qualidade externa e interna conforme o quadro abaixo: Figura 2 Modelo de qualidade para qualidade externa e interna Fonte: NBR ISO/IEC 9126-1, 2003, p.7 FUNCIONALIDADE Adequação Possuir versão mobile Busca Geral Diferenciação das seções na página inicial

37 Navegação Link mais notícias na lista principal Links relacionados à notícia Acurácia Todas as categorias da versão web Busca por seção de notícias Busca por categorias gerais (web, imagens, notícias, etc.) Busca por período Informações de contato Interoperabilidade esse ponto não pode ser analisado por se tratar da versão mobile de um site, tendo apenas sido feita a análise de navegação e conteúdos e não de códigos fonte e demais funcionalidades. Segurança - esse ponto não pode ser analisado por se tratar da versão mobile de um site, tendo apenas sido feita a análise de navegação e conteúdos e não de códigos fonte e demais funcionalidades. CONFIABILIDADE Maturidade Interoperabilidade esse ponto não pode ser analisado por se tratar da versão mobile de um site, tendo apenas sido feita a análise de navegação e conteúdos e não de códigos fonte e demais funcionalidades. Tolerância a Falhas Link para versão completa do site Recuperabilidade Link para versão completa do site USABILIDADE Inteligibilidade Layout para leitura de notícias Todas as categorias da versão web Apreensibilidade - esse ponto não pode ser analisado por se tratar da versão mobile de um site, tendo apenas sido feita a análise de navegação e conteúdos e não de códigos fonte e demais funcionalidades.

38 Operacionalidade Link para voltar ao topo Link para voltar à lista de notícias Link para mais notícias nas seções Links externos (serviços de e-mail, outros sites, etc.) Atratividade Layout para leitura de notícias Diferenciação das seções na página inicial Navegação Foto principal na notícia Galeria de imagens na notícia Compartilhar ou enviar conteúdos Comentários de usuários nas notícias EFICIÊNCIA Comportamento em Relação ao Tempo Tempo de carregamento Utilização de Recursos - esse ponto não pode ser analisado por se tratar da versão mobile de um site, tendo apenas sido feita a análise de navegação e conteúdos e não de códigos fonte e demais funcionalidades. MANUTENIBILIDADE os pontos deste item não puderam ser analisados por se tratar da versão mobile de um site, tendo apenas sido feita a análise de navegação e conteúdos e não de códigos fonte e demais funcionalidades. PORTABILIDADE Adaptabilidade Possui versão mobile Ferramentas para portadores de deficiência visual Capacidade para ser Instalado - esse ponto não pode ser analisado por se tratar da versão mobile de um site, tendo apenas sido feita a análise de navegação e conteúdos e não de códigos fonte e demais funcionalidades. Coexistência - esse ponto não pode ser analisado por se tratar da versão mobile de um site, tendo apenas sido feita a análise de navegação e conteúdos e não de códigos fonte e demais funcionalidades. Capacidade para Substituir - esse ponto não pode ser analisado por se tratar da

39 versão mobile de um site, tendo apenas sido feita a análise de navegação e conteúdos e não de códigos fonte e demais funcionalidades. 4.3 GUIA PROPOSTO PARA SITES DE NOTÍCIAS VERSÃO MOBILE Com base nas características analisadas dos sites em versão mobile e distribuídas nas categorias da norma NBR ISSO/IEC 9126-1, é proposto um guia de conteúdo para as versões desses sites, fazendo adequações na norma. A figura 3 representa o conteúdo do guia proposto. Figura 3 Guia proposto de conteúdo para as versões de sites mobile. Fonte: o autor. As categorias e características relacionadas a itens da versão mobile que fazem parte do guia proposto estão descritas a seguir: FUNCIONALIDADE A funcionalidade deve atender às necessidades explícitas e implícitas, quando o site estiver sendo utilizado sob condições especificadas. Para suprir essas necessidades, é sugerido que a versão mobile atenda a critérios de Adequação e Acurácia, dispostos dentro da funcionalidade. Para atender aos requisitos de adequação faz-se necessário o site web possuir a versão mobile. Esta deve permitir ao usuário realizar uma busca geral das notícias de acordo com palavras-chave inseridas por ele. Para as seções de notícias na página inicial do site indica-se fazer a diferenciação das categorias de notícias, para facilitar a distinção das mesmas. A navegação deve ser intuitiva para o usuário, para isso os conteúdos e