Regulamento de Admissibilidade e Descarga de Resíduos Não Perigosos de Origem Industrial

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Transcrição:

Não Perigosos de Origem Industrial VALOR RIB, Lda. Famalicão 2013

Pág: 2 de 8 Introdução A VALOR-RIB Indústria de Resíduos L.da., é a responsável pela concepção, construção e exploração de um sistema de valorização e deposição de Resíduos Industriais, está situado no concelho de Vila Nova de Famalicão, na freguesia de Fradelos. A empresa surge de uma parceria entre o grupo AMÂNDIO DE CARVALHO e o grupo CESPA, S.A. O Centro de Integrado de Valorização de Resíduos Industriais Não Perigosos da VALOR-RIB, teve o inicio da sua construção em Abril de 2008 tendo finalizado em Janeiro de 2009. Este Centro constitui uma solução para tratamento, valorização e deposição dos resíduos que não apresentam características de perigosidade para a saúde ou para o ambiente e que resultam da actividade industrial Os Resíduos Industriais Não Perigosos. Assim sendo, a infra-estrutura será constituída por duas unidades operacionais, concretamente: Um aterro para resíduos não perigosos, onde serão depositados resíduos não perigosos de origem industrial; Um Centro de Triagem de Produtos Valorizáveis. A área afecta ao projecto perfaz cerca de 22,6 ha, sendo que desta, cerca de metade corresponde ao aterro (área de deposição). O aterro está projectado para um volume total de 2.271.600 m3, correspondentes a um encaixe de resíduos aproximado de 2.132.700 ton, a explorar durante a vida útil do projecto estimada em 17 anos. O presente regulamento pretende contribuir para o bom funcionamento da Valor-Rib, através de um conjunto de regras e procedimentos a ser cumpridos por todos os utilizadores do centro de resíduos. 1. Âmbito e Objecto O presente documento é um instrumento regulador do funcionamento da Valor-Rib. Define as regras a que ficam sujeitos os utilizadores do centro de resíduos industriais não perigosos, que pretendam utilizar a Valor-Rib como destino final para os seus resíduos industriais não perigosos, em conformidade com a legislação nacional e comunitária em vigor.

Pág: 3 de 8 2. Normas Gerais de Segurança A área de deposição dos resíduos constitui uma zona de elevado potencial de risco de incêndio, motivo pelo qual é expressamente proibido fumar ou foguear; Em todas as operações relacionadas com a descarga é obrigatório o uso de calçado de segurança e luvas de protecção; Nunca andar nos estribos laterais do camião dentro das instalações; É proibido qualquer tipo de circulação pedonal na área circundante do aterro; Em caso de emergência devem seguir as indicações dos colaboradores da Valor-Rib. 3. Circulação de Veículos nas Instalações e Operações de Descarga Os veículos depois de procederem á respectiva pesagem na báscula da entrada deverão dirigir-se ao respectivo local de descarga (edifício de triagem ou aterro sanitário); As cargas têm de estar devidamente cobertas com toldo e nunca transportar carga em excesso nem mal acondicionada. A remoção das lonas/toldos far-se-á apenas no cais de descarga; Circule com prudência e sem exceder a velocidade máxima permitida nas instalações (30Km/h). Abrande consideravelmente a marcha em zonas de pouca visibilidade; Aguarde respeitosamente pela sua vez, para a deposição de resíduos. Descarregue a carga nos locais próprios e indicados pelos colaboradores; Garanta as distâncias de segurança de pessoas ao raio de acção do veículo, utilizando a buzina como sinal de alerta; Não crie obstáculos nas pistas de circulação assim como nas saídas; Não inicie a marcha com contentor/báscula levantada ou taipais abertos; Não saia das instalações sem passar pelo lava rodados. Assegure a limpeza do seu veículo de forma a não largar lamas na via pública. 4. Resíduos admissíveis na Valor-Rib a. De acordo com a licença ambiental de Março de 2007, a Valor-Rib fica autorizada a depositar Resíduos Industriais classificados como não perigosos de acordo com a Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março (Lista Europeia de Resíduos) e que cumpram os valores limite, constantes nas tabelas 4 do Anexo IV-B, do Decreto-Lei n.º183/2009, de 10 de Agosto, o qual demonstramos de seguida:

Pág: 4 de 8 Caracterização analítica do resíduo Valores - Limite Lixiviação (L/S=10L/kg - mg/kg matéria seca) Parâmetro Valor Limite Arsénio 5 Bário 100 Cádmio 2 Crómio Total 20 Cobre 50 Mercúrio 0.5 Molibdénio 10 Níquel 10 Chumbo 10 Antimónio 0.7 Selénio 0.5 Zinco 50 Cloretos (b) 50 000 Fluoretos 250 Sulfatos (b) 20 000 COD (a) 1000 SDT (b) 60 000 (a)sempre que o aterro for concebido para admitir resíduos orgânicos, este valor poderá ser ultrapassado. Também poderá ser ultrapassado sempre que se tratar de um resíduo que não seja susceptível de fermentar. (b) Os valores para SDT podem ser utilizados em alternativa aos valores para o cloreto e sulfatos. b. Caso os resíduos a admitir no aterro não se encontrem isentos de verificação, serão sujeitos a uma caracterização dos parâmetros acima referidos, conforme o artigo 35º do Decreto-Lei nº 183/2009 de 10 de Agosto. Os custos associados aos procedimentos analíticos poderão ser atribuídos ao Cliente, consoante historial do respectivo de deposição do tipo de resíduo em questão. Esta atribuição de custos será avaliada caso a caso pelo Valor-Rib. c. Só os resíduos que sejam previamente aceites pela Valor-Rib poderão ser admitidos para deposição no aterro. d. Os resíduos admissíveis na Valor-Rib são os que constam da Licença Ambiental nº9/2007, da Licença de Exploração nº1/2009/dogr e dos respectivos averbamentos efectuados. 5. Resíduos não admissíveis na Valor-Rib a. Resíduos classificados como perigosos de acordo com a Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março (Lista Europeia de Resíduos); b. Resíduos líquidos;

Pág: 5 de 8 c. Resíduos que, nas condições de aterro, sejam explosivos, corrosivos, oxidantes, muito inflamáveis ou inflamáveis na acepção da Decisão da Comissão n.º 2000/532/CE, de 3 de Maio; d. Resíduos provenientes de estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde a seres humanos ou animais e ou de investigação relacionada pertencendo aos grupos III e IV, nos termos do disposto no Plano Estratégico dos Resíduos Hospitalares, aprovado pelo despacho conjunto n.º 761/99, de 31 de Agosto, dos Ministros da Saúde e do Ambiente, salvo se anteriormente sujeitos a tratamento eficaz que permita a posterior gestão como resíduos urbanos; e. Pneus usados, com excepção dos pneus utilizados como elementos de protecção num aterro, dos de bicicletas e dos que tenham um diâmetro exterior superior a 1400 mm; f. Qualquer outro tipo de resíduos que não satisfaça os critérios de admissão constantes do anexo IV do Decreto-Lei n.º183/2009 de 10 de Agosto e no artigo 5º deste Regulamento; g. Resíduos que manifestamente, e no momento de descarga, possam causar riscos de acidentes nas pessoas, nos objectos ou no ambiente, ou ainda, que possam causar transtornos importantes à organização dos trabalhos da Valor-Rib. 6. Pedido de aceitação para utilização da Valor-Rib a. Quando potenciais Clientes da Valor-Rib solicitarem Pedidos de Autorização de Descarga, estes iram receber o presente Regulamento de Utilização. b. O Cliente deverá disponibilizar á Valor-Rib, devidamente preenchidos, os seguintes impressos e declaração: Procedimento de Admissão de Resíduos ; Declaração de Não Perigosidade de Resíduos. Análises ao resíduo sempre que seja solicitado pela Valor-Rib. c. São da inteira responsabilidade do Cliente as informações apresentadas nos impressos acima referidas. d. Sempre que a Valor-Rib o solicitar, o Cliente permitirá a visita de um técnico da Valor-Rib e/ou disponibilizará, para referência visual, uma amostra com peso mínimo de 2 kg, representativa do resíduo a depositar. e. Qualquer pedido de aceitação só será autorizado desde estejam claras as seguintes informações: quantidades de resíduos a depositar, periodicidade das entregas (quando aplicável), códigos LER, por tipo de resíduo.

Pág: 6 de 8 f. A Valor-Rib reserva o direito de interditar a admissão desse resíduo no aterro, desde que seja detectado algum incumprimento por parte do Cliente no que se refere às características do resíduo entregue e até se proceder a outro processo de Aceitação. 7. Apreciação e decisão sobre o pedido de autorização de descarga apresentado a. Da apreciação dos Pedidos de Autorização á Valor-Rib poderá: Conceder autorização para descarga de resíduos; Recusar autorização para descarga de resíduos. b. Quando a Valor-Rib autorizar a descarga de resíduos, e logo que estejam reunidas as condições para a sua realização efectiva, será devolvida ao Cliente a Procedimento de Admissão de Resíduos, com um código próprio de validação. c. A Autorização de Descarga será concedida para o ano civil em curso ou para utilização pontual, conforme requisição do Cliente. d. Quando a Valor-Rib não autorizar a descarga de resíduo informará o Cliente sobre a sua decisão. Esta situação ocorrerá sempre que se tornar evidente o não cumprimento de algum dos critérios de aceitação. Todas as recusas de descarga serão devidamente fundamentadas pela Valor-Rib e. A Valor-Rib poderá solicitar a execução, a expensas do produtor/transportador/ detentor, de análises sobre os resíduos que se pretendam descarregar. f. Se a não correspondência dos resíduos declarados com os depositados, só se detectar na plataforma de descarga, o Cliente será notificado para proceder à regularização da situação. Enquanto não o fizer, ser-lhe-á interditada a utilização centro de resíduos industriais não perigosos da Valor-Rib e suspensa a Autorização de Descarga emitida. 8. Guia de Acompanhamento de Resíduos a. Todos os resíduos que entrem nas instalações do centro de resíduos industriais não perigosos da Valor-Rib devem vir acompanhados por uma Guia de Acompanhamento. b. Quando se tratarem de Resíduos de Construção e Demolição deverá ser preenchida uma Guia de Acompanhamento de Resíduos de Construção e Demolição (GARCD), conforme a Portaria nº 417/2008 de 11 de Junho. Para os restantes resíduos deverá ser preenchida uma Guia de Acompanhamento de Resíduos (GAR) conforme a Portaria nº 335/97 de 16 de Maio. c. Existem dois tipos de GARCD: c1. para resíduos provenientes de um único produtor/detentor;

Pág: 7 de 8 c2. para resíduos provenientes de mais do que um produtor/ detentor. Para estas duas GARCD a entrega de resíduos deverá cumprir as seguintes regras: c3. A GARCD deverá ser apresentada e facultada na Portaria, a cada entrega, para ser devidamente assinada pela Valor-Rib e para que uma cópia fique arquivada no centro de resíduos industriais não perigosos; c4. O transportador do resíduo receberá em cada entrega, a GARCD (original) assinada pela Valor-Rib; c5. A Valor-Rib envia ao produtor, no prazo máximo de 30 dias, um certificado de recepção dos RCD recebidos na sua instalação, conforme legislação em vigor. d. Quando se tratarem de resíduos que não sejam de construção e demolição o preenchimento da GAR e respectiva entrega deverá cumprir as seguintes regras: d1. A GAR deverá ser apresentada e entregue na Portaria, a cada entrega e para cada tipo de resíduo, com o 1º campo preenchido pelo produtor/detentor e o 2º campo preenchido pelo transportador, de acordo com o 6º artigo da Portaria nº 335/97, de 16 de Maio; d2. O transportador do resíduo receberá em cada entrega, o 2º exemplar da GAR com o 3º campo preenchido por responsáveis da Valor-Rib; d3. A Valor-Rib enviará ao Cliente, no prazo máximo de trinta dias depois da descarga de resíduos, cópia do 3º exemplar da GAR com o 3º campo devidamente preenchido. GAR (conforme a Portaria nº 335/97): 9. Entrada e Pesagem da Viatura 1. No acto de entrada na Valor-Rib, deverá ser exibida na portaria a Ficha de resíduos devidamente autorizada e validada e a ou as respectivas GAR, conforme artigo 8º do presente regulamento. 2. As viaturas com os resíduos serão pesadas à entrada do centro de resíduos, e registados os valores de cada uma das cargas, registando as horas de chegada, matrícula associada e origem dos mesmos. 3. As pesagens serão efectuadas na báscula existente na Valor-Rib, com escala mínima de 20 kg, com um peso bruto máximo de 60 t, e estrado com dimensão de 16 m x 3 m. 4. Sempre que as viaturas que queiram aceder á Valor-Rib possuam dimensões que impeçam a sua pesagem na báscula, deverão informar previamente a Valor-Rib dessa situação, podendo ser autorizada a sua admissão mediante a apresentação de talão de pesagem obtido noutro sistema de pesagem exterior ao Centro de resíduos. 5. Por cada operação de pesagem concluída na Valor-Rib, serão emitidos dois talões pela báscula, um destes talões será para entrega ao Cliente e o outro para arquivo do próprio da Valor-Rib. 6. As pesagens serão efectuadas com as viaturas travadas e os motores desligados.

Pág: 8 de 8 7. No caso de avaria do sistema de pesagem, a Valor-Rib poderá solicitar aos utilizadores do aterro, a pesagem prévia das viaturas noutro sistema de pesagem, exterior á Valor-Rib, sendo apresentado o talão de pesagem obtido. No caso de Clientes habituais, com deposições de resíduos periódicas, poderá ser feita uma estimativa da quantidade de resíduos a depositar a partir das descargas anteriormente realizadas, ficando à apreciação da Valor-Rib a aplicação desta reserva. 10. Regime Tarifário O sistema tarifário em vigor no centro de Resíduos é da responsabilidade deste e apresenta-se aos clientes aquando do processo de admissão de resíduos; As alterações de tarifário serão comunicadas ao Cliente com uma antecedência mínima de 30 dias. 11. Facturação 1. As facturas serão emitidas com base nas quantidades registadas na báscula da Valor-Rib, independentemente da quantidade declarada na GAR. 2. A Valor-Rib emitirá facturas mensais, no caso de clientes com conta corrente, respeitante aos serviços descritos na Ficha de Resíduos ou outros prestados durante o processo de descarga. 3. No caso de clientes com conta corrente, as facturas deverão ser pagas nos 30 (trinta) dias de calendário seguintes à data de emissão da mesma, referentes ao valor dos serviços prestados e acrescido do IVA à taxa legal em vigor e da taxa de aterro conforme o Decreto-Lei nº 178/2006 de 5 de Setembro. 4. Atrasos nos pagamento dos serviços realizados pela Valor-Rib, para além do prazo estipulado, darão direito ao pagamento de juros de mora à taxa legal e/ou à suspensão das respectivas autorizações de deposição; esta suspensão pode ser prolongada até à regularização dos pagamentos. 5. As deposições pontuais e os serviços de Destruição de Resíduos, serão pagos no acto de entrega dos respectivos resíduos contra entrega de factura/recibo. O presente regulamento entra em vigor a 01 de Janeiro de 2013.