ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores LUÍS FERNANDO LODI. São Paulo, 27 de outubro de 2016.

Documentos relacionados
TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores NEVES AMORIM (Presidente) e JOSÉ JOAQUIM DOS SANTOS.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores JACOB VALENTE (Presidente), TASSO DUARTE DE MELO E SANDRA GALHARDO ESTEVES.

i mm um mi um um um um mi nu m

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Tribunal Regional Federal da 3ª Região

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores JOSÉ REYNALDO (Presidente sem voto), ROBERTO MAC CRACKEN E ARALDO TELLES.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL. Agravo Interno Agravo de Instrumento nº

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

A C Ó R D Ã O. Agravo de Instrumento nº

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores GOMES VARJÃO (Presidente), NESTOR DUARTE E ROSA MARIA DE ANDRADE NERY.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores DONEGÁ MORANDINI (Presidente) e EGIDIO GIACOIA. São Paulo, 17 de janeiro de 2015.

Voto nº Apelação n Comarca: Mauá Apelante/Apelado: F.A.D.P.L.; Crefisa S/A Crédito Financiamento e Investimento

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº , da Comarca de Salesópolis, em que é apelante FAZENDA DO

AGRAVO DE INSTRUMENTO N BELO HORIZONTE A C Ó R D Ã O

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 1ª Câmara de Direito Público

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmo. Desembargadores SÁ DUARTE (Presidente sem voto), SÁ MOREIRA DE OLIVEIRA E EROS PICELI.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 10ª Câmara de Direito Privado

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores J. B. FRANCO DE GODOI (Presidente) e JOSÉ MARCOS MARRONE.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. São Paulo, 12 de abril de Salles Rossi Relator Assinatura Eletrônica

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores MAIA DA CUNHA (Presidente) e ENIO ZULIANI. São Paulo, 12 de setembro de 2013.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo 8ª Câmara de Direito Público

ACÓRDÃO , da Comarca de São Paulo, em que é agravante SEPROSP -

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

APELAÇÃO CÍVEL DÉCIMA QUARTA CÂMARA CÍVEL - SERVIÇO DE APOIO À JURISDIÇÃO AMAURI DE OLIVEIRA SALES A C Ó R D Ã O

PODER JUDICIÁRIO. 33ª Câmara de Direito Privado TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Apelação nº

Registro: ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. São Paulo, 14 de março de Cristina Cotrofe Relatora Assinatura Eletrônica

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores JARBAS GOMES (Presidente) e MARINO NETO. São Paulo, 10 de maio de 2012.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO. 26* Câmara

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

ACÓRDÃO. São Paulo, 18 de abril de Paulo Pastore Filho relator Assinatura Eletrônica

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PODER JUDICIÁRIO Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores IRINEU FAVA (Presidente sem voto), JOÃO BATISTA VILHENA E SOUZA LOPES.

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR CARLOS ALBERTO MENDES FORTE

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores FELIPE FERREIRA (Presidente sem voto), RENATO SARTORELLI E VIANNA COTRIM.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores J.L. MÔNACO DA SILVA (Presidente), MOREIRA VIEGAS E EDSON LUIZ DE QUEIROZ.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores HUGO CREPALDI (Presidente) e CLAUDIO HAMILTON. São Paulo, 9 de abril de 2019.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Registro: ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

ACÓRDÃO AIRO Fl. 1. DESEMBARGADORA ANA ROSA PEREIRA ZAGO SAGRILO Órgão Julgador: 10ª Turma

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores RICARDO DIP (Presidente sem voto), AFONSO FARO JR. E AROLDO VIOTTI.

I iiim uni mil mil um um um um mi m

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores FRANCISCO LOUREIRO (Presidente) e PERCIVAL NOGUEIRA.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

@ (PROCESSO ELETRÔNICO) PLP Nº (Nº CNJ: ) 2016/CÍVEL

Supremo Tribunal Federal

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores SOUZA NERY (Presidente) e SOUZA MEIRELLES. São Paulo, 14 de agosto de 2018.

30/06/2017 SEGUNDA TURMA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Supremo Tribunal Federal

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores JOSÉ JOAQUIM DOS SANTOS (Presidente) e ALVARO PASSOS.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

Transcrição:

fls. 215 Registro: 2016.0000792230 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 2169678-23.2016.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que é agravante BANCO SANTANDER BRASIL S/A, são agravados XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXX e XXXXXXXXXXXXXX. ACORDAM, em sessão permanente e virtual da 16ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: Deram provimento ao recurso. V. U., de conformidade com o voto do relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Desembargadores LUÍS FERNANDO LODI (Presidente) e MIGUEL PETRONI NETO. São Paulo, 27 de outubro de 2016. Simões de Vergueiro Relator Assinatura Eletrônica

fls. 216 VOTO Nº : 33005 AGRV.Nº : 2169678-23.2016.8.26.0000 COMARCA : SÃO PAULO AGTE. : BANCO SANTANDER BRASIL S/A AGDO. : XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO CONTRA R.DECISÃO PELA QUAL FOI DETERMINADA A REDISTRIBUIÇÃO DO FEITO, DIANTE DO NECESSÁRIO RECONHECIMENTO DE ABUSIVIDADE DA CLÁUSULA DE ELEIÇÃO DE FORO ALEGAÇÃO DE INCORREÇÃO PEDIDO DE REFORMA - NECESSIDADE DE REFORMA DA R.DECISÃO FORO DE ELEIÇÃO ESTABELECIDO EM CONTRATO CELEBRADO CLÁUSULA QUE NÃO SE AFIGURA ABUSIVA, PORQUE NÃO SE PRESTA A INVIABILIZAR OU, CRIAR ESPECIAL DIFICULDADE DE ACESSO DA PARTE AO JUDICIÁRIO - PREVALÊNCIA DA ESTIPULAÇÃO LIVRE E CONSCIENTE DAS PARTES APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 335, DO C.STF NECESSIDADE DE REFORMA - RECURSO PROVIDO. Tratam os autos de Agravo de Instrumento interposto por BANCO SANTANDER BRASIL S/A, tirado contra R. Decisão copiada a fls. 36/37, proferida nos autos dos Embargos à Execução opostos por XXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, momento em que o Juízo reconheceu como abusiva a cláusula de eleição de foro, determinando a remessa dos autos a uma das Varas Cíveis da Comarca de Sumaré/SP. Inconformada com os termos da R. Decisão proferida, dela recorre a casa de valores, na busca de ver reformado o posicionamento adotado em 1ºGrau, pois segundo sustenta, o Juízo não apreciou com correção a questão como colocada em debate no presente agravo, uma vez que inexiste qualquer abusividade na cláusula de eleição de foro, conforme definido no contrato celebrado entre as partes litigantes, devendo, por outro lado, prevalecer a autonomia da vontade quanto a escolha da Comarca para dirimir questões relacionadas ao contrato em questão, notadamente por envolver direitos disponíveis, conforme disposto pelo artigo 781, do Código de Processo Civil, 2

fls. 217 motivo pelo qual pediu pela reforma da R.Decisão proferida, com a manutenção dos autos na Comarca de São Paulo. Concedido o efeito suspensivo buscado, foram dispensadas informações, sendo certo que a agravada, conforme se dá conta a fls. 209/213, apresentou contraminuta, vindo então os autos a este Relator, de sorte a se promover a reapreciação da matéria já debatida em 1º Grau de Jurisdição. É o relatório. O inconformismo como tirado pela instituição financeira agravante está a merecer acolhida por parte desta Turma Julgadora. Em termos mais específicos, cumpre observar primeiramente, que a relação jurídica de direito material que deu causa a lide em exame, não possa ser tutelada sob o pálio do Código de Defesa do Consumidor, uma vez que não se faça presente relação de consumo entre o banco recorrente e a empresa contratante, isto porque, para que se tenha tal tipo de relação, indispensável à presença de duas figuras, a figura do consumidor, que nos termos do art. 2º da Lei em análise é: toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final ; e a figura do fornecedor, que nos termos do art. 3º da mesma lei é: toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestações de serviços. Uma vez caracterizada a utilização de crédito bancário pela recorrida, o que se deu para aumento de capital de trabalho, e incremento da produção, sem que registrasse esta, no entanto, qualquer conotação de destinatária final dos valores do mútuo, impossível qualificá-la como consumidora na definição do art. 2º, do Código de Defesa do Consumidor. 3

fls. 218 Dessa forma, não deve prevalecer o posicionamento adotado em 1ºGrau, posto que se mostra razoável presumir que as partes contratantes tenham tido plena liberdade de estabelecer os dispositivos reguladores de seus direitos e obrigações, inclusive no que tange à eleição do foro, perante o qual poderiam eventualmente litigar. Como já exposto, pelo que se verifica dos autos, não se vislumbra a presença de desequilíbrio na relação que vinculou os contratantes ao processamento do feito frente a Comarca de São Paulo/SP, isto em respeito, aliás, à cláusula livre e conscientemente estabelecida, que define que, para dirimir controvérsias envolvendo as partes, seria submetida a matéria definida nos contratos ao Juízo do Foro da Comarca de São Paulo. Nesse sentido, aliás, já se posicionou a Jurisprudência do C.STJ, conforme anota Theotônio Negrão ao comentar o art. 112, do CPC, em seu consagrado Código de Processo Civil e Legislação Processual Civil em vigor, 40ª edição, Editora Saraiva, 2008, anotação 6, pág.256,que ora se transcreve: Não se configura a abusividade da cláusula de foro de eleição quando a aderente é empresa de considerável porte, dispondo presumivelmente de condições para exercer sua defesa no foro indicado no contrato. Nesse caso, não cabe ao juiz suscitar de ofício a sua incompetência(súmula 33) (STJ-2ª Seção, CC 13.632-6-MG, rel.min. Ruy Rosado, j. 9.8.95, v.u., DJU. 25.9.95, p.31.059). Não bastasse o já exposto, de rigor reconhecer que a cláusula definidora de eleição de foro não possa ser entendida como letra morta no contrato, devendo sempre prevalecer, salvo quando transpareça manifesta sua abusividade, com a prevalência de tal estipulação, na busca de inviabilizar, ou criar especial dificuldade de acesso da parte ao Judiciário, o que não se registrou no caso em análise. 4

fls. 219 Aliás, oportuno recordar o teor do enunciado da Súmula nº 335, do C. Supremo Tribunal Federal: É válida a cláusula de eleição do foro para os processos oriundos do contrato. Assim, de rigor, portanto, a reforma da R.Decisão como proferida, de sorte a se manter os autos na Comarca de São Paulo/SP, local estipulado como foro de eleição, conforme contratualmente estabelecido entre as partes. do Voto. Diante do exposto, dá-se provimento ao recurso, nos termos SIMÕES DE VERGUEIRO Relator 5