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Transcrição:

Comunicado Proposta de Tarifas e Preços para a Energia Elétrica em 2012 Nos termos regulamentarmente previstos, o Conselho de Administração da ERSE apresenta, a 15 de Outubro de cada ano, uma proposta de tarifas reguladas para vigorar no ano seguinte, que submete a parecer do Conselho Tarifário. Após o parecer do Conselho Tarifário e da análise das questões levantadas por este órgão da ERSE, o Conselho de Administração aprova, em definitivo e até ao dia 15 de Dezembro, as tarifas e preços para a energia eléctrica que vigorarão a partir do dia 1 de Janeiro de 2012. Este comunicado pretende dar a conhecer as principais condicionantes da proposta de tarifas apresentada ao Conselho Tarifário. 1. Enquadramento às variações das Tarifas de Venda a Clientes Finais A elaboração de uma proposta de tarifas de energia elétrica está sempre submetida a um conjunto de critérios que, ponderando o equilíbrio de interesses entre os consumidores e as empresas, se traduzem em: Minimizar os custos para os consumidores, assegurando a sustentabilidade do mercado e promovendo a adequação dos preços aos custos nas actividades reguladas; Incentivar a afectação eficiente dos recursos utilizados nas diferentes actividades reguladas; Reflectir os custos de interesse económico geral e de política energética nos termos da legislação em vigor. A variação entre 2011 e 2012 das Tarifas de Venda a Clientes Finais em Baixa Tensão Normal (BTN), em Portugal Continental e nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, proposta ao Conselho Tarifário, consta do quadro seguinte: Tarifas de Venda a Clientes Finais em Baixa Tensão Normal Variação 2012/2011 Portugal Continental e Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira 4,0% A presente proposta de tarifas integra diversas alterações legislativas e regulamentares efetuadas durante 2011. No que respeita às alterações legislativas importa mencionar, por ordem cronológica 1

da sua aprovação: (i) Decreto-Lei n.º 78/2011, de 20 de Junho, que procede à transposição da diretiva do mercado interno de energia elétrica; (ii) Resolução do Conselho de Ministros n.º 34/2011, de 1 de Agosto, que procede à definição do calendário para a extinção das tarifas reguladas de venda a clientes finais; (iii) Despacho do Secretário de Estado da Energia n.º 13011/2011, de 29 de Setembro, que determina o limite máximo de variação da tarifa social aplicável aos consumidores economicamente vulneráveis e (iv) Decreto-Lei aprovado em Conselho de Ministros de 13 de Outubro de 2011, que procede ao diferimento excecional para 2013 do ajustamento anual do montante da compensação referente a 2010, devido pela cessação antecipada dos Contratos de Aquisição de Energia. Do ponto de vista regulamentar, importa destacar a revisão dos regulamentos do sector elétrico aprovados através do Regulamento n.º 496/2011, de 19 Agosto, que consagrou as condições para o novo período regulatório 2012-2014. 2. Principais fatores que determinam a variação tarifária em 2012 A variação tarifária proposta para 2012 resulta da conjugação de vários factores com impactes em sentidos opostos, que seguidamente se sintetizam: 1) Fatores que contribuem para o incremento do nível tarifário: a) Evolução do custo das matérias-primas energéticas e da energia elétrica nos mercados internacionais Parte importante dos custos a recuperar pelas tarifas são custos de produção de energia elétrica que dependem da evolução dos preços das matérias-primas energéticas nos mercados internacionais que, em 2011, apresentaram uma subida acentuada dos valores médios mensais, expressos em Euros. Esta realidade tem vindo a refletir-se, no corrente ano, no Mercado Ibérico de Eletricidade (MIBEL) e leva a perspetivar, para 2012, um custo médio de aquisição de energia elétrica neste mercado superior em 25% ao considerado nas tarifas de 2011. b) Custos da Produção em Regime Especial (PRE) A Produção em Regime Especial (PRE), que inclui, para além da produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis, a produção em cogeração de energias elétrica e térmica, tem-se materializado num conjunto de incentivos económicos muito significativos. O custo médio deste tipo de produção tem sido superior ao custo da produção em centrais convencionais, sendo que o seu custo total tem vindo a aumentar ao longo do tempo pelo facto das entregas desta energia elétrica à rede terem aumentado significativamente nos últimos anos. 2

Este efeito manifesta-se nas tarifas de energia elétrica através da inclusão nos proveitos permitidos às empresas reguladas, já que é o Comercializador de Último Recurso (CUR) quem, por lei, compra a totalidade desta energia. Para 2012, estima-se que o aumento dos custos da PRE face ao valor homólogo de 2011, seja particularmente significativo na produção em cogeração, devido ao facto da remuneração destes produtores estar indexada ao preço do petróleo nos mercados internacionais, contrariamente ao que acontece com a PRE de origem renovável. c) Evolução do consumo de energia elétrica Para o estabelecimento das tarifas de 2012, estima-se que o consumo de energia elétrica se situe cerca de 3% abaixo do valor homólogo do ano anterior. Parte considerável dos custos a recuperar pelas tarifas são custos fixos que não variam com o consumo de energia elétrica. Estes custos correspondem, essencialmente a: (i) investimento em infraestruturas de redes; (ii) custos de interesse económico geral e de política energética e (iii) ajustamentos tarifários referentes a anos anteriores. Nessa medida, quando há uma diminuição do consumo de energia elétrica verifica-se o aumento destes custos por unidade de energia elétrica. 2) Fatores que contribuem para a redução do nível tarifário: a) Metas de eficiência aplicadas às atividades reguladas No período de regulação que se inicia em 2012, são introduzidos incentivos a uma gestão mais eficiente das atividades reguladas, através da fixação de metas de eficiência com impacto nos custos das atividades. No quadro seguinte apresentam-se os ganhos médios anuais (em termos reais) de eficiência exigidos no período de 2012 a 2014, para os custos operacionais unitários para cada uma das atividades reguladas. Metas de eficiência para redução de custos valores anuais de 2012 a 2014 Transporte (só continente) 1,5% a 5,7% Distribuição (continente e regiões autónomas) 2,5% a 5% Comercialização e aprovisionamento (continente e regiões autónomas) 2,5% a 7% 3

b) Alisamento quinquenal dos sobrecustos com a PRE O Decreto-lei n.º 78/2011, de 20 de Junho de 2011, estabelece, no artigo 73.º-A, um mecanismo de alisamento quinquenal para efeitos de repercussão dos sobrecustos com a aquisição de energia a produtores em regime especial. O referido diploma, bem como a Portaria que o desenvolve, determinam que o sobrecusto da PRE de cada ano, e os respetivos ajustamentos sejam diluídos por um período de 5 anos. A anuidade calculada nesses termos traduz-se num montante de custos a recuperar em 2012 inferior ao que se obteria por aplicação do anterior quadro legal. Esta nova abordagem contribui para a redução do nível tarifário. c) Decreto-Lei que procede ao diferimento excecional dos Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) Foi aprovado em Conselho de Ministros de 13 de Outubro de 2011, o Decreto-Lei que procede ao diferimento excecional, para 2013, da parcela de acerto, de 2010, dos CMEC. Assim, os proveitos a recuperar pelas tarifas de 2012 não incluem estes custos, o que contribui para a redução do nível tarifário. d) Introdução de preços de entrada nas redes a pagar pelos produtores O Regulamento n.º 496/2011, de 19 Agosto, introduz preços de entrada nas redes, a pagar pelos produtores de energia elétrica, deixando esta tarifa de ser paga integralmente pelos consumidores. Esta deliberação veio aprofundar a harmonização do funcionamento do MIBEL, promovendo, em simultâneo, uma maior eficiência económica na utilização das redes. A adoção destes pagamentos de entrada na rede contribui para reduzir as tarifas de acesso às redes pagas pelos consumidores de energia elétrica, e como tal, para a redução do nível tarifário. 4

3. Impactes das variações tarifárias na factura média dos clientes Nos quadros seguintes apresenta-se um conjunto de variáveis caracterizadoras do segmento do consumo doméstico em que se encontram 5,4 milhões de clientes (4,7 milhões na tarifa normal e 0,7 milhões na nova tarifa social), com o objectivo de situar o impacto associado à proposta de tarifas para 2012. Variáveis caracterizadoras do segmento BTN 20,7 kva BTN 20,7 kva Número de clientes (milhares) 4 686 Consumo médio anual/cliente [kwh] 2 861 Fatura média mensal [ /mês] 49,7 Variação Tarifária 2012/2011 na fatura mensal [ /mês] 1,75 Nota: Para efeitos de comparação os valores apresentados incluem IVA de 23% em 2011 e 2012. A sua leitura permite concluir que a expressão, nos orçamentos familiares, do aumento subjacente à proposta de Tarifas de Venda a Clientes Finais para 2012 é de 1,75 Euros, para uma fatura média mensal de 50 Euros. Variáveis caracterizadoras dos consumidores abrangidos pela Tarifa Social BTN Tarifa social Número de clientes (milhares) 666 Consumo médio anual/cliente [kwh] 1 446 Fatura média mensal [ /mês] 25,5 Variação Tarifária 2012/2011 na fatura mensal [ /mês] 0,57 Nota: Para efeitos de comparação os valores apresentados incluem IVA de 23% em 2011 e 2012. Tendo em conta o acréscimo na Tarifa de Venda a Clientes Finais para os clientes vulneráveis que foi fixado em 2,3%, o seu reflexo para uma fatura média mensal de 26 Euros é de cerca de 57 cêntimos. Estima-se que cerca de 666 mil consumidores possam beneficiar desta Tarifa Social. 5

4. Custos de Interesse Económico Geral A evolução dos custos de interesse económico geral, é apresentada na figura seguinte: Custos de Interesse Económico Geral 3000 2500 2000 10 6 EUR 1500 1000 500 0 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Da análise desta figura observa-se uma tendência acentuada de crescimento dos Custos de Interesse Económico Geral. Os valores apresentados incluem os proveitos a recuperar em cada ano sem o efeito de medidas excecionais de diluição temporal de custos. Em 2009 e 2012, não há crescimento dos CIEG devido, essencialmente, ao efeito da subida do preço de energia em mercado, fator que faz baixar o sobrecusto da PRE. 6

5. Serviço da Dívida O quadro que segue apresenta as amortizações e os juros da dívida gerada em anos anteriores (2006 a 2009), entre os quais tem um peso importante a parcela do serviço da dívida gerada no âmbito da aplicação, excecional de medidas de estabilidade tarifária, estabelecidas no Decreto-Lei n.º 165/2008, cujo reflexo nas tarifas se verificam a partir de 2010 e por um período de 15 anos. Amortizações e juros da dívida tarifária Saldo em dívida em 2011 Juros 2012 Amortização 2012 Serviço da dívida incluído nas tarifas de 2012 Unidade: 10 3 EUR Saldo em dívida em 2012 (1) (2) (3) (4) = (2)+(3) (5) = (1) (3) EDA (BCP e CGD) 71 695 1 468 11 352 12 820 60 343 Convergência tarifária de 2006 25 278 517 4 002 4 520 21 275 Convergência tarifária de 2007 46 417 950 7 350 8 300 39 068 EEM (BCP e CGD) 39 947 818 6 325 7 143 33 622 Convergência tarifária de 2006 9 241 189 1 463 1 652 7 778 Convergência tarifária de 2007 30 706 629 4 862 5 490 25 844 EDP Serviço Universal 1 647 071 55 952 113 168 169 120 1 533 903 BCP e CGD 113 526 2 324 17 976 20 300 95 551 Défice de BT de 2006 82 293 1 685 13 030 14 715 69 263 Continente 79 083 1 619 12 522 14 141 66 561 Regiões Autónomas 3 209 66 508 574 2 701 Défice de BTn de 2007 31 234 639 4 946 5 585 26 288 Continente 30 014 614 4 752 5 367 25 262 Regiões Autónomas 1 220 25 193 218 1 027 Tagus, SA (*) 1 533 544 53 628 95 192 148 820 1 438 352 Desvios de energia de 2007 e 2008 não repercutidos em tarifas de 2009 1 135 312 39 702 70 473 110 174 1 064 840 Sobrecusto da PRE 2009 [2] 398 232 13 926 24 720 38 646 373 512 Total 1 758 712 58 237 130 845 189 082 1 627 867 O quadro não inclui nem o diferimento excecional, para 2013, da parcela de acerto, de 2010, dos CMEC, decorrente do Decreto-Lei aprovado em Conselho de Ministros de 13 de Outubro de 2011, nem o diferimento resultante da aplicação do mecanismo de alisamento quinquenal estabelecido no artigo 73.º-A do Decreto-lei n.º 78/2011, de 20 de Junho de 2011, no montante global de cerca de 1080 milhões de euros. 7

6. Proveitos regulados O quadro seguinte apresenta os proveitos permitidos por empresa regulada implícitos na proposta de tarifas para 2012, que incluem as transações entre empresas ao longo da cadeia de valor do sector elétrico. Proveitos permitidos por empresa regulada (10 3 Euros) REN Trading 121 891 Compra e Venda de Energia Elétrica do Agente Comercial (CVEEAC) 121 891 REN 808 321 Gestão Global do Sistema (GGS) 486 276 Transporte de Energia Elétrica (TEE) 322 045 EDP Distribuição 3 055 350 Distribuição de Energia Elétrica (DEE) 1 227 968 Compra e Venda do Acesso à Rede de Transporte 298 906 Uso Global do Sistema 1 528 476 EDP Serviço Universal (CUR) 4 104 861 Compra e Venda de Energia Elétrica 2 162 987 Sobrecusto da PRE 355 771 Compra e Venda de Energia Elétrica (CVEE) 1 807 216 Compra e Venda do Acesso à Rede de Transporte e de Distribuição (CVATD) 1 858 233 Comercialização (C) 78 392 Sobreproveito pela aplicação da tarifa transitória 5 249 EDA 212 232 Actividade de Aquisição de Energia Elétrica e Gestão do Sistema 166 669 Actividade de Distribuição de Energia Elétrica 38 384 Actividade de Comercialização de Energia Elétrica 7 178 EEM 210 866 Actividade de Aquisição de Energia Elétrica e Gestão do Sistema 156 390 Actividade de Distribuição de Energia Elétrica 49 339 Actividade de Comercialização de Energia Elétrica 5 137 Lisboa, 17 de Outubro de 2011 8