ESTADO NUTRICIONAL DE MULHERES NO PERÍODO DO CLIMATÉRIO 2017 E NUTRITIONAL STATUS OF WOMAN IN THE CLIMATERIC PERIOD 2017 E 2018

Documentos relacionados
O CLIMATÉRIO, O ESTADO NUTRICIONAL E PERFIL LIPÍDICO NAS DIFERENTES FAIXAS DE IDADE 1

Vigilância Alimentar e Nutricional SISVAN. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde

LEITURA DE RÓTULOS DE ALIMENTOS RELACIONADA COM A ESCOLARIDADE E ESTADO NUTRICIONAL DE MULHERES NO PERÍODO DO CLIMATÉRIO 1

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DOS USUÁRIOS DE CENTROS DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS NO MUNICÍPIO DE NATAL- RN

ESTADO NUTRICIONAL E PERFIL LIPÍDICO DE MULHERES NO CLIMATÉRIO 1

Trabalho realizado durante o Estágio de Saúde Coletiva II do Curso de Graduação em Nutrição da Unijuí em

PERFIL NUTRICIONAL E PREVALÊNCIA DE DOENÇAS EM PACIENTES ATENDIDOS NO LABORATÓRIO DE NUTRIÇÃO CLÍNICA DA UNIFRA 1

CORRELAÇÃO ENTRE ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE IDOSOS EM UMA CIDADE DO NORDESTE BRASILEIRO

Introdução. Nutricionista FACISA/UNIVIÇOSA. 2

DESCRIÇÃO DA DEMANDA POR ATENDIMENTO CLÍNICO NUTRICIONAL EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA. 1

CLIMATÉRIO E AUMENTO DE PESO

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE IDOSOS FREQUENTADORES DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

HÁBITOS ALIMENTARES DE MULHERES NO PERÍODO DO CLIMATÉRIO 1 FEEDING HABITS OF WOMEN IN CLIMACTERIC PERIOD

ESTADO NUTRICIONAL DE COLABORADORES DE REDE HOTELEIRA

SOBREPESO E OBESIDADE

PERFIL NUTRICIONAL E DE SAÚDE DE IDOSOS DIABÉTICOS ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE GESTANTES ATENDIDAS NOS ESF DO MUNICÍPIO DE SÃO LUDGERO NO ANO DE 2007

Aluna do curso de Graduação em Nutrição da UNIJUÍ, bolsista PIBIC/ UNIJUI, 3

EXCESSO DE PESO, OBESIDADE ABDOMINAL E NÍVEIS PRESSÓRICOS EM UNIVERSITÁRIOS

NUT-154 NUTRIÇÃO NORMAL III. Thiago Onofre Freire

Avaliação Nutricional

PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E A RELAÇÃO CINTURA/QUADRIL (RCQ ) E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) EM ESTUDANTES

OBESIDADE SARCOPÊNICA EM IDOSOS RESIDENTES NA COMUNIDADE 1 SARCOPENIC OBESITY IN ELDERLY RESIDENTS IN THE COMMUNITY

RELAÇÃO ENTRE CIRCUNFÊRENCIA DE PESCOÇO E OUTRAS MEDIDAS INDICADORAS DE ADIPOSIDADE CORPORAL EM MULHERES COM SOBREPESO E OBESIDADE.

INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NAS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS DE COLABORADORES DE UMA PANIFICADORA

Palavras-Chave: Obesidade; Educação Nutricional; Avaliação Nutricional

Guilherme Lourenço de Macedo Matheus Alves dos Santos Fabiana Postiglione Mansani

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL EM MULHERES PÓS-MENOPAUSA COM SÍNDROME METABÓLICA 1

FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM MULHERES NA PÓS-MENOPAUSA

DIFERENÇAS NA COMPOSIÇÃO CORPORAL DE ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES RESUMO

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E DO RISCO CARDIOVASCULAR DA CORPORAÇÃO DE BOMBEIROS DE MARINGÁ/PR

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE IDOSOS ASSISTIDOS POR CENTROS DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NO MUNICÍPIO DE NATAL- RN

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA EM CRIANÇAS DE UMA CRECHE NA CIDADE DE FORTALEZA UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DOS POLICIAIS MILITARES DE UM BATALHÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO RIO DE JANEIRO

Apostila de Avaliação Nutricional NUT/UFS 2010 CAPÍTULO 3 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL ADULTOS

Índice de massa corporal e prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em idosos institucionalizados

PERFIL CLÍNICO E NUTRICIONAL DOS INDIVÍDUOS ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO (HUPAA/UFAL)

CLASSIFICAÇÃO DO HÁBITO ALIMENTAR DE MULHERES NO PERÍODO DO CLIMATÉRIO 1

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE FREQUENTADORES DE GRUPO HIPER- DIA DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE, EM BAGÉ/RS.

DIAGNÓSTICO DA PREVALÊNCIA DA OBESIDADE INFANTIL NO ENSINO FUNDAMENTAL DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE CORNÉLIO PROCÓPIO

EXCESSO DE PESO E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS ASSISTIDOS PELO NASF DO MUNICÍPIO DE PATOS-PB

PNS Pesquisa Nacional de Saúde 2013 Ciclos de vida, Brasil e grandes regiões Volume 3

ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS DE PARTICIPANTES DO PROJETO DE EXTENSÃO NO PIQUE DA PUCC

Pesquisa institucional desenvolvida no Departamento de Ciência da Vida (DCVida), pelo grupo de pesquisa Estudo do Envelhecimento Feminino (GERON) 2

3. Material e Métodos

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE. SUBÁREA: Nutrição INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

RELATO DE EXPERIÊNCIA: FEIRAS DE SAÚDE COMO INSTRUMENTO PARA VIGILÂNCIA E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL DE ADULTOS E IDOSOS EM GOVERNADOR VALADARES - MG.

Aluna do curso de Graduação em Nutrição da UNIJUÍ, bolsista PROBIC/FAPERGS, 3

A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA CONCEPÇÃO DO USO DE SUPLEMENTOS ESPORTIVOS ENTRE ALUNOS DE ESCOLA PÚBLICA EM NATAL/RN

PROMOÇÃO DA SAÚDE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM FATIMA DO PIAUÍ.

Estado nutricional e risco de doença cardiovascular de moradores da comunidade do Bixopá, município de Limoeiro do Norte - Ceará

PERFIL CLÍNICO, ANTROPOMÉTRICO E AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR EM IDOSOS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL NO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ-RN

CONSUMO DE LEITE POR INDIVÍDUOS ADULTOS E IDOSOS DE UM MUNICÍPIO DA REGIÃO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL 1

ESTADO NUTRICIONAL E RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM IDOSOS

QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS OBESOS QUE REALIZARAM A CIRURGIA BARIÁTRICA

Avaliação da Eficácia de um Instrumento para a Educação Nutricional na Prevenção e Controle de Fatores de Risco das Doenças Crônicas

SOBREPESO E OBESIDADE EM ESCOLARES COM ASMA1 1

Sugestões de leituras

APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE RISCO NUTRICIONAL (IRN) E AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA EM IDOSOS. Kiss, S. A., Caselato de Sousa, V.M. 1

AUTOR(ES): LUIS FERNANDO ROCHA, ACKTISON WENZEL SOTANA, ANDRÉ LUIS GOMES, CAIO CÉSAR OLIVEIRA DE SOUZA, CLEBER CARLOS SILVA

ESTUDO POPULACIONAL DE IDENTIFICAÇÃO DE FENÓTIPO DE RISCO CARDIOVACULAR EM MULHERES NO PERÍODO DO CLIMATÉRIO 1

CORREÇÃO DAS MEDIDAS DE QUADRIL: ESTUDO DE

ÍNDICE. CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO Introdução Pertinência do trabalho Objectivos e Hipóteses de Estudo...

ESTADO NUTRICIONAL DE IDOSOS DE ACORDO COM DIFERENTES INDICADORES

CADERNO DE EXERCÍCIOS

ASSOCIAÇÃO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL COM VALORES PRESSÓRICOS E COMPONENTES DA SÍNDROME METABÓLICA EM MULHERES CLIMATÉRICAS 1

O FUTURO DA OBESIDADE NO BRASIL: UMA PREVISÃO A PARTIR DO MÉTODO LEE-CARTER ( )

INTERAÇÃO ENTRE ÍNDICE DE MASSA CORPORAL, COM FLEXIBILIDADE E FLEXÕES ABDOMINAIS EM ALUNOS DO CESUMAR

Beatriz de Oliveira Matos1 Lais Miranda de Melo2 Maria Grossi Machado3 Milene Peron Rodrigues Losilla4

A INFLUÊNCIA DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS NA GORDURA CORPORAL DOS PARTICIPANTES DO PIBEX INTERVALO ATIVO 1

O COMPORTAMENTO ALIMENTAR DO IDOSO ATIVO

RELAÇÃO ENTRE INDICADORES DE MUSCULATURA E DE ADIPOSIDADE COM MASSA CORPORAL E RISCO CARDIOVASCULAR EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

UNISC- UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL CURSO DE NUTRIÇÃO. Caroline Taiane Thumé QUALIDADE DA DIETA E FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CRÔNICAS

FIEP BULLETIN - Volume 82 - Special Edition - ARTICLE I (

SEMINÁRIO TRANSDISCIPLINAR DA SAÚDE - nº 04 - ano 2016 ISSN:

ALTERAÇÕES NA SATISFAÇÃO DA IMAGEM CORPORAL A PARTIR DA INTERVENÇÃO COGNITIVO-COMPORTAMENTAL EM UM PROGRAMA DE REEDUCAÇÃO ALIMENTAR MULTIDISCIPLINAR.

A ANÁLISE DOS OBJETIVOS E A RELAÇÃO CINTURA QUADRIL EM PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA

Programa Mais Saúde. Endereço: Av. Araxá, nº 156, Lagomar, Macaé RJ. CEP

EFEITOS DE DOIS PROTOCOLOS DE TREINAMENTO FÍSICO SOBRE O PESO CORPORAL E A COMPOSIÇÃO CORPORAL DE MULHERES OBESAS

Avaliação do Índice de Massa Corporal em crianças de escola municipal de Barbacena MG, 2016.

Desenvolvendo o Pensamento Matemático em Diversos Espaços Educativos A MATEMÁTICA EM SITUAÇÕES QUE ENGLOBAM ALIMENTAÇÃO E SAÚDE

Co-orientadora Profa. Dra. da Faculdade de Nutrição/UFG,

VIGITEL BRASIL Hábitos dos brasileiros impactam no crescimento da obesidade e aumenta prevalência de diabetes e hipertensão

ACONSELHAMENTO SOBRE MODOS SAUDÁVEIS DE VIDA: PRÁTICA E ADESÃO EM USUÁRIOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE.

PERFIL NUTRICIONAL DE FUNCIONÁRIOS DO HOSPITAL PÚBLICO DE MONTES CLAROS/MG

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E SUA IMPORTÂNCIA NA PREVENÇÃO DA SAÚDE DA MULHER: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Minha Saúde Análise Detalhada

TÍTULO: INGESTÃO DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS RICOS EM SÓDIO E ADIÇÃO DE SAL ÀS PREPARAÇÕES PRONTAS

RELAÇÃO ENTRE O NOVO ÍNDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL COM O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL EM CRIANÇAS. Ivair Danziger Araújo

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: NUTRIÇÃO INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO

UTILIZAÇÃO DE AVALIAÇÕES FÍSICAS PARA DIAGNÓSTICO DE SAÚDE DOS SERVIDORES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ

Minha Saúde Análise Detalhada

Apoio nutricional em Grupo para Pacientes Adultos com Sobrepeso

PROCESSO ASSISTENCIAL INTEGRADO DA PRÉ-OBESIDADE NO ADULTO

PERFIL ALIMENTAR DE ADULTOS E IDOSOS QUANTO O CONSUMO HABITUAL DE VERDURAS, LEGUMES E FRUTAS 1

Avaliação nutricional e percepção corporal em adolescentes de uma escola pública do município de Barbacena, Minas Gerais

PERFIL NUTRICIONAL DE ESCOLARES DA REDE MUNICIPAL DE CAMBIRA- PR

Os escolares das Escolas Municipais de Ensino Fundamental

Transcrição:

ESTADO NUTRICIONAL DE MULHERES NO PERÍODO DO CLIMATÉRIO 2017 E 2018 1 NUTRITIONAL STATUS OF WOMAN IN THE CLIMATERIC PERIOD 2017 E 2018 Juliana Unser 2, Ana Luisa Sebotaio 3, Lígia Beatriz Bento Franz 4 1 Projeto de Iniciação Científica 2 Bolsista PIBIC/UNIJUI 3 Bolsista CNPq/UNIJUI 4 Professora Doutora do curso de Nutrição da Unijuí INTRODUÇÃO Originária do grego klimakter, a palavra climatério significa degrau e representa a etapa do desenvolvimento humano que marca a transição da idade adulta à senescência (FRANÇA et al., 2003). O Ministério da Saúde diz que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o climatério é uma fase natural da vida da mulher, onde ocorre o declínio do estrogênio e não um processo patológico, que ocorre entre o período reprodutivo e não reprodutivo da mulher. A menopausa é um marco nessa fase, sendo ela a última menstruação da mulher, reconhecida passados 12 meses de sua ocorrência. O climatério pode ou não apresentar sintomas nas mulheres, quando esses sintomas se fazem presentes, eles podem ter diferentes intensidades, variando de pessoa para pessoa. Os sinais e sintomas que mais são observados são alterações corporais, fogachos, sudorese, alterações de humor, insônia, mudança na distribuição da gordura corporal, entre outros (BRASIL, 2008). A diminuição do estrogênio provoca alterações biológicas, corporais e faciais. A elasticidade e textura da pele diminuem, diminui a massa muscular e a distribuição de composição corporal fica alterada, havendo concentração de gordura na região abdominal (SILVA et al ). A avaliação do estado nutricional, como um indicador do estado de saúde, é fundamental nesta fase da vida em que pelo declínio de estrogênio a mulher pode acumular mais gordura em seu organismo, portanto, esta avaliação poderá ajudar na promoção da saúde e prevenção de doenças. O objetivo deste trabalho foi verificar se ocorreu mudança no estado nutricional de mulheres climatéricas no período de um ano. METODOLOGIA O presente estudo está vinculado ao projeto de pesquisa institucional Envelhecimento Feminino Female Aging Study da Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul UNIJUÍ. Trata-se de um estudo de seguimento populacional (Coorte) que tem a intenção de acompanhar

mulheres no período do climatério na cidade de Ijuí/RS, vinculada ao Grupo de Pesquisa em Envelhecimento Humano (GERON), cadastrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e aprovada no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), sob parecer consubstanciado nº 864.988. A população do estudo são mulheres entre 35 e 65 anos de idade; capacidade física funcional e cognitiva preservada; residem em áreas de cobertura das unidades de Estratégias de Saúde da Família da área urbana do município Ijuí; tem cadastro ativo na unidade de saúde; aceitaram participar da pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. As atividades específicas do presente estudo foram à classificação do estado nutricional pelas medidas antropométricas e de composição corporal das mulheres da pesquisa em duas avaliações, a primeira no ano de 2017 e a segunda no ano de 2018. As medidas antropométricas utilizadas foram de massa corporal e estatura, sendo calculado o índice de massa corporal (IMC), a medida do perímetro da cintura, para avaliar o risco para doenças cardiovasculares e metabólicas, e a análise de impedância bioelétrica (BIA) para avaliar a composição corporal, mais especificamente a quantidade de gordura corporal dos indivíduos. O IMC foi obtido a partir da fórmula de peso da massa corporal em quilogramas dividido pela estatura ao quadrado em metros, utilizando os pontos de corte da World Health Organization (1995) e World Health Organization (2000) para adultas e os pontos de corte de The Nutrition Screening Initiative (1994) para idosas. O perímetro da cintura foi classificado pelos pontos de corte da World Health Organization (2000). A quantidade de gordura corporal foi obtida pelo analisador de gordura corporal marca OMRON e classificada pelos pontos de corte segundo Gallagher (2000). Os dados coletados nas visitas domiciliares foram inseridos em um banco de dados de análise científica o Statistical Package for Social Science for Windows (SPSS). Foram geradas análises estatísticas para comparar dados antropométricos da primeira e da segunda avaliação, com o objetivo de verificar a diferença do estado nutricional das mulheres neste período. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram avaliadas 48 mulheres e observa-se na tabela 1 que quanto ao IMC à mulher que apresentava magreza no ano de 2017 não mais apresentava esta classificação no ano de 2018, assim como diminuiu o número de mulheres com sobrepeso e obesidade. Já quanto ao perímetro da cintura verifica-se na tabela 2 que aumentou o número de mulheres no ano de 2018 com risco muito elevado para doenças cardiometabólicas. Quanto à quantidade de gordura corporal a tabela 3 mostra um aumento de mulheres com um percentual de gordura recomendado, porém um aumento maior para uma classificação de percentual de gordura muito elevado. TABELA 1 Classificação do estado nutricional de mulheres climatéricas, segundo o índice de massa corporal. Ijuí, RS, 2017-2018.

Classificação 2017 2018 IMC (kg/m 2 ) N % N % Magreza (< 18,5) 1 2,08 - - Eutrofia (adultas 18,5 a 24,9 e idosas 22 a 27) 9 18,75 12 25,00 Sobrepeso (adultas 25 a 29,9 kg/m 2 22 45,83 e idosas >27) 21 43,75 Obesidade I (30 a 34,9) 11 22,91 11 22,91 Obesidade II (35 a 39,9) 3 6,25 2 4,16 Obesidade III (> 40) 2 4,16 2 4,16 IMC = índice de massa corporal. TABELA 2 Classificação do Perímetro da Cintura de mulheres climatéricas. Ijuí, RS, 2017-2018. Classificação 2017 2018 PC (cm) N % N % Normal (até 80 cm) 9 18,75 3 6,25 Elevado (80 a 88 cm) 17 35,42 11 22,91 Muito elevado (>88 cm) 22 45,83 34 45,84 PC = perímetro da cintura. TABELA 3 Classificação da Porcentagem de Gordura de mulheres climatéricas. Ijuí, RS, 2017-2018. Classificação 2017 2918 N % N % Recomendado 13 27,08 16 33,33 Alto 23 47,92 16 33,33 Muito Alto 11 22,92 15 31,26 BIA não conseguiu mensurar 1 2,08 1 2,08 A presença alterações corporais no climatério foram evidenciadas em outros estudos. Assunção et

al 2013, mostra que com o avanço da idade as mulheres sofrem alterações na distribuição da gordura corporal, onde a gordura se concentra na área central (visceral), constatando-se que com o avanço da idade a circunferência abdominal apresenta valores mais elevados. Santos et al 2012, verificou diminuição de sobrepeso (de 34,9 para 28,8%) e aumento da prevalência de obesidade (de 25,7 para 49,2%) e diminuição da eutrofia (de 36,8 para 22,0%), assim como o aumento de hipertensão e dislipidemias. Gonçalves et al 2016, apresenta dados de um estudo de 298 mulheres, onde 68,3% apresenta excesso de peso e IMC médio de 28,3kg/m² (DP= 7,0), e que dados do Brasil mostram que o excesso de peso tem aumentado na população feminina na faixa de 45 a 54 anos (55,9%) e 55 a 64 anos (60,9%). Os resultados apresentados comprovam que nesta fase da vida da mulher ocorrem mudanças na composição corporal dela, onde há diminuição da massa muscular e a distribuição da composição corporal se altera, observando-se concentração de gordura na região abdominal, diminuição do gasto energético basal o que contribui para a elevação do peso. Portanto é de extrema importância o acompanhamento dessa mulher para promoção e/ou recuperação do estado de saúde, promover incentivo à prática de atividades físicas regulares e adoção de uma alimentação saudável, aumentando o consumo de alimentos naturais e diminuindo a ingesta de alimentos prontos, ultraprocessados, diminuir o consumo de sal, temperos industrializados e também de açúcar. A adoção desse estilo de vida promoverá adequado estado de saúde e prevenirá o aparecimento de doenças crônicas. CONSIDERAÇÕES FINAIS Observa-se a importância do acompanhamento do estado de saúde nessa população, uma vez que essas mulheres tem maior tendência a aumentar de peso, por conta das questões hormonais relacionadas ao climatério. Assim como podemos verificar nos resultados obtidos na pesquisa, em relação ao IMC, perímetro da cintura e porcentagem de gordura mensurada, teve aumento na maioria dos casos. O aumento dos valores destas variáveis pode identificar riscos para doenças cardiovasculares, diabetes, dislipidemias e demais doenças crônicas. Portanto monitorar o perfil nutricional permite realizar intervenções para melhorar o estado de saúde e qualidade de vida destas mulheres. Palavras-chave: Índice De Massa Corporal, Climatério, Estado Nutricional, Doenças Crônicas. Keywords: Body Mass Index, Climateric, Nutritional Status, Chronic Dieseases. AGRADECIMENTOS: À instituição UNIJUI, programa PIBIC/UNIJUÍ, pela oportunidade de atuar em projeto de pesquisa. BIBLIOGRAFIA ASSUNÇÃO et al. Comportamento Da Gordura Abdominal Em Mulheres Com Avanço Da Idade Rev. Educ. Fis/UEM, v. 24, n. 2. 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Manual de Atenção à Mulher no Climatério/Menopausa / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008. FRANÇA, Ana Paula et al. Estado nutricional e risco de doença cardiovascular de mulheres no climatério atendidas em um ambulatório da cidade de São Paulo / Ana Paula França. -- São Paulo, 2003. GALLAGHER, Dympna et al. Healthy percentage body fat ranges: an approach for developing guidelines based on body mass index. Am J Clin Nutr 2000.. GONÇALVES Jaqueline T. T et al. Sobrepeso e obesidade e fatores associados ao climatério. Ciência & Saúde Coletiva. 2016. SANTOS, Roberta. D. S et al. Perfil do estado de saúde de mulheres climatéricas. Medicina (Ribeirão Preto) 2012; 45(3): 310-17; Disponível em < http://www.fmrp.usp.br/revista >. SILVA et al. Perfil nutricional e sintomatológico de mulheres no climatério e menopausa. Cadernos da Escola de Saúde, Curitiba. 2012. THE NUTRITION SCREENING INITIATIVE. Incorporating nutrition screening and interventions into medical practice: a monograph for physicians. Washington D.C. US: American Academy of Family Physicians, The American Dietetic Association, National Council on Aging Inc., 1994. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Physical Status: the use and interpretation of anthropometry. Geneva, Switzerland: WHO, 1995. (WHO Technical Report Series, n. 854). WORLD HEALTH ORGANIZATION. Obesity: preventing and managing the global epidemic: Report of a WHO consultation on obesity. (WHO Technical Report Series n. 894). Geneva, Switzerland: WHO, 2000.