ADEUS ESTRADA DE TIJOLOS AMARELOS: adolescência, toxicomania, psicose. adolescência, desencadeamento, psicose, toxicomania.



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Transcrição:

ADEUS ESTRADA DE TIJOLOS AMARELOS: adolescência, toxicomania, psicose José Tiago dos Reis Filho [1] Palavras-chave: adolescência, desencadeamento, psicose, toxicomania. Resumo: Buscar articular os conceitos de adolescência, psicose e toxicomania através do caso clínico de um jovem que teve sua primeira crise aos 18 anos, após uso intensivo de maconha e cocaína, tendo aí seu desencadeamento, apresentando delírios e alucinações. Ele divide sua vida em antes e depois do surto, ao qual se seguiram algumas internações psiquiátricas. Transcorridos 10 anos de sua primeira crise, busca análise, encaminhado pelo médico. Adeus estrada de tijolos amarelos, paráfrase de uma música, é a forma por ele utilizada para se referir à passagem adolescente. O trabalho visa trazer alguma contribuição a quadros sintomáticos desencadeados após uso de substâncias. Caso não tivesse havido uso, haveria o desencadeamento? Podemos pensar a droga enquanto desencadeador e enquanto estabilizador na psicose?

Em 1930, Freud apontava a droga como uma saída para o mal-estar. Esse mesmo Freud que, alguns anos antes, havia se utilizado da cocaína para enfrentar a depressão e a apatia, a indicando a pacientes e amigos. Ele também foi testemunha dos malefícios do uso abusivo da substância, que acarretou o suicídio de um discípulo. Na contemporaneidade, a droga surge como produto da ciência, tendo aspectos sociais, políticos econômicos e psíquicos, de alcance e dimensões incalculáveis. Basta lembrar o narcotráfico, a violência, a manutenção de economias de alguns países, a superlotação de hospitais e clínicas de recuperação, nossos consultórios. Essa saída pode indicar a morte, caminho último, mas também o adoecimento psíquico e o desencadeamento da psicose. É o que tentarei esboçar aqui. Na história da humanidade, a droga sempre esteve presente, seja em manifestações religiosas ou culturais. Não devemos nos esquecer que o álcool, droga lícita e vendida livremente, anima, reúne, descontrai, mas também mata e é um dos maiores fatores no adoecimento e morte causada por fatores secundários: acidentes, violência, etc. O uso de drogas lícitas (tabaco, álcool, medicamentos) vem na maioria das vezes associado às drogas ilícitas (maconha, cocaína, heroína, ácido lisérgico, anfetaminas, etc.). Como disse, a droga é o objeto através do qual o sujeito busca se prevenir do insuportável da civilização, visando restituir um estado anterior perdido, porque jamais encontrado. Falaremos disso depois. Apresento uma história clínica. Trata-se de um rapaz de 28 anos que me procura, indicado por um médico, com quem estava em tratamento psiquiátrico. Aos dezoito anos, teve uma crise, o que ocasionou várias internações ao longo de 10 anos, entrecortadas por tratamento ambulatorial e hospital-dia. Morava em uma cidade do interior, numa família constituída de pai, mãe e irmã mais nova; esses pais vieram a se separar quando ele contava 13 anos, quando inicia o uso de maconha com

colegas de escola. O pai vivia viajando a trabalho, bebia compulsivamente, era incapaz de enfrentar a esposa. Esta sempre o depreciava, principalmente diante dos filhos. Mãe severa, invasiva, dominadora. O uso da maconha é cada vez mais intenso, estendendo agora aos colegas do bairro, depois da cidade e até de cidades vizinhas, tendo de correr atrás da substância e deixando de lado suas outras atividades, o violão e a guitarra. Só a música o acompanhava: ouvia muito rock, de todos os gêneros. A vida social se limitava aos encontros com os drogados, que já não eram mais seus amigos, apenas companheiros de fumo. Ele era visto como o doidão da cidade; a família o execrava, os avós o tratavam carinhosamente, era o primeiro neto, inteligente, mas a escola havia sido praticamente abandonada. De tão envolvido com a droga e com a música, seus colegas o chamavam de veado, por que não procurava as garotas. A droga, a música e ele se bastavam. É quando seu pai descobre um câncer, adoece, fica cada vez mais próximo do filho, cada vez mais distante de si mesmo. O pai bebe intensamente e torna-se comum, nessa época ambos, pai e filho voltarem para casa, um embriagado e o outro drogado. Ele saía de casa e ficava esperando pelo pai nos pontos de compra e venda de droga, numa tentativa de ser barrado. Diz que achava que o pai iria repreendê-lo, mas este o compreendia. Quando o pai entra em um estado terminal, ele se apaixona por uma garota; eles sempre se viam e se olhavam e era o momento mais sideral de sua vida, ficava como que hipnotizado por ela, não diziam palavra alguma, apenas se olhavam. Já estava cheirando cocaína. Ela morava em um distrito, longe de sua casa; um dia cheira muito pó e decide se revelar, vai até a casa dela. A família recebe-o desconfiada, manda-o embora, ela apareceu e voltou-se para dentro, ele ficou perdido, falava coisas desconexas, não se fazia entender, via coisas: cantores de rock, luzes, seus pais. É levado de volta para casa, totalmente fora de si; ele e o pai são trazidos para a capital, cada um para um

hospital diferente. O pai vem a falecer, ele não retorna para sua cidade. Seguem-se internações, tratamento medicamentoso, terapias. Nunca mais se droga, passa a fazer parte de movimento social, conhece uma moça, se casam. Parece final feliz, mas este sujeito me procura neste momento de sua vida, dividida, segundo ele, em antes e depois do surto: como naquela música So goodbye yellow brick road. Passo agora a elaborar alguns comentários sobre a adolescência, a toxicomania e a psicose. No que diz respeito à adolescência, esta é mais que uma fase evolutiva, é uma passagem. Passagem que marca o humano para sempre, na forma como este a atravessa, ou não. O sujeito adolescente se depara com a conjunção do real do sexo e a responsabilidade do ato e, por isso, ele é um sujeito do inconsciente (Alberti, 1999). O ponto crucial da adolescência, segundo Freud (1905) é o desligamento da autoridade dos pais. Essa operação implica no enfrentamento de alguns grandes conflitos: 1 ) com a sexualidade, sua polimorfia e a contradição entre ternura e sexo; 2 ) com o luto pela perda de um ideal de completude, impossível; 3 ) com a tendência a agir e, 4 ) com o desejo de saber sobre o interdito: a morte e o sexo. Lembrando Lacan (1985): Nem o sol, nem a morte, podem ser olhados de frente (p.361). Para responder a esses conflitos, o sujeito vai fazer valer a inscrição do Nome-do-Pai, pois é somente no a posteriori da aquisição do significante do Nome-do-Pai que a relação da mãe com a criança pode ser expressa em termos de desejo. Quando esse significante não se inscreve no simbólico, ou seja, quando ele está foracluído do simbólico - como na psicose -, a criança percebe-se como objeto do gozo e não como objeto de desejo da mãe. Quem barra o acesso ao mundo do gozo com a mãe é o pai, com sua função estruturante - e por isso desde sempre castradora. Essa operação

constitui a primeira morte do sujeito que se torna falante e essa morte inscreve a pulsão de morte como fundadora para toda pulsão e marca também a morte para um gozo a partir de então perdido para sempre, pois impossível de ser representado, de impossível significação fálica (Souza, 1991). É aqui que a toxicomania se faz apresentar, como uma tentativa de tamponar essa falta fundamental, estrutural. A droga vem oferecer uma forma de gozo monótono, repetitivo, sem adiamento. É um circuito fechado entre o consumidor e o produto, ação que não responde às exigências tortuosas e contingentes da fantasia. Daí dizer da parceria do sujeito com a droga, daquilo que se conceituou parceria-sintoma (Miller, 2002). O fundamento do casal é o sintoma; o sintoma de um entra em consonância com o sintoma do outro, tornando-se parceiros pela fala, pela libido e/ou pelo desejo. No caso da droga, pode-se pensar numa parceria cínica, num gozo cínico. Isso porque o cínico rechaça, ironiza toda e qualquer forma de transcendência; a seus olhos a condição humana não apresenta nada de almejável (Santiago, 2001). É autosuficiente. No ato toxicomaníaco há a estratégia de prescindir do Outro sexo; o paciente era chamado pelos colegas de viado por não demonstrar interesse pelas garotas. Mas, a satisfação obtida na tentativa desesperada de evitar o sofrimento carrega consigo a nocividade inerente à pulsão de morte; quando decide procurar uma garota, perde as palavras, ou melhor, suas palavras não conseguem traduzir a que acredita sentir, são frases desconexas, que causam horror, perplexidade, não fazendo laço. Muitas psicoses são desencadeadas na adolescência por que nela, o sujeito é forçado a responder por sua existência de um lugar outro; o adolescente tem medo do seu corpo e não sabe dele se servir, o que provoca angústia. O real do sexo o deixa sem palavras (Alberti, 1999). É o caso da sideração do

paciente quando o seu olhar e o olhar dela resolvem se encontrar; não dizem palavra, apenas se miram, especularmente. Com relação ao desencadeamento da psicose, esta é o efeito do encontro de um sujeito com Um-pai (Souza, 1991). Um sujeito cuja estrutura é determinada pela foraclusão do Nome-do-Pai e Um-pai, pessoa ou situação que se interpõe e se impõe ao sujeito de um lugar terceiro, interpelando-o no cerne de suas relações com o outro, exigindo-lhe resposta no plano significante. Sem o aval do Nome-do-Pai o sujeito se vê diante de um vazio de significação e sua resposta pode ser o ato (auto-extermínio, toxicomania, psicose). Daí dizer que, na psicose, o inconsciente está a céu aberto e o que é recusado na ordem simbólica, reaparece no real (Lacan, 1985); e o real concerne ao gozo, ao corpo e a morte, estando estes atados ao impasse, ao impossível da relação sexual. É buscando responder ao real do sexo que o paciente interpela o pai, mas este estava lá, desde sempre morto. O pai não barra a invasão da mãe, não barra o acesso à droga e não permite a esse filho se haver com o Outro sexo. A cocaína entra em sua vida por um período de três meses, marcando a fase terminal de seu pai e seu enamoramento, numa tentativa de obter, de forma mais ou menos regulada, a produção de sua separação dos efeitos da alienação significante. Aqui fica uma última questão: se não fosse o uso da cocaína, sua psicose teria sido desencadeada? REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBERTI, Sonia. Esse sujeito adolescente. Rio de Janeiro: Rios Ambiciosos, 1999. FREUD, S. Três ensaios para a teoria da sexualidade (1905). In: FREUD, S. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de. Rio de Janeiro: Imago, 1976.

FREUD, S. O mal estar na civilização (1930). In: FREUD, S. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de. Rio de Janeiro: Imago, 1976. LACAN, Jacques. O Seminário. Livro III: As psicoses. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985. MILLER, Jacques-Allan. O osso de uma análise. Salvador: Fator, 2001. SANTIAGO, Jésus. A droga do toxicômano: uma parceria cínica na era da ciência. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. SOUZA, Neusa S. A psicose: um estudo lacaniano. Rio de Janeiro: Campus, 1991. [1] Psicanalista, Doutor em Psicologia Clínica PUC/SP, Professor da PUC Minas. Endereço: Rua Antônio de Albuquerque, 749/805 cep 30112-010 Belo Horizonte, MG, BRASIL Fone: (31) 3221-65483 E-mail: josetiago@brfree.com.br