INTERNATO!E!CARREIRA!FARMACÊUTICA! HOSPITALAR!



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Transcrição:

INTERNATOECARREIRAFARMACÊUTICA HOSPITALAR Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeem farmáciahospitalarerespectivacarreira Versão1.0 JORGERODRIGUES #2013 #PORTUGAL

Internato"e"Carreira"Farmacêutica"Hospitalar" ÍNDICEGERAL Página" Índice"de"Tabelas" I" Índice"de"Figuras" Abreviaturas" III" III" " " Introdução" 1" Objectivos" 2" Metodologia" 2" Parte"I"I"Perspetiva"histórica"da"evolução"da"legislação"da"especialidade" 4" Parte" II" I" "Dados" sobre" o" número" de" farmacêuticos" a" exercerem" em" Serviços" Farmacêuticos"Hospitalares"e"Administrações"Regionais"de"Saúde" 54" Parte"III"I"Modelos"internacionais" 57" Parte"IV"I"Reflexão"crítica"da"situação"nacional"e"propostas"de"mudança" 82" Anexo"I"Linha"cronológica"da"evolução"da"legislação"referente"à"carreira"farmacêutica" 90" ÍNDICEDETABELAS " Página" Tabela"1 PessoaldosserviçosfarmacêuticoshospitalaresdefinidonoDecreto8Lein.º44204, de22defevereirode1962 Tabela"2 Carreirafarmacêuticahospitalardefinidanoartigo56.ºdoDecreto8Lein.º48358, de27deabrilde1968 Tabela" 3 Alterações ao quadro tipo do pessoal dos serviços farmacêuticos hospitalares definidopelodecreto8lein.º44204,de22defevereirode1962,introduzidaspelodecreto8lei n.º274/71,de22dejunho Tabela" 4 Alterações nas categorias do pessoal da carreia farmacêutica, que constavam do quadro8tipoaquesereferiaoartigo72.ºdoestatutohospitalar(decreto8lein.º48357,de27 deabrilde1968)introduzidaspelodecreto8lein.º275/71,de22dejunho 5" 8" 9" 10" Tabela"5 TiposdecarreirasestipuladaspeloDecreto8Lein.º414/71,de27deSetembro. 11" Tabela" 6 CarreiraFarmacêutica(carreirasprofissionaisdotipoI)estipuladanoMapaIdo Decreto8Lein.º414/71,de27deSetembro Tabela" 7 CarreiraFarmacêutica(carreirasprofissionaisdotipoI)estipuladanoMapaIdo Decreto8Lei n.º 414/71, de 27 de Setembro, alterada pelo Decreto8Lei n.º 823/76, de 13 de Novembro 12" 13" Perspectiva"histórica,"revisão"do"actual"modelo"de"seriação"e"formação"de"candidatos"à"especialidade"em"farmácia"hospitalar"e"respectiva"carreira"" I"

Internato"e"Carreira"Farmacêutica"Hospitalar" ÍNDICEDETABELAS[continuação] " Página" Tabela" 8 Requisitos de admissão ao concurso de ingresso no estágio de carreira dos TSS, definidospeloartigo6.º,daportarian.º516/83,de3demaio Tabela"9 Júri,métodosdeselecçãoefactoresdepreferênciautilizadosnoconcursodeacesso àcarreiradostss,definidospelosartigos7.º,8.ºe10.ºdaportarian.º516/83,de3demaio Tabela" 10 Ramos de actividade da carreira dos TSS, definidos no artigo 9.º, secção II do Decreto8Lei414/91,de22deOutubro Tabela" 11 Funções das categorias de assistente e assistente principal do ramo farmácia, definidasnonúmero1,doartigo13.ºdodecreto8lein.º414/91,de22deoutubro Tabela"12 Funçõesdascategoriasdeassessoreassessorsuperiordefinidasnosnúmero2e 3,doartigo13.ºdoDecreto8Lein.º414/91,de22deOutubro Tabela"13 Métodosdeselecçãoeclassificaçãodoscandidatos,determinadopelosartigos13.º e14.ºdaportarian.º796/94,de7desetembro Tabela"14 Normassobrereconhecimentodeidoneidadedeserviçosdesaúdeparaefeitosde estágio,determinadaspelosartigos18.ºe19.ºdaportarian.º796/94,de7desetembro Tabela"15 Sistemadeavaliaçãoeprocessodeavaliaçãofinal,determinadospelosartigos32.º a35.ºdaportarian.º796/94,de7desetembro Tabela"16 Sistemadeavaliaçãoeprocessodeavaliaçãofinal,determinadospelosartigos36.º a38.ºdaportarian.º796/94,de7desetembro Tabela"17 Áreaserespectivoprogramadeformaçãodoestágiodeespecialidade,doramode farmácia,definidosnaportaria931/94,de20deoutubro Tabela" 18 Ramos de actividade da carreira dos TSS, definidos no artigo 9.º, secção II do Decreto8Lei 414/91, de 22 de Outubro, actualizados pelo Decreto8Lei n.º 501/99, de 19 de Setembro Tabela"198Métodosdeselecçãodefinidosnoregimederecrutamentoeselecçãodacarreira dostss(decreto8lein.º213/2000,de2desetembro) Tabela"20 Critériosparacálculodaclassificaçãofinaldoregimederecrutamentoeselecção dacarreiradostss(decreto8lein.º213/2000,de2desetembro) Tabela"21 Programadeformaçãodoestágiodoramodefarmácia áreahospitalar,definido naportarian.º1101/2001,de14desetembro Tabela" 22 Programa de formação do estágio do ramo de farmácia área saúde pública, definidonaportarian.º1101/2001,de14desetembro 18" 19" 27" 29" 30" 33" 34" 36" 37" 39" 42" 45" 46" 48" 49" Tabela"23 Organizaçõescontactadas 59" Perspectiva"histórica,"revisão"do"actual"modelo"de"seriação"e"formação"de"candidatos"à"especialidade"em"farmácia"hospitalar"e"respectiva"carreira"" II"

Internato"e"Carreira"Farmacêutica"Hospitalar" ÍNDICEDEFIGURAS " Página" Figura"1"I"EsquemasumáriodacarreirafarmacêuticaestipuladapeloDecreto8Lein.º414/71, de27desetembro" Figura" 2" I" Esquema sumário da carreira dos TSS, estipulada pelo Decreto Regulamentar n.º 29/81,de24deJunho Figura" 3"I" EsquemasumáriodacarreiradosTSS,estabelecidopeloDecreto8Lein.º414/91de 22deOutubro Figura"4"I"Modelodecertificaçãodograudeespecialistadosdiferentesramosdacarreirados TSS,anexoàPortarian.º762/99,de27deAgosto" Figura"5"I"Exemplosdealgunsgruposecomissõesdetrabalhoquepoderiamsercriados,bem comoarelaçãodosdiferentesstakeholders,noplaneamento,acompanhamentoeavaliaçãoda carreirafarmacêuticahospitalar." ABREVIATURAS ACCP AmericanCollegeofClinicalPharmacy ACSS ASHP AdministraçãoCentraldoSistemadeSaúde,IP AmericanSocietyofHealth8SystemPharmacists CHPRB CanadianHospitalPharmacyResidencyBoard 11" 15" 25" 41" 84" CSHP" ESHP" FIP" MSSSI" TDT" TSS CanadianSocietyofHospitalPharmacists EuropeanSocietyofHospitalPharmacists InternationalPharmaceuticalFederation+ MinisteriodeSanidad,ServiciosSocialeseIgualdad TécnicosdeDiagnósticoeTerapêutica TécnicoSuperiordeSaúde Perspectiva"histórica,"revisão"do"actual"modelo"de"seriação"e"formação"de"candidatos"à"especialidade"em"farmácia"hospitalar"e"respectiva"carreira"" III"

InternatoeCarreiraFarmacêuticaHospitalar 1. Introdução, Aexistênciadeuminternatodeespecializaçãoemfarmáciahospitalar,temconhecidonasúltimas décadas avanços e recuos significativos, que limitaram a execução da aspiração de uma carreira farmacêutica independente no Sistema Nacional de Saúde. Estes avanços e recuos, que o autor pretendeurelatarnestetrabalho,noquedizrespeitoàlegislaçãonacional,foram significativos desde1950,podendoconstatarksequeointernatoeacarreiafarmacêuticapropriamentedita,que no passado apresentavam regulamentação própria, não constituem hoje uma realidade, muito à custa da indisciplina e do atropelamento do que se legisla. Ao longo das últimas décadas, foram publicados diplomas de importância significativa, que por vários motivos, foram frequente e repetidamenteinfringidospelasdecisõespolíticasdossucessivosgovernosemvigor,sejaatravés daindefiniçãoderegulamentosvários,prometidosemváriosdiplomas,quenuncachegaramaser publicados e implementados na prática, seja pela criação de medidas ditas excepcionais, que rapidamentepassaramaregrasexcepcionaisdeaplicaçãofrequente,utilizadasdeliberadamente por diferentes Ministros da Saúde, para colmatar as falhas agudas de profissionais de saúde especialistas nas instituições do Serviço Nacional de Saúde. Faltou acima de tudo, nos últimos tempos, uma visão estratégica política do que se pretende para a área, faltou o planeamento e gestão dos profissionais que ficaram abandonados na sua tarefa de actualizaçãoeprocurade formaçãoementidadesexternasàsinstituiçõesdesaúde,etalveztenhafaltadotambémumaluta mais acesa (não querendo o autor ser injusto pelos que lutaram continuadamente pela concretizaçãodesteobjectivo)porpartedosprofissionaisfarmacêuticos.poroutrolado,registak sequeanívelinternacionalexistemrealidadesqueseassemelhammuitoànossa,eoutrasemque existeumametodologiadeacessobemdefinida,estudadaeregulamentada,cujasvagasdeacesso são alvo de cálculo e publicação anual, e cujos internatos e respectivas carreiras se encontram rigorosamente definidas no que diz respeito aos programas, metodologias de avaliação, funções das diferentes categorias dos profissionais que exercem na área, bem como a existência de estímulosderealizaçãodeinvestigaçãofarmacêuticanosector,dentrodasinstituiçõesdesaúde, emcolaboraçãoestreitacomosdepartamentosdasuniversidades. Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeemfarmáciahospitalarerespectivacarreira 1

InternatoeCarreiraFarmacêuticaHospitalar OBJECTIVOS,, Opresentetrabalhoteveporobjectivo: I. Reunirinformaçãorelativaaotítulodeespecializaçãoemfarmáciahospitalarconcedidopela OrdemdosFarmacêuticosepeloMinistériodaSaúde,visandonãosóaevoluçãodalegislação associada, mas também a análise das metodologias de seriação dos candidatos, os percursos programáticossugeridos,oscritériosdeavaliaçãoeosrespectivosmodelosdecertificaçãode qualidadedosserviçosondeosinternatosseprocessavam; II. Analisaroutrosmodelosdeespecializaçãoexistentesanívelinternacional; III. Análiseereflexãocríticadasituaçãoactualepropostasdemudança. METODOLOGIA, OBJECTIVOI: RealizouKseumapesquisanalegislaçãonacional,desde1950,procurandoconteúdosrelacionados com a carreira farmacêutica. Para tal, foi consultado um motor de busca de legislação (www.legislacao.org)eaindaapáginaoficialdainternetdodiáriodarepública(www.dre.pt). Foram utilizadas as palavraskchave de pesquisa: Farmacêutico, Serviços Farmacêuticos, Carreira Farmacêutica, Técnicos Superiores de Saúde, Ramo Farmácia. Dos resultados obtidosemcadapesquisa,forameliminadostodasosdiplomasquenãoestivessemdirectamente relacionados com: serviços farmacêuticos hospitalares, carreira farmacêutica; carreira dos técnicossuperioresdesaúde.destemodo,foramordenadospordataeanalisadososdiplomasde interesse. Sempre que num diploma fosse encontrado uma referência a outro(s) diploma(s), este(s) seria(m) alvo de pesquisa, de forma a obtermos uma continuidade cronológica de informaçãodalegislação. Existiram casos, em que mesmo estando identificado o diploma que pretendíamos analisar, este nãoestavadisponívelelectronicamente. Nestes casos particulares, foi contactada a biblioteca municipaldalocalidade,deformaaconsultaronúmerododiáriodarepública,noqualomesmo foipublicado,paraposterioranálise. OBJECTIVOII: Demodoaanalisaroutrasrealidadesparaalémdanacional,noquedizrespeitoaoestadodeuma eventualexistênciadeespecializaçãonaáreadefarmáciahospitalar,foramrealizadoscontactos Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeemfarmáciahospitalarerespectivacarreira 2

InternatoeCarreiraFarmacêuticaHospitalar electrónicoscomentidadesrepresentativasdosfarmacêuticoshospitalaresemdiferentespaíses, submetendokseumconjuntodequestões. Paraidentificaroscontactosaestabelecer,foirealizadaumapesquisadosendereçoselectrónico de associações e instituições profissionais de farmacêuticos hospitalares de diferentes países. Foramaindaenviadoscontactoselectrónicosparaassociaçõesinternacionaisrepresentativasdos farmacêuticosquelaboramnaáreahospitalareparaosministérioscompetentesnaáreadasaúde dealgunsdestespaíses. Asquestõesremetidasforam,comadevidatraduçãonalínguainglesa(noscasosemquetalera fundamentalparaestabelecercomunicação)asseguintes: 1. No seu país, os farmacêuticos precisam de ter uma especialização (com internato/ residência)deformaapodertrabalharnoshospitais? 2. Sesim,emqueconsisteaespecialização? 3. Quantosanossãonecessáriosparaobteraespecialização? 4. Osprogramasdeestágioenglobamqueáreasdeactividade? 5. Como fazem a seriação dos candidatos à especialidade? Existe um exame nacional, entrevistasdeselecçãoououtrotipodemétodo? 6. Quantos profissionais iniciam por ano, os estágios/internatos/residências para obterem a especializaçãoemfarmáciahospitalar? 7. Existeumexamefinaldeavaliação?Emqueconsiste? 8. Os hospitais onde é realizado a formação referente ao estágio para a especialização, são avaliadosnoquedizrespeitoàqualidade/competênciaparadaremessamesmaformação? Sesim,queméresponsávelporatribuirecontrolaraidoneidadeformativa? 9. Noseupaís,quantosfarmacêuticossãoespecialistasemfarmáciahospitalar? OBJECTIVOIII: Por fim, realizoukse uma análise crítica ao modelo actual e procedeukse à elaboração de uma propostademudança,noquedizrespeitoàseriaçãodoscandidatosàespecialidade,bemcomoa necessidade de um maior acompanhamento das entidades responsáveis pela formação dos futuros especialistas em farmácia hospitalar. Não foi utilizada nenhuma metodologia específica nestapartedotrabalho,pretendendoksequeamesmacorrespondesseaumadivagaçãodeideias. Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeemfarmáciahospitalarerespectivacarreira 3

InternatoeCarreiraFarmacêuticaHospitalar PERSPETIVA,HISTÓRICA,DA,EVOLUÇÃO,, DA,LEGISLAÇÃO,DA,ESPECIALIDADE, PARTEI Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeemfarmáciahospitalarerespectivacarreira 4

InternatoeCarreiraFarmacêuticaHospitalar Em 1962 é publicado o Decreto[Lei n.º 44 204, de 22 de Fevereiro, e nele se regulamenta o ordenamento da actividade farmacêutica hospitalar. Logo na secção I desde DecretoKLei é possível registar que o legislador reconhecea limitação do regime jurídico publicado ao referir apesar de cobrir sectores numerosos e extensos, o presente DecretoKLei é, pois, algum tanto limitado,atéporqueconsideraapenasosserviçospertencentesouligadosaoministériodasaúde eosassuntosdacompetênciadesteministério.nocapítuloiiidestedecretoklei,eradeterminado opessoaldosserviçosfarmacêuticoshospitalares,definindoatravésdoartigo13.ºqueosmesmos sedividiamemtécnicoeauxiliar(vertabela1):pertencendoaopessoaltécnicoosfarmacêuticos licenciados e os habilitados com o curso profissional; e ao pessoal auxiliar os indivíduos possuidores de curso ou de título de ajudantes de farmácia, de preparador de análises ou de auxiliardemanipulador. Ahabilitaçãoparaascategoriasdopessoaltécnico(noshospitaiscentraisenosoutroshospitaise organismos de categoria equivalente) definida no artigo 14.º,era atribuída por concurso de provaspúblicas,organizadaspeladirecção[geraldoshospitais,podendoserrealizadapelos profissionaisdacategoriaimediatamenteinferiorcompelomenostrêsanosdeexercícionelaou entre os farmacêuticos com diploma adequado, quando se tratava de ingressar no quadro. Já os lugaresde director de serviço eram providos por concurso documental de entre os chefes de serviço. Tabela1 PessoaldosserviçosfarmacêuticoshospitalaresdefinidonoDecreto[Lein.º44204,de22de Fevereirode1962 PessoalTécnico Pessoalauxiliar Directordeserviço Chefedeserviço PrimeiroKquímicoKfarmacêutico PrimeiroKquímicoKfarmacêutico Interno(a) Farmacêutico(b) Preparadordelaboratóriofarmacêutico PrimeiroKmanipuladordefarmácia SegundoKmanipuladordefarmácia PrimeiroKauxiliardemanipuladordefarmácia SegundoKauxiliardemanipuladordefarmácia a)#vencem#gratificação,#a#fixar#nos#termos#da#dos#médicos#internos,#desde#que#cumpram#o#mesmo#número#de#horas#de#serviço.# b)#no#caso#do#artigo#17.º,# #único,#do#decretodlei#n.º#44204#ou#de#outros#farmacêuticos#com#o#curso#profissional#que#já#exercem# funções#nos#hospitais#ou#outros#organismos#assistenciais.# Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeemfarmáciahospitalarerespectivacarreira 5

InternatoeCarreiraFarmacêuticaHospitalar Os lugares de internos, químicoskfarmacêuticos, chefes e directores de serviço só poderiam ser providos por licenciados em farmácia, segundo o artigo 15.º. No entanto, o mesmo diploma determina através do artigo 17.º, único, que na impossibilidade da existência de candidatos interessadosemconcorreràhabilitaçãoeprovimentosdepessoaltécniconoshospitaisregionais e subkregionais, poderiam ser admitidos a concurso os farmacêuticos habilitados com o curso profissionaldefarmácia. ÉdeespecialrelevoquejánoDecretoKLein.º44204,de22deFevereiro,atravésdoseuartigo 18.º, se determina a necessidade da existência de um internato farmacêutico,noshospitais centrais e nos outros hospitais e organismos de categoria equivalente, tendo em vista o aperfeiçoamentopóskuniversitáriodoslicenciadosemfarmáciaeiníciodasuacarreirahospitalar. Neste mesmo artigo, único, é determinado que o regulamento do internato farmacêutico seria aprovado por portaria do Ministério da Saúde e Assistência. Tal não se verificou nos anos seguintes. Em1963,épublicadaaLein.º2120,em19deJulho,quedefineumconjuntodebasesdasaúdee assistência e dos seus princípios orientadores. Através da Base XXV, Capítulo IV(Do pessoal), é definidoqueopessoaldosserviçosdoministérioconstariadequadrosdefuncionáriostécnicose administrativos.apardapromessadecriaçãodascarreirasdesaúdepúblicaehospitalarparaos médicos,éigualmenteprometidaacriaçãodecarreirasparaopessoal farmacêutico,auxiliares de medicina, de serviço social, de enfermagem e administrativo dos hospitais e outros estabelecimentosdesaúdeeassistência. No n.º 2 da Base XXXVIII, é prometido que na regulamentação do exercício profissional da actividade farmacêutica, o Governo teria presente as exigências da especialização dos farmacêuticoseanecessidadedeasseguraracooperaçãodestenaprossecuçãodasfinalidades referidasnapartefinaldon.º1: tendoematençãoosinteressesdaspopulaçõeseasfinalidades dapolíticadesaúdepública.. Em1968,sãopublicadososDecreto[Lei n.º 48 357eDecreto[Lei n.º 48 358,ambosde27de Abril.ODecretoKLein.º48357,publicaoEstatutoHospitalar,abordandonasecçãoII,artigo70º, anecessidade da criação de carreiras hospitalares e da intercomunicação dos quadros,e que paratal, segundo o artigo 71.º, deveriam existir concursos de habilitação e de provimento. Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeemfarmáciahospitalarerespectivacarreira 6

InternatoeCarreiraFarmacêuticaHospitalar Com efeito, são estabelecidas pelo artigo 72.º as carreiras de pessoal hospitalar: a) pessoal superiordeadministração;b)pessoalmédico;ec)pessoalfarmacêutico. O DecretoKLei n.º 48 358, publicado na mesma data que DecretoKLei n.º 48 357, aprova o RegulamentoGeraldosHospitais(executandooqueeraestipuladopeloartigo91.ºdoDecretoK Lein.º48357),eestabeleceaorganizaçãoefuncionamentodashospitaisgerais,aplicandoKseaos especializados apenas nos casos expressamente indicados. Neste diploma, na subsecção IV, é estabelecida a carreira farmacêutica hospitalar, sendo a mesma constituída por diferentes graus (ver Tabela 2). O internato farmacêutico só poderia funcionar em hospitais regionais, quandoosmesmostivessemascondiçõesindispensáveis.esteaspectoédefinidonon.º3doartigo 56.º.Noentanto,ascondiçõesindispensáveisnãosãodefinidasposteriormente. No artigo 57.º, do Decreto n.º 48 358, é estabelecido que a carreira farmacêutica se inicia pelo internato, sendo definido que este funciona como processo de aperfeiçoamento póskescolar, constituindonoentanto,exercíciofarmacêuticoprofissional.ointernatoapresentaria,segundoo n.º 2 do artigo 57.º, uma estrutura idêntica em todos os hospitais e serviços nos quais fosse autorizado, tendo a duração de 2 anos. Ao internato farmacêutico era atribuído, a título subsidiárioecomasdevidasadaptações,omesmoqueestivessedispostoparaointernato médico. Mais uma vez, a publicação do regulamento do internato farmacêutico é remetido, no n.º 3 do artigo 57.º, para uma portaria a ser publicada posteriormente pelo Ministério da Saúde e Assistência. Relativamente à habilitação para os diversos graus da carreira, o DecretoKLei n.º 48 358 pouco vemacrescentaraojádefinidopelodecretoklein.º44204,de22defevereirode1962.apenasé adicionadamaisinformaçãorelativaaoscargosdedirectoresdeserviço,atravésdon.º3doartigo 58.º, que passariam a ser providos por concurso documental, de entre os chefes de serviço com pelomenostrêsanosdeexercíciodessecargoemhospitaisdecategoriaidênticaàdaquelasem queoconcursofosseaberto.noentanto,otempodeserviçopoderiaserdispensadocasonãose registassem a concurso candidatos nessas condições. Para além das qualificações profissionais exigidas para concorrer a este cargo, o n.º 4 do artigo 58.º acrescenta que seriam igualmente apreciadasasqualidadesdedirecçãoechefia,nãodesenvolvendonoentantoquaisoscritérios paraarespectivaavaliação. Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeemfarmáciahospitalarerespectivacarreira 7

InternatoeCarreiraFarmacêuticaHospitalar MantémKseaindaoestipuladonoDecretoKLein.º44204de1962,relativamenteàimpossibilidade da existência de candidatos interessados em concorrer à habilitação e provimentos de pessoal técniconoshospitaisregionaisesubkregionais. Nestes casos, e segundo o n.º 4 do artigo 59.º, poderiam ser admitidos a concurso os farmacêuticos habilitados com o curso profissional de farmácia,ficandoestesnosquadroscomadesignaçãode farmacêutico. Tabela2 Carreirafarmacêutica hospitalar definida noartigo56.ºdo Decreto[Lei n.º 48358,de27de Abrilde1968 Hospitaiscentrais Hospitaisregionais Hospitaissub[regionaisdogrupoI 1. Directordeserviço 2. Chefedeserviço 3. PrimeiroKquímicoK farmacêutico 4. SegundoKquímicoK farmacêutico 5. Interno 1. Chefedeserviço 2. PrimeiroKquímicoK farmacêutico 3. SegundoKquímicoK farmacêutico Carreiraéidênticaàdoshospitais regionais 1. Chefedeserviço 2. PrimeiroKquímicoKfarmacêutico 3. SegundoKquímicoKfarmacêutico Restanteshospitais Nãoexistecarreiraobrigatóriaeoquadroérestritoa: 1. PrimeiroKquímicoKfarmacêutico 2. SegundoKquímicoKfarmacêutico RegistaKse que o ano de 1971 foi um ano muito produtivo no que se refere a alterações nas carreiras,sendopublicadosquatrodecretoskleideinteresse:odecretoklein.º274/71,de22de Junho;oDecretoKLein.º275/71,de22deJunho;oDecretoKLein.º413/71,de27deSetembro;eo DecretoKLein.º414/71,de27deSetembro. ODecreto[Lei n.º 274/71,de22deJunho,introduzalteraçõesaoDecretoKLein.º44204,de22 defevereirode1962,modificandooquadrotiporelativamenteaopessoaltécnicoeauxiliardos serviços farmacêuticos dos estabelecimentos hospitalares oficiais dependentes do Ministério da SaúdeeAssistência(verTabela3). Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeemfarmáciahospitalarerespectivacarreira 8

InternatoeCarreiraFarmacêuticaHospitalar O Decreto[Lei n.º 275/71, de 22 de Junho, introduziu alterações nas categorias do pessoal da carreia farmacêutica, que constavam do quadroktipo a que se referia o artigo 72.º do Estatuto Hospitalar(DecretoKLein.º48357,de27deAbrilde1968),equiparando[a com as da carreira médica hospitalar (ver Tabela4). Dos quadros do pessoal, dos hospitais gerais e centrais, é eliminada a indicação do número de lugares de técnicos farmacêuticos estagiários, os quais passam a ser fixados por despacho do Ministro da Saúde e Assistência, tendo em conta as necessidadesepossibilidadesdosrespectivosserviços.determinoukseaindaquea categoria de chefedeserviçoseriaextintaàmedidaquefossemvagandooslugares.desapareceaindaa designaçãode interno. Tabela 3 Alterações ao quadro tipo do pessoal dos serviços farmacêuticos hospitalares definido pelo Decreto[Lein.º44204,de22deFevereirode1962,introduzidaspeloDecreto[Lein.º274/71,de22de Junho PessoalTécnico Farmacêutico(a) (correspondente às actuais designações de farmacêutico, primeirokassistente e segundok assistente) a)#a#extinguir#quando#vagar# Pessoalauxiliar Preparador de laboratório farmacêutico de 1ª (correspondente às actuais designações de preparador de laboratório farmacêutico, primeirokmanipulador de farmácia, ajudante técnico de farmácia de 1ª classe, primeirokajudante de farmácia e encarregado dos depósitosdafarmáciacentral) Preparador de laboratório farmacêutico de 2ª (correspondente às actuais designações de segundok manipuladordefarmácia,ajudantetécnicodefarmácia de2ªclasse,segundokajudantedefarmácia) Auxiliar de farmácia hospitalar (correspondente às actuais designações de primeirokauxiliar de manipuladordefarmácia,auxiliarde1ªclasse,segundok auxiliar de manipulador de farmácia, auxiliar de 2ª classe, auxiliares de farmácia e auxiliares de embalagem) Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeemfarmáciahospitalarerespectivacarreira 9

InternatoeCarreiraFarmacêuticaHospitalar Tabela4 Alteraçõesnascategoriasdopessoaldacarreiafarmacêutica,queconstavamdoquadro[tipoa que se referia o artigo 72.º do Estatuto Hospitalar (Decreto[Lei n.º 48 357, de 27 de Abril de 1968) introduzidaspelodecreto[lein.º275/71,de22dejunho Carreirafarmacêutica Directordeserviço Técnicofarmacêuticode1.ªclasse Técnicofarmacêuticode2.ªclasse Técnicofarmacêuticode3.ªclasse Técnicofarmacêuticoestagiário ComoDecreto[Lein.º413/71,de27deSetembro,épublicadaainiciativadereorganizaçãodos serviços do Ministério da Saúde e Assistência, tendo por objectivo a integração dos serviços públicoseacondensaçãodasiniciativasdeinstituiçõesparticulares,paraasseguraracobertura médicoksocial, sanitária e assistência das populações. Com efeito, no artigo 63.º é publicada a necessidade de criação de carreiras profissionais para os funcionários do Ministério da Saúde e Assistência,estipulandoanecessidadedeseremdefinidasnasdiversascarreiras,asgraduaçõese condiçõesdeingresso. Com a publicação do Decreto[Lei n.º 414/71, de 27 de Setembro, são criadas as carreiras profissionais para os diversos grupos diferenciados de funcionários que prestavam serviço no Ministério da Saúde e Assistência. É estipulado, através do artigo 2.º, que as carreiras estariam organizadas por graus e classificadas em três tipos (ver Tabela5), integrando[se a carreira farmacêutica no tipo 1, constituída por profissionais com habilitação de licenciatura universitária. AsecçãoIIIdoDecretoKLein.º414/71,de27deSetembro,criavaacarreirafarmacêutica,quese iniciava pela categoria de técnico farmacêutico estagiário, posição acedida por concurso documentalentreoslicenciadosemfarmácia,cujocritériodeseriaçãoerapreferencialmente amaiorclassificaçãodelicenciatura(verfigura1etabela6). Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeemfarmáciahospitalarerespectivacarreira 10

11 Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeemfarmáciahospitalarerespectivacarreira InternatoeCarreiraFarmacêuticaHospitalar Tabela5 TiposdecarreirasestipuladaspeloDecreto[Lein.º414/71,de27deSetembro Tipo1 Deprofissionaiscomhabilitaçãode licenciaturauniversitária Carreiramédicadesaúdepública Carreiramédicahospitalar Carreirafarmacêutica Carreiradeadministraçãohospitalar Carreiradetécnicossuperioresdelaboratório Tipo2 Deprofissionaiscomhabilitação técnicadevidamentetitulada Carreiradeensinodeenfermagem Carreiradeenfermagemdesaúdepública Carreiradeenfermagemhospitalar Carreiradetécnicosterapeutas Carreiradetécnicosdeserviçosocial Carreiradetécnicosauxiliaresdelaboratório Carreiradetécnicosauxiliaressanitários Tipo3 Deprofissionaiscomhabilitaçãopara cargosdepessoaladministrativo Ascarreirasdotipo3regiamKsepelasnormasgerais aplicáveisaopessoaladministrativo. 1ºAno períodode prova Acessoàcarreira farmacêutica CarreiraFarmacêutica[Decreto[Lein.º414/71,de27deSetembro TécnicoFarmacêutico Estagiário=Grau1 Concursodocumental Critériopreferencial: melhorclassificaçãoda licenciatura Medianteinformação doserviço,ocontrato poderiaserrenovado pelomáximodetrês periodosanuais Grau4 1 1# #Concurso#com#prestação#de#provas,#teóricas#e#práticas# #2# #Concurso#documental# #3# #Concurso#documental# #4# #Concurso#de#provas#públicas#de#apreciação#do#currículo#e# de#uma#dissertação### #5# #Concurso#de#provas#públicas#de#apreciação#do#currículo#e# de#uma#dissertação### Grau1 Grau2 2 3 Grau3 5 Grau5 Grau6 4 Figura1[EsquemasumáriodacarreirafarmacêuticaestipuladapeloDecretoKLein.º414/71,de27deSetembro.

InternatoeCarreiraFarmacêuticaHospitalar O acesso à categoria de técnico farmacêutico de 3.ª classe (grau 2) efectuavakse mediante concursos de habilitação e de provimento. Ao concurso de habilitação, que se baseava na prestação de provas teóricas e práticas, poderiam concorrer: os estagiários cujo contrato inicial tivesse sido renovado; e os farmacêuticos que tivessem completado o número máximo de períodos anuais de renovação (três anos). Ao concurso de provimento, documental, eram admitidos os candidatos classificados no concurso de habilitação, sendo esta classificação utilizadapararealizaraseriaçãodoscandidatos. ODecretoKLein.º414/71,de27deSetembro,atravésdoartigo23.ºdefiniaaindaquenosserviços centrais,oprovimentodocargodedirectordeserviçorealizavakseporlivreescolhadoministério dasaúdeeassistência,deentreosgraduadosdegrau6doshospitaiscentrais. Tabela6 CarreiraFarmacêutica(carreirasprofissionaisdotipoI)estipuladanoMapaIdoDecreto[Lein.º 414/71,de27deSetembro Graus 6 5 4 3 2 1 Categorianacarreirafarmacêutica Directordeserviço KK(nãoéatribuídacategoria) Técnicofarmacêuticode1.ªclasse Técnicofarmacêuticode2.ªclasse Técnicofarmacêuticode3.ªclasse Técnicofarmacêuticoestagiário a) Hospitais#distritais# #graus#2#a#4,#conforme#a#dimensão#e#complexidade#dos#serviços# b) Hospitais#centrais# #graus#1#a#6,#conforme#a#dimensão#e#complexidade#dos#serviços# c) Serviços#Centrais# #graus#3#a#6 Em1973épublicadooDecreto[Lei n.º 155/73,de7deAbril,oqualacrescentaacategoriade terceirokassistenteaoquadroanexoaodecretoklein.º274/71,de22dejunho,quedeterminava as categorias de pessoal técnico de farmácia, relativo aos serviços farmacêuticos hospitalares dependentesdoministériodasaúdeeassistência.destemodo,acategoriadeterceirokassistente deveriaserabrangidapelasalteraçõesrealizadaspelodecretoklein.º413/71,de27desetembro. Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeemfarmáciahospitalarerespectivacarreira 12

InternatoeCarreiraFarmacêuticaHospitalar Em1976épublicadooDecreto[Lei n.º 823/76,de13deNovembro.EsteDecretoKLeiindicava queacarreirafarmacêuticadefinidapelodecretoklein.º414/71,de27desetembro,estabeleciaa mesma em seis graus, mas ao grau 5 não atribuía qualquer categoria. EstaanálisedeveuKse ao factodeseteridentificadoque,quatroanosantes(em1972),comapublicaçãododecreto[lei n.º331/72,de22deagosto,tinhasidointroduzidaumaalteraçãoaomapaianexoaodecretoklei n.º414/71,queconsistiaemacrescentarumaalíneab)relativaaograu4(técnicofarmacêuticode 1ªclasse),segundoaqualosprofissionaisnestacategoriaqueexercessemfunçõesdechefianos termosdanota1)dodecretoklein.º275/71,de22dejunho,receberiamumagratificaçãomensal de 800$00, o que apenas englobava os que exerciam funções nos hospitais centrais. Neste propósito,oministérioconsiderouquefaziasentidocriaracategoriadechefedeserviçoatribuída aograu5eeliminarareferidagratificação.comestespressupostos,sãointroduzidasasseguintes alteraçõesaodecretoklein.º414/71(tabela7): K Apassagemdograu2aograu3,dograu3aograu4edesteaograu5érealizadaporconcurso documental; K A passagem do grau 5 ao grau 6 é realizada mediante concurso de provas públicas de apreciaçãodocurrículoedeumadissertação; K Éestabelecidonon.º2doartigo3.ºqueostécnicosfarmacêuticosde1ªclassequeexerciam funçõesdechefia,recebendoagratificaçãode800$00nostermosdodispostonodecretoklei n.º414/71,de27desetembro,comasalteraçõesintroduzidaspelodecretoklein.º331/72, de22deagosto,seriamcolocadoscomochefesdeserviço. Tabela7 CarreiraFarmacêutica(carreirasprofissionaisdotipoI)estipuladanoMapaIdoDecreto[Lein.º 414/71,de27deSetembro,alteradapeloDecreto[Lein.º823/76,de13deNovembro Graus 6 5 4 3 2 1 Categorianacarreirafarmacêutica Directordeserviço Chefedeserviço Técnicofarmacêuticode1.ªclasse Técnicofarmacêuticode2.ªclasse Técnicofarmacêuticode3.ªclasse Técnicofarmacêuticoestagiário a) Hospitais#distritais# #graus#2#a#5,#conforme#a#dimensão#e#complexidade#dos#serviços# Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeemfarmáciahospitalarerespectivacarreira 13

InternatoeCarreiraFarmacêuticaHospitalar Em 1977 é publicado o Decreto[Lei n.º 106/77, de 22 de Março, que vem reparar o prejuízo sofridopelopessoaldosserviçosfarmacêuticosque,porlapso,nãoforamincluídosnoanexodo diplomalegalqueoreclassificou(decretoklein.º274/71,de22dejunho),nomeadamenteanão referênciaàcategoriadeterceirokassistente. Cinco anos após a publicação da última alteração à carreira farmacêutica,ocorreem1981 umasignificativamudançadamesma,comapublicaçãododecretoregulamentarn.º29/81de 24 de Junho, que procede à criação da carreira dos Técnicos Superiores de Saúde (TSS). A criação desta carreira conjunta teve, segundo o legislador, o objectivo de proceder à reestruturação das carreiras farmacêuticas e de técnicos superiores de laboratório, dandoklhes umsentidomaisamploque,paraalémdosprofissionaisvisados,abrangesseaindaprofissionais de outros ramos de actividade de saúde, que embora apresentassem uma formação de base e habilitaçõesprofissionais,nãoestavamintegradosnumacarreiraprofissional.éaindaresolvidoo problemadafaltaderegulamentaçãodascarreirasprevistaspelodecretoklein.º414/71,de27 desetembro,quenuncachegaramaserpublicadas,resolvendoasanomaliasadicionaisgeradas pelofactodo DecretoKLei n.º 191KC/79, de 25 de Junho(diploma legal que definia os princípios geraisaquedeviamobedeceraestruturaçãodecarreiras)nãosepronunciarsobreascarreiras específicas. A publicação desta legislação marca o fim da individualização da carreira farmacêuticaemportugal. On.º2doartigo1.ºdoDecretoRegulamentarn.º29/81,definecomoTSSaqueleque possuindo licenciatura universitária e habilitação profissional adequada, tenha qualificação técnica para exercer as funções de planeamento, organização, coordenação, execução e verificação de elementos de estudo ou de acção no domínio da saúde, dentro do âmbito das suas capacidades técnicas.. A carreira dos TSS compreendia, segundo o n.º 1 do artigo 2.º, os ramos: farmacêutico, laboratorial,radionuclear,tanatológico,veterinárioedeengenhariasanitária. Oingressonacarreira(Figura 2)exigia a frequência de um estágio prévio com um período de dois anos, sendo que o recrutamento dos estagiários era realizado mediante concurso documental nacional (com validade de um ano), aberto a todos os licenciados com o curso universitário apropriado à carreira. O Decreto Regulamentar n.º 29/81 de 24 de Junho, não especificacontudoquaisoscritériosdeseriaçãodosdiferentescandidatos. Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeemfarmáciahospitalarerespectivacarreira 14

InternatoeCarreiraFarmacêuticaHospitalar Aemissãodeumcertificadodeconclusãodeestágio,estavadependentedeumaapreciaçãofinal (a regulamentar por despacho ministerial), prevendo o Decreto Regulamentar n.º 29/81 que os estagiários que não conseguissem aprovação na apreciação, seriam exonerados sem direito a qualquerindemnização. A carreira desenvolviakse por quatro categorias de qualificação profissional (Figura 2), nomeadamente:tssde2ªclasse,tssde1ªclasseetssprincipal(estesapresentavamfunçõesde montagemeexecuçãodetécnicas,orientaçãoeformaçãodepessoal);etssassessor(paraalém dasfunçõescorrespondentesàsoutrascategorias,apresentavamaindafunçõesdeplaneamento, coordenaçãoeavaliação). O ingresso na carreira dos TSS era realizado pela categoria de TSS de 2ª classe, mediante a realização de concurso documental, ao qual poderiam concorrer os licenciados habilitados que tivessemfrequentadoesidoaprovadosnoestágiodecarreira. CarreiradosTSS[DecretoRegulamentarn.º29/81,de24deJunho AcessoàcarreiraTSS Grau1 TSSde2ªclasse 1 Grau2 TSSde1ªclasse EstágiodeCarreira (2anos) 2 Artigo4.º 2 Orecrutamentode estagiárioséfeitopor concursodocumental, abertoatodosos licenciadoscomocurso universitáriodenatureza adequada. 3KOconcursoreferido nonúmeroanteriortem avalidadedeumanoeé deâmbitonacional. Nota:Nãosãoreferidos quaisoscritériosde seriaçãonoconcurso * Grau4 TSSassessor # 3 *# #Concurso#documental#de#entre#os#licenciados#habilitados#com#frequência# e#aprovação#do#estágio#de#carreia;# #1# #Concurso#documental#de#entre#os#que#tenham,#pelo#menos,#três#anos#de# bom#e#efectivo#serviço#na#categoria;# #2# #Concurso#de#provas#públicas#de#entre#os#que#tenham,#pelo#menos,#três# anos#de#bom#e#efectivo#serviço#na#categoria;# #3# #Concurso#com#discussão#curricular,#que#incluirá#a#apreciação#de# dissertação#elaborada#para#o#efeito,#de#entre#os#técnicos#superiores# principais#com#pelo#menos#três#anos#na#categoria#e#nove#anos#na# carreira#e#classificação#de#serviço#de#muito#bom;# ## Figura2[EsquemasumáriodacarreiraTSSestipuladapelo # DecretoRegulamentarn.º29/81,de24deJunho. Grau3 TSSprincipal Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeemfarmáciahospitalarerespectivacarreira 15

InternatoeCarreiraFarmacêuticaHospitalar A progressão na carreira faziakse mediante a realização de concursos documentais, de provas públicasoucomdiscussãocurricular,talcomoseencontraespecificadonafigura2. Relativamente ao pessoal dirigente, o Decreto Regulamentar n.º 29/81, de 24 de Junho, estabelecia no seu artigo 8.º, que nos serviços onde a existência de funçõesdedirecçãoechefia fossem necessárias, seriam recrutados, mediante apreciação curricular, profissionais para os cargosde:directoresdeserviço(deentreostécnicosassessoresdorespectivoramo);echefede divisãodeentreostécnicosassessoresetécnicosprincipaisdorespectivoramo Em 1981, com a publicação do Decreto Regulamentar Regional n.º 15/81/M, de 17 de Dezembro, é igualmente aplicado o Decreto Regulamentar n.º 29/81, de 24 de Junho na AdministraçãoRegionalAutónomadaMadeira. Em 1982 é dado nova redacção ao n.º 2 da alínea d), do n.º 1 do artigo 7.º do Decreto Regulamentar n.º29/81, com a publicação do Decreto Regulamentar n.º 17/82, de 8 de Abril, tendo para efeitos de transição: os chefes de serviço, ostécnicosespecialistas e os técnicos principais, desde que, em qualquer dos casos, tenham mais de 11 anos de exercício de funções técnicas,sendopelomenos3nacategoria. Em1983,comapublicaçãodoDecreto RegulamentarRegionaln.º 16/83/A,de23deAbril,é igualmenteaplicadoodecretoregulamentarn.º29/81,de24dejunhonaregiãoautónomados Açores. Em1983,épublicadaaPortarian.º516/83,de3deMaio,queveioaprovaroregulamentodos concursos de admissão ao estágio da carreira de TSS, previsto no n.º 1 do artigo 4.º do Decreto Regulamentar n.º 29/81, de 24 de Junho. Com efeito, esta portaria estabelecia que os locais idóneosparaarealizaçãodeestágios,bemcomoonúmerodeestagiáriosareceberporcadalocal, seriam definidos anualmente, ou sempre que fosse considerado necessário, pelo serviço da SecretariadeEstadodaSaúde.Eramreconhecidoscomoidóneostodososhospitaiscentraise gerais, bem como o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (sede e delegação do Porto). As restantes instituições poderiam requisitar à Secretaria de Estado da Saúde o reconhecimentodasuaidoneidadeparafinsderealizaçãodeestágios,devendoparatalfornecer Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeemfarmáciahospitalarerespectivacarreira 16

InternatoeCarreiraFarmacêuticaHospitalar informaçõesrelativasàsinfraestruturas,equipamentosemeiostécnicosjulgadosindispensáveisà apreciação da respectiva capacidade para receber estagiários. É importante realçar aqui, que nãosãodefinidosnestaportariaoscritériosessenciaisparaqueumainstituiçãopossaser reconhecida como idónea na formação dos TSS, nem a forma como os serviços seriam acompanhadoseavaliadosposteriormentenoseudesempenhoequalidade. O número de estagiários era fixado mediante informação fornecida por cada serviço, relativa ao númerodetssde2ªclasseexistentesnosquadrosoumapasdasinstituições. Deveria constar em cada aviso de concurso de abertura, segundo o artigo 3.º, informações relativasa: a) Requisitosdeadmissão(Tabela8); b) Naturezadoconcurso,respectivoprazodevalidadeemétodosdeselecção autilizar; c) Constituiçãodojúri; d) Entidade, com o respectivo endereço, à qual deviam ser apresentadas as candidaturas; e) Formaeprazoparaapresentaçãodascandidaturas; f) Elementosquedeviamconstardosrequerimentosdeadmissão,bemcomo adocumentaçãoaacompanhar; g) NaturezadovínculodosestagiáriosàAdministraçãoPública,omontante darespectivaremuneraçãoeoseuregimedetrabalho; h) IndicaçãodoDiáriodaRepúblicaondeseencontravapublicadoopresente Regulamento; i) Quaisquer outras indicações julgadas necessárias para melhor esclarecimentodosinteressados. Algoquepoderiadesdelogoserconsideradoinjustonalegislaçãoagoradescrita,eraofactodeos concursos, de âmbito nacional e com um prazo de validade de um anoacontardadatade abertura,apenaspoderiamserabertoscondicionalmenteaindivíduosnãovinculadosàfunção pública, os quais apenas seriam considerados nos casos em que o número de candidatos vinculadosfosseinferioraonúmerodelocaisdeestágio.ora,criavaksedesdelogoumregimeque colocavadificuldadesacrescidasaosprofissionaisquenãoapresentavamqualquervinculocoma função pública aquando da realização dos concursos, o que condicionaria o recrutamento(para Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeemfarmáciahospitalarerespectivacarreira 17

InternatoeCarreiraFarmacêuticaHospitalar ingressonoestágio)dosprofissionaisque,porventura,apresentassemumpercursoacadémicoe profissionalmaisrico,masnãoapresentassemrelaçãocontratualcomoestado. Tabela8 RequisitosdeadmissãoaoconcursodeingressonoestágiodecarreiradosTSS,definidospelo artigo6.º,daportarian.º516/83,de3demaio Gerais Requisitosgeraisdeadmissãonafunçãopública (RegimegeraldosconcursosaprovadopelaPortarian.º930/82,de2deOutubro) Específicos Ramofarmacêutico Ramolaboratorial Ramoradionuclear Ramotanatológico Ramoveterinário LicenciaturaemFarmácia(paraaslicenciaturasobtidasapós 1983,a«opçãoA») LicenciaturaemFarmácia(paraaslicenciaturasobtidasem 1983,a«opçãoB»),Medicina,MedicinaVeterinária,Biologia LicenciaturaemEngenhariaElectrotécnica,FísicaeCiências FísicoKQuímicas LicenciaturaemMedicina LicenciaturaemMedicinaVeterinária Ramodeengenhariasanitária LicenciaturaemEngenharia Ojúri,métodosdeselecçãoefactoresdepreferênciadefinidospelaPortarian.º516/83,de3de Maio,estãoresumidosnaTabela9. Aescolhadoslocaisdeestágioerarealizada,segundooartigo11.º,apósaexecuçãodalistafinal declassificações,sendooscandidatosconvocadosporescritopelojúri,porordemdarespectiva classificação obtida, tendo em vista a escolha do local onde realizaria o estágio de carreira, de entreumalistadelocaisdisponíveisparaaceitarosestagiários.aescolhaeraefectuadamediante declaração escrita e assinada pelo candidato, que posteriormente era anexada ao processo do respectivoconcurso. Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeemfarmáciahospitalarerespectivacarreira 18

InternatoeCarreiraFarmacêuticaHospitalar Tabela9 Júri,métodosdeselecçãoefactoresdepreferênciautilizadosnoconcursodeacessoàcarreira dostss,definidospelosartigos7.º,8.ºe10.ºdaportarian.º516/83,de3demaio Júri (artigo7.º) Métodos (artigo7.º) KPresidente: FuncionáriodirigentedoserviçoquenaSecretariadeEstadodaSaúdeforcompetenteem matériaderecursoshumanos,comfunçõesrelacionadascomacarreiradostss. KDoisvogais: UmTSS,decategorianãoinferiorà1.ªclasse,integradoemcadaumdosramosprevistosno n.º1doartigo2.º,dodecretoregulamentarn.º29/81,de24dejunho. Umpsicólogolicenciado,depreferênciatécnicosuperiordeserviçoouestabelecimentoda SecretariadeEstadodaSaúde. KEntrevistaeavaliaçãocurricular. Asclassificaçãocorrespondiamaoestabelecidonon.º2doartigo12.º,daPortarian.º930/82, de2deoutubro,istoé: a)provasdeconhecimento,cursosdeformaçãoeavaliaçãocurriculark0a20valores; b) Exame psicológico e entrevista K os candidatos seriam agrupados pelos grupos: favorável preferencialmente,bastantefavorável,favorável,favorávelcomreservasenãofavorável. Factoresde preferência KCandidatosdistribuídospordoisgrupos: a)vinculadosàfunçãopública; b)nãovinculadosàfunçãopública. KEmfunçãodosresultadosdaentrevista,oscandidatoseramdistribuídosemsubgrupos; KDentrodecadasubgrupo,oscandidatoseramclassificadosemconformidadecomamédiada (artigo10.º) notafinalobtidanascadeirasconsideradasrelevantesdarespectivalicenciaturae,emcasode empate,segundoosrespectivoselementoscurriculares. K Utilizando os factores de preferência, o júri classificaria os candidatos de forma que em nenhumdelessurgissemclassificaçõesdeempate. Em1984 épublicadaaportaria n.º 605/84,de16deAgosto,quetrês anos apósapublicação do Decreto Regulamentar n.º 29/81, de 24 de Junho, vem aprovaro Regulamento doestágio ReferenteàCarreiradosTSS,talcomoestipulaon.º1doartigo4.ºdodiplomasupracitado.Com efeito, o regulamento do estágio aprovado, estabelecia que os estágios deveriam obedecer a princípios fundamentais, nomeadamente: a) existência de plano prévio; b) existência de responsáveldeestágio;c)avaliaçãocontínua(eparticipativa)deaproveitamento;d)apreciação final. O regulamento estabelecia ainda que, para cada ramo, seriam definidos um núcleo de Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeemfarmáciahospitalarerespectivacarreira 19

InternatoeCarreiraFarmacêuticaHospitalar matériasquedeveriamserversadasduranteoestágio(queconstariamdedespachoministeriala aprovarposteriormente). Umanovidadeintroduzidaéofactodaapreciaçãodosrequerimentosdeconcessãodeidoneidade referidosnon.º3doartigo1.º,doregulamentodosconcursosdeadmissãoaoestágiodecarreira dos TSS, passar também a basearkse na avaliação dos meios em face da exequibilidade dos programasaqueserefereonúmero4.2doregulamentodoestágioreferenteàcarreiradetss. Os estagiários deveriam ser acompanhados por um responsável de estágio(que poderia ter sob sua responsabilidade até 5 estagiários), a nomear pelo director ou dirigente máximo do serviço onde era efectuado o estágio, de entre os TSS afectos ao serviço, sendo admissível apenas em circunstâncias excepcionais devidamente fundamentadas, que o responsável de estágio pertencesseaumacategoriainferioràdetssde1ªclasse.estenúmeromáximodeestagiários por tutor parece no entanto, excessivo e desproporcionado a um ensino profissional pós[ graduado de qualidade. Também não são estabelecidos critérios mais detalhados sobre o processodeescolhadosreferidostutores,nemaavaliaçãodoacompanhamentoprestado porestesaosestagiários. Os estagiários eram avaliados e pontuados numa escala de 0 a 20 em cada um dos elementos definidospelon.º7erespectivasalíneasdaportarian.º605/84,de16deagosto,nomeadamente: a) Relatórios elaborados pelos estagiários, sobre actividades e tarefas que lhessejamcometidas; b) Competência técnica dos estagiários, revelada quer na qualidade do trabalhoproduzido,quernosconhecimentosteóricosdemonstrados; c) Interesse manifestado pelos estagiários relativamente às tarefas e actividadesquelhessejamcometidas; d) Assiduidadeepontualidadedosestagiários; e) Capacidadedeadaptação,demonstradapelosestagiários,àsexigênciasdo serviço,traduzidanoseucomportamentofuncionalehumanoquerevele oajustamentodasuaatitudefaceaosparâmetrosestabelecidosnaalínea c)don.º5dopresenteregulamento. Umaavaliaçãoinferiora10valoresnofinaldoprimeiroanodeestágio,resultarianaexclusãodo estagiário,regressandoàsituaçãoanterior. Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeemfarmáciahospitalarerespectivacarreira 20

InternatoeCarreiraFarmacêuticaHospitalar Aavaliaçãofinaldosestagiários,definidanon.º8dapresenteportaria,seriaefectuadaporumjúri cujanomeaçãoestariaacargodoministériodasaúde,doqualfariamparte: j) Um funcionário dirigente de serviço, que no Ministério da Saúde fosse competente em matéria de recursos humanos, com funções relacionadas comacarreiradetss,quepresidiria; k) UmTSSdeclassenãoinferiorà1.ª; l) Oresponsáveldeestágiodecadaestagiário. Oprocessoindividualdoestagiário,seriaentregueaojúridorespectivoestágio,peloresponsável de cada estagiário, com a antecedência mínima de 20 dias em relação à data fixada para a avaliaçãofinal.estaseriarealizadamediantediscussãocomojúri,emsessãopública,peloperíodo máximode30minutos.nofinal,ojúriatribuiriaacadaestagiárioumaclassificaçãofinaldentro de uma escala de 0 a 20 valores, com aproximação obrigatória até às décimas, sendo que: uma classificaçãoigualousuperiora10valorescorresponderiaàaprovaçãodoestagiário,implicando reconhecêklohabilitadoparaoingresso,medianteconcurso,nacarreiradetss;umaclassificação inferiora10valorescorresponderiaàreprovaçãodoestagiário,implicandoqueomesmoapenas poderiaefectuarnovoestágiomediantesubmissãoaoconcursoreferido.terminadooprocessode avaliação final, cessava igualmente o direito à remuneração previsto no n.º 4 do artigo 4.º do DecretoRegulamentarn.º29/81,de24deJunho. A habilitação adquirida pela finalização com sucesso do estágio de carreira, apresentava uma validadede2anos,paraefeitosdeconcursodeingressonacarreiradetss,contadosapartirda datadapublicaçãodahomologaçãodoministrodasaúdenodiáriodarepública. Aindanamesmaportaria,non.º14.1,éestabelecidoqueseriamconsideradosválidos,paraefeitos de futuro ingresso na carreira de TSS, os estágios efectuados ao abrigo de legislação anterior, desdequeultimadosaté2anosantesdoreferidoingresso,bemcomoapreparaçãoprofissional adquirida em serviços nacionais ouestrangeirosaquetivesse sido concedida, nos termos da legislação aplicável no âmbito do Ministério da Saúde, equiparação ao estágio referido no presente Regulamento. Criava[se deste modo, com a publicação deste regulamento, a possibilidade de serem atribuídos títulos de especialidade, por recurso a processos de equivalência de prática profissional. Um recurso que seria, a partir desta data, de referênciaconstantenaslegislaçõesfuturaspublicadas. Em 1986 ocorre alteração do Regulamento dos Concursos de Admissão ao Estágio da CarreiradeTSS,aprovadopelaPortarian.º516/83,de3deMaio,comapublicaçãodaPortaria Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeemfarmáciahospitalarerespectivacarreira 21

InternatoeCarreiraFarmacêuticaHospitalar n.º706/86,de22denovembro.estaportariarealizoumodificaçõesnoartigo7.ºdaportarian.º 516/83,determinandoumacomposiçãodiferentedorespectivojúridoconcursodeadmissãoao estágiodecarreiradostss,passandoesteaserconstituídoporumpresidente(funcionáriocom categorianãoinferioratssprincipal)edoisvogais(funcionárioscomcategorianãoinferioratss de 1.ª classe), todos integrado num dos ramos previstos no n.º 1 do artigo 2.º, dodecretoregulamentarn.º29/81,de24dejunho. Em1986épublicadooDespacho Ministerial n.º 34/86,de22deAgosto(DiáriodaRepública, 2.ª série, de 10 de Setembro de 1986), aprovado pela então Ministra da Saúde, Maria Leonor Beleza, que determinava que as concessões de equiparações ao estágio K como alternativa à frequência de uma fase de formação exigida por lei K devem agora assumir carácter excepcional,subordinandokseacritériosdeexigênciacapazesdenãocontribuirparaasubversão daqueleesquemalegal,equepreservemosníveisdequalidadedeexercícioprofissionalquetal esquemapretendegarantir. Como tal, estipulakse neste despacho os processos de equiparação ao estágio, sendo estabelecidoque: 1 A equiparação ao estágio da carreira de TSS poderia ser requerida por indivíduos que reunissemosrequisitoshabilitacionaislegalmenteexigidosparaadmissãoaoestágio; 2 Os processos de equiparação compreendiam, numa primeira fase, a avaliação sobre a equivalênciatemporalequalitativadapreparaçãoprofissionaldosrequerentesàfrequênciado estágioe,numasegundafase,asujeiçãoaumexame; 3 As avaliações referidas no número anterior baseavamkse na apreciação do currículo profissionaledocumentaçãocomprovativadeexercício,apresentadapelosrequerentes,sendo efectuadaporcomissõestécnicasnomeadaspeloministériodasaúde,quefuncionavamjunto dedepartamentoderecursoshumanos; 4 As comissões técnicas pronunciavamkse sobre a equivalência temporal e qualitativa da preparaçãoprofissional,instruindoosrequerimentoscomosrespectivospareceres; 5 OspareceresdascomissõestécnicasseriamsujeitosahomologaçãodoMinistrodaSaúdee, quando esta fosse proferida favoravelmente à equivalência, habilitaria os interessados em requererasujeiçãoaexame; 6 Osexameseramrealizadosemcondiçõesidênticasàsconstantesdosn.ºs8a10daPortaria n.º 605/84, de 16 de Agosto, com as devidas adaptações, sendo aplicáveis aos candidatos as subsequentesdisposiçõesconstantesdosn.ºs10.1a12.2damesmaportaria,eefectuavamkse Perspectivahistórica,revisãodoactualmodelodeseriaçãoeformaçãodecandidatosàespecialidadeemfarmáciahospitalarerespectivacarreira 22