PRODUÇÃO DE ENERGIA ATRAVÉS DA BIOMASSA: PROCESSOS E PANORAMA NACIONAL E MUNDIAL



Documentos relacionados
ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSAS

Biodiesel e Bio-óleo: Alternativas Energéticas Limpas

Disciplina: Eletrificação Rural. Unidade 1 Energia elétrica no âmbito do desenvolvimento sustentável: balanço energético nacional

WORKSHOP PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA ENERGIA NUCLEAR NA MATRIZ ELÉTRICA DO BRASIL

14 COMBUSTÍVEIS E TEMPERATURA DE CHAMA

Aspectos Tecnológicos das Fontes de Energia Renováveis (Biomassa)

ENERGIA Fontes e formas de energia Impactos ambientais. Prof. Dra. Carmen Luisa Barbosa Guedes

Departamento de Engenharia Elétrica Disciplina: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica. Biomassa

Aproveitamento da Biomassa para a Geração de Energia Elétrica

ETENE. Energias Renováveis

POTENCIAL DA BIOENERGIA FLORESTAL

ESCOLA DE COMANDO E ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO (ECEME) 4º Congresso de Ciências Militares

Energia Primária da Biomassa e Reconversão do CO₂ em Energia. Autor: Eng. Raymond Guyomarc h Palestrante: Eng. Hely de Andrade SEE BRASIL

MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101

USO DE BIOMASSA NA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NA INDÚSTRIA DE CELULOSE

UMA EMPRESA DEDICADA À SUSTENTABILIDADE

Recursos Energéticos e Meio Ambiente. Professor Sandro Donnini Mancini Biomassa. Sorocaba, Maio de 2015.

Energia Competitiva para o Nordeste: Energia Limpa e Renovável

Projeto Container de Carbonização Rima Industrial S/A

Densificação da Madeira

USO DO GÁS NATURAL DE PETRÓLEO NA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

APROVEITAMENTO DO POTENCIAL HIDRELÉTRICO NACIONAL : Alternativas Após o Seu Esgotamento

SITUAÇÃO E DESAFIOS DO USO DA MADEIRA PARA ENERGIA NO BRASIL

APROVEITAMENTO DA BIOMASSA RESIDUAL DE COLHEITA FLORESTAL

Elaborado pelos alunos do 8º A da Escola Secundária Infante D. Henrique:

Energias Renováveis Tecnologias Integradas com o Sistema Nacional

Fração. Página 2 de 6

SOLUÇÕES SÓCIO AMBIENTAIS TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

Disciplina: Fontes Alternativas de Energia

Política Energética Brasileira Panorama da Biomassa

Florestas Energéticas: As florestas cultivadas como opção para a produção de carvão

GERAÇÃO POR BIOMASSA SORGO BIOMASSA COMO OPÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA PARA BIOENERGIA

EFICIÊNCIA EM PROCESSOS DE COMBUSTÃO À GÁS. Apresentação Eng Wagner Branco

Matriz Elétrica Brasileira

Novas Técnicas de Aproveitamento da Energia do Bagaço + Palhiço

ELOBiomass.com. Como Comprar a Energia da Biomassa Lignocelulósica!

Participação dos Setores Socioeconômicos nas Emissões Totais do Setor Energia

Profa. Dra. Vivian C. C. Hyodo

WOOD BRIQUETE BIOBRIQUETE BAGAÇO CANA BIOBRIQUETE CASCA CAFÉ

ANÁLISE DAS EMISSÕES ATUAIS DE CO 2 POR FONTE DE ENERGIA E POR ATIVIDADES PARA O ESTADO DO RIO DE JANEIRO (ANO BASE 1996)

Valorização dos resíduos de biomassa. Produção de energia renovável (elétrica e térmica).

Os proprietários no Brasil podem ser: Empresas concessionárias de serviço público de geração;

Comentários sobre o. Plano Decenal de Expansão. de Energia (PDE )

Disponibilização e consumo de energia: implicações sobre o meio ambiente

Lista dos tópicos tecnológicos

Biocombustíveis. Também chamados de agrocombustíveis

Fortaleza, junho de 2015

USO DE SUBPRODUTOS PARA GERAÇÃO DE CALOR E ENERGIA. Lisandra C. Kaminski

DISCUTINDO O FUTURO DA SUSTENTABILIDADE ENERGÉTICA NO BRASIL

Reciclagem Energética. Alternativa para destinação de Resíduos Sólidos Urbanos

Reciclar, Transformar, Valorizar Lixo Urbano

ECOEFICIÊNCIA DA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE CIMENTO: Gestão de carbono para a sustentabilidade. Yushiro Kihara Associação Brasileira de Cimento Portland

Tecnologias de Produção de Hidrogênio

BIOCOMBUSTÍVEIS AVIAÇÃO

COMO REDUZIR AS PERDAS INDUSTRIAIS ATUANDO SOBRE A LIMPEZA DE CANA. Carlos A. Tambellini

ção Profissional na Cogeraçã EDUCOGEN

Capítulo 2. Caracterização dos gases Combustíveis

POLÍTICA DE ESTADO PARA O CARVÃO MINERAL

Tipos e fontes de energias alternativas e convencionais.

Agricultura de Baixo Carbono e Bioenergia. Heitor Cantarella FAPESP: Programa BIOEN & Instituto Agronômico de Campinas(IAC)

Autor(es) LIAN SOTO IZQUIERDO. Orientador(es) FERNANDO DE LIMA CAMARGO. Apoio Financeiro FAPIC/UNIMEP. 1. Introdução

PANORAMA ENERGÉTICO INTERNACIONAL

Maria Paula Martins Diretora Geral

O H.D.B. NÃO é briquete. O H.D.B. é MADEIRA DENSIFICADA.

O Carvão Mineral e sua Importância Estratégica para o Estado do Rio Grande do Sul. Ivan De Pellegrin

Apresentação Geral W2E Bioenergia. Empresa Produtos Soluções Tecnologia Diferenciais Meio Ambiente.

Anexo 4 - Projeção de Demanda de Energia e da Geração Elétrica em Unidades de Serviço Público (Resultados)

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA


MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101

Estudos da Universidade Federal de Alagoas com Biomassa para o Aproveitamento Energético

TRATAMENTO DE ESGOTOS E GERAÇÃO DE ENERGIA

Bioeletricidade no Setor Sucroenergético: uma pauta para o desenvolvimento de seu potencial

Engenharia Florestal. Desenvolvimento Rural

DEMANDA GT. Arranjos alternativos para geração eólica

Células de combustível

Fontes Alternativas de Energia (3 créditos/45 aulas) Ementa

CÁLCULO DO RENDIMENTO DE UM GERADOR DE VAPOR

Uso da Palha da Cana vs Emissões de GEE

ALEXANDRE UHLIG Instituto Acende Brasil. EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS- HIDRELÉTRICA Guia para debates

Soluções sustentáveis em eficiência energética para a indústria

BIODIESEL ENERGIA MÓVEL GARANTIDA 100% ECOLOGICA PARA COPA E PARA O MUNDO

Seminário: Energia e Meio Ambiente A origem hídrica da crise de energia

DENSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS DA BIOMASSA

3 Emissões de Gases de Efeito Estufa

Florestas de Eucalipto e Outras Biomassas como Fontes Alternativas de Energia

Um Caso de Estudo: Central de Biomassa de Belmonte

Jornal Canal da Bioenergia A energia das florestas Agosto de 2014 Ano 9 Nº 94

Infraestrutura,alternativas

PRODUÇÃO DE VAPOR E ELETRICIDADE A EVOLUÇÃO DO SETOR SUCROALCOOLEIRO

FOCUS GROUP IV. Sustentabilidade Energética na Agricultura e Florestas

Economia de Baixo de Carbono, onde estamos? para onde vamos?

Apresentação Grupo Solví

GERAÇÃO DE ELETRICIDADE A PARTIR DA BIOMASSA DA

O papel da APROSOJA na promoção da sustentabilidade na cadeia produtiva da soja brasileira

PANORAMA DO SETOR DE BIOCOMBUSTÍVEIS E BIOENERGIA NO BRASIL

CAPÍTULO 10 ENERGIAS RENOVÁVEIS FONTES ALTERNATIVAS

ENERGIA SOLAR NO AQUECIMENTO DA ÁGUA

4º Congresso Internacional de Bioenergia e 1º Congresso Brasileiro de GD e ER

Transcrição:

1º SEMINÁRIO PARANAENSE DE ENERGIA DE BIOMASSA RESIDUAL AGRÍCOLA 06 DE DEZEMBRO DE 2013 LOCAL: SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS PRODUÇÃO DE ENERGIA ATRAVÉS DA BIOMASSA: PROCESSOS E PANORAMA NACIONAL E MUNDIAL

ENERGIA E EVOLUÇÃO DEMANDA HUMANA: TEMPO: 3.500 MILHÕES DE ANOS ENERGIA SOLAR ENERGIA SOMÁTICA ORGÂNICOS/TERRA SERES LIBERAÇÃO DE ENERGIA ENERGIA EXTRASSOMÁTICA: PROGRAMABILIDADE HUMANA

1882 Thomas Edison primeiro sistema gerador de eletricidade, levando energia para lugares distantes 1800 Alesssandro Volta - pilha 1879 Thomas Edison lâmpada elétrica incandescente 1831 Michael Faraday - gerador 1752 Benjamin Franklin para-raios 1712 Vapor Revolução Industrial Aproximadamente 7.000 ac 13,7 bilhões de anos atrás

Biomassa é a matéria orgânica (origem animal ou vegetal) que pode ser utilizada como fonte de energia. Bioenergia é a energia obtida a partir da matéria orgânica, ou seja, a bioenergia é o resultado da conversão da radiação solar em energia química, realizada pela biomassa vegetal no seu processo de fotossíntese.

Fonte: BEN (MME, 2010)

1- Síntese Fischer-Tropsch: combustíveis líquidos de biomassa energética

CRAQUEAMENTO, ESTERIFICAÇÃO OU TRANSESTERIFICAÇÃO

5 - PIRÓLISE: Rendimentos (% b.s.) Fonte: WRE, 4(1) 2001 Líquido (%) Sólido (%) Gás (%) Pirólise Rápida Temperatura moderada, curto tempo de residência dos vapores Carbonização Baixa temperatura, tempo de residência longo Gaseificação Alta temperatura, tempo de residência longo 75 12 13 30 35 35 5 10 85

MUFLA ELETRÔNICA COM DISPOSITIVO PARA PIRÓLISE 450 C 5 C/min.

PIRÓLISE: FRACIONAMENTO BIOÓLEO: Licor pirolenhoso Fração leve Fração densa

6 - CARBONIZAÇÃO: PROCESSO BRASIL

Movimentação nas UPCs Facilidade de penetração em fornos grandes. Capacidade de receber diversos acessórios.

7 - COMBUSTÃO: ETAPAS DO PROCESSO FONTE: Nogueira & Lora, 2003

Fração mineral não combustível da BIOMASSA. REAÇÃO DE COMBUSTÃO EM BIOMASSA BIOMASSA + AR = CO 2 + SO 2 + H 2 O + Produtos da oxidação completa. Porcentagem de SO 2 é desprezível. N 2 + O 2 + Ar em excesso e eventualmente a umidade do combustível e do ar. CO + H 2 + CH 2 + fuligem + Produtos gasosos e sólidos de combustão incompleta. cinzas

8 - GASEIFICADOR IPT

INICIO DA GASEIFICAÇÃO PARA WOODMOBILE

VEÍCULO A GÁS DE BIOMASSA

GASEIFICAÇÃO VEICULAR MÓVEL PESQUISA RECENTE NA SUÉCIA

50KG BIOMASSA PARA 100KM

WOODMOBILE, VOLVO - SUÉCIA

QUEIMA DO GÁS DE MADEIRA

8 - ADENSAMENTO PELLETS BRIQUETES BRIPELLETES CHIPPELLETS

9 - BIORREFINÁRIA

Potencial econômico das cadeias de valor dos produtos da biorrefinaria

BALANÇO DE CARBONO EM FLORESTA ENERGÉTICA: EXEMPLO Crescimento da Biomassa 6 5 4 3 2 1 Ano de Crescimento 7 Colheita da biomassa Dados da Colheita 1 ton de madeira seca colhida Biomassa em Crescimento 3,00 tons de madeira seca 2,99 tons de raízes secas 0,48 tons de galhos secos 0,33 tons de folhas secas Biomassa para decomposição natural 0,41 tons de folhas e galhos no 7 th year Goulart, 2011 PLANTAR/MG

PROPRIEDADES PARA QUALIDADE ENERGÉTICA DIVERSIDADE DE ESPÉCIES UMIDADE DURABILIDADE DA BIOMASSA (ESTOQUE)... SAZONALIDADE PREPARO DESEMPENHO DISTINTO NOS PROCESSOS DE CONVERSÃO COMPOSIÇÃO QUÍMICA PODER CALORÍFICO INFLAMABILIDADE EMISSÕES ATMOSFÉRICA RÉSIDUOS MINERAIS (CINZAS)

Lodo ETE VARIÁVEL 45,39 4,47 50,14 5,81 BIOMASSA COMPOSIÇÃO ELEMENTAR (%) COMPOSIÇÃO (%) PCI ARACTERIZAÇÃO BIOMASSA ENERGÉTICA (LEB/UFPR) TIPO C H O N S Carb. FIXO Cinza KJ/Kg Bracatinga 47,25 6,49 44,99 1,23 0,051 78,96 20,15 0,891 18,32 Eucaliptos 48,78 6,12 44,69 0,39 0,021 81,44 18,27 0,297 19,49 PINUS 49,01 5,82 45,08 0,06 0,032 81,93 17,74 0,334 20,04 Galho cajueiro 47,32 5,91 46,17 0,39 0,21 77,36 20,69 1,85 17,33 Bagaço Cana 48,19 6,78 44,59 0,42 0,022 73,98 14,99 Voláteis 3,5-11,3 17,63 Casca coco 52,05 5,24 39,75 2,83 0,132 72,59 18,87 8,54 17,96 Casca arroz 48,33 5,29 45,8 0,54 0,124 67,44 16,76 7,1-15,8 16,43 Sabugo milho 46,85 5,23 47,33 0,49 0,013 80,06 18,51 1,43 18,63 Resíd. Cereais 47,88 5,57 45,7 0,55 0,032 74,33 18,23 7,44 18,48

PANORAMA ENERGÉTICO NO BRASIL E NO MUNDO

Fonte: International Energy Agency (IEA), 2013

Fonte: BEN 2012, ano base 2011

Fonte: MME-BEN, 2011

Fonte: EPE-BEN-2012 BRASIL

Fonte: EPE-BEN-2012

EVOLUÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA POR FONTE DE GERAÇÃO E.E. FONTE 2010 (%) 2015 (%) 2020 (%) BIOMASSA 4,1 (4,496MW) 5,2 (7,353MW) 5,4 (9,163MW) EÓLICA 0,8 5,0 6,7 PCH 3,5 3,5 3,8 HIDRÁULICA PADRÃO 75,7 66,8 67,3 PETROLEO 3,6 7,0 5,8 GÁS NATURAL 8,4 8,3 6,8 OUTRAS 3,9 9,2 10 171.138MW ENERGIA ELÉTRICA per capita 2,4MW/HAB. 2011-3,5MW/HAB. FONTE: EPE: PLANO DECENAL DE EXPANSÃO DE ENERGIA 2020

PAISES MAIORES PRODUTORES DE BIOMASSA - ENERGIA PAISES % DO USO MUNDIAL BIOENERGIA 1. BRASIL 16 2. EUA 9 2. ALEMANHA 7...... 15. PAISES 65 (APROXIMADAMENTE 10% MEG)

CONSIDERAÇÕES HÁBITOS E COSTUMES CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ENERGIA LIMPA???

CONSIDERAÇÕES FINAIS PARADÍGMA DA SOCIEDADE DA BIOMASSA

RECEITA DOS BIOs MELHOR SERVIÇO AMBIENTAL: MANTER AS RESERVAS FÓSSEIS?

MUITO OBRIGADO