, ~ "( 1. Houve falta de quorum para a realizac;ao do Congresso ~J.~ supramencionado.

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Transcrição:

REPUBLICA DE ANGOLA TRIBUNAL CONSTITUCIONAL ACORDAO N.o 399/2016 PROCESSO N 488-A/2015 Relativo a Partidos Politicos e Coliga~oes - Recurso para 0 Plenario Em nome do Povo, acordam em conferencia, no Plenario do Tribunal Constitucional: 1- RELATORIO Fernando Pedro Gomes, melhor identificado nos autos, apresentou, no Tribunal Constitucional, urn requerimento de impugnac;ao do IV Congresso do Partido Politico FNLA, 0 qual deu lugar ao Ac6rdao n.o 362/2015, de 15 de Setembro, que negou provimento ao seu pedido e dec1arou valida a convocac;ao e a realizac;ao do IV Congresso do Partido Politico FNLA, realizado nos dias 13, 14, 15 e 16 de Fevereiro de 2015. Inconformado com 0 Ac6rdao acima referido 0 Recorrente interp6s neste Tribunal Recurso Extraordinario de Revisao, cuja admissao foi indeferida pelo seu Juiz Presidente. Discordando desse indeferimento, veio 0 Recorrente apresentar 0 presente recurso ao Plenario do Tribunal Constitucional, tendo, em sintese, apresentado os seguintes fundamentos:, ~ "( 1. Houve falta de quorum para a realizac;ao do Congresso ~J.~ supramencionado. c;;y 2. A Requerida nao cumpriu 0 Principio da representatividade de 50% + rjt (l 1, previsto no n.o 2 do artigo 24. dos Estatutos da FNLA e que,~~... portanto ha uma "irregularidade normativa que invalida 0 Congresso nos JbvJ).o/ term os de aferi~ao do "Quorum". 1 Vl7fv

3. 0 nurnero de pessoas ou delegados que participararn na vota~ao (870 pessoas) eurn nurnero falso. 4. 0 Congresso nao foi convocado conforrne e exigido nos termos dos Estatutos da FNLA (de 2010). 5. A "prova documental apresentada pelo Requerente para a fundamentar;iio das decisoes defacto na acr;iio de impugnar;iio do Congresso, niio foi apreciada com ejiciencia... ". Termina pedindo ao Plemirio que, urna vez supridas as deficiencias que fundarnentarn a rejei~ao do requerirnento interposto, seja adrnitida a revisao do Ac6rdao recorrido e a nulidade da sua decisao. Adicionalrnente, pede ainda que seja aplicado 0 artigo 642. do CPC "as partes para a supressiio de eventuais duvidas sobre questoes defacto. ". o Recorrente apresentou 0 presente recurso apesar de ter side informado que 0 Plenario deste Tribunal, na sua sessao de 27 de Outubro de 2015 (conforme previsto nos termos do artigo 5. n.o 4 da LPC), se rnanifestou unanirnernente no sentido de inexistencia dos requisitos legais para adrnissao de urn recurso extraordinario de revisao (cfr. fis. 28) tendo assirn, side alvo de despacho de indeferirnento por parte do Venerando Juiz Presidente do Tribunal Constitucional. II - COMPETENCIA DO TRIBUNAL o Tribunal Constitucional e cornpetente, nos termos do n.o 2 do artigo 29. da Lei n.o 22110, de 3 de Dezernbro, Lei dos Partidos Politicos (de ora em diante, abreviadarnente designada por "LPP"), segundo 0 qual "os conflitos internos (...) que resultem da aplicar;iio dos estatutos ou convenr;oes (...) devem ser apreciados (...) pelo Tribunal Constitucional... ", enos termos do disposto no artigo 63., n.o 1 al. d) da LPC. ill - LEGITIMIDADE o presente recurso foi interposto nos termos e com os fundarnentos do n. 2 do artigo 8. da LPC. o Recorrente e parte legitima do presente recurso, ao - artigo 26.0 do CPC aplicave1 ex vi do artigo 2.0 da LPC. abrigo do disposto 'fie-----~' ~/ \ \;\X' \ ' \ \ ~, ~ 1 / d:,. iq y ' 2

IV - OBJECTO DO RECURSO o objecto do presente recurso e a decisao proferida pelo Juiz Presidente do Tribunal Constitucional que, no seu Despacho de 29 de Outubro de 2015, referente ao Processo n.o 483-D/15, nao admitiu 0 requerimento de recurso do Recorrente, por nao estarem verificados os requisitos de admissao do recurso extraordinario de revisao. o processo foi avista do Ministerio Publico. Colhidos os vistos legais, cumpre, agora, apreciar para decidir. V-APRECIANDO Tendo sido definido 0 objecto do Recurso em causa, no caso, 0 despacho de nao admissao (exarado pelo Venerando Juiz Conselheiro Presidente do Tribunal Constitucional) do recurso interposto pelo Recorrente, no qual ref ere que indefere 0 recurso por "nito se verificarem no caso nenhum dos requisitos de admissibilidade do recurso extraordinart"o de revisito estabelecidos no artigo 771.0 do Cpc... ", cumpre aferir se estao ou nao reunidos os requisitos de admissibilidade do recurso extraordinario de revisito interposto, ora vejamos: 1. Do enquadramento historico o Recurso de Revisao previsto nos termos do disposto no artigo 771. do CPC, 0 tern como origem hist6rica 0 C6digo de Processo Civil Frances, que regulava 0 recurso extraordincirio, ao qual se dava 0 nome de requite civile e que era entendido como a via de recurso extraordinario, pela qual, com fundamento em causas taxativamente enumeradas pela lei, se pretendia obter uma retrata<;ao da parte do tribunal que se pronunciava em ultima instancia. k.~ ~ / -:;-/pjff~ No fun do, a ideia subjacente e a de que 0 tribunal, ao julgar definitivamente, acabou por ser vitima de urn erro involuntario, pelo que a parte the pede que reconsidere e que profira uma decisao diferente da anterior. ~ ~ Por sua vez, a lei espanhola de enjuiciamiento civile admite a revisito com canicter de recurso extraordincirio, destinado a obter a rescisito de senten<;as firmes. De JfuV <& vi""" 3

real<;ar a distin<;ao entre judicium rescendis (perante 0 Supremo Tribunal) e 0 judicium rescissorium (perante 0 tribunal que proferiu a senten<;a a rever). A revisao germanica apresenta semelhan<;as com as ac<;5es e tambem com os recursos, podendo formular-se urn pedido de nulidade da senten<;a (querela nullitatis insanabilis) ou urn pedido de restitui<;ao (restitutio in integrum). Ja no Codigo Austriaco ( 570), "a parte po de pedir a revisiio sempre que tenha conhecimento de factos novos, ou obtenha novos meios de prova, capazes de Jundamentar decisito que the seja favoravel, contanto que nito the seja imputavel 0 facto de nito terfeito uso deles no processo anterior". Por sua vez, 0 Codigo do Processo Civil Brasileiro ocupa-se da ac<;ao rescisoria da senten<;a nos artigos 966. a 975.. o recurso de revisao do CPC em vigor no nosso pais esta intimamente ligado ao recurso de revisao portugues, que e mais uma ac<;ao de rescisao do que de anula<;ao. Deste modo, temos como pedra de toque que 0 recurso de revisao e apenas atendivel nos casos excepcionais em que 0 principio da seguran<;a juridica deve ser sacrificado em favor do principio da justi<;a. 2. Da aplicabilidade da alinea b) do artigo 771. 0 do CPC ao caso concreto Para que seja admitido urn recurso de revisao ao abrigo desta alinea e indispensavel que se apresente senten<;a que tenha verificado e dec1arado a falsidade. No caso presente 0 Recorrente nao apresenta tal senten<;a e os factos que reporta como falsos foram a seu tempo ja apreciados por este Tribunal (Acordao n.o 36212015, de 15 de Setembro) pelo que nao estao reunidos os requisitos legais da revisao requerida. 4

3. Da aplicabilidade da alinea c) do artigo 771.0 do CPC ao caso concreto o primeiro requisito a analisar agora e 0 da "novidade", nao querendo isto dizer que a formac;ao do documento tenha de ser posterior ao transite em julgado da sentenc;a a rever. Pode-se tratar de documento que ja existia ao tempo em que correu 0 processo anterior; a expressao "niio tivesse podidojazer uso" recomenda que 0 documento epre-existente, mas a parte nao p6de fazer uso do mesmo ou porque 0 desconhecia, ou porque nao estava asua disposic;ao. Enecessario que aparte vencida tivesse side impossivel fazer uso do documento no processo em que decaiu. "Se a parte tinha conhecimento da existenda do documento e podia servir-se dele, niio tem direito d revisiio; se 0 niio apresentoujoi porque niio quis; sofre, portanto, a consequencia da sua determinafiio ou da sua negligenda. Desde que podia utilizar 0 documento, devia utiliza-lo, para niio sujeitar 0 tribunal a emitir uma decisiio sobre dados incompletos; porque assim niio procedeu, perdeu 0 direito a aproveitar-se do documento." (Alberto dos Reis, Codigo de Processo Civil Anotado, Vol. VI, ja ediriio, pag. 330 e ss, Coimbra, Editora). Mesmo que viesse 0 Recorrente arguir que 0 documento estava em poder da parte contraria, devia ter -se socorrido dos meios facultados nos termos da lei processual civil para 0 efeito. Ora, ao contrario do que segundo alega 0 Recorrente, os dados indicados (lembre-se: 1665 delegados para a sustentac;ao do quorum e de 870 membros em votac;ao) serem "completamente novos" os dados indicados ja foram analisados e dec1arados como validos por este tribunal, nao apenas em uma ou em duas decis5es, mas em tres! (Vide: Ac6rdaos n.o 362/2015 - recorrido; n.o 366/15 e n.o 365/15). As quest5es atinentes aos documentos ja foram discutidas e reflectidas decis5es citadas supra. Muito embora 0 Recorrente tenha invocado a aline a c) do artigo 771. do CPC (cft. fls. 4), este Tribunal nao entende estar preenchido 0 requisito legal para que seja atendido e analisado 0 seu pedido de revisao com n~ 5

base em documento novo, conforme se demonstrou atento tudo 0 exposto aclma. Assim, as decis6es supramencionadas foram alvo exactamente da mesma causa de pedir e pretendiam obter 0 mesmo efeito. A guisa de conc1usao, entende 0 Plenario do Tribunal Constitucional que 0 Recorrente nao apresentou faetos ou fundamentos que constituam requisito previsto na lei para admissao do recurso extraordinario de revisao. DECIDINDO N estes termos Tudo visto e ponderado, acordam em Plenano, os Juizes Conselheiros do Tribunal Constitucional, 9--1N.. f-ul~ 'VVV :; ~""'Vo ~ U-<'--tA...'V\-o SL. :-..u.~f.e...l 0 ~, ~a..2vo " ",- c9j2:~~.ll \ <) X' <\./\/1-...".,,9-.0 ~.rjlo r~? :'\.Q..4.;"Jk~JL 9-.0 ""~k-v...~ G.o \u;) r~ \""@~ <V..4Q, ---- --------.--------- -~ --------------- Sem Custas (artigo 15. 0 Constitucional). Notifique. da Lei 3/08 de 17 de Junho - Lei do Processo Tribunal Constitucional, em Luanda, aos 05 de Julho de 2016

OS ruizes CONSELHEmOS Dr. Carlos Magalhae~ -=--_-.::-_-_-~_-..=~ ~======-_ Dr. Ant6nio Carlos Pinto C Dra. Guilhermina Prata. -trr'i"--~""'-"-~""'-"- Dra. Luzia Bebiana de Almeid. en,! C) ~' r rl(l~ Dra. Mana da Imaculada L. da C. Melo1:i(c&u. a &,h(u. ex f.!! k 'fa ck IAGL.~ Dr. Simao de Sousa Victo~ Dr. Onofre Martins dos Santos sk":::'&"'4 ~----"...>:::..J..=.!:,--=- (J.;,,-p~"""f~_ ' / Dr. Raul Carlos Vasques Araujo (Relator) ~> I ~ D T ~ V;;. 0;/ ~ ra. eres inh. r". a Lopes --~.v:';;;:::'~pi!!5::::2:...====-... -.~~~~= ~~ 7