CONSULTA Nº 37.748/2015



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Transcrição:

1 CONSULTA Nº 37.748/2015 Assunto: Sobre atestados que ultrapassam mais de um dia de licença efetuados por médicos do Programa Mais Médicos, sem a assinatura do médico tutor ou supervisor. Relatores: Conselheiro Renato Françoso Filho e Dr. Mário Mosca Filho, Membro da Câmara Técnica de Medicina do Trabalho. Ementa: Qualquer atestado médico, seja de médicos regularmente inscritos no CRM ou participantes do Programa Mais Médicos para o Brasil, exclusivamente no âmbito do Programa, não obriga a aceitação desde que sua avaliação médica não concorde com o conteúdo do atestado. O consulente Dr. R.M.A. solicita parecer do CREMESP acerca de atestados que ultrapassam mais de um dia de licença efetuados por médicos do Programa Mais Médicos, sem a assinatura do médico tutor ou supervisor, pois o Secretário de Saúde da cidade o está ameaçando, caso não aceite os referidos atestados. PARECER Necessário abordar todo o histórico gerador da polêmica sobre a emissão dos atestados por médicos do Programa mais médicos antes de emitirmos nosso parecer. Mais Médicos para o Brasil, reza que: A Lei 12.871/13, que institui o Programa Art. 16. O médico intercambista exercerá a Medicina exclusivamente no âmbito das atividades de ensino, pesquisa e extensão do Projeto Mais Médicos para o Brasil. 2º A participação do médico intercambista no Projeto Mais Médicos para o Brasil, atestada pela coordenação do Projeto, é condição necessária e suficiente para o exercício da Medicina no âmbito do Projeto Mais Médicos para o Brasil, não sendo aplicável o art. 17 da Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957. ( Os médicos só poderão exercer legalmente a medicina, em qualquer de seus ramos ou especialidades, após o prévio

2 registro de seus títulos, diplomas, certificados ou cartas no Ministério da Educação e Cultura e de sua inscrição no Conselho Regional de Medicina, sob cuja jurisdição se achar o local de sua atividade. ) 3º O Ministério da Saúde emitirá número de registro único para cada médico intercambista participante do Projeto Mais Médicos para o Brasil e a respectiva carteira de identificação, que o habilitará para o exercício da Medicina nos termos do 2º. 4º A coordenação do Projeto comunicará ao Conselho Regional de Medicina (CRM) que jurisdicionar na área de atuação a relação de médicos intercambistas participantes do Projeto Mais Médicos para o Brasil e os respectivos números de registro único. 5º O médico intercambista estará sujeito à fiscalização pelo CRM. Frente os mais diversos questionamentos originados desta Lei o Departamento Jurídico do Conselho Federal de Medicina, no Despacho SEJUR Nº 174/2014, de 03/06/2014, assim se manifesta. A Portaria do Ministério da Saúde nº 2.488, aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). A atenção básica é parte integral do sistema de saúde do país, do qual é função central, sendo o enfoque principal do desenvolvimento social e econômico global da comunidade. É o primeiro nível de contato dos indivíduos, da família e da comunidade com o sistema nacional de saúde, levando a atenção à saúde o mais próximo possível do local onde as pessoas vivem e trabalham, constituindo o primeiro elemento de um processo de atenção continuada à saúde. O Programa é para um primeiro atendimento aos pacientes, que traz como atribuição dos médicos nele inserido: Do Médico: I - realizar atenção a saúde aos indivíduos sob sua responsabilidade; II -realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, atividades em grupo na UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc);

3 III - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; IV - encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção, respeitando fluxos locais, mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário; V - indicar, de forma compartilhada com outros pontos de atenção, a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário; VI -contribuir, realizar e participar das atividades de Educação Permanente de todos os membros da equipe; e VII -participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USB. Os intercambistas integrantes do Programa Mais Médicos somente estão autorizados a atuar dentro das atividades deste Programa que englobam, essencialmente, a atenção básica à saúde. Assim, esses não podem afastar pacientes por motivo de doença, pois não podem elaborar atestado médico. O médico intercambista que atua no Programa Mais Médicos não possui registro nos Conselhos de Medicina, somente registro no Ministério da Saúde, conforme art. 16 da Lei nº 12.871/13: Por outro lado, a Lei do Ato Médico, deixa bem claro no seu artigo 4º inciso XIII, que a atestação de condições de saúde, doença e possíveis sequelas é um ato privativo de médico. E médico com atuação profissional irrestrita nesse país é quem tem CRM. Portanto nenhum benefício por incapacidade decorrente de doença pode ser habilitado com quaisquer outro documento que não seja de médico com registro definitivo no Conselho Regional de Medicina, principalmente os intercambistas que só podem exercer a medicina no âmbito do PMM. Conclusão. Os médicos intercambistas não possuem registro nos Conselhos de Medicina, somente registro no Ministério da Saúde e não podem praticar a medicina de maneira irrestrita, fazer atestação seja, de condições de saúde, doenças e possíveis sequelas e ou do óbito, exceto em casos de morte natural em localidade em que não haja médico. Além disso, são estudantes sob supervisão e os atestados apenas são válidos com a assinatura do supervisor.

4 É o que nos parece s.m.j. Brasília-DF. Em sequência, o Presidente do Conselho Federal de Medicina, Dr. Roberto Luiz d Avila, entendendo que a atuação dos médicos intercambistas do Programa Mais Médicos é restrita e meramente acadêmica, não podendo exercer a Medicina em sua plenitude, conforme estabelece o artigo 16 da Lei nº 12.871/2013, enviou para todos os Conselhos Regionais de Medicina, em 30/07/2014, um Ofício Circular 126/2014 reforçando a necessidade de dar cumprimento ao Despacho SEJUR nº 174/2014. O Conselho Federal de Medicina solicita nessa Circular que ao ter conhecimento de atestados emitidos nesse sentido, os Conselhos encaminhem denúncia ao Ministério Público Federal do respectivo Estado para as devidas providências. Informa também que é importante o envio de uma cópia do ofício ao Conselho Federal de Medicina para registro e acompanhamento. Em resposta, a CGU emite, em 11/12/2014, o Despacho 226/2014/sft/CGU/AGU, com o seguinte teor. Senhor Consultor-Geral da União, 1. Estou de acordo com o PARECER Nº 061/2014/DECOR/CGU/AGU, que analisou a consulta formulada pelo Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Saúde acerca da interpretação das Leis nº 3.286/1957, 12.842/2013 e 12.871/2013, especialmente no que se refere à atuação dos médicos intercambistas do"programa Mais Médicos"no âmbito da atenção básica em saúde. 2. O exercício das atividades de integração ensino-serviço no âmbito do" Projeto Mais Médicos para o Brasil ", realizado pelos médicos intercambistas, abrange a expedição de atestados, a requisição de exames, a prescrição de medicamentos e a realização de laudos. 3. Isso porque a Lei nº 12.871/2013, em seu art. 16, garante ao médico intercambista o exercício da Medicina no âmbito do citado Projeto. Nesse sentido, essa regra, por ser específica, não pode ser afastada por regra geral prevista em outro instrumento normativo. 4. Esse mesmo dispositivo legal estabelece que, para o exercício profissional do médico intercambista nas atividades de integração ensinoserviço no âmbito da atenção básica em saúde, compete ao Ministério da Saúde emitir o respectivo registro, bem como ao Conselho Regional de Medicina fiscalizar esse profissional.

5 5. Dessa forma, por autorização legal (Lei nº 12.871/2013), esses profissionais estão aptos a praticar, no bojo do "Projeto Mais Médicos para o Brasil", os atos privativos de médico previstos na Lei nº12.842/2013.... 8. Por fim, como não estão abrangidas na citada Lei as atividades de "Perito Médico Previdenciário" e "Perito Médico Judicial", os médicos intercambistas não estão autorizados a exercê-las. Somos de parecer que: Qualquer atestado médico, seja de médicos regularmente inscritos no CRM ou participantes do Programa Mais Médicos para o Brasil, exclusivamente no âmbito do Programa, não obriga a aceitação, desde que sua avaliação médica não concorde com o conteúdo do atestado. Este é o nosso parecer, s.m.j. Conselheiro Renato Françoso Filho PARECER APROVADO NA REUNIÃO DA CÂMARA TÉCNICA DE MEDICINA DO TRABALHO, REALIZADA EM 09/06/2015. APROVADO NA REUNIÃO DA CÂMARA DE CONSULTAS, REALIZADA EM 26.06.2015. HOMOLOGADO NA 4.671ª REUNIÃO PLENÁRIA, REALIZADA EM 30.06.2015.