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B I O G E O G R A F I A BIOMAS DO MUNDO SAVANAS E DESERTOS 2011 Aula VI

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SAVANAS As savanas podem ser encontradas na África, América do Sul e Austrália sendo que em cada região ela apresenta alguma peculiaridade. A savana brasileira e a australiana possuem como principal diferença da savana africana, a inexistência de animais de grande porte, como os elefantes, muito embora ainda possuam exemplares extremamente grandes como a anta brasileira, que é o maior animal terrestre das Américas podendo chegar a até 2 metros e 300 quilos, ou o canguru marrom australiano. Na savana africana pode ser encontrado o maior animal terrestre do mundo, o elefante, assim como o mais alto, a girafa, e o maior predador terrestre, o leão.

As savanas são vegetações típicas de regiões de clima tropical com estação seca prolongada. Caracterizada basicamente por uma cobertura de gramíneas e arbustos, a savana possui uma vegetação bastante resistente ao clima quente e seco. As gramíneas apresentam folhas compridas que aproveitam ao máximo as chuvas e caules subterrâneos resistentes à seca. As árvores existentes na savana possuem os troncos espessos, duros e retorcidos. Algumas destas árvores armazenam água em seus troncos inchados, como o baobá e as árvores-garrafa. BAOBÁ

DESERTOS DESERTOS SAVANAS SAVANAS FLORESTA TROPICAL SAVANAS DESERTOS

SAVANAS SAVANAS DESERTOS FORESTA MEDITERRÂNEA FORESTA TROPICAL ÚMIDA

SAVANA AFRICANA SAVANA AUSTRALIANA

Muitas vezes a vegetação da savana é determinada mais por características do solo do que por condições climáticas, como é o caso das regiões com solos arenosos ou muito rasos que não permitem o desenvolvimento de uma vegetação de alto porte. O mesmo ocorre com solos pobres em nutrientes ou muito rígidos.

DESERTOS Com uma escassez hídrica tão grande, fica claro que as vegetações dos desertos são muito rudimentares, escassas ou até inexistentes. Nas áreas onde se observa a ocorrência de pouca chuva, predomina a vegetação herbácea baixa e pequenos arbustos, bem como alguns cactos.

A maioria das plantas do deserto é tolerante à seca e à salinidade, tais como as xerófitas. Algumas armazenam água em suas folhas, raízes e caules. Outras plantas do deserto têm longas raízes que penetram até o lençol freático, firmam o solo e evitam a erosão. Os caules e folhas de algumas plantas reduzem a velocidade superficial dos ventos que carregam areia, protegendo assim o solo da erosão.

Em locais onde águas subterrâneas estão próximas da superfície, ou nas margens dos raros cursos de água, surgem pequenas zonas verdes que são chamadas de oásis, podendo até, em alguns deles, praticar-se a agricultura. O principal exemplo disto são as margens do rio Nilo, que nada mais é que um extenso oásis no meio do grande deserto do Saara. MARGENS DO NILO OÁSIS

As classificações dos desertos repousam numa combinação de número de dias de chuva por ano, a quantidade pluviométrica anual, temperatura, umidade e outros fatores. Podemos dizer, portanto, que existem diferentes tipos desertos, como por exemplo: Desertos Polares Os desertos polares são áreas com precipitação anual inferior a 250mm e uma temperatura média no mês mais quente do ano inferior a 10 C. Dunas de areia não são típicas destes desertos, porém dunas de neve comumente ocorrem em áreas onde a precipitação local é mais abundante. DESERTO ÁRTICO DESERTO ANTÁRTICO

Desertos em regiões de ventos contra-alísios Os ventos contra-alísios são secos e dissipam as massas de ar, reduzindo com isso a incidência de chuvas. A maioria dos grandes desertos da Terra está em regiões afetadas pelos ventos contra-alísios. O Saara, no norte da África, é um exemplo de deserto de ventos contra-alísios. SAARA SAARA

Desertos de latitudes médias - Ocorrem em zonas de alta pressão subtropicais. Estes desertos estão em áreas distantes dos oceanos e têm grandes variações de temperaturas anuais. O deserto de Sonora, no México, é um típico deserto de latitude média. O deserto de Tengger, na China, é outro exemplo. TENGGER SONORA

Desertos devido a barreiras ao ar úmido Este tipo de deserto se forma devido à obstrução provocada por grandes barreiras orográficas (montanhas) à chegada de umidade nas áreas a sotavento (além das montanhas). Na medida em que o ar sobe a montanha, a água se precipita (chuvas orográficas), o ar perde seu conteúdo úmido e um deserto se forma do lado oposto. O deserto da Judéia, em Israel, e Palestina são exemplos desta dinâmica, assim como o deserto do Vale da Morte, nos EUA. DESERTO DA JUDÉIA VALE DA MORTE

Desertos de monção No processo de formação destes desertos, também destacamos a importante participação das barreiras orográficas. Os ventos de monções levam muita umidade do Oceano Índico em direção à Índia. No entanto, toda esta umidade se dissipa ao chegar até o lado oriental da cadeia montanhosa de Aravalli, fazendo com que se formem desertos do lado ocidental desta cadeia de montanhas. O deserto do Thar na Índia e no Paquistão é um importante exemplo do deserto de monção.

DESERTO DO THAR

Desertos costeiros - Geralmente localizam-se nas bordas ocidentais de continentes próximos aos Trópicos de Câncer e de Capricórnio. Eles são afetados por correntes marinhas frias que correm paralelamente à costa, retirando toda a umidade do ar. O melhor exemplo deste tipo de deserto é o Atacama, localizado no litoral do Chile e Peru. Este deserto é formado pela passagem da corrente de Humbold na costa oeste do continente sul americano. O deserto do Atacama é o mais árido do planeta.

CORRENTE DE HUMBOLDT