a) PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário), com as informações sobre as atividades exercidas em condições especiais ou de risco,

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Dúvida: Recebemos hoje a decisão do TJ onde foi concedida a ordem de um Mandado de Injunção interposto pela Guarda Municipal, requerendo aposentadoria especial. Gostaríamos de uma orientação de como procedermos, quais documentos devem ser solicitados ao segurado, quantos anos o servidor deverá trabalhar nesse serviço e quais os valores que devemos utilizar para converter o tempo especial em tempo comum. Resposta: Inexistente a lei complementar que autoriza a concessão de aposentadoria especial, essa modalidade só deverá ser concedida aos servidores alcançados por decisões em mandados de injunção individuais ou integrantes das categorias substituídas processualmente pelos sindicatos impetrantes de mandados de injunção coletivos, desde que esses servidores reúnam as condições previstas na Instrução Normativa no. 1, de 22 de julho de 2010 do Ministério da Previdência Social. Note-se que essa Instrução Normativa não faz referência à atividade de risco, não regulamentada pela legislação previdenciária a ser aplicada à espécie. Assim, o Instituto deverá aplicar o quanto determinado na decisão judicial. Se a determinação foi o art. 57 da Lei no. 8.213/91, o reconhecimento da atividade especial se dará em razão da regulamentação da referida Instrução Normativa, pois ela contém as instruções para o reconhecimento do tempo de serviço público exercido sob condições especiais pelos regimes próprios de previdência social para fins de concessão de aposentadoria especial aos servidores públicos amparados por mandados de injunção. Como se pode verificar, o mandado de injunção assegura, apenas, a utilização da Lei no. 8.213/91, art. 57 1, para a concessão do benefício, mas esse só será concedido, se comprovado que ele exerceu atividades no serviço público municipal em condições especiais ou de risco, pelo período de 25 anos de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente. 1 Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995) 1º A aposentadoria especial, observado o disposto no art. 33 desta Lei, consistirá numa renda mensal equivalente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

Considera-se trabalho permanente aquele que é exercido de forma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição do servidor ao agente nocivo, ou ao risco, seja indissociável da prestação do serviço público. Observar que alguns afastamentos do servidor não elidem a caracterização como tempo de serviço especial (art. 13) In casu, tratando-se de prestação de serviço especial de risco, o procedimento para reconhecimento desse tempo deverá ser instruído com os seguintes a) PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário), com as informações sobre as atividades exercidas em condições especiais ou de risco, b) Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho - LTCAT ou os documentos aceitos em substituição, descritos no art. 10 da referida Instrução Normativa, a saber: Art. 10. Poderão ser aceitos em substituição ao LTCAT, ou ainda de forma complementar a este, os seguintes I - laudos técnico-periciais emitidos por determinação da Justiça do Trabalho, em ações trabalhistas, acordos ou dissídios coletivos; II - laudos emitidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro); 2º A data de início do benefício será fixada da mesma forma que a da aposentadoria por idade, conforme o disposto no art. 49. 3º A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro Social INSS, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995) 4º O segurado deverá comprovar, além do tempo de trabalho, exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995) 3 5º O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física será somado, após a respectiva conversão ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, segundo critérios estabelecidos pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, para efeito de concessão de qualquer benefício. (Incluído pela Lei nº 9.032, de 1995) 6º O benefício previsto neste artigo será financiado com os recursos provenientes da contribuição de que trata o inciso II do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, cujas alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa permita a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. (Redação dada pela Lei nº 9.732, de 11.12.98) (Vide Lei nº 9.732, de 11.12.98) 7º O acréscimo de que trata o parágrafo anterior incide exclusivamente sobre a remuneração do segurado sujeito às condições especiais referidas no caput. (Incluído pela Lei nº 9.732, de 11.12.98) 8º Aplica-se o disposto no art. 46 ao segurado aposentado nos termos deste artigo que continuar no exercício de atividade ou operação que o sujeite aos agentes nocivos constantes da relação referida no art. 58 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.732, de 11.12.98)

III - laudos emitidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, ou, ainda, pelas Delegacias Regionais do Trabalho - DRT; IV - laudos individuais acompanhados de: a) autorização escrita do órgão administrativo competente, se o levantamento ambiental ficar a cargo de responsável técnico não integrante do quadro funcional da respectiva Administração; b) cópia do documento de habilitação profissional do engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho, indicando sua especialidade; c) nome e identificação do servidor da Administração responsável pelo acompanhamento do levantamento ambiental, quando a emissão do laudo ficar a cargo de profissional não pertencente ao quadro efetivo dos funcionários; d) data e local da realização da perícia. V - demonstrações ambientais constantes dos seguintes a) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA; b) Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR; c) Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT; d) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO. Se na Prefeitura não houver profissional especializado para emissão do LTCAT, sugiro que sejam contratados serviços técnico-especializados (que comprovem o requisito de habilitação técnica), para emissão desses documentos, e que também prestarão serviços com relação à elaboração do PPP. Não se admite a comprovação do tempo de serviço público sob condições especiais ou de risco por meio de prova exclusivamente testemunhal. Também não será admitido como meio de prova o recebimento de adicional de periculosidade ou insalubridade, tampouco a percepção desses adicionais é imprescindível ao reconhecimento da atividade como especial ou de risco. Comprovado o tempo de atividade especial, o servidor deve ser convocado para requerer a aposentadoria e tomar ciência de que seus

proventos serão fixados por regime de média; não terá direito à paridade e que, após a concessão da aposentadoria especial, caso retorne ou permaneça no exercício da atividade especial ou de risco, como ocupante de cargo em comissão sem vínculo efetivo, em cargo ou emprego público acumulável ou como empregado sob o regime celetista, terá sua aposentadoria automaticamente cancelada. Com relação aos proventos, serão eles calculados segundo o disposto na lei no. 10.887/2004, ou seja, pela média aritmética simples das maiores remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes previdenciários a que esteve vinculado, atualizadas, correspondentes a 80% de todo o período contributivo, desde a competência de julho de 1994 e até o mês de concessão de aposentadoria, lembrando que esses proventos não poderão exceder a remuneração no cargo efetivo. O efeito financeiro decorrente do benefício terá início na data da publicação da decisão, vedado pagamento retroativo a data da decisão. Os proventos não farão jus à paridade, mas serão reajustados anualmente segundo os índices estabelecidos pelo Município. Para elaboração do ato concessório de aposentadoria, o fundamento a ser utilizado é o seguinte: "Aposentadoria especial amparada por decisão em mandado de injunção no...e nos termos do disposto no 4o. do art. 40 da Constituição Federal, c/c art. 57 da Lei no. 8.213/91." Sobre a conversão do tempo de serviço especial em tempo de serviço comum, anotamos que só deverá ser concedida se, efetivamente, a decisão judicial assim o determinar, observado o disposto no art. 57, 5o, da Lei no. 8.213/91. A Instrução Normativa no. 1/2010 não se refere a ela, mas como remete à Instrução Normativa 45/2010 do MPS, em caso de omissão, se determinada pela decisão judicial, deverá ela ser atendida. Desse modo, o tempo de serviço público prestado em condições especiais poderá ser convertido em tempo de serviço comum, utilizandose os fatores de conversão 1,2 para a mulher (20%) e de 1,4, para o homem (40%). Esse tempo convertido só será utilizado para fins de implemento do tempo de contribuição, não podendo ser utilizado para efeito de

implemento dos requisitos de tempo de efetivo exercício no serviço público, tempo de carreira e tempo de cargo. O tempo convertido será utilizado nas regras de aposentadoria previstas no art. 40 da Constituição Federal, na EC 41/2003 e na EC 47/2005. Comprovado o tempo de serviço municipal em atividade especial, para efeito de conversão, poderá ser emitido o seguinte despacho: "em cumprimento ao mandado de injunção no..., fica convertido o tempo de serviço municipal em atividade especial, de...(anos), em comum, com o acréscimo do fator 1,4 (para homem) ou 1,2(para mulher), na forma da legislação vigente, para os efeitos de aposentadoria." Não se olvidar que o tempo de serviço do servidor em atividade especial, prestado sob o regime celetista, anterior ao seu ingresso na Municipalidade, deverá ser certificado pelo INSS, com a devida conversão, para fins de averbação pelo Instituto de Montemor. É o parecer, s.m.j, junho de 2013. Magadar Rosália Costa Briguet OAB/SP no. 23.925