Laparoscopia e Litíase Urinária

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Transcrição:

Laparoscopia e Litíase Urinária Autoria: Sociedade Brasileira de Urologia Elaboração Final: 23 de junho de 2006 Participantes: Castilho LN, Rodrigues PRM O Projeto Diretrizes, iniciativa conjunta da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, tem por objetivo conciliar informações da área médica a fim de padronizar condutas que auxiliem o raciocínio e a tomada de decisão do médico. As informações contidas neste projeto devem ser submetidas à avaliação e à crítica do médico, responsável pela conduta a ser seguida, frente à realidade e ao estado clínico de cada paciente. 1

DESCRIÇÃO DO MÉTODO DE COLETA DE EVIDÊNCIA: Foi realizada uma revisão estruturada da literatura até julho de 2004, tendo como base a pesquisa na base de dados do Medline. A estratégia de busca foi definida de seguinte forma: (urinary calculi and laparoscopy) or (urinar* lithiasis and laparoscopy) or (urinary stone* and laparoscopy). Dentre os artigos identificados, utilizamos o recurso dos related articles para os artigos relevantes. De cada estudo extraímos: o número de pacientes, o método de pesquisa utilizado, o ano da publicação, o país de origem da pesquisa, a intervenção cirúrgica praticada, a via de acesso da cirurgia, o tamanho do cálculo e sua localização na via urinária, o índice de conversões para a cirurgia aberta e as complicações. GRAU DE RECOMENDAÇÃO E FORÇA DE EVIDÊNCIA: A: Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistência. B: Estudos experimentais ou observacionais de menor consistência. C: Relatos de casos (estudos não controlados). D: Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos fisiológicos ou modelos animais. OBJETIVO: Fornecer as principais recomendações relacionadas à laparoscopia e litíase urinária. CONFLITO DE INTERESSE: Nenhum conflito de interesse declarado. 2 Laparoscopia e Litíase Urinária

INTRODUÇÃO Em 1979, houve a primeira descrição de um caso de litíase ureteral que foi tratado por uma técnica original de retroperitoneoscopia 1 (D). No início dos anos 90, começaram a surgir relatos de pacientes com litíase urinária tratados por laparoscopia. Desde então, algumas dezenas de trabalhos foram publicados, tendo como tema a utilização da laparoscopia no tratamento das várias formas de litíase urinária. Foram identificadas 126 referências. Somando-se a estas os related articles, foram recuperadas 1002 referências. Destas 1002, 57 referências sobre laparoscopia e litíase urinária foram selecionadas, 42% das quais publicadas entre 2001 e 2003. Estes 57 artigos foram obtidos na íntegra para análise. As 57 publicações, em sua maioria, se referem a relatos de casos, apenas dois com mais de 50 pacientes. Dos 57 trabalhos, excluídos aqueles que se referem a casuísticas parciais do mesmo serviço, os que tratam de nefrectomia (total e parcial) e nefroureterectomia relacionados à litíase urinária e os que têm casuísticas com menos de 15 pacientes, restaram 10 trabalhos 2-4 (B) 5-11 (C): Um prospectivo não-randomizado, comparando ureterolitotomia laparoscópica com ureterolitotomia aberta 3 (B); Um retrospectivo, comparando pielolitotomia laparoscópica com NPC 2 (B); Um retrospectivo, comparando ureterolitotomia laparoscópica com ureterolitotomia aberta 4 (B); Sete retrospectivos 5-11 (C). Laparoscopia e Litíase Urinária 3

A análise detalhada dos 10 trabalhos está sumarizada na Tabela 1. Tabela 1 Dados gerais dos 10 trabalhos selecionados Período - 1997 a 2003 N variou de 15 a 101 casos (mediana 21 / média 31,5) 5 trabalhos oriundos da Índia 5 trabalhos com acesso transperitoneal e 5, retroperitoneal 347 cirurgias em 346 pacientes 251 (72,3%) acessos retroperitoneais 96 (27,7%) acessos transperitoneais N = 347 procedimentos cirúrgicos 274 (78,9%) ureterolitotomias 58 (16,7%) pielolitotomias 15 (4,3%) NPC assistidas por laparoscopia A distribuição dos dados, segundo a localização do cálculo e o acesso, transperitoneal ou retroperitoneal, está na Tabela 2. Tabela 2 Distribuição dos casos pela localização e pelo acesso nas 347 intervenções Cálculo Ureteral de 8 a 47 mm (274) 213 (77,7%) retroperitoneal 61 (22,3%) transperitoneal Cálculo Piélico (58) 38 (65,5%) retroperitoneal 20 (34,5%) transperitoneal Cálculo em Rim Pélvico (15) 15 transperitoneal O índice médio de conversões para cirurgia aberta nas 347 intervenções cirúrgicas foi de 7,5% (26 casos), sendo 7,3% de conversões nas ureterolitotomias, 10,3%, nas pielolitotomias e zero, nas cirurgias percutâneas de rins pélvicos assistidas por laparoscopia. Dos 346 pacientes, 42 (12,1%) apresentaram complicações. Das complicações, o extravasamento urinário prolongado pelo dreno foi a principal complicação observada, sendo que 24 delas, 57% do total de complicações, ocorreram por ureterolitotomia realizada por acesso retroperitoneal. Alguns destes casos (o número não pôde ser extraído dos trabalhos por falta de informações específicas) foram operados sem a utilização de cateter e sem sutura. Ocorreram 42 complicações em 347 intervenções, sendo 34 (13,5%) em 251 procedimentos retroperitoneais e 8 (8,3%) em 96 procedimentos transperitoneais. PRINCIPAIS PROBLEMAS OBSERVADOS NA ANÁLISE DOS TRABALHOS PUBLICADOS No geral, baixa qualidade científica; Nenhum trabalho prospectivo randomizado; Apenas dois trabalhos com mais de 50 casos desde 1992; Apenas três trabalhos comparativos; Falta de precisão ao definir tamanho e número dos cálculos; Falta de informação sobre a posição no ureter Variação na técnica operatória; Falta de definição sobre vazamento prolongado; Heterogeneidade na conceituação de complicação. 4 Laparoscopia e Litíase Urinária

CONCLUSÕES Há evidências científicas (um estudo retrospectivo com 101 casos 6 (C), um estudo retrospectivo comparando dois grupos contemporâneos 4 (B) e um estudo prospectivo não-randomizado comparando dois grupos contemporâneos 3 (B), ambos com casuísticas pequenas) de que a cirurgia laparoscópica seja melhor do que a cirurgia aberta em litíase ureteral. Há alguns relatos de casos e trabalhos retrospectivos de pielolitotomia laparoscópica 7 (C) 11 (C) e um trabalho comparando os resultados obtidos com NPC e pielolitotomia laparoscópica 2 (B), o que não permite uma conclusão definitiva. Há poucos relatos de casos de litíase renal complexa, litíase vesical, litíase em rim pélvico (NPC assistida por laparoscopia), litíase em neobexiga e litíase em divertículo calicinal, o que não permite uma conclusão definitiva. Faltam trabalhos prospectivos randomizados que respondam às questões mais importantes sobre o papel da técnica laparoscópica no tratamento da litíase urinária. RECOMENDAÇÕES Os poucos trabalhos comparativos entre cirurgia aberta e laparoscópica para litíase urinária sugerem ligeira vantagem para a laparoscopia. O índice de conversão de laparoscopia para cirurgia aberta na ureteroscopia foi de 7,3% e na pielolitotomia, 10,35%. A complicação mais freqüente foi drenagem urinária prolongada. Faltam trabalhos prospectivos randomizados para responder as questões mais importantes sobre a laparoscopia no tratamento de cálculos urinários. Laparoscopia e Litíase Urinária 5

REFERÊNCIAS 1. Wickham JE. The surgical treatment of renal lithiasis. In: Urinary calculus disease. New York:Churchill Livingstone;1979. p. 145-98. 2. Goel A, Hemal AK. Evaluation of role of retroperitoneoscopic pyelolithotomy and its comparison with percutaneous nephrolithotripsy. Int Urol Nephrol 2003;35:73-6. 3. Goel A, Hemal AK. Upper and midureteric stones: a prospective unrandomized comparison of retroperitoneoscopic and open ureterolithotomy. BJU Int 2001; 88:679-82. 4. Skrepetis K, Doumas K, Siafakas I, Lykourinas M. Laparoscopic versus open ureterolithotomy. A comparative study. Eur Urol 2001;40:32-7. 5. Hemal AK, Goel A, Goel R. Minimally invasive retroperitoneoscopic ureterolithotomy. J Urol 2003;169:480-2. 6. Gaur DD, Trivedi S, Prabhudesai MR, Madhusudhana HR, Gopichand M. Laparoscopic ureterolithotomy: technical considerations and long-term follow-up. BJU Int 2002;89:339-43. 7. Ramakumar S, Lancini V, Chan DY, Parsons JK, Kavoussi LR, Jarrett TW. Laparoscopic pyeloplasty with concomitant pyelolithotomy. J Urol 2002;167:1378-80. 8. Feyaerts A, Rietbergen J, Navarra S, Vallancien G, Guillonneau B. Laparoscopic ureterolithotomy for ureteral calculi. Eur Urol 2001;40:609-13. 9. Holman E, Toth C. Laparoscopically assisted percutaneous transperitoneal nephrolithotomy in pelvic dystopic kidneys: experience in 15 successful cases. J Laparoendosc Adv Surg Tech A 1998;8:431-5. 10. Turk I, Deger S, Roigas J, Fahlenkamp D, Schonberger B, Loening SA. Laparoscopic ureterolithotomy. Tech Urol 1998;4:29-34. 11. Sinha R, Sharma N. Retroperitoneal laparoscopic management of urolithiasis. J Laparoendosc Adv Surg Tech A 1997; 7:95-8. 6 Laparoscopia e Litíase Urinária