Break Even Point Ponto de Equilíbrio Parte II

Documentos relacionados
Break Even Análise do Ponto de Equilíbrio

ANÁLISE DAS RELAÇÕES PREÇO-CUSTO-VOLUME E LUCRO

UM PROCEDIMENTO SIMPLIFICADOR PARA FAZER SIMULAÇÕES DO TIPO WHAT-IF EM EMPRESAS QUE OPERAM COM VÁRIOS PRODUTOS

CUIDADOS NA FIXAÇÃO DE PREÇOS DE

PREÇO DE VENDA DE UM PRODUTO PARA RECEBIMENTO EM PARCELAS - PARTE II

COMO OBTER O MÁXIMO DE LUCRO QUANDO EXISTEM FATORES LIMITATIVOS À CAPACIDADE DE PRODUÇÃO

ANÁLISE ECONÔMICA DE CUSTOS E PREÇOS

SEPARAÇÃO DO GASTO SEMI-VARIÁVEL ENTRE PARTE FIXA E PARTE VARIÁVEL

COMO DEFINIR A META DE LUCRO PARA O ACIONISTA?

BUSCAR AUMENTO DE PREÇOS OU DE VOLUME

COMO DETERMINAR O EVA IDEAL

PREÇO DE VENDA DE UM PRODUTO PARA RECEBIMENTO ANTECIPADO

PREÇO DE VENDA DE UM PRODUTO PARA RECEBIMENTO EM PARCELAS - PARTE l

FLUXO DE CAIXA DESCONTADO E MARKET VALUE ADDED PARTE l

FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL (FCO) X FLUXO DE CAIXA DO ACIONISTA (FCA)

COMO DEFINIR A META DE LUCRO PARA O ACIONISTA? PARTE ll

COMO UTILIZAR AS TAXA DE APLICAÇÃO E CAPTAÇÃO DO DINHEIRO NA FORMAÇÃO DO PREÇO A VISTA E A

CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA NA FORMA DE UM PROJETO DE INVESTIMENTO

A EXTENSÃO DO FLUXO DE CAIXA

O QUE É E COMO SE CALCULA O VALOR RESIDUAL PELA PERPETUIDADE

FLUXO DE CAIXA DESCONTADO E MARKET VALUE ADDED PARTE ll

RELEMBRANDO ALGUNS ASPECTOS IMPORTANTES NA MONTAGEM DO FLUXO DE CAIXA - PARTE III

COMO UTILIZAR AS TAXA DE APLICAÇÃO E CAPTAÇÃO DO DINHEIRO NA FORMAÇÃO DO PREÇO A VISTA E A

COMO UTILIZAR O FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL PARA VALORIZAR UMA EMPRESA

O CÁLCULO DO SVA (SHAREHOLDER VALUE ADDED) E A MARGEM DE EQUILÍBRIO (THRESHOLD MARGIN) - PARTE II! O que é Threshold Margin ou Margem de Equilíbrio?

QUAL A DIFERENÇA ENTRE A TIR DA OPERAÇÃO E A TIR DO ACIONISTA?

COMO DETERMINAR O PREÇO DE UMA

RELEMBRANDO ALGUNS ASPECTOS IMPORTANTES NA MONTAGEM DO FLUXO DE CAIXA - PARTE Il

Francisco Cavalcante

OS PROBLEMAS PROVOCADOS PELO RATEIO DE CUSTOS FIXOS EM PROJETOS DE INVESTIMENTO

RELEMBRANDO ALGUNS ASPECTOS IMPORTANTES NA MONTAGEM DO FLUXO DE CAIXA - PARTE l

VALUATION EM MOEDA CONSTANTE E MOEDA NOMINAL

O QUE É E COMO SE CALCULA O VALOR RESIDUAL PELA PERPETUIDADE PARTE II

CHEGANDO LÁ COM 2% O somatório de pequenos ganhos poderá valer muito na análise de um novo projeto (a importância de uma boa análise de sensibilidade)

PRODUTOS NÃO DÃO LUCRO. O QUE DÁ LUCRO É A EMPRESA. PRODUTOS DÃO É MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO (Conceitos que você tem que saber 100%)

ENTENDENDO OS CONCEITOS DE RISCO E RETORNO - (Parte II)

ASPECTOS AVANÇADOS NA ANÁLISE ECONÔMICA E FINANCEIRA (PARTE III)

TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE PERPETUIDADES

Custo Incorrido Versus Custo de Reposição Qual considerar?

VALUE BASED MANAGEMENT (Gerenciamento Baseado no Valor - GBV) - PARTE I

UP-TO-DATE. ANO I. NÚMERO 34 CAVALCANTE ASSOCIADOS

O CÁLCULO DO SVA (SHAREHOLDER VALUE ADDED) E A MARGEM DE EQUILÍBRIO (THRESHOLD MARGIN) - PARTE I! O que é Threshold Margin ou Margem de Equilíbrio?

COMO CONSTRUIR UM CONJUNTO DE INDICADORES ORIENTADOS PARA O EVA

COMO EMBUTIR O CUSTO DA INADIMPLÊNCIA NO PREÇO DE VENDA (porque as taxas de juros no varejo parecem tão absurdas )

UMA ANÁLISE ECONÔMICA FEITA SOBRE 1 (UM) PRODUTO EM PARTICULAR

VALUATION PARA COMPRA OU VENDA DE EMPRESAS: DESCONTAR FLUXOS DE CAIXA OU FLUXOS DE LUCRO?

SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS

TIR, MTIR e VPL: O QUE FAZER PARA GANHAR UM DEZ

Francisco Cavalcante Alocação dos gastos fixos para o contrato. Alocação da meta de lucro para o contrato

Avaliação de Empresas Com base no Fluxo de Lucros ou no Fluxo de Caixa?

UMA EMPRESA VAI INJETAR CAPITAL EM OUTRA EMPRESA. COMO DETERMINAR O VALOR DA PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA?

REGRESSÃO LINEAR SIMPLES PARTE II

OS CUIDADOS A SEREM ADOTADOS NO CÁLCULO DO RETORNO SOBRE O PATRIMÔMIO LÍQUIDO

CRIAR VALOR OU CRIAR VALOR CONTINUAMENTE?

COMO FAZER PARA CALCULAR A TIR E O VPL MAIS ALINHADOS COM A REALIDADE

A LÓGICA ECONÔMICA APLICADA NO REAJUSTE DE PREÇOS DE PRODUTOS E SERVIÇOS

O TRATAMENTO DAS RECEITAS FINANCEIRAS NA ANÁLISE ECONÔMICA

COMO PROJETAR RAPIDAMENTE O CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO NA ANÁLISE DE UM NOVO INVESTIMENTO (e alguns cuidados adicionais)

FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA UTILIZANDO DUAS TAXAS (simultaneamente)

COMO SER CONSERVADOR (COM FUNDAMENTO) NA ANÁLISE DE UM NOVO INVESTIMENTO

ELABORANDO UM ORÇAMENTO NOTA 10

INDICADORES FIM e INDICADORES MEIO

COMO ADMINISTRAR PREÇOS NA CADEIA FABRICANTE-VAREJISTA- CLIENTE

O QUE É MAIS CORRETO: ANALISAR FLUXOS DE CAIXA OU FLUXOS DE LUCRO?

O QUE É UMA PROJEÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - PARTE I

REGRESSÃO LINEAR SIMPLES PARTE III

COMO TRATAR O SALDO PELAS MÉDIAS NUMA ANÁLISE ECONÔMICA

COMO CONVERTER DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS BRASILEIRAS PARA A MOEDA AMERICANA (FAS 52) - CASO PRÁTICO

COMO QUANTIFICAR AS VARIAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

COMO MELHORAR A FORMA DE APRESENTAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

COMO USAR AS PREMISSAS CRÍTICAS (PC S) PARA ACOMPANHAR O VALOR DA EMPRESA?

COMO FORMAR O PREÇO DE VENDA EM 4 (QUATRO) MODALIDADES DIFERENTES

CUSTOS SEMIVARIÁVEIS A Segregação entre a Parcela Fixa e a Parcela Variável

10 (DEZ) ESTE É O NÚMERO DE INDICADORES BÁSICOS PARA UMA BOA ANÁLISE DE EMPRESAS

Como utilizar a margem de contribuição para tomar decisão quando existe limitação na capacidade produtiva

UP-TO-DATE. ANO I. NÚMERO 23

SINERGIAS, SUNK COSTS E CUSTO DE OPORTUNIDADE NA AVALIAÇÃO DE UM NOVO INVESTIMENTO

UP-TO-DATE. ANO I. NÚMERO 44

CVA CASH VALUE ADDED (Um passo à frente do VPL)

AMOSTRAGEM ESTATÍSTICA EM AUDITORIA PARTE l

COMO JUSTIFICAR AS DIFERENÇAS ENTRE O CUSTO DE CAPITAL ORÇADO E O REALIZADO

AS PERGUNTAS MAIS FREQUENTES SOBRE O EVA (Economic Value Added)

AS DÚVIDAS MAIS FREQUENTES SOBRE A PROJEÇÃO DO CAPITAL DE GIRO

COMO FINALIZAR A APRESENTAÇÃO DE UM FLUXO DE CAIXA ELABORADO COM BASE EM DEMONSTRAÇÕES CONTÁVEIS (um formato ideal)

MELHORANDO A CAPACIDADE DE ANÁLISE FINANCEIRA

VALUATION PELO FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL OU O DO ACIONISTA? (a palavra final) 2ª Parte

COMO ANALISAR UM NOVO INVESTIMENTO CONSIDERANDO OS EFEITOS COLATERAIS

COMO AVALIAR UM NOVO INVESTIMENTO PELO FLUXO DE CAIXA E PELO FLUXO DE LUCRO (CASO PRÁTICO COMPLETO)

TIPOS DE INVESTIMENTOS IMPORTANTES NA ELABORAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA- PARTE ll

DEFINIÇÃO DO INTERVALO DE TEMPO IDEAL PARA ELABORAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA NA ANÁLISE DE NOVOS INVESTIMENTOS

O QUE É SVA (SHAREHOLDER VALUE ADDED) A MÉTRICA DE ALFRED RAPPAPORT

QUAL A MANEIRA MAIS RÁPIDA (E EFICIENTE) DE FAZER UMA PROJEÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

AVALIAÇÃO POR FLUXO DE CAIXA OU FLUXO DE LUCROS? ONDE E COMO

Analisando um Projeto sob o Ponto de Vista Econômico (Lucro) e sob o Ponto de Vista Financeiro (Caixa)

INTEGRANDO AS METODOLOGIAS VPL, TIR, MTIR E PAYBACK

COMO CALCULAR CORRETAMENTE A CAPACIDADE DE PAGAMENTO DE UMA EMPRESA NUM DETERMINADO PERÍODO

UTILIZAÇÃO DE RECURSOS ESTATÍSTICOS AVANÇADOS DO EXCEL PROJ.LIN

ANÁLISE DA LIQUIDEZ: TROCANDO INDICADORES PONTUAIS POR INDICADORES DINÂMICOS

COMO SELECIONAR PROJETOS COM

Administrando Preços e Lucro

Transcrição:

Break Even Point Ponto de Equilíbrio Parte II BEP para empresas com vários produtos O que fazer com os gastos fixos? Principais simulações Autor: Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br) Administrador de Empresas graduado pela EAESP/FGV. É Sócio-Diretor da Cavalcante Associados, empresa especializada na elaboração de sistemas financeiros nas áreas de projeções financeiras, preços, fluxo de caixa e avaliação de projetos. A Cavalcante Associados também elabora projetos de capitalização de empresas, assessora na obtenção de recursos estáveis e compra e venda de participações acionárias. O consultor Francisco Cavalcante já desenvolveu mais de 100 projetos de consultoria, principalmente nas áreas de planejamento financeiro, formação do preço de venda, avaliação de empresas e consultoria financeira em geral. Paulo Dragaud Zeppelini (f_c_a@uol.com.br) Administrador de Empresas com MBA em finanças pelo Instituto Brasileiro de mercado de Capitais - IBMEC. Executivo financeiro com carreira desenvolvida em instituições financeiras do segmento de mercado de capitais. Foi diretor da Título Corretora de Valores S.A. onde desenvolveu e implantou o departamento técnico e coordenou as atividades da área de fundos de investimento. Atualmente é consultor da Cavalcante Associados, empresa especializada na elaboração de sistemas financeiros nas áreas de projeções financeiras, preços, fluxo de caixa e avaliação de projetos. 1

ÍNDICE PÁG SUGESTÃO 03 RELEMBRANDO 04 FAZENDO SIMULAÇÕES 07 BEP PARA EMPRESAS COM VÁRIOS PRODUTOS 10 ALGUNS COMENTÁRIOS SOBRE O TRATAMENTO DOS GASTOS FIXOS 13 2

APRESENTAÇÃO "Vimos no Up-To-Date 116 que a administração das empresas se defronta constantemente com decisões que envolvem mudanças nas variáveis preço de venda, custos variáveis, custos fixos, volume de vendas e meta de lucro. Vimos também, que neste contexto, a análise do ponto de equilíbrio é um instrumento de fácil interpretação e que, se corretamente aplicado, ajuda na avaliação da empresa como um todo e de seus produtos em particular. Neste Up-To-Date vamos continuar este assunto mostrando os procedimentos para cálculo do ponto de equilíbrio em empresas com vários produtos e o que fazer com os gastos fixos. Recomendamos aos nossos leitores uma leitura rápida do Up-To-Date 116". 3

RELEMBRANDO... Terminologias já apresentadas: BEP = Break Even Point Qtde = Quantidade RT = Receita Total PVU = Preço de Venda Unitário GVT = Gastos Variáveis Totais GVU = Gastos Variáveis Unitários GVU% = Gastos Variáveis Unitários em Percentual GFT = Gastos Fixos Totais LME = Lucro Mínimo Esperado MCT = Margem de Contribuição Total MCU = Margem de Contribuição Unitária MCU% = Margem de Contribuição Unitária em Percentual No Up-To-Date 116 apresentamos 2 fórmulas importantes: Cálculo do ponto de equilíbrio em quantidade: Qtde = (GFT + LME) MCU 4

Cálculo do ponto de equilíbrio em valor: RT = (GFT + LME) MCU% Vamos aplicar estas 2 fórmulas em cima de um novo problema: PVU = $2 GVU = $1 GVU% = 0,50 ($1 / $2) GFT = $1.000 LME = $200 MCU = $1 ($2 - $1) MCU% = 0,50 ($1 / $2) O ponto de equilíbrio em quantidade é de: Qtde = ($1.000 + $200) $1 Qtde = 1.200 Em valor, o ponto de equilíbrio corresponde a $2.400 (1.200 x $2). Os gastos variáveis totais correspondem a $1.200 (1.200 x $1). 5

O ponto de equilíbrio em valor é de: RT = ($1.000 + $200) 0,50% RT = $2.400 Calculamos o ponto de equilíbrio em valor de $2.400 sem passar pelo ponto de equilíbrio de 1.200 unidades multiplicado pelo PVU de $2. 6

FAZENDO SIMULAÇÕES Vamos assumir uma queda de 10% no preço de venda. Estes são os novos dados do problema: PVU = $1,80 ($2 x 0,90) GVU = $1 GVU% = 0,5556 ($1 / $1,80) GFT = $1.000 LME = $200 MCU = $0,80 ($1,80 - $1) MCU% = 0,4444 ($0,80 / $1,80) O ponto de equilíbrio em quantidade é de: Qtde = ($1.000 + $200) $0,80 Qtde = 1.500 Em valor, o ponto de equilíbrio corresponde a $2.700 (1.500 x $1,80). Os gastos variáveis totais correspondem a $1.500 (1.500 x $1). 7

Portanto, uma queda de 10% no PVU aponta para a necessidade de elevar as vendas em 25%. Podemos chegar a estes 25% de 2 maneiras: Maneira 1: 1.500 = 1,25 1.200 Na maneira 1 dividimos o ponto de equilíbrio em quantidade depois da queda de 10% no PVU pelo ponto de equilíbrio em quantidade antes da queda do PVU. Maneira 2: $1.500 = 1,25 $1.200 Na maneira 2 dividimos o gasto variável total depois da queda de 10% no PVU pelo gasto variável total antes da queda do PVU. Veja que a divisão da RT de $2.700 depois da queda de 10% no PVU pela RT de $2.400 antes da queda do PVU é de 12,5%. Este percentual de 12,5% não corresponde à necessidade de crescimento no volume de vendas pela referida queda no PVU. O ponto de equilíbrio em valor é de: RT = ($1.000 + $200) 0,4444 RT = $2.700 8

Calculamos o ponto de equilíbrio em valor de $2.700 sem passar pelo ponto de equilíbrio de 1.500 unidades multiplicado pelo PVU de $1,80. O gasto variável total representa $1.500 (0,5556 x $2.700). Portanto, uma queda de 10% no PVU aponta para a necessidade de elevar as vendas em 25%. Com a aplicação desta fórmula, somente podemos chegar a estes 25% de uma maneira: Maneira única: $1.500 = 1,25 $1.200 Na maneira única dividimos o gasto variável total depois da queda de 10% no PVU pelo gasto variável total antes da queda do PVU. ATENÇÃO! Para chegarmos à participação de 0,5556 do gasto variável total em relação à receita total não precisamos saber que o PVU caiu de $2 para $1,80. Precisamos saber apenas que o GVU% é de 0,50 e fazer a seguinte conta: GVU% = 0,50 = 0,5556 (1 - Queda no PVU) (1-0,10) Também precisamos saber que a MCU% após a queda de 10% no PVU é a seguinte: MCU% = (1 - novo GVU%) = (1-0,5556) = 0,4444 9

BEP PARA EMPRESAS COM VÁRIOS PRODUTOS Consideremos os dados a seguir: GVU% = 0,40 GFT = $2.000 LME = $500 MCU% = 0,60 Como esta empresa tem inúmeros produtos, não importando quantos, não explicitamos os PVUs e os GVUs. O que importa é assumir que a MCU% de 60% e o GVU% de 40% representam médias consistentes. Qual o BEP em valor? RT = ($2.000 + $500) 0,60 RT = $4.167 10

Prova: RT (BEP em valor) $4.167 (-) GVT ($4.167 x 0,40) ($1.667) (=) MCT $2.500 (-) GFT ($2.000) (=) LME $500 Como fica o BEP em valor se os PVUs caírem 5%? Precisamos saber apenas que o GVU% é de 0,40 e fazer a seguinte conta: GVU% = 0,40 = 0,421053 (1 - Queda no PVU) (1-0,05) Também precisamos saber que a MCU% após a queda de 5% no PVU é a seguinte: MCU% = (1 - novo GVU%) = (1-0,421053) = 0,578947 RT = ($2.000 + $500) 0,578947 RT = $4.318 11

Prova: RT (BEP em valor) $4.318 (-) GVT ($4.318 x 0,421053) ($1.818) (=) MCT $2.500 (-) GFT ($2.000) (=) LME $500 Se os PVUs caírem 5%, o volume de vendas precisará crescer 9,1%. $1.818 = 1,091 $1.667 O aumento no volume de vendas de 9,1% é obtido através da comparação entre os gastos variáveis totais depois da queda de 5% nos PVUs pelos gastos variáveis totais antes da queda. 12

ALGUNS COMENTÁRIOS SOBRE O TRATAMENTO DOS GASTOS FIXOS COMENTÁRIO 1 Todos os exemplos apresentados no Up-To-Date 116 e neste Up-To-Date 117 apontam para a necessidade de tratar os gastos fixos como "FIXOS" e não como variáveis. Os gastos fixos são tratados como variáveis sempre que: a) representados por um percentual sobre o PVU ou sobre a RT, e b) rateados com base em qualquer critério. Portanto, ao tratarmos os gastos fixos como variáveis desqualificaremos quaisquer simulações elaboradas como as que apresentamos nos textos sobre break even point. COMENTÁRIO 2 Uma empresa poderá ter diversas unidades de negócio com vários produtos em cada uma destas unidades. Além do mais, cada unidade tem uma média de margem de contribuição particular. O que fazer? Resposta: Aplicar a metodologia do BEP em valor para cada unidade de negócio. 13

Porém, existe um problema. Para que os resultados apresentados pela metodologia do BEP em valor sejam consistentes, cada unidade deverá considerar seus próprios gastos fixos identificados. São aquelas gastos fixos que desaparecem expontaneamente caso a unidade de negócio seja fechada. Neste caso, como ficam os gastos fixos indiretos? Resposta: Se cada unidade de negócio trabalhar no ponto de equilíbrio com lucro zero, a empresa operará com um prejuízo contábil do tamanho dos gastos fixos indiretos. Portanto, cada unidade de negócio precisará trabalhar com um lucro suficiente para que todas as unidade juntas possam pelo menos absorver os gastos fixos indiretos (e também oferecer um lucro mínimo para os acionistas). 14