PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO



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Transcrição:

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO EDITAL 013/2010 - PROJETO BRA/06/032 CÓDIGO: QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL O Projeto BRA/06/032 comunica que estará procedendo a contratação de consultoria individual, pessoa física, na modalidade produto, para prestar apoio técnico para subsidiar a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República na elaboração de estudo sobre o sistema de financiamento da qualificação profissional no Brasil, apresentando diagnóstico da realidade atual, internacional e nacional, e propondo mudanças institucionais necessárias para ampliar a oferta de qualificação profissional, garantindo o ingresso e a permanência de trabalhadores no segmento formal do mercado de trabalho. Os interessados deverão enviar curriculum detalhado, no formato Word, para o e-mail: sae.selecao@planalto.gov.br, até o dia 28/04/2010, às 17h, com o código QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL no título da mensagem. A não-inclusão deste código eliminará automaticamente o candidato da seleção. Esta seleção será efetuada mediante processo seletivo simplificado, com base na Portaria MRE nº 717, de 09/12/2006 e no Decreto nº 5.151, de 22 de julho de 2004 e terá validade de um ano. O processo seletivo se dará em Brasília e os custos de transporte, hospedagem e alimentação, se necessário, são de responsabilidade do candidato. Os gastos com transferência de domicílio, se necessários, são de responsabilidade do selecionado. É vetados a contratação de pessoas com contrato vigente com Organismo Internacional, ou sem o cumprimento dos interstícios exigidos para nova contratação, conforme Art. 21, 5º, da Portaria MRE nº 717, de 09/12/2006. A qualquer tempo, os presentes editais poderão ser alterados, revogados ou anulados, no todo ou em parte, seja por decisão unilateral da Direção Nacional do Projeto, seja por interesse público ou de exigência legal, sem que isso implique em direitos a indenização e/ou reclamação de qualquer natureza. A execução dos trabalhos previstos não implica em qualquer relação de emprego ou vínculo trabalhista, sendo, portanto, regido sem subordinação jurídica conforme prevê o 9º do Artigo 4º do decreto nº 5.151/2004. OBS: Nos termos do Artigo 7º, do Decreto nº 5.151/2004 É vetada a contratação, a qualquer título, de servidores ativos da Administração Pública Federal, Estadual, do Distrito Federal ou Municipal, direta ou indireta, bem como empregados de suas subsidiárias ou controladas, no âmbito dos Projetos de cooperação técnica internacional.

TERMO DE REFERÊNCIA FINANCIAMENTO DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL NO BRASIL 1. Função no Projeto Técnico especialista 2. Nosso Número 3. Antecedentes O projeto BRASIL 3 TEMPOS BRA/06/032, executado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR), tem como objetivo desenvolver estratégias e ações nacionais, que permitam ao governo brasileiro articular-se com os diferentes setores da sociedade civil com vistas à implementação de políticas públicas de longo prazo que promovam o crescimento econômico do país acompanhado de inclusão social. Estas ações serão desenvolvidas por meio de estudos, produtos e eventos sobre temas de grande importância para o planejamento estratégico do país. As políticas de trabalho, emprego e renda no Brasil são determinantes para a construção de um modelo de desenvolvimento que tenha por base a ampliação permanente de oportunidades sociais e econômicas e, dessa forma, apresentam-se como tema estratégico para o desenvolvimento nacional. O mercado de trabalho brasileiro projeta-se para uma década marcada pelo contínuo avanço tecnológico e pela maior competitividade das empresas. Nesse cenário, um dos principais desafios para as políticas públicas de emprego e renda será ampliar a oferta de qualificação profissional, garantindo o ingresso e a permanência de trabalhadores no segmento formal e o consequente equilíbrio da relação entre capital e trabalho. O sistema de qualificação profissional insere-se no Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda SPETR, cujo funcionamento também apresenta inadequações a serem sanadas, tais como sua natureza desintegrada, sua baixa eficácia em termos macroeconômicos e sua atuação primordial sobre os condicionantes do lado da oferta do mercado de trabalho. As políticas tradicionais do SPETR não estão sendo capazes de lidar com o dinamismo do mercado e com as transformações recentes no campo do trabalho. São necessárias, portanto, inovações institucionais que fomentem a integração e a articulação do SPETR, formando um todo coerente que possa englobar políticas de seguro-desemprego, intermediação de mão-de-obra, qualificação e certificação profissional e geração de emprego e renda. A questão relacionada à qualificação profissional, no entanto, apresenta-se, principalmente sob a ótica do financiamento, como o principal desafio do sistema e deve ser objeto de estudo e reflexão. De acordo com pesquisa do IPEA, há uma disponibilidade atual de 24,8 milhões de trabalhadores, dos quais 19,3 milhões possuem qualificação e experiência profissional. Ou seja, 22,2% dos trabalhadores não possuem qualificação adequada aos níveis considerados necessários pela demanda existente. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego MTE acerca do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda SPETR demonstram que, no ano de 2008, 5,98 milhões de trabalhadores se inscreveram no Sistema Nacional de Emprego - Sine e 2,5 milhões de postos de trabalho foram ofertados ao Sine por empregadores. Desse montante, apenas 1,06 milhões de trabalhadores 17% do total foram colocados no mercado de trabalho e 1,46 milhões das vagas oferecidas - 58% do total não foram preenchidas.

Tais números indicam inusitado paradoxo no SPETR: grande parcela das vagas de emprego ofertadas não é preenchida e, paralelamente, a maior parte dos trabalhadores inscritos no sistema não é contratada. Existem vagas e trabalhadores dispostos a preenchê-las, mas ambos não convergem. Dentre as principais causas para tal situação encontra-se o nível de qualificação do trabalhador abaixo do exigido. A educação, em seu aspecto mais geral, é ferramenta que proporciona expansão da produtividade e da renda do trabalhador. Desde a década de 1960, resultados de estudos demonstram que, em média, no Brasil, a cada ano adicional de estudo, tem-se acréscimo de renda de mais de 10%. Além disso, a educação relaciona-se com o desemprego. Quanto maior o nível educacional de um indivíduo, maiores suas chances de estar empregado. Apesar dos impasses metodológicos acerca dos efeitos da educação sobre o desenvolvimento, com exemplos internacionais de baixo crescimento aliado à boa educação, há relativo consenso quanto ao fato de que restrições na quantidade, qualidade e distribuição da educação são severos condicionantes ao crescimento. E cada vez mais isso é patente no mundo em que a tecnologia sofre intensas mudanças o tempo todo. Só quem possui formação mais consistente consegue aprender e articular o novo em um ritmo aceitável. No que concerne à especificidade e importância da qualificação profissional no Brasil, pode-se constatar um aspecto de via de mão dupla. Ao mesmo tempo em que a maior competitividade e lucratividade permitem às firmas oferecer empregos mais bem remunerados, são trabalhadores mais qualificados e com maior permanência nas empresas que ajudam a construir essa competitividade. Ou seja, a qualidade de mão-de-obra e o desempenho tecnológico e competitivo da economia brasileira são elementos que se retroalimentam. É difícil quantificar com precisão a oferta de qualificação profissional no Brasil, mas ainda se gasta pouco em treinamento de mão-de-obra e o volume de investimentos estatais na qualificação profissional é insuficiente. Segundo estudo do IPEA, a oferta de treinamento deve chegar a aproximadamente 20% da PEA, o que corresponderia para cada trabalhador brasileiro a uma chance de treinamento em cada cinco anos. Basicamente, as atividades de intermediação de mão-de-obra e de formação profissional dependem de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT, que desde a Constituição de 1988 reúne os fundos do sistema PIS/Pasep. A partir de 1995, houve forte aumento das despesas do FAT em razão do crescimento do segurodesemprego. O BNDES manteve a sua parcela constitucional de 40% e retenções de parte da receita bruta do PIS/Pasep passaram a alocar recursos dos objetivos para os quais o FAT foi criado, primeiramente com o Fundo Social de Emergência FSE, rebatizado de Fundo de Estabilização Fiscal FEF, e, atualmente, Desvinculação de Receitas da União DRU. A arrecadação primária do FAT não corresponde, portanto, ao total da arrecadação do PIS/Pasep em face das desvinculações, que chegam a 20% da arrecadação e da destinação de 40% ao BNDES. Para além de questões de capacidade gerencial de programas governamentais, é importante observar que seu nível de execução está relacionado à dinâmica de liberação de recursos que, submetida a contingenciamentos relativos, tende a afetar mais as despesas discricionárias, particularmente as que não se referem a ações continuadas, promovendo efeitos nocivos a projetos de qualificação e de fomento ao empreendedorismo, em detrimento de, por exemplo, programas de seguro-desemprego e de abono salarial. Além disso, os limites fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego não permitem o aumento das despesas com qualificação e formação. Deve-se buscar, nesse sentido, a formulação e a articulação de políticas públicas que fortaleçam o sistema de capacitação profissional para a geração de oportunidades mais equânimes no mercado de trabalho. Os objetivos finais devem ser o maior preenchimento das vagas oferecidas pelo Sistema Nacional de Intermediação de Mão-de-obra (Sine) e o alcance da convergência entre

oferta e demanda em um sistema de qualificação que alcance o financiamento de cursos para 100% dos trabalhadores que procuram emprego. O grande desafio do estudo em questão será, portanto, analisar a realidade atual do sistema de da qualificação profissional no Brasil, a partir de experiências internacionais, com ênfase no financiamento dos modelos de qualificação, apresentando-se ao final um conjunto de providências necessárias ao aperfeiçoamento das atividades relacionadas ao objeto da consultoria. 4. Número do resultado no PRODOC A contratação desse estudo será realizada com base no produto 1.9. do PRODOC, que prevê a elaboração de conjunto de subsídios para a formulação e implementação de políticas públicas nacionais de valorização do trabalho, qualificação do trabalhador e incremento da produtividade. 5. Objetivo da consultoria O projeto visa à contratação de um consultor (pessoa física) especializado para elaborar estudo sobre o sistema de financiamento da qualificação profissional no Brasil, apresentando diagnóstico da realidade atual, internacional e nacional, e propondo mudanças institucionais necessárias para ampliar a oferta de qualificação profissional, garantindo o ingresso e a permanência de trabalhadores no segmento formal do mercado de trabalho. 6. Descrição das atividades 6.1. Elaboração de Plano de Trabalho. 6.1.1. Documento de descrição dos produtos previstos que contenha detalhamento das atividades com informações técnicas necessárias à sua execução, validado por meio de workshop. 6.2. Contextualização, diagnóstico e análise, a partir de comparações internacionais, da realidade do sistema de qualificação profissional no Brasil, considerando o modelo institucional vigente. 6.2.1. Comparação da conjuntura atual do sistema de qualificação profissional com sistemas de países selecionados. 6.2.2. Relatório de análise da realidade nacional sobre o sistema de qualificação profissional. 6.2.3. Análise sobre os problemas encontrados quanto ao financiamento do sistema de qualificação profissional. 6.2.4. Análise geral sobre os gastos realizados com recursos do FAT por parte do BNDES e a partir da Desvinculação de Receitas da União DRU. 6.2.5. História, contexto e tendências regulatórias do sistema de qualificação profissional no Brasil. 6.2.6. Realização de workshop para validação do relatório. 6.3. Mudanças institucionais necessárias à solução dos problemas relacionados ao financiamento do sistema de qualificação profissional. 6.3.1. Propostas de mudanças institucionais para fazer frente aos desafios do setor, com especial atenção a alternativas inovadoras de financiamento da qualificação profissional no país. 6.3.2. Propostas, validadas por meio de um workshop, de mudanças institucionais para fazer frente aos desafios do sistema. 6.4. Elaboração de Relatório Final

6.4.1. Relatório completo do estudo, que contenha a contextualização, diagnóstico e análise da realidade do sistema de qualificação profissional no Brasil e propostas, diretrizes e mudanças institucionais para fazer frente aos desafios do sistema, incluindo-se análise objetiva da comparação internacional. 6.4.2. Resumo de todo o trabalho e apontamento de todos os atores e empresas consultadas, pesquisas desenvolvidas e documentos elaborados. 6.4.3. Realização de workshop para validação do relatório final e do resumo de trabalho. 7. Produtos Esperados Produto 1: Plano de Trabalho A elaboração do Plano de Trabalho que deverá conter o detalhamento das atividades a serem desenvolvidas com base na descrição dos produtos a serem entregues pelo consultor contratado previstos no presente edital. O documento deverá contemplar, de forma clara e completa, as informações técnicas necessárias para execução do estudo em questão, contemplando documentos a serem consultados, entrevistas, pesquisas, etc. Este Plano de Trabalho será validado por meio de um workshop. Produto 2: Relatório de contextualização, diagnóstico e análise, a partir de comparações internacionais, da realidade do sistema de qualificação profissional no Brasil, considerando o modelo institucional vigente Relatório acerca da conjuntura atual do sistema de qualificação profissional, no qual se compara o diagnóstico da realidade brasileira com sistemas de ao menos 2 (dois) países da América do Sul (exceto Brasil), 2 (dois) países da Europa e 1 (um) país na Ásia, principalmente no que concerne aos modelos institucionais e eficácia do sistema. A definição dos países a serem analisados será feita na fase inicial de elaboração do Plano de trabalho e será realizada com a participação da equipe técnica da SAE. De forma introdutória, deverá ser realizada explicação geral sobre a forma de funcionamento do sistema de qualificação profissional no Brasil e quais são os principais problemas que envolvem o sistema, com ênfase nos desafios e oportunidades existentes. As informações devem incluir breve histórico do processo de formação, as atribuições de cada ator, as relações, as formas e instrumentos de execução dos arranjos organizacionais. O relatório deverá apresentar análise sobre os problemas encontrados quanto ao financiamento do sistema de qualificação profissional. O relatório deverá incluir ainda análise geral sobre os gastos realizados com recursos do FAT por parte do BNDES e a partir da Desvinculação de Receitas da União DRU. O relatório deverá dispor sobre a história, contexto e tendências regulatórias do sistema de qualificação profissional no Brasil. Este relatório será validado por meio de um workshop. Produto 3: Relatório de propostas de mudanças institucionais necessárias à integração do sistema público de emprego, trabalho e renda Com base nos resultados do produto 2, o consultor deverá apresentar relatório contendo propostas de mudanças institucionais necessárias para fazer frente aos desafios do setor, com especial atenção a alternativas inovadoras de financiamento da qualificação profissional no país. Este relatório será validado por meio de um workshop.

Produto 4: Relatório Final Com base nos resultados dos produtos 2 e 3, o consultor deverá apresentar um relatório completo do estudo, que contenha, na sua primeira parte, a contextualização, diagnóstico e análise da realidade do sistema de qualificação profissional, com informações sobre o modelo institucional vigente, incluindo-se uma análise objetiva da comparação internacional, conforme descrito no produto 2. Na segunda parte, devem ser apresentadas propostas de mudanças institucionais para fazer frente aos desafios do sistema de qualificação profissional e de seu financiamento e um conjunto de providências que devem ser adotadas para aperfeiçoar as atividades relacionadas ao objeto da consultoria com especial atenção ao desenvolvimento de um sistema universal de qualificação profissional. Nesta atividade, o consultor deverá incluir ainda um resumo de todo o trabalho realizado neste projeto, além de apontar todos os atores e empresas consultadas, pesquisas desenvolvidas e documentos elaborados. Tanto o relatório final quanto o resumo de trabalho serão validados por meio de um workshop. 7.1 Roteiro Todos os produtos, ao serem entregues, deverão estar acompanhados de um roteiro detalhado em que se identifiquem as etapas percorridas em cada um dos levantamentos executados, ou seja, deverão conter informações sobre instituições e pesquisadores contatados com data, local e atividade cumpridas, bem como dados de contato (nome completo, endereço, telefone, e-mail, CPF e RG). 7.2 Formato dos Produtos O material deverá ser disponibilizado para a Secretaria de Assuntos Estratégicos SAE em duas vias impressas e em meio digital nos formatos:.xls.doc.pdf.jpg e apresentar conteúdo e linguagem compatíveis com sua destinação, em língua portuguesa, devidamente digitado e formatado, contendo a relação de obras consultadas de acordo com as recomendações normativas da ABNT. Quadros e tabelas deverão conter a fonte dos dados apresentados. Em todas as páginas deverá constar a rubrica do responsável pelo produto. A formatação deverá seguir as seguintes recomendações: fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento entre linhas 1½, margens superior e esquerda de 2½ cm e margens direita e inferior de 2 cm. 8. Qualificações O consultor deverá apresentar as seguintes qualificações (classificatórias e pontuáveis): Nível superior completo; mínimo de 05 anos de experiência na área de estudos sobre trabalho, emprego e renda; Serão considerados como diferencias na seleção dos candidatos (pontuáveis):

experiência na articulação com o setor produtivo e com instituições governamentais e/ou não-governamentais relacionadas com formulação, avaliação e monitoramento de políticas públicas voltadas para a área de trabalho, emprego e renda; estudos e artigos publicados em periódicos especializados, na área de trabalho, emprego e renda; doutorado, ou doutorado em andamento (ao menos dois anos completados), em Direito e/ou Economia com ênfase nas áreas de trabalho, emprego e renda; 9. Insumos As diárias e passagens aéreas para execução das atividades serão custeadas pelo Projeto, desde que previamente aprovadas pelo Diretor Nacional do Projeto. 10. Supervisor A supervisão do contratado será feita pelo Diretor de Programas da Subsecretaria de Ações Estratégicas da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República. 11. Local de trabalho O consultor poderá ter sede em qualquer Estado da Federação, desde que o mesmo possa se deslocar a Brasília quando for solicitado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos, para reuniões de monitoramento do estudo. 12. Data de Início Previsão na segunda quinzena de abril de 2010. 13. Data de Término Previsão na segunda quinzena de julho/agosto de 2010. 14. Produtos Honorários Os pagamentos serão feitos mediante a entrega e aprovação dos produtos atestados pela direção do Projeto. Os pagamentos recebidos pelos consultores são passíveis de tributação, de acordo com a legislação brasileira vigente. É responsabilidade dos contratados fazerem os devidos recolhimentos. À Contratante, reserva-se o direito de recusar o pagamento se, no ato do atesto, os serviços prestados estiverem em desacordo com as especificações apresentadas e aceitas. Este contrato terá vigência prevista de 120 dias com possibilidade de prorrogação, sem ônus para o governo, desde que mediante justificativa consubstanciada em relatório, devidamente aprovado pelo Diretor do Projeto. O contrato decorrente deste Termo de Referência terá duração de 120 dias, distribuídos da seguinte forma: Produtos Esperados Cronograma de entrega dos produtos (a partir do início do contrato) Remuneração 14.1. Plano de trabalho. 20 dias 10%

14.2. Contextualização, diagnóstico e análise, a partir de comparações internacionais, da realidade do sistema de qualificação profissional no Brasil, considerando o modelo institucional vigente. 14.3. Relatório sobre Mudanças institucionais necessárias à solução dos problemas relacionados ao financiamento do sistema de qualificação profissional. 70 dias 30% 100 dias 20% 14.4. Relatório Final. 120 dias 40% Total 120 dias O Contratado só poderá iniciar a elaboração dos produtos previstos nos itens 14.2 e 14.3 após a validação do item 14.1 pela Comissão de Acompanhamento. O início da elaboração do item 14.4 só poderá ocorrer após a validação dos itens 14.2 e 14.3 pela mesma Comissão. A Secretaria de Assuntos Estratégicos SAE será responsável pela formação da referida Comissão de Acompanhamento, composta por representantes da SAE/PR. Poderão ser convidados a integrar esta Comissão a critério da SAE representantes de outros órgãos da iniciativa pública ou privada. A Comissão será responsável pela definição de critérios para análise e aceitação dos produtos previstos e deverá acompanhar e fiscalizar os serviços contratados. Deverá, também, aferir os produtos por meio de workshops a serem realizados pela SAE, com apoio, caso integrem a Comissão, de outros órgãos da iniciativa pública ou privada. 15. Valor total dos serviços 16. Número de parcelas Quatro parcelas 17. Linha Orçamentária 017.01