Prefeitura Municipal de Guaratinga 1 Quarta-feira Ano Nº 1711 Prefeitura Municipal de Guaratinga publica: Processo Administrativo nº 005/2017 - Servidor interessado: Ezequiel Santana Santos Processo Administrativo nº 018/2017 - Servidor interessado: Gleyce Moreira Fernandes Gestor - Christine Pinto Rosa / Secretário - Governo / Editor - Ass. de Comunicação Av. Juscelino Kubitschek, 589
Quarta-feira 2 - Ano - Nº 1711 Guaratinga Licitações Processo Administrativo nº 005/2017 Servidor interessado: Ezequiel Santana Santos Vistos, etc., os presentes autos, verifiquei que: O Chefe do Setor de Recursos Humanos, mediante denúncia contida no Ofício nº 025/2017 do respectivo setor, dirigida à Procuradoria Jurídica, informou ter analisado a pasta funcional do servidor Ezequiel Santana Santos, constatando que mediante o Decreto nº 263-C de 26 de janeiro de 2016, o mesmo foi nomeado para o cargo de vigilante, por ter sido aprovado no concurso público nº 001/2011, tendo tomado posse em 16 de fevereiro de 2016, na forma do respectivo termo. Verifica-se que o mesmo foi aprovado em 5º lugar, como excedente, para o cargo de vigilante, tendo sido ignorada a ordem de classificação. De acordo com Decreto nº 095/2011, a homologação do certame se deu em 07 de abril de 2011, portanto, o prazo de validade expirou em 07 de abril de 2013. A Procuradoria Geral do Município, em parecer jurídico nº 005/2017, opinou pela apuração, mediante processo administrativo, dos fatos, com ulterior declaração de nulidade do ato administrativo discutido, caso confirmado o que apontam os indícios. Mediante Portaria nº 009/2017, determinei a instauração de Processo Administrativo a fim de apurar a legalidade do ato administrativo que nomeou em cargo efetivo de vigilante o servidor Ezequiel Santana Santos. Iniciados os trabalhos pela Comissão, a mesma realizou a citação do servidor, o qual apresentou defesa no prazo legal, sendo intimado para interrogatório, não comparecendo, intimado o servidor para apresentar alegações finais, este não as apresentou, intimado seu Sindicato para apresentar as alegações finais, nomeado em respeito à ampla defesa, este também não as apresentou, confeccionado relatório final pela Comissão, segue o processo para decisão.
Guaratinga Quarta-feira 3 - Ano - Nº 1711 É o relatório. No ordenamento jurídico pátrio, o prazo de validade do concurso público, é previsto em norma constitucional, qual seja, o art. 37, inciso III, da Constituição Federal de 1988. Litteris : Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; (grifamos) Seguindo o mandamento constitucional, o Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Município de Guaratinga Lei Complementar nº. 585/2011, assim dispõe sobre o tema: Art. 11 - O prazo de validade do concurso público terá validade de até 2 anos, podendo ser prorrogado uma única vez por igual período. Da leitura do dispositivo legal acima, percebe-se que o concurso público no âmbito desta Municipalidade terá validade por período máximo de 04 (quatro) anos, NEM UM DIA A MAIS! Urge salientar, que o prazo de validade do Concurso Público previsto no Edital nº. 002/2011, publicado em 17/01/2011 (edição nº. 534 do D.O.M.), foi de 2 (dois) anos, a contar da publicação da homologação, prorrogável uma vez por igual período. Litteris : 18.9 O prazo de validade deste Concurso é de 02 (dois) anos, a contar da publicação da homologação, prorrogável uma vez por igual período (Inciso III, do Art. 37, da Constituição Federal). (g.n.)
Quarta-feira 4 - Ano - Nº 1711 Guaratinga Assim, tendo em vista que a homologação do resultado do Concurso Público em comento se deu no dia 25 de abril de 2011 (marco inicial da contagem do prazo de validade), com a publicação do Decreto nº. 095, de 07 de abril de 2011, e que a Administração não editou ato administrativo prorrogando sua validade, temos que seu prazo de validade expirou-se no dia 25/04/2013. Neste diapasão, se o prazo decadencial para investidura de aprovado em cargo público é o próprio prazo de validade do certame, no caso em análise, o fundo de direito do candidato Ezequiel Santana Santos para pretensão de nomeação no cargo público a que concorreu foi fulminado na data em que expirou-se o prazo de validade do aludido concurso público. O entendimento ora defendido encontra guarida na Jurisprudência do Colendo Superior Tribunal de Justiça, consoante se extrai, dentre outros, do AgRg no RMS 45705 / MG, Rel. Min. Sérgio Kukina, 1ª turma, julgado em 04/10/2016, DJe 19/10/2016). Dessa forma, temos que o ato de nomeação em análise infringiu os dispositivos legais e editalícios acima transcritos, sendo nulo de pleno direito, ex vi art. 37, º 2, da Constituição Federal. Ressalte-se, ainda, que a nomeação ora analisada, realizada no ano de 2016, em consequência de aprovação em concurso público realizado pelo Município de Guaratinga em 2011, somente seria possível (LEGAL), em hipótese de cumprimento a decisão judicial, o que não é o caso. Em consulta ao resultado do concurso público, constatamos que o servidor Ezequiel Santana Santos prestou concurso para o cargo público de VIGILANTE (código 083), para lotação inicial no Fórum.
Guaratinga Quarta-feira 5 - Ano - Nº 1711 Ante o exposto e mais que dos autos consta, decido declarar a nulidade do ato administrativo de nomeação em cargo efetivo do candidato Ezequiel Santana Santos (Decreto nº. 263-C de 26 de janeiro de 2016), assim como todos os atos dele derivados, pois eivados de vícios insanáveis, consistentes na violação dos seguintes dispositivos legais: Art. 37, II e III, da CF; art. 11 da Lei Complementar Municipal 585/2011; e item 18.9 do Edital 002/2011 (que regulou o concurso público). Guaratinga, Bahia, 21 de junho de 2017. Christine Pinto Rosa Prefeita Municipal
Quarta-feira 6 - Ano - Nº 1711 Guaratinga Processo Administrativo nº 018/2017 Servidor interessado: Gleyce Moreira Fernandes Vistos, etc., os presentes autos, verifiquei que: O Chefe do Setor de Recursos Humanos, mediante denúncia contida no Ofício nº 025/2017 do respectivo setor, dirigida à Procuradoria Jurídica, informou ter chegado ao conhecimento da Administração Pública Municipal, por meio do recadastramento, que através do Decreto nº 301-D de 01 de abril de 2016, foi nomeada Gleyce Moreira Fernandes para o cargo efetivo de auxiliar de serviços gerais, por ter sido aprovada no concurso público nº 001/2011, tendo tomado posse em 11 de abril de 2016, na forma do respectivo termo. Verifica-se, que a mesma foi aprovada em 14º lugar, como excedente, para o cargo de auxiliar de serviços gerais zelador, sendo desrespeitada a ordem de classificação quando da nomeação. A mesma não tem pasta funcional e estava sendo remunerada como contratada. De acordo com Decreto nº 095/2011, a homologação do certame se deu em 07 de abril de 2011, portanto, o prazo de validade expirou em 07 de abril de 2013. A Procuradoria Geral do Município, em parecer jurídico nº 018/2017, opinou pela apuração, mediante processo administrativo, dos fatos, com ulterior declaração de nulidade do ato administrativo discutido, caso confirmado o que apontam os indícios. Mediante Portaria nº 022/2017, determinei a instauração de Processo Administrativo a fim de apurar a legalidade do ato administrativo que concedeu posse à servidora Gleyce Moreira Fernandes, referente ao concurso nº 001/2011. Iniciados os trabalhos pela Comissão, a mesma realizou a citação da servidora, a qual apresentou defesa no prazo legal, tendo sido interrogada a servidora, esta apresentada suas alegações finais, a Comissão realizado relatório final e agora segue para decisão. É o relatório.
Guaratinga Quarta-feira 7 - Ano - Nº 1711 No ordenamento jurídico pátrio, o prazo de validade do concurso público, é previsto em norma constitucional, qual seja, o art. 37, inciso III, da Constituição Federal de 1988. Litteris : Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; Seguindo o mandamento constitucional, o Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Município de Guaratinga Lei Complementar nº. 585/2011, assim dispõe sobre o tema: Art. 11 - O prazo de validade do concurso público terá validade de até 2 anos, podendo ser prorrogado uma única vez por igual período. Da leitura do dispositivo legal acima, percebe-se que o concurso público no âmbito desta Municipalidade terá validade por período máximo de 04 (quatro) anos, NEM UM DIA A MAIS! Urge salientar, que o prazo de validade do Concurso Público previsto no Edital nº. 002/2011, publicado em 17/01/2011 (edição nº. 534 do D.O.M.), foi de 2 (dois) anos, a contar da publicação da homologação, prorrogável uma vez por igual período. Litteris : 18.9 O prazo de validade deste Concurso é de 02 (dois) anos, a contar da publicação da homologação, prorrogável uma vez por igual período (Inciso III, do Art. 37, da Constituição Federal). (g.n.)
Quarta-feira 8 - Ano - Nº 1711 Guaratinga Assim, tendo em vista que a homologação do resultado do Concurso Público em comento se deu no dia 25 de abril de 2011 (marco inicial da contagem do prazo de validade), com a publicação do Decreto nº. 095, de 07 de abril de 2011, e que a Administração não editou ato administrativo prorrogando sua validade, temos que seu prazo de validade expirou-se no dia 25/04/2013. Neste diapasão, se o prazo decadencial para investidura de aprovado em cargo público é o próprio prazo de validade do certame, no caso em análise, o fundo de direito da candidata Gleyce Moreira Fernandes para pretensão de nomeação no cargo público a que concorreu foi fulminado na data em que expirou-se o prazo de validade do aludido concurso público. O entendimento ora defendido encontra guarida na Jurisprudência do Colendo Superior Tribunal de Justiça, consoante se extrai, dentre outros, do AgRg no RMS 45705 / MG, Rel. Min. Sérgio Kukina, 1ª turma, julgado em 04/10/2016, DJe 19/10/2016). Dessa forma, temos que o ato de nomeação em análise infringiu os dispositivos legais e editalícios acima transcritos, sendo nulo de pleno direito, ex vi art. 37, 2º, da Constituição Federal. Ressalte-se, ainda, que a nomeação ora analisada, realizada no ano de 2016, em consequência de aprovação em concurso público realizado pelo Município de Guaratinga em 2011, somente seria possível (LEGAL), em hipótese de cumprimento a decisão judicial, o que não é o caso. Em consulta ao resultado do concurso público, constatamos que a servidora Gleyce Moreira Fernandes prestou concurso para o cargo público de AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS ZELADOR (código 082), para lotação inicial no Fórum. Ante o exposto e mais que dos autos consta, decido declarar a nulidade do ato administrativo de nomeação em cargo efetivo da candidata Gleyce Moreira Fernandes
Guaratinga Quarta-feira 9 - Ano - Nº 1711 (Decreto nº. 301-D/2016), assim como todos os atos dele derivados, pois eivados de vícios insanáveis, consistentes na violação dos seguintes dispositivos legais: Art. 37, II e III, da CF; art. 11 da Lei Complementar Municipal 585/2011; e item 18.9 do Edital 002/2011 (que regulou o concurso público). Guaratinga, Bahia, 27 de abril de 2017. Christine Pinto Rosa Prefeita Municipal