REVISÃO DE CONCEITOS DE EVOLUÇÃO ESTELAR AGA0299

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Transcrição:

REVISÃO DE CONCEITOS DE EVOLUÇÃO ESTELAR AGA0299

DEFINIÇÕES Fluxo e Luminosidade Distâncias no céu Magnitudes ( é o fluxo de referência (zero-point) para um dado filtro fotométrico) Módulo de distância

ESPECTROS ESTELARES

FILTROS FOTOMÉTRICOS Índice de cor: diferença entre magnitudes em bandas diferentes, a banda mais azul menos a banda mais vermelha.

Uma estrela de tipo espectral B tem cor B-V menor ou maior do que uma estrela de tipo espectral K?

Considere uma estrela tipo A a 1 pc de distância e outra estrela tipo A a 100pc de distância. Elas são observadas com cores B-V e V-I iguais ou diferentes? Por que?

OBSERVANDO A EVOLUÇÃO ESTELAR Quais (outros) parâmetros possíveis que podem ser representados nos eixos x e y?

OBSERVANDO A EVOLUÇÃO ESTELAR http://sci.esa.int/gaia/56388-gaia-first-hertzsprung-russell-diagram/

PROJETO GAIA Missão astrométrica da ESA (2013 2019) http://sci.esa.int/gaia The main goal of the Gaia mission is to make the largest, most precise three-dimensional map of our Galaxy by surveying an unprecedented one per cent of the galaxy's population of 100 billion stars."

MEDINDO DISTÂNCIAS: PARALAXE TRIGONOMÉTRICA

Paralaxe fotométrica ou espectroscópica (m M) 0 = 5 log 10 d 5

Quais as fases evolutivas estão sendo observadas?

Porque algumas regiões do diagrama são mais densas" (tem mais estrelas) do que outras? Revisando Evolução Estelar Annual Review of Astronomy And Astrophysics, Vol 26, 1988

Quando podemos usar magnitude aparente no eixo y?

quando a distância entre as estrelas do aglomerado (ou galáxia) é muito menor do que a distância entre o aglomerado e o observador, podemos usar cor versus magnitude aparente

https://commons.wikimedia.org/wiki/file:stellar_evolutionary_tracks-en.svg

Evolução Estelar M < ~0.075 Msun: Brown Dwarfs. Não queimam H. Sequência Principal (MS de Main Sequence) M ~ 0.075 Msun: Massa mínima para queima de H (metalicidade solar!) M < ~0.3-0.4 Msun: Very Low Mass Stars (VLM). Inteiramente convectivas. Energia por cadeia pp1 apenas. Fase de queima de H maior do que o tempo de Hubble. 0.4 < M < 1.3 Msun: Low Main Sequence. Produção de energia dominante é cadeia pp. > ~1.2-1.3 Msun: Upper Main Sequence. Produção de energia dominante é ciclo CNO. Todos os valores referem-se a metalicidade solar. Salaris & Cassisi, 2005, John Wiley & Sons Ltd.

Evolução Estelar Pós-sequência Principal (PMS de Pos Main Sequence) M < ~2.3 Msun: Low Mass Stars. Inicia a queima de He em núcleo degenerado. Flash do Hélio. ~2.3 < M < ~8Msun: Intermediate-mass. Não desenvolve núcleo degenerado de He mas desenvolve núcleo degenerado de CO. M > ~8 Msun: Massive stars. Não passa por fases com núcleo degenerado. SGB: Sub Giant Branch. Transição entre MS e RGB. GB: Giant Branch (RGB de Red para massas baixas e intermediárias). Principal fonte de energia é queima de H em camadas. Primeiro dredge-up. Todos os valores referem-se a metalicidade solar. Salaris & Cassisi, 2005, John Wiley & Sons Ltd.

Evolução Estelar Pós-sequência Principal (cont.) HB: Horizontal Branch. Queima de He no núcleo e queima de H em camadas. Fase mais longa depois da MS. Instability trip, RR Lyrae e Cefeidas clássicas. AGB: Asymptotic Giant Branch. Queima de He e H em camadas. M <~ 2.5Msun: low mass AGB stars (para estrelas mais massivas o termo asymptotic não tem significado morfológico). Segundo dredge-up para AGB mais massivas que 3-5 Msun. TP-AGB: Thermally pulsing AGB. AGBs que desenvolvem núcleos degenerados passam por uma fase de importantes pulsações. Terceiro dredge-up em estrelas mais massivas que 1.2-1.5Msun. Após a fase AGB, a estrela evolve para PN e WD (massas baixas e intermediárias) ou SN II (massivas) Todos os valores referem-se a metalicidade solar. Salaris & Cassisi, 2005, John Wiley & Sons Ltd.

Transporte de energia em estrelas da MS Fig. 22.7 de Kippenhahn & Weigert

Dredge up Primeiro: durante a fase de RGB, a camada convectiva aumenta em direção ao centro; em sua máxima profundidade, mistura elementos da queima de H durante a MS com a superfície, 3 He, CNO; conforme a camada de queima de H sobe, a base da camada convectiva recede, sem overlap (seção 5.9.2 em Salaris & Cassisi 2005) Segundo: early-agb de estrelas mais massivas que ~4Msun, conforme a camada de queima de He avança, o envelope de H esfria e expande, e a camada convectiva novamente aumenta de profundidade (seção 7.2) Terceiro: durante os pulsos térmicos da fase Thermally Pulsing da AGB (TP-AGB; camadas de queima de He são ligados" e "desligados"; seção 7.2.1) Salaris & Cassisi, 2005, John Wiley & Sons Ltd.

https://web.njit.edu/~gary/321/lecture13.html

Modelos de Evolução Estelar https://quantumredpill.wordpress.com/2013/03/29/stellar-modelling/

TRAJETÓRIAS EVOLUTIVAS Effect of He diffusion on evolutionary tracks, from Proffitt & VandenBerg (1991, ApJS, 77, 473).

Iso ( mesma ) crona ( idade ) Dada uma população estelar simples: um conjunto de estrelas quimicamente homogêneas que se formaram exatamente juntas; cada estrela segue a evolução no HR descrita pela sua massa. A partir de modelos de evolução estelar, calculamos trajetórias evolutivas e isócronas. Salaris & Cassisi 2005 Uma isócrona de idade t mostra o locus no diagrama HR (CMD) que essa população ocupa quando atinge essa idade.

Salaris & Cassisi 2005 Evolução Estelar Isócronas

QUANTIDADES MENSURÁVEIS VS. ESTIMADAS HRD vs CMD?

Born-again AGB scenario. FG Sagittae (B4 em 1955, G em 1991, K em 2007) Salaris & Cassisi 2005 Evolução Estelar Trajetórias Evolutivas: normais" e raras

Comente sobre as semelhanças ou diferenças entre os CMDs NGC104