AVALIAÇÃO DOS MACRONUTRIENTES NO CRESCIMENTO INICIAL DE PLÂNTULAS DE Peltophorum dubium (Spreng.) Taubert Mário do Nascimento Teles Ritter¹; Marcos Giongo² Nome do Aluno¹; Nome do Orientador² ¹Aluno do Curso de Engenharia Florestal; Campus de Gurupi; e-mail: mariotelesritter@gmail.com. PIBIC/UFT ²Orientador(a) do Curso de Engenharia Florestal; Campus de Gurupi; e-mail: giongo@uft.edu.br RESUMO A Peltophotum dubium e uma espécie arbórea pertencente à família Fabacear, subfamília Caesalpinoidea, com ocorrência nos estados da Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul até o Paraná. Foram realizados testes de quebra de dormência utilizando um processo de escarificação física por dois períodos diferentes, um processo de escarificação química por três períodos diferentes e cinco tempos de imersão em água em 2 temperaturas diferentes com o delineamento inteiramente casualizado com 0,05 de significância. Após a conclusão foi calculado a velocidade de germinação e verificado se houve diferenças entre as médias. O tratamento que teve a melhor porcentagem de germinação foi a escarificação mecânica com lixa Nº 120, mas não se diferenciou significativamente da escarificação com ácido sulfúrico com 15 e 20 minutos. O tratamento que obteve a melhor velocidade de germinação foi a imersão em água na temperatura ambiente por uma hora mas ele teve uma das piores porcentagem de germinação. Palavras-chave:Canafístula; Dormência ;Germinação; INTRODUÇÃO A Peltophorum dubium conhecida popularmente como Canafístula, é uma espécie arbórea nativa, heliófila e pioneira, que pertence à família Fabaceae, subfamília Caesalpinoidea, com altura entre 15-25 m (ALVES et al. 2011) e uma planta decídua, heliófita, pioneira, característica da floresta latifoliada semidecídua da bacia do Paraná (LORENZI, 1998), com ocorrência nos estados da Bahia, Rio de Janeiro Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul até o Paraná. (LORENZI, 1998). Este trabalho foi proposto para contribuir no fornecimento de informações sobre a produção de mudas de espécies florestais nativas, em especial a espécie estudada,
principalmente referente a recomendação de adubação. MATERIAL E MÉTODOS O projeto foi realizado no Campus Universitário de Gurupi pertencente a UFT. Nas seguintes coordenadas geográficas: 11 44 46,23 S e 49 02 55,54 O. O experimento de quebra de dormência foi realizado no laboratório de ecofisiologia com o auxilio de uma BOD. Nele foram utilizados 11 tratamentos com 4 repetições de 25 sementes utilizando o delineamento inteiramente casualisado (DIC) com 0,05 de significância. Os tratamentos fora: T0 testemunha; T1 Lixa Numero 120; T2 lixa numero 150; T3 água a 80C por 2 minutos; T4 água a 80 graus por 5 minutos; T5 água a 80 graus por 10 minutos; T6 ácido sulfúrico concentrado por 5 minutos; T7 ácido sulfúrico concentrado por 15 minutos; T8 ácido sulfúrico concentrado por 20 minutos; T9 água na temperatura ambiente por 1 hora; e T10 água na temperatura ambiente por 5h. A BOD foi regulada para um fotoperíodo de 12h com temperatura controlada de 30C. A contagem das sementes foi feita diariamente e a cada três dias para diminuir a contaminação, os potes foram abertos e feito o descartes das plântulas germinadas. O experimento se deu por encerrado, quando se passaram 3 dias sem nenhuma germinação e todas as sementes já estavam atacadas por microrganismos. Após o final os dados foram analisados utilizando o Teste de Tukey com 0,05 de significância e também foi calculado a Velocidade de Germinação (VG) descrito por Edmond e Drapala (1958) citados por Vieira e Carvalho (1994) conforme a seguinte formula: onde: VG= i=n i=1 i=n i=1 ND = Numero de dias da semeadura; ND i PG i PG i PG = Numero de plântulas normais germinada no dia i. O experimento de análise de macronutrientes foi conduzido em casa de vegetação no Campus Universitário de Gurupi da UFT. Ele foi feito utilizando uma matriz baconiana (TURRENT, 1979), onde ocorre a
variação da dosagem de um macronutriente enquanto os outros permanecem na dosagem de referência para verificar a melhor dosagem para o crescimento das mudas nos primeiros 120 dias. Para cada macronutriente foram utilizados 3 variações de quantidade, uma dosagem de referência segundo Algusto et al. (2012) e um sem tratamento (testemunha) totalizando 20 tratamentos conforme a tabela 1 e possuindo 6 repetições cada. Tabela 1: Variação na quantidade de macronutrientes Variação N P K Ca Mg S 1 20 300 20 0,2 0,05 5 2 30 900 30 0,4 0,1 10 3 40 1200 40 0,6 0,15 15 Foi utilizado como recipiente sacos plásticos de 2 litros e como substrato latossolo vermelho-amarelo adquiridos na fazenda experimental do campus de Gurupi da UFT, e peneirado em peneira de 4mm. O cálcio e o magnésio foram misturados no substrato após ser peneirado na forma de Oxido de Magnésio e Carbonato de Cálcio, e em seguida colocados no recipiente e molhado até quase atingir a capacidade de campo. Os micro elementos foram colocados em forma de solução seguindo as recomendações de Alvarez V. (1974): 0,81 mg/dm³ de H3BO3, 1,33 mg/dm³ de CuSo4.5H2O, 0,15 mg/dm³ de (NH4)6Mo7O24.4H2O, 3,66 mg/dm³ de MnCl2.H2O e 4,0 mg/dm³ de ZnSO4.7H2O. Os outros elementos foram colocados em forma de solução feitas com os seguintes sais: KCl, (NH4)2SO4; K2SO4; NaH2PO4; e NH4NO3. As soluções foram colocadas parceladas em doze vezes. Após o termino foram tiradas as medidas da altura (H), com o auxilio de uma régua rígida, e do diâmetro da altura do colo (DAC), com o auxilio de um paquímetro digital, e em seguidas colhidas e armazenadas em um saco de papel divididas em parte aérea e raiz. Após a colheita as mudas foram secas em estufa com circulação forçada com temperatura de 60C, até atingirem peso constante. Em seguida fora tirado a massa seca da parte aérea (MSA) e a massa seca da raíz (MSR), com o auxilio de uma balança analítica e calculado o Índice de Qualidade de Dickson (IDQ) conforme a seguinte
formula: MST IQD= H DAC + MSA MSR Os resultados serão analisados utilizado o Teste de Tukey a 0,05 de significância. RESULTADOS E DISCUSSÃO O teste de germinação teve duração de 12 dias. Após esse período as sementes que não germinaram estavam mortas, segundo o critério do Ministério da Agricultura (2009), são sementes amolecidas, atacadas por microrganismos e sem sinal do início da germinação. As médias de germinação dos tratamentos encontram-se na tabela 2. Tabela 2: Média das germinações dos tratamentos Tratamento T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 Média 5,25 17,25 15,25 10,5 3,75 4 9 15,25 14,25 1,5 5 A melhor média encontrada foi a escarificação mecânica com lixa Numero 120 (T1). Conforme o Teste de Tukey a 0,05 de significância não houve diferença significativa dos tratamentos T1, T2, T7 e T8. Esses tratamentos foram mais eficientes em escarificar a semente permitindo as trocas gasosas ocorram e permitir que a água entrasse sem danificar o embrião. A média dos tratamentos T4, T5, T9 e o T10 foram inferior a média da testemunha e não ha diferença significativa entre eles. Os tratamentos T4 e T5 provavelmente foram inferiores porque não aguentara ficar muito tempo na água quente e ocasionando a morte do embrião das sementes. Os resultados da média da Velocidade de Germinação (VG) dos tratamentos são mostrados na tabela 3. Tabela 3: Velocidade de germinação média dos tratamentos Tratamento T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 Média 3,74 4,46 3,78 4,93 6,29 4,80 3,81 3,07 2,92 2,11 3,48 Conforme os resultados da velocidade de germinação (VG), o tratamento que obteve a melhor média foi o T9 e conforme o resultado do Teste de Tukey com 0,05 de significância ele obteve uma VG significativamente superior que os outros tratamentos. Levando em consideração a porcentagem de germinação o T9 foi um dos que tiveram o pior desempenho, mostra que a velocidade de germinação não e um fator determinante
para definir qual tratamento e melhor por não levar em consideração a quantidade de sementes colocadas para germinar e a porcentagem de sementes germinadas. O tratamento T7 com relação a velocidade de germinação não tem diferenças significativa com mais da metade dos tratamentos: T0, T2, T5, T6, T8 e T10. Com esses resultados o tratamento o tratamento com Lixa numero 150 se mostra uma boa alternativa ao ácido sulfúrico apesar de ser mais trabalhoso o processo. O experimento dos macronutrientes foi atacado por fungos que possivelmente estavam no substrato utilizado, e por isso não foi possível ter um resultado confiável. Recomenda-se para quando fazer experimento do mesmo tipo tomar medidas preventivas como fazer autoclavagem do substrato e desinfecção das sementes para matar os microrganismos que possam prejudicar o experimento. LITERATURA CITADA ALVES, E.U., ANDRADE, L.A., BRUNO, R.L.A., VIEIRA, R.M., CARDOSO, E.A. Emergência e crescimento inicial de plântulas de Peltophorum dubium (Spreng.) Taubert sob diferentes substratos. Revista Ciência Agronômica. n. 42, 2011, 439-447 pp. ALVAREZ V., V. H. Equilíbrio de formas disponíveis de fósforo e enxofre em dois latossolos de Minas Gerais. 125 f. Dissertação (Mestrado em Solos e Nutrição de Plantas) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 1974. AUGUSTO, C. et al. Macronutrientes na produção de mudas de canafístula em argissolo Vermelho Amarelo da Região da Zona da Mata, MG. Ciência Florestal, v. 21, n. 3, p. 445 457, 2011. LORENZI, H. Árvores brasileiras - Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP, Editora Plantarum, Vol. II, 1998. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, P. E. A. Regras para análise de sementes. Brasília: 2009. TURRENT, F. A. Uso de una matriz mixta para la optimización de cinco a ocho factores controlables de la producción, Chapingo: Rama de Suelos, Colégio de Post graduados, 1979, 65 p. VIEIRA, R. D., CARVALHO, N. M. Testes de vigor em sementes. Jaboticabal, FU- NEP, 1994, 164 p. AGRADECIMENTOS O presente trabalho foi realizado com o apoio da UFT