INVENTÁRIO DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS 2013
SUMÁRIO INTRODUÇÃO...03 1 - CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR PRONAR...04 2 - DEFINIÇÕES REFERENTES ÀS FONTES DE EMISSÃO...05 3 - ESPECIFICAÇÃO DOS PONTOS DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS...06 4 - CONTROLES DAS EMISSÕES ATMOSFÉRICAS...07 5 EMISSÕES...08 5.1 - FULÕES (VOC, ODOR E VAPOR)...08 5.2 - CALDEIRA (VAPOR E CO 2 )...11 5.3 - TRIDECANTER (VAPOR E ODOR)...12 5.4 - ETE (ODOR)...13 5.5 - MÁQUINAS EM GERAL (RUÍDO)...13 6 CONCLUSÃO...14 2
INTRODUÇÃO Considera-se poluente atmosférico qualquer substância presente no ar e que, pela sua concentração, possa torná-lo impróprio, nocivo ou ofensivo à sa ú- de, causando inconveniente ao bem estar público, danos aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às ativi dades normais da comunidade. Neste relatório, serão analisados os pontos de emissões atmosféricas e os tipos de controles dessas emissões, além de demonstrar resultados anuais referentes a estes controles. 3
1 - CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR PRONAR RESOLUÇÃO CONAMA nº 382 de 2006. I o uso do limite de emissões é dos instrumentos de controle ambiental, cuja aplicação deve ser associada a critérios de capacidade de suporte do meio ambiente, ou seja, ao grau de saturação da região onde se encontra o empr e- endimento; II o estabelecimento de limites de emissões deve ter como base tecn o- logias ambientalmente adequadas, abrangendo t odas as fases, desde a concepção, operação e manutenção das unidades bem como o uso de matérias -primas e insumos; III adoção de tecnologias de controle de emissão de poluentes atmosf é- ricos técnica e economicamente viáveis e acessíveis e já desenvolvidas em escala que permitam sua aplicação prática; IV possibilidade de diferenciação dos limites de emissão, em função do porte, localização e especificidades das fontes de emissão, bem como das c a- racterísticas, carga e efeito dos poluentes liberados; e V informações técnicas e mensurações de emissões efetuadas no país bem como o levantamento bibliográfico do que está sendo praticado no Brasil e no exterior em termos de fabricação e uso de equipamentos, assim como ex i- gências dos órgãos ambientais licenciados. 4
2 - DEFINIÇÕES REFERENTES ÀS FONTES DE EMISSÃO RESOLUÇÃO CONAMA nº 382 de 2006. CAPACIDADE DE SUPORTE: a capacidade da atmosfera de uma região receber os remanescentes das fontes emissoras de forma a serem atendidos os padrões ambientais e os diversos usos naturais; CONTROLE DE EMISSÕES: procedimentos destinados à redução ou à prevenção da liberação de poluentes para a atmosfera; EMISSÃO: lançamento na atmosfera de qualquer forma de matéria sólida, líquida ou gasosa; EMISSÃO FUGITIVA: lançamento difuso na atmosfera de qualquer forma de matéria sólida, líquida ou gasosa, efetuado por uma fonte desprovida de di s- positivo projetado para dirigir ou controlar seu fluxo; EMISSÃO PONTUAL: lançamento na atmosfera de qualquer forma de m a- téria sólida, líquida ou gasosa, efetuado por uma fonte provida para dirigir ou controlar seu fluxo, como dutos e chaminés; EQUIPAMENTO DE CONTROLE DE POLUIÇÃO DO AR: dispositivo que reduz as emissões atmosféricas; FONTE FIXA DE EMISSÃO: qualquer instalação, equipamento ou proce s- so, situado em local fixo, que libere ou emita matéria para a atmosfera, por emissão pontual ou fugitiva; LIMITE MÁXIMO DE EMISSÃO (LME): quantidade máxima de poluentes permissível de ser lançada para a atmosfera por fontes fixas; e PREVENÇÃO À GERAÇÃO DE POLUIÇÃO: conceito que privilegia a atuação a atuação sobre o processo produtivo, de forma a minimizar a geração de poluição, eliminando ou reduzindo a necessidade do uso de equipamento de controle, também conhecido como as denominações de Prevenção à Pouluição e Produção mais limpa. COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS (VOC): compostos orgânicos que possuem ponto de ebulição de até 130 C na pressão atmosférica e podem co n- tribuir na formação dos oxidantes fotoquímicos (CONAMA N 382/2006). Composto orgânico pode significar qualquer composto contendo pelo menos o elemento carbono e um ou mais de hidrogênio, halogênios, oxigênio, e n- 5
xofre, fósforo, silício ou nitrogênio, com a exceção dos óxidos de carbono e ca r- bonatos e bicarbonatos inorgânicos. 3 - ESPECIFICAÇÃO DOS PONTOS DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS LEGENDA SÍMBOLOS TIPO CONTROLE TIPO DA MÁQUINA VAPOR PURGADOR CALDEIRA/FULÕES/TRIDECANTER ODOR ENQUETE FULÃO/ETE/TRIDECANTER X VOC CÁLCULO POR GRAMAS EM M 2 FULÃO DE CURTIMENTO CO 2 INVENTÁRIO GHG/ESCALA DE RINGELMAN CALDEIRA RUÍDO MEDIÇÃO ANUAL PARA PPRA MAQUINÁRIO EM GERAL 6
4 - CONTROLES DAS EMISSÕES ATMOSFÉRICAS O Curtume Induspan Indústria e Comércio de Couros Pantanal Ltda., re a- liza os controles de emissões atmosféricas por meio dos Documentos Ambie n- tais: RA 3.05 (CONTROLE DE SR E VOC EM COUROS); RA 3.07 (RECEBIMENTO DE PRODUTOS QUÍMICOS); RA 3.09 (DECLARAÇÃO DE SR E VOC DOS FORNECEDORES DE PQs); RA 3.10 (TERMO DE ACEITE DE SR E VOC); RA 3.11 (TERMO DE SR E VOC - ECHA); DA 7.01 (PLANTA DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS); DA 7.02 (PROGRAMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA); DA 7.03 (MONITORAMENTO DE ENQUETE DE ODOR); IT 7.01 (AVALIAÇÃO DE FUMAÇA PRETA); RA 7.01 (MONITORAMENTO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA DA CALDEIRA); RA 7.02 (ENQUETE AMBIENTAL); RA 7.04 (CONTROLE DE EMISSÕES DE VOC); RA 7.05 (CONTROLE DE FUMAÇA PRETA); RA 7.06 (MONITORAMENTO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA DAS EMPILHADEIRAS); RA 7.07 (MANUTENÇÕES DA CALDEIRA- TRIMESTRAIS E MEN- SAIS); RA 7.08 (MONITORAMENTO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA DOS GERADORES); RA 7.09 (INVENTÁRIO DE SOLVENTES NÃO UTILIZADOS NO PROCESSO DE PRODUÇÃO DO COURO) E; (INVENTÁRIO DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS); 7
5 - EMISSÕES 5.1 - FULÕES (VOC, ODOR E VAPOR) O controle de Substâncias Restritas e Compostos Voláteis Orgânicos, são realizados através do RA 3.09 (Declaração de SR e VOC dos Fornecedores de Produtos Químicos). No RA 3.07, a planilha apresenta a % de VOC referente à aquisição dos Produtos Químicos mensal versos a quantidade de couro em m 2 produzido. Nesta mesma planilha também são feitos os controles de FISPQs e das Declarações de SR e VOC (RA 3.09). No RA 7.04 (Controle de Emissões de VOC), é expressa em g/m 2 de VOC consumida no mês em relação a quantidade de couros produzidos. RA 7.04 (Controle de Emissões de VOC) 2013 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Couro m 2 438468,93 380312,83 318367,74 286.274,08 254.184,57 295.783,29 338.367,69 225.517,50 268.389,93 258.362 325.374,00 270.823,00 VOC PQs Utilizados (g/m 2 ) 0,10 0,14 0,17 0,14 0,12 0,15 0, 1 4 0,21 0, 1 7 0, 1 4 0, 1 5 0, 1 4 VOC Anual PQs (g/m 2 ) 1, 8 0,25 0,2 0,15 0,1 0,05 0 VOC EMITO POR MÊS EM (g/m²) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 8
O teor de Substâncias Restritas e Compostos Voláteis Orgânicos, são m o- nitorados também nos couros wet-blue e couros semiacabado através de anál i- ses em laboratórios qualificados com ISO 17025 e os resultados expressos nestes laudos, são anotados no RA 3.05 (Controle de SR e VOC em couros). Os parâmetros e limites de cada composto são discutidos e relatados nas Atas do Comitê Ambiental RA 11.07. RA 3.05 (Controle de Análises Testes de Substâncias Restritas) Mês/Ano Laboratório Junho/2013 SGS do Brasil Ltda. Nº Laudo 1310580 Parâmetros Cromo Hex < 3 mg/kg Resultados (mg/kg) Formaldeído < 20 mg/kg Mercúrio total < 1 mg/kg Mercúrio Solúvel < 0,02 mg/kg Chumbo Total < 20 mg/kg Nonilfenol NP < 5 mg/kg Nonilfenol Etoxilado NPE < 5mg/Kg Octilfenol OP < 5 mg/kg Octilfenol Etoxilado OPE < 5 mg/kg Ortononilfenol OPP < 25 mg/kg Pentaclorofenol (PCP) < 5 mg/kg Triclorofenol (TCP) < 5 mg/jkg Tetraclorofenol (TeCP) < 5 mg/kg Antinômio Máx.: 60 mg/kg Arsênio Máx.: 10 mg/kg Bário Máx.: 1000 mg/kg 0,46 Cádmo Máx.: 100 mg/kg Mercúrio Máx.: 60 mg/kg Selênio Máx.: 500 mg/kg 9
Pesticidas < 0,05 mg/kg Dimetilfumarato Nos RA 3.09 e RA 3.10 (Termo de Substâncias Restritas e Compostos Voláteis Orgânicos), estão definidos os parâmetros e Limites das substâncias co n- troladas nos couros wet-blue e semiacabado. Outro controle realizado é o de odor RA 7.02 (Enquete Ambiental) e DA 7.03 (monitoramento de enquete do odor), de forma qualitativa e para conhec i- mento quantitativo do odor, é realizado pelo laboratório ANANTECN as análises de S 2 e NH 3 dentro e fora do curtume. Já o controle de vapor é expresso no PPRA (Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais). DA 7.03 (Monitoramento Enquete Odor) Referente: Janeiro à Dezembro 2013 Moderado Muito Fraco Fraco Forte Muito Forte Relatório Anantecn Nº 1542332013-01 Maio/2013 Parâmetro Guarita Pontos Setor do Redescarne Unidade Limite de Exposição NR-15 T ar 25,5 25,60 C - Oxigênio 21 21 % - Amônia 3,93 ppm 20 Sulfeto de hidrogênio 0,76 ppm 8 10
5.2 - CALDEIRA (VAPOR E CO 2 ) Anualmente a caldeira passa por inspeção realizada por profissional habilitado engenheiro mecânico, e gera um relatório constando todos os pontos in s- pecionados. Além deste relatório, existe uma empresa que presta serviço de manutenção e consultoria para o funcionamento da mesma. As análises de água da caldeira realizada trimestralmente são registradas no RA 7.01 (Monitoramento de Manutenção Preventiva da Caldeira) e RA 7.07 (Manutenções Mensal e Trimestral da Caldeira), realizado pelos operadores de caldeira e o controle da fumaça gerado a partir da queima de óleo vegetal, é controlado através da IT 7.01(Avaliação de Fumaça Preta) de acordo com a escala de Ringelmann e r e- gistrados no RA 7.05 (Controle de Fumaça Preta). Resultados expressos no Relatório ANANTECN nº 1853002013-01 PARÂMETRO AMO 1 AMO 2 AMO 3 MÉDIA UNIDADE CONAMA 382/2006 T fonte 118,00 118,00 118,00 118,00 C - T ar 30,00 30,00 30,00 30,00 C - Oxigênio 8,4 8,7 8,9 8,67 % - CO 2 medido 9,50 9,73 9,54 9,59 CO 2 3% 13,57 14,24 14,19 14,00 % - CO medido 8,0 8,0 7,0 7,67 CO 3% 11,43 11,71 10,41 11,18 mg/nm 3 - Nox medido 129,7 127,6 122,6 126,63 Nox 3% 185,29 186,73 182,38 184,80 mg/nm 3 1.600 NO medido 129,0 127,0 122,0 126,00 NO 3% 184,29 185,85 181,49 183,88 mg/nm 3 - NO 2 medido 0,7 0,60 0,60 0,63 NO 2 3% 1,00 0,88 0,89 0,92 mg/nm 3 - SO 2 medido 170,0 176,0 180,0 175,33 SO 2 3% 242,86 257,56 267,77 256,06 mg/nm 3 2.700 M.P medido 54,0 52,0 51,0 53,00 mg/nm 3 300 11
M.P 3% 77,14 76,10 75,87 76,62 5.3 - TRIDECANTER (VAPOR E ODOR) O controle de odor é realizado pela empresa ANANTECN dentro e fora do curtume Induspan Indústria e Comércio de Couros Pantanal Ltda., e também pelo RA 7.02 (Enquete Ambiental) e DA 7.03 (Monitoramento da Enquete Ambie n- tal). No PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) é citado qualit a- tivamente a presença de Vapor). 5.4 - ETE (ODOR) O controle de odor é realizado pela empresa ANANTECN dentro e fora do curtume Induspan Indústria e Comércio de Couros Pantanal Ltda., e também p e- lo RA 7.02 (Enquete Ambiental) e DA 7.03 (Monitoramento da Enquete Ambie n- tal). 5.5 - MÁQUINAS EM GERAL (RUÍDO) O controle de ruído das máquinas é mencionado no PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), isso para todos os setores e funções, onde esta inspeção se enquadra. Existem controles de manutenção Preventiva RA 7.06 (Monitoramento de Manutenção Preventiva das empilhadeiras), RA 7.08 (Monitoramento de Man u- tenção Preventiva dos Geradores) realizada diariamente pelos mecânicos e Operadores de Empilhadeira. 12
6 - CONCLUSÃO A poluição atmosférica consiste em alterações da atmosfera susceptíveis de causar impacto a nível ambiental e saúde humana, através da contaminação por gases, partículas sólidas, liquidas em suspensão, material biológico ou energia. Além de prejudicar a saúde, pode igualmente reduzir a visibilidade, diminuir a intensidade da luz ou provocar odores desagradáveis, por isso o controle dessas emissões é primordial para obtermos uma vida sustentável. Neste relatório, foram anexados resultados e gráficos referentes aos controles de emissões atmosféricas no curtume. Em relação ao consumo dos Produtos Químicos utilizados na fabricação de couro Wet-blue, o consumo anual de VOC não ultrapassou 1,8 g/m 2, comprovando que houve atendimento ao protocolo do LWG, onde o teor ideal de VOC é de 0 à 15 g/m 2. O teor de Substâncias Restritas, esta bem monitorada por análises realizadas em laboratório certificado pela ISO 17025. O relatório demonstra que o bário foi a única substância presente no couro wet-blue, com 0,46 mg/kg enquanto o teor máximo permitido pela Política Ambiental da empresa é de 1000 mg/kg. No RA 7.03 é possível observar, que o odor nas dependências do curtume varia em sua maior parte de moderado à fraco, sendo que em nenhum período foi constatado odor muito forte. Este resultado é importante pelo fato de que quem preenche a enquete, são visitantes em geral. As análises realizadas pela ANANTECN, expressa quantitativamente o teor de Sulfeto e Amônio presentes dentro e fora da área de produção do couro wet-blue e mostra nitidamente que o curtume cumpre o estabelecido pela NR 15, Norma Regulamentadora estabelecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Outro controle realizado pela empresa ANANTECN é o de emissões atmosféricas da caldeira, onde os resultados anexados a este relatório, provam o cumprimento à Resolução nº 382/2006 (limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas) CONAMA. Todos os controles de emissões atmosféricas citados neste relatório, fazem parte do Sistema de Gestão Ambiental e da política ambiental do curtume Induspan, visto que, a Induspan tem o compromisso de desenvolver de forma sustentável. 13